sábado, 17 de março de 2012

Despedidas Parte II

Desci as mãos até sua calça e a desabotoei rapidamente. Sem afastar os lábios de seus seios, passei a massagear-lhe o clitóris, por cima do tecido da calcinha molhada, com uma das mãos. Dafne jogou o corpo para trás, obrigando-me a segurá-la com maior firmeza pela cintura. Suas mãos passaram a segurar fortemente em meus cabelos, forçando meu rosto de encontro aos seus seios. Sua respiração ficara descompassada, desesperada, ansiosa. Tão excitada quanto ela, aumentei a pressão e a velocidade de meus dedos em seu sexo. Dafne, jogando-se ainda mais para trás, passou a serpentear o corpo em meu colo.
- Quero você dentro de mim – gemeu ela – Agora!
Sua essência deixava-me tonta. Tentei negar. Sabia que deveria negar-lhe alguma coisa para que não me sentisse tão impotente, mas não resisti. Afastei sua calcinha para o lado e mergulhei dois dedos em sua concavidade úmida. Dafne contorceu ainda mais o corpo e sussurrou em meu ouvido:
- Você tem mágica na ponta dos dedos.
Um tanto quanto lisonjeada, senti-me na obrigação de proporcionar-lhe o prazer. Comecei o movimento de vai-e-vem lentamente, amaldiçoando o tecido da calça que impedia os movimentos mais amplos de minha mão. Mergulhei o rosto em seu pescoço e tentei sugar sua pele.
- Não faz... – disse Dafne, com a voz entrecortada
Obediente, levei os lábios até sua orelha e passei a atiçar-lhe o lóbulo, com a língua. Sentindo meus dedos cada vez mais molhados, aumentei o quanto pude a velocidade de meus movimentos, arrancando cada vez mais gemidos e suspiros de Dafne. Segurei-a com força pelos cabelos e não demorou muito para que seu corpo se contraísse fortemente em prolongados espasmos convulsivos. Suas unhas cravaram no banco do carro e suas coxas pressionaram as minhas. Com os olhos apertados, Dafne gemia com voz trêmula, deliciando meus ouvidos.
Ainda entre suas pernas, meus dedos pareciam mergulhados em uma piscina de prazer. Soltei seus cabelos e ela colou sua testa na minha, de olhos fechados, curtindo o momento de paz que estava tendo. Esperei até que seu corpo relaxasse por completo, para tirar os dedos de dentro de sua calça. Dafne segurou minha mão pelo pulso e beijou, carinhosamente, cada um de meus dedos, para só então envolvê-los com os lábios e língua, ansiosa por sentir seu próprio gosto. Seu rosto parecia tão angelical que senti vontade de envolvê-la num abraço carinhoso e confortá-la de todas as formas possíveis.
- Você me enlouquece, Caroline! – disse ela, enquanto beijava meu pescoço – Por isso não me vejo sem você.
Senti-me estranha.
- Então é por isso? – perguntei, afastando seu corpo do meu – Sexo?
Dafne olhou-me confusa.
- Não – tentou explicar-se - Não é isso que quis dizer...
- Liga o carro e vamos embora. – disse eu, interrompendo-a
Dafne olhou-me e fez menção de falar, mas, desapontada, desistiu. Desvencilhou-se de mim e recolocou a camisa. Simplesmente dirigiu, muda, até que chegássemos em casa.
*
Fui para o quarto e enfiei-me debaixo do chuveiro. Precisava de um banho frio, por mais que pensasse que gelo nenhum conseguiria apagar o incêndio que consumia meu corpo quando eu pensava nos olhos azulados de Dafne. Arrepiei-me ao sentir o contato da água gelada em minha pele quente. Fechei os olhos com força e tentei me acostumar, tentei pensar na água para não pensar nela.
Assim que saí do banho, deparei-me com Dafne sentada em minha cama. Seus olhos fitaram-me como se quisessem arrancar minha toalha.
- Não sabe bater na porta? – perguntei, fingindo frieza
Um sorriso irônico formou-se em sua face.
- Você é só uma criança birrenta – disse ela, aproximando seu corpo do meu – Como pôde ter me encantado assim?
Fuzilando-a com o olhar, pedi para que saísse do quarto.
- Quer que eu saia? – perguntou ela, aproximando-se ainda mais
- Imediatamente. – respondi
Dafne puxou-me levemente pela cintura e aproximou os lábios dos meus.
- Quer mesmo? – provocou
Esperando por uma resposta, Dafne puxou minha toalha, fazendo com que esta caísse no chão. Logo seu corpo encaixou-se ao meu e suas mãos subiram, lentamente, por minhas costas, fazendo com que os pêlos de meu corpo ficassem eriçados. Fechei os olhos, esperando por seus lábios, mas apenas senti seus dentes mordiscando minha boca, provocantes.
Senti os dedos de Dafne enganchando-se em meus cabelos e, instintivamente, entreabri os lábios, ansiosa. Até que, de repente, ela bateu de leve em meu rosto, dizendo:
- Sua mãe está chamando para o almoço.
Virou as costas e saiu, sem dizer palavra.
Continuei parada, atônita, tentando digerir a situação. Peguei a toalha do chão, sentindo um pouco de raiva. Revivendo a situação em minha mente, um sorriso malicioso acabou por formar-se em meus lábios.
- Vagabunda. – sussurrei, entre os dentes
Assim que desci as escadas, notei que alguns primos haviam chegado. O barulho estava irritante, fazendo-me amaldiçoar tal inconveniência.
Vendo minha expressão de desaprovação, minha mãe desculpou-se:
- Meu anjo, eu sei que você não gosta, mas é por uma boa causa.
- Sei – ironizei – Qual é essa causa?
- A despedida de seus tios, ora. Eles estão indo embora amanhã. A Dafne não te contou?

Um comentário:

  1. oi, não sei se você já conhece essa história postada no abcles, mas parece que você foi plagiada. Se chama: "No meio de tudo, você " por juiliaaR. Dê uma olhada. Beijos.

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