domingo, 3 de abril de 2011

Laços Heróicos - Cap. 4 – O Confronto.

Cap. 4 – O Confrotno



Depois da inauguração o museu foi fechado e os alarmes ativados, eu estava estrategicamente escondida na parte mais escura do museu á espera de Fênix. Logo um barulho veio do teto do prédio me aproximei sutilmente da sala principal onde o menor e menos valioso diamante encontrava se fechado dentro de uma espessa camada de vidro e lazeres de segurança em constante movimento rodeavam a caixa de vidro sobre um suporte de aço.



Olhei para o teto e lá estava ela, descia esplendorosamente através de um cabo de aço branco, quando chegou ao chão soltou se do cabo e então pude admira-la melhor...


Tinha os cabelos louros extremamente lisos e sedosos que desciam em cascata até o meio das costas, no rosto uma mascara branca que cobriam apenas metade, os lábios e o queixo ficavam á mostra. Uma colar espesso branco colado á pele do pescoço segurava um pingente em forma de uma ave com as asas abertas. Cobrindo os seios apenas um bustiê branco de couro que deixava a barriga perfeita e definida de pele alva e provavelmente macia e deliciosa. Calça baixa de couro branca coladissima revelando suas formas femininas e perfeitas. Nas mãos luvas brancas que deixavam os dedos á mostram. Por fim um, sobretudo obviamente branco também de couro.



“Isso não é uma vilã é uma deusa...” – Pensei anestesiada pela beleza daquela loura má.



Me recompus assim que a vi desativando os lazeres e cortando o vidro retirando a pedra do lugar. Já estava preparando o cabo para subir novamente quando me aproximei e cruzei os braços a observando antes de falar...



- Que feio Fênix! Saindo sem se despedir... – Falei num tom irônico.



Ela virou se assustada e pude reparar melhor em seus rosto... Perfeito... Olhos azuis profundos e hipnotizantes... Lábios rosados que pareciam ser desenhados á mão. Traços delicados e simplesmente apaixonantes...



Fenix nada disse apenas ficou me analisando... Não soube definir aquele olhar...



- Você deve ser... Fire... – Sua voz era como um veludo, suave, porém firme, rouca e decidida. Me fitou novamente dentro dos olhos como que para me intimidar... Quase conseguiu diga se de passagem. – É uma pena que não possamos continuar nossa conversa... F-I-R-E – Degustou meu nome como se derretesse em sua boca... – Mas... tenho que ir... – Em um movimento rápido se ajeitou no cabo para subir até o teto, mas em um outro movimento ainda mais rápido segurei seu braço com firmeza, mas não pude evitar a onda de eletricidade causada pelo toque... Como se houvesse sentido o mesmo Fenix fechou os olhos.



- Acho que você esqueceu de devolver algo Fênix...



Abriu os olhos e como se me hipnotizasse seu olhar no meu me causou tremores por todo corpo... Estávamos próximas, muito próximas, sua boca á centímetros da minha, era inegável a atração... E era recíproco. Como se minha boca suplicante por um beijo houvesse chamado silenciosamente pela sua nossos lábios se tocaram. Logo minha língua invadiu sua boca que se entreabriu para recebê-la, línguas se tocaram, roçaram, acariciaram cálidas, ferventes... O beijo que era delicado e envolvente se tornou violento e exigente... Urgente. Minha mão que envolvia seu braço desceu ousadamente para o meio de suas costas nuas por baixo do sobre-tudo, com a outra agarrei a firme pela cintura para que seu corpo se colasse ao meu de forma violenta arracando-lhe um gemido que me fez perder completamente o controle. Suas mãos envolviam meu rosto de forma possessiva... Quando estava prestes a enlouquecer nos braços daquela Loura-má, senti uma dor insuportável no lábio inferior e o gosto de sangue na minha boca...



- Aii! – Gritei soltando a levando instintivamente a mão á boca olhando em seguida os meus dedos para me certificar de que não sangrava mais. – Você me mord...



Uma fumaça branca tomou conta do ambiente, comecei a tossir e abanar o braço protegendo meus olhos para afastar a fumaça... Tarde de mais, ela havia fugido... Quando a fumaça deu lugar á visibilidade olhei para o chão e vi espalhadas ao chão cinzas e sobre elas uma pena branca, abaixei me e peguei a pena segurando a entre os dedos e sorrindo da minha idiotice.

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