sábado, 26 de março de 2011

Laços Heróicos - Cap - 3 - O retorno



O dia amanheceu tranqüilo lá fora, mas em meu interior ainda as mesmas duvidas e conflitos. Fui direto para o escritório mergulhei no trabalho preparando as audiências que teriam dali duas semanas. Assim passei todo o dia preenchendo meus pensamentos para que não fossem atormentados pelos fantasmas do passado.



Às cinco da tarde eu já estava em meu aconchego submersa em minha banheira relaxando e deixando meus pensamentos vagarem... Lembrei me das palavras de David á respeito de Fênix... A inauguração seria dali duas horas, deveria tomar logo uma decisão. Levantei da banheira e me cobri com a toalha, fui até o closet e peguei uma caixa escondida entre os vestidos e sapatos. Peguei a cuidadosamente levando a até a cama e abrindo a. Lá dentro o meu passado escondido e bem dobrado. Aproximei minhas mãos da roupa de couro negra e desisti... Fechei novamente a caixa e me afastei sentando me na poltrona de frente minha cama.



“Liberte-me Lara” – Pensei ter ouvido uma voz, mas era minha consciência tentando lutar contra meu medo. – “Não seja covarde...” – A voz agora era mais insistente. – “Liberte-me”.



Me levantei e abri novamente a caixa tirei o conjunto de couro de dentro e me olhei no espelho... Desdobrei cuidadosamente a roupa e me desfiz da toalha...



O couro se ajustou perfeitamente ao meu corpo, fechei o cinturão no qual servia de suporte para os apetrechos de Fire nele havia o símbolo em forma de chama nas cores amarelo e vermelho, calcei as botas de cano longo e salto alto, porém firme para dar estabilidade nas quedas. O conjunto cobria todo meu corpo, vesti as luvas de couro e coloquei a mascara que cobria metade do meu rosto deixando apenas boca e queixo e meus olhos negros descobertos. Meus cabelos presos em um rabo de galo bem firme completavam o look heróico. Mais uma vez admirei Fire no espelho, mas faltava alguma coisa... Lá estavam... Os punhais de prata de trinta centímetros que se ajustavam no cinturão. Pronto... Fire estava pronta.



Respirei fundo e longamente...



Me olhei uma ultima vez no espelho e um sorriso de satisfação desenhou se em meus lábios.



Desci até a garagem e lá estava Nik, minha fiel e adorada máquina... Nikitta era uma Harley-Davidson XL 1200 c. Meu orgulho... Retirei a lona que a cobria e quando a vi meus olhos se encheram de lagrimas, boas lembranças do passado... Passei minha mão no banco de couro deslizando a até o tanque da moto lustrei as iniciais gravadas na lateral direita: “JF” Jonh Foster – Meu pai – Girei a chave e a liguei, estremeci ao acelerar e ouvir o ronco do motor... Pura adrenalina foi como se injetasse adrenalina em minhas veias.



Sai pelas ruas da cidade deixando o vento bater em meus cabelos, acelerando e curtindo o momento de intimidade e saudade entre eu e Nik

Nenhum comentário:

Postar um comentário