Com a devida autorização vamos postar aqui uns contos da querida Carol Ruppenthal.
Dona Ana ...
Para todo universitário, conseguir um estágio é motivo de euforia, ainda mais quando se consegue estagiar em um lugar disputado. Comigo não foi diferente, quando recebi a confirmação de que trabalharia em uma das maiores e melhores empresas do estado, não fiquei surpresa, mas muito satisfeita.
Apesar de ser muito confiante e decidida, fiquei ansiosa pelo primeiro dia, me produzi cuidadosamente, preocupada com todos os detalhes. Olhei-me no espelho e vi uma moça de 21 anos, morena com o corpo curvilíneo, trajando um tailleur discreto que a fazia parecer profissional, porém muito feminina. Satisfeita com o resultado, saí de casa e dirigi em direção ao meu precioso futuro.
Fui informada de que trabalharia de assistente pessoal de uma das diretoras da empresa e lidaria de perto com os problemas da administração, o que era um pouco diferente do que eu havia enfrentado na universidade até então. Como cheguei cedo e os diretores estavam em reunião, fiquei um bom tempo esperando e aproveitei para fazer amizade com uma moça que trabalhava por lá. Ela me confidenciou que a tal mulher para quem eu trabalharia se chamava Ana, fazia tudo o que queria dentro da empresa, sua fama era de perfeccionista, mandona e excepcionalmente boa no que fazia. Tinha várias especializações, estava cursando o segundo doutorado, tudo isso nos seus 30 e poucos anos de vida. Confesso que enlouqueço com esse tipo de mulher, por isso fiquei ainda mais curiosa para conhecê-la.
Algum tempo depois, a porta do elevador abriu e saiu de lá um grupo de homens de terno, segurando suas maletas, uns falando no celular, outros conversando entre si. Notei que atrás deles havia uma mulher loira, pele bronzeada, alta, com a boca carnudinha e um olhar sensual, apesar de sério. Ela estava absurdamente sexy dentro de um terninho preto, com os óculos na ponta do nariz e falando, muito brava, no celular. Tive a certeza de que era ela. Era Ana. Senti um arrepio por todo o corpo, não conseguia tirar os olhos daquela “biodiversidade” em forma de gente. Quando ela passou uma das mãos pelos cabelos, algumas mechas se soltaram do coque e eu pude imaginar, perfeitamente, como aquela mulher deveria ficar depois de uma noite inteira fazendo sexo. Logo senti minha calcinha ficar molhada e mal notei que ela estava se dirigindo a mim.
- Você é Caroline? – perguntou ela com a voz grave, rouca... séria.
- Sim, senhora. – respondi, me segurando para não gaguejar.
- Siga-me.
Após dar a ordem, virou-se e saiu andando. Ainda meio perdida, fui atrás, fazendo questão de me demorar, pois me apetecia muito poder olhar de perto aquele quadril balançando de um lado para o outro. Enquanto andávamos, ela dava ordens e recomendações com aquela voz poderosa que me exigia e excitava muito.
- Por fim, enquanto eu trabalho você trabalha! – disse ela, terminando seu longo discurso e indo para a sua sala.
Sentei-me no meu lugar e ainda um pouco perplexa com o que havia presenciado, sussurrei: “Filha de uma puta!”. Sentia minha calcinha encharcada entre as pernas por causa dela. Isso me fez perceber que não seria nada fácil trabalhar naquele lugar. Minha vontade era deitar aquela mulher na mesa e fazê-la implorar por um orgasmo, apesar de saber que ela deveria ser do tipo que não dava o braço a torcer, o que me enlouqueceu ainda mais.
Os meses foram passando, minha experiência aumentando, a confiança em mim se expandindo e, por incrível que pareça, dona Ana parecia cada dia mais gostosa. Não eram raras as vezes em que eu ia me masturbar no banheiro pensando nela. Sempre que ela se afastava de mim, me deixando molhada, escapava de minha boca uma palavra de baixo calão. Era inevitável e inconsciente, tanto que uma nova amiga do trabalho não demorou a perceber o meu interesse pela loira. Quando nos encontrávamos no horário de almoço, minha amiga soltava uma piadinha sobre o assunto e ficávamos rindo e falando nisso o resto do tempo.
- Você ainda vai soltar uma dessas expressões na frente dela! – alertava Samara.
- É bem possível que ela goste. - eu respondia. E terminávamos o almoço ainda entre risadas.
Em uma quarta-feira, saí para o almoço mais cedo, acreditando que dona Ana só chegaria depois do horário, como fazia algumas vezes. Como sempre, convidei Samara para almoçar e ficar papeando enquanto a Ana não chegava. Alguns minutos depois eu vejo minha patroa se aproximando, furiosa.
- Ihh... Ela não tá de bom humor. Foi bom te conhecer, Carol. Até uma próxima vida! – brincou minha amiga.
