No final da terceira série do ensino médio, boa parte dos estudantes surta com a aproximação dos vestibulares. A correria atrás de cursinhos, livros e simulados não parece ter fim. Vi amigas e amigos desesperados, dizendo que seriam mortos pelos pais se não passassem na prova. Eu sempre achei graça nessas coisas, pois nunca precisei estudar para fazer um exame, as explicações e exercícios em sala de aula sempre me bastaram. Apesar de toda a confiança e prepotência que possuo, fiquei um tanto nervosa quando notei que no próximo ano minha vida seria construída toda e exclusivamente por mim.
Quando, finalmente, meu primeiro dia de universitária chegou, não consegui controlar a euforia. O final da tarde, que antes parecia não querer chegar, finalmente chegou. Tomei banho e me preparei cuidadosamente, sempre evitando parecer extravagante demais. Olhei-me no espelho e aprovei o resultado, depois corri pelas escadas, indo em direção à porta.
Quando desci do carro de meu pai, em frente à universidade, já estava escurecendo. Resolvi dar uma volta para conhecer o lugar. Toda a estrutura me encantou, a arquitetura e as luzes que iluminavam a instituição davam um ar sombrio e, ao mesmo tempo, romântico. Caminhei pelo pátio, observando os jardins muito bem cuidados, as estátuas e os postes de luz que iluminavam o caminho. Alguns alunos e funcionários estavam caminhando por ali, mas foi uma moça sentada, em um dos bancos do jardim, que me chamou a atenção. Ela lia, sob a luz de um dos postes, um livro grosso com capa de couro. Trajava uma saia preta e uma camisa branca. As pernas, que eram muito bem torneadas, estavam cruzadas e uma mecha de cabelo estava presa atrás da orelha. Ela usava óculos de armação delicada que combinava perfeitamente com seu rosto que, aliás, era tão delicado quanto.
Fiquei com receio de me aproximar, mas não conseguia tirar os olhos dela. Quando pensei em passar reto, ela olhou em minha direção e, vendo que eu a estava encarando, abriu um sorriso. Como eu correspondi, a moça bateu uma das mãos no banco, fazendo sinal para que eu sentasse. Sentei-me ao seu lado e ela se apresentou:
- Eu sou Fernanda... Acho que nunca te vi por aqui. Como se chama?
- Caroline. – respondi
Como estava mais perto, pude reparar melhor em seu rosto. Fernanda tinha 24 anos, era parda, provavelmente descendente de indígenas. Seus cabelos eram compridos, repicados e muito lisos. Os olhos verdes e puxados contrastavam com a pele morena. Mas foi sua boca que me fez sentir o ventre esquentar, não existem palavras para descrever aqueles lábios tão convidativos. Toda vez que ela abria o sorriso largo e mostrava os dentes alvos, eu sentia que meu coração descompassado. Fernanda era muito comunicativa, mas eu sempre respondia seus questionamentos com monossílabos, pois me distraia ora com suas coxas grossas, ora com os botões de sua camisa (que me davam vontade de abri-los), ora com o movimento de seus seios roçando no tecido da roupa.
Quando, finalmente, meu primeiro dia de universitária chegou, não consegui controlar a euforia. O final da tarde, que antes parecia não querer chegar, finalmente chegou. Tomei banho e me preparei cuidadosamente, sempre evitando parecer extravagante demais. Olhei-me no espelho e aprovei o resultado, depois corri pelas escadas, indo em direção à porta.
Quando desci do carro de meu pai, em frente à universidade, já estava escurecendo. Resolvi dar uma volta para conhecer o lugar. Toda a estrutura me encantou, a arquitetura e as luzes que iluminavam a instituição davam um ar sombrio e, ao mesmo tempo, romântico. Caminhei pelo pátio, observando os jardins muito bem cuidados, as estátuas e os postes de luz que iluminavam o caminho. Alguns alunos e funcionários estavam caminhando por ali, mas foi uma moça sentada, em um dos bancos do jardim, que me chamou a atenção. Ela lia, sob a luz de um dos postes, um livro grosso com capa de couro. Trajava uma saia preta e uma camisa branca. As pernas, que eram muito bem torneadas, estavam cruzadas e uma mecha de cabelo estava presa atrás da orelha. Ela usava óculos de armação delicada que combinava perfeitamente com seu rosto que, aliás, era tão delicado quanto.
Fiquei com receio de me aproximar, mas não conseguia tirar os olhos dela. Quando pensei em passar reto, ela olhou em minha direção e, vendo que eu a estava encarando, abriu um sorriso. Como eu correspondi, a moça bateu uma das mãos no banco, fazendo sinal para que eu sentasse. Sentei-me ao seu lado e ela se apresentou:
- Eu sou Fernanda... Acho que nunca te vi por aqui. Como se chama?
- Caroline. – respondi
Como estava mais perto, pude reparar melhor em seu rosto. Fernanda tinha 24 anos, era parda, provavelmente descendente de indígenas. Seus cabelos eram compridos, repicados e muito lisos. Os olhos verdes e puxados contrastavam com a pele morena. Mas foi sua boca que me fez sentir o ventre esquentar, não existem palavras para descrever aqueles lábios tão convidativos. Toda vez que ela abria o sorriso largo e mostrava os dentes alvos, eu sentia que meu coração descompassado. Fernanda era muito comunicativa, mas eu sempre respondia seus questionamentos com monossílabos, pois me distraia ora com suas coxas grossas, ora com os botões de sua camisa (que me davam vontade de abri-los), ora com o movimento de seus seios roçando no tecido da roupa.
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