sábado, 10 de dezembro de 2011

Júlia: a personificação da luxúria parte I

Toda semana havia o dia de festa para as garotas. Os namorados e amigos eram deixados de lado para que pudéssemos curtir o dia inteiro, sem a preocupação de vigiar o que era dito e feito. Formávamos um grupo de oito mulheres, todas na casa dos vinte anos.

Durante a semana, havíamos combinado que a festa de domingo seria na casa de meus pais, pois estes estariam viajando. Passamos os dias rezando para que o sol aparecesse, já que os planos incluíam farra na piscina.

Domingo finalmente chegou e, no horário combinado, as meninas começaram a chegar, trazendo vários isopores com bebidas e guloseimas para nos fartar durante o dia. Ligaram o som e aumentaram o volume, deixando-me com um pouco de medo de quebrar as regras do condomínio. O quiosque próximo da piscina foi invadido por mulheres de biquíni que espremiam limões e enchiam copos com vodka e uísque. A conversa não cessava nunca e as vozes ficavam cada vez mais altas.

Deitei-me de frente para a piscina e fechei os olhos por um instante. Ouvi alguém se aproximar e abri os olhos, deparando-me com Júlia, que havia acabado de chegar. “Finalmente!”, pensei. Júlia era a mais velha das meninas, estudava medicina e era interna de um hospital da cidade. Por causa disso, mal tinha tempo para passar conosco. Ela era do tipo workaholic, muito preocupada com o trabalho, absolutamente viciada no que fazia. Sempre foi muito admirada por todas nós, pois era linda, inteligente, tinha o trabalho perfeito, a família perfeita... Enfim, a vida perfeita. Intimamente, eu a tinha como um sonho de consumo.

Quando Júlia se aproximou de mim, notei seu perfume e as curvas de seu corpo. Para mim, Júlia era como um projeto de da Vinci ou uma composição de Richard Wagner, tamanha a sua perfeição. Fazia tempo que não a via de biquíni e estava quase me esquecendo do quão desejável seu corpo era. Ela tinha a pele morena e os olhos castanho-esverdeados. Seus cabelos formavam ondas largas, que se estendiam até sua cintura. Os lábios eram avermelhados, carnudos, sensuais, provocantes. Sempre imaginei que um beijo de Júlia deveria matar qualquer um do coração. Desci os olhos até seus seios grandes e redondos, que estavam cobertos pelo biquíni branco. A curva de sua cintura, que terminava no quadril largo, me enchia o corpo de vontades. A parte de baixo de seu biquíni era muito cavada, permitindo-me deduzir que seus pêlos eram poucos ou inexistentes. Essa era uma curiosidade que sempre me perseguia.

– Quer que eu passe bronzeador em você, Carolzinha? – perguntou ela

Nunca gostei de tal apelido, mas quando se tratava de Júlia, nada me aborrecia.

– Claro! Se não for incômodo. – respondi

Uma ponta de malícia se formou em minha mente e eu deitei de bruços, enquanto tentava apagá-la. Júlia ajoelhou-se do meu lado e espalhou o bronzeador nas mãos para, em seguida, passar em minhas costas. Suas mãos macias deslizavam em meu corpo, espalhando todo o óleo por minha pele. Meu corpo queimava com seu toque e eu parecia estar sentindo vertigens, me segurando para não começar a gemer. Quando suas mãos deslizaram para minhas coxas, fechei os punhos com força, cravando as unhas em minha própria pele. Ela apertava e passava a palma da mão na parte interna de minhas coxas. Agradeci aos céus por estar trajando um biquíni de tecido preto, pois eu conseguia sentir meu sexo molhado.

Júlia terminou de passar o bronzeador em minha pele e eu, com as pernas bambas, voltei a deitar de costas, pensando que ela se afastaria. Estranhei quando vi que ela estava espalhando, novamente, o bronzeador nas mãos. Júlia levou as mãos lambuzadas com o óleo até minha barriga e espalhou-o. Fechei os olhos e levei as duas mãos ao rosto, imaginando que estava voltando a enrubescer. Suas mãos deslizavam por minha barriga e coxas, me levando à loucura. Minha vontade era correr daquele lugar, antes que a atacasse. Deixei escapar um suspiro e Júlia perguntou:

– Está tudo bem?

Com medo de abrir a boca e gemer acidentalmente, apenas balancei a cabeça em sinal afirmativo e Júlia continuou a me massagear com as mãos escorregadias. Minha amiga levou o polegar até minha virilha e deslizou, levemente, me fazendo pular. Segurei seus pulsos e disse que já estava bom e não precisaria fazer mais nada. Sorrindo, Júlia me pediu para que retribuísse o favor e deitou-se na espreguiçadeira.

Ajoelhei-me ao seu lado, apavorada, imaginando que aquilo era perigo demais para um dia só. Antes de começar, observei seu corpo por alguns instantes e senti a garganta seca quando vi que o biquíni que ela trajava era fio dental. Eu estava brincando com fogo e sabia disso. Espalhei o óleo na palma das mãos e passei em suas costas, apreciando a textura de sua pele. Alisei cada milímetro, doida para desamarrar seu biquíni. Quando cheguei a seu bumbum, fiz questão de encher a mão. Creio que insisti até demais nessa área, pois estava hipnotizada com tamanha maravilha. Minha mão escorregava “acidentalmente” por entre suas nádegas e Júlia se arrepiava inteira. Minha boca encheu-se d’água quando ela deitou-se de costas e pediu para que eu passasse na frente, também. Sua barriga era durinha, muito bem definida, tive vontade de abaixar-me e lamber-lhe o umbigo. Suas coxas eram bem torneadas e apetitosas. Quase morri de decepção quando uma das meninas avisou que o celular de Júlia estava tocando, fazendo-a correr para dentro da casa.

Por volta de vinte minutos depois, Júlia voltou para a piscina, irritada. Quando as meninas perguntaram o motivo da irritação, Júlia passou a contar da briga que tivera com o namorado durante a manhã e disse que ele estava a lhe perturbar desde então. Lembrei-me imediatamente do tipo, apesar de toda a atenção e carinho que dedicava a ela, o rapaz era deveras ciumento e mandão. A personalidade independente de minha amiga tinha dificuldades de se adaptar à tamanha prepotência. Apesar disso, eram raras as brigas entre os dois, por isso Júlia ficava desolada. Mas dessa vez, ela parecia mais irritada do que desolada, me fazendo imaginar qual das duas coisas era pior.

Quando era tarde da noite, a maioria de minhas amigas já tinha ido para casa, ficando apenas Júlia que, com medo de que o namorado estivesse lhe esperando no apartamento, pediu para dormir comigo, pois não queria brigas. Fomos até o quarto e, após o banho, emprestei-lhe uma camisola. Peguei duas taças e uma garrafa de vinho, convidei-a para a sacada e puxei duas cadeiras. Não costumo ingerir bebidas alcoólicas, mas minha mente parecia implorar por ficar tonta.

Um comentário:

  1. Se a primeira parte já está assim...louco para ler a outra.kkkk.Adorei.
    Beijos,Luh.

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