Não resistindo, dei risada da piadinha. Quando olhei para Ana novamente, ela estava me fuzilando com o olhar e fazendo movimentos com as mãos para eu segui-la. Fui atrás, obediente, me preparando para uma possível catástrofe.
- Onde você acha que está? Numa colônia de férias? – Indagou ela, com voz firme. – Estou te procurando para que faça seu trabalho e você resolve sair na hora que quer, sem me consultar! Pensa que eu tenho tempo para esse tipo de atitude?
Vendo que ela não me deixaria abrir a boca para explicar que não a tinha visto chegar, ouvi tudo o que ela tinha a dizer, quieta, me segurando para não prendê-la numa parede e começar a chupá-la na mesma hora. Cada variação do tom de voz dela fazia meu ventre pegar fogo. A forma como ela me olhava, acusadora, exigente e, até mesmo, voluptuosa, iam fazendo minha calcinha umedecer, os bicos dos meus seios ficarem duros, meu corpo começava a suar dentro da roupa, eu sentia meu rosto ficar ruborizado, mas ouvia quieta, eu adorava o jeito superior com que ela falava. Ana me chamou de indisciplinada e irresponsável. Disse que se eu fizesse, novamente, algo do tipo, poderia me considerar demitida. Depois de me dar as ordens necessárias, virou-se e foi, balançando os quadris, para seu escritório.
- Puta. – sussurrei com um sorriso malicioso no rosto, antes de me dirigir rapidamente ao banheiro.
No fim do dia, não me agüentando, passei na casa de uma “amiga” para aliviar todo aquele desejo que estava sentindo por aquela mulher. Débora era seu nome, conhecíamo-nos há anos e sempre que possível, nos ajudávamos em casos “urgentes” como o que eu estava passando. A cama não pegava fogo quando estávamos juntas, mas dava um alívio enorme quando eu imaginava que a língua que estava entrando e saindo persistentemente de dentro de mim, os lábios que sugavam meu clitóris e os dedos que me fodiam eram de Ana. Gozei pensando na boca e nos dedos dela.
Na quinta-feira de manhã, Débora me pediu carona até a empresa, pois queria ir a algum lugar perto dali, depois voltaria para casa de táxi. Concordei em levá-la. Quando chegamos, ela saiu do carro junto comigo para esperarmos a hora de eu entrar. Começamos um papo safado no estacionamento e logo eu a apertei contra o carro e comecei a esfregar minha coxa entre as suas pernas. Ela gemia baixinho enquanto eu sussurrava safadezas no ouvido e mordia o lóbulo da orelha dela. Nesse instante um carro preto passou por nós com bastante velocidade para o local em que estávamos e mais tarde estacionou em uma vaga. Não prestei atenção em quem era, pois estava empenhada em aumentar a pressão de minha coxa entre as pernas de minha amiga. Quando o corpo de Débora começou a anunciar o gozo, eu abafava com meus beijos os gemidos que escapavam cada vez mais altos da boca dela, até que ela enroscou uma das pernas em volta de mim, começou a virar os olhos e tremer o corpo num delicioso e prolongado orgasmo. Ela levou alguns minutos para voltar a respirar normalmente, disse que queria retribuir, mas achei melhor deixar para outro dia, pois logo outros carros começariam a chegar.
O dia de trabalho ocorreu normal, acreditei que quem dirigia o carro não tinha me visto no estacionamento, pois não havia nenhum comentário sobre o assunto. Dona Ana chegou alguns minutos depois de mim, me cumprimentou da forma profissional que sempre fazia e se dirigiu para sua sala, eu, como sempre, fiquei observando o jogo de quadris que aquela mulher fascinante fazia e sussurrei um palavrão qualquer. No horário de almoço, comentei com Samara desde o que havia feito na noite anterior até o acontecimento no estacionamento. Ela disse que também não havia ouvido boato nenhum, mas que se ouvisse, avisaria.
No final da tarde, me dirigi à sala da Ana para perguntar se ela precisaria de mais alguma coisa e avisar que estava indo embora.
- Não, pode ir. Amanhã esteja aqui mais cedo, vou precisar de você. – Respondeu sem tirar os olhos do computador.
Quando eu ia girar o corpo para sair, ela fez uma última recomendação:
- E seria mais apropriado se você escolhesse lugares mais discretos para fazer sexo.
Fiquei parada, incrédula. Ela me olhava profundamente, os olhos acinzentados estavam semicerrados e os lábios carnudos formavam um leve sorriso, malicioso, quase imperceptível. O tom de voz que ela usou me encheu de excitação, parecia que ela estava de safadeza comigo, só queria me provocar.
- Vagabunda. – sussurrei. Só depois me dei conta de que tinha falado alto o suficiente para ela poder ouvir.
continua ...
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