sábado, 20 de agosto de 2011

Parada Gay de Niterói



ATUALIZANDO




Quem esteve na passeata pedia direitos iguais aos heterossexuais e a criminalização da homofobia. Polícia Militar não registrou nenhuma ocorrência durante o evento

Nem mesmo a chuva e o frio espantaram cerca de 150 mil pessoas que estiveram presentes na 7ª Parada do Orgulho LGBT de Niterói. A sigla é para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. A manifestação aconteceu neste domingo, na Praia de Icaraí. Com o tema “Identidade”, os presentes comemoravam a decisão, em maio do Supremo Tribunal Federal, de aprovar a união estável entre homossexuais e pedia direitos iguais aos heterossexuais e a criminalização da homofobia. A madrinha da parada foi a transformista Kátia Furacão, da ONG LGBT Grupo Sete Cores, uma das organizadoras do evento.

A concentração começou às 15 horas, na Rua Miguel de Frias. O evento, que começou às 17 horas, se estendeu por toda a Avenida Jornalista Alberto Torres. a participação de oito trios elétricos.Contou ainda com a presença de dirigentes das ONGs LGBT da cidade, de autoridades que manifestaram apoio à causa do segmento.

“O evento foi muito bem organizado e a cada ano, a parada cresce. No próximo mês irei a Brasília para pedir mais recursos visando executar políticas públicas para os movimentos sociais, inclusive o LGBT”, anunciou o subsecretário de Direitos Humanos de Niterói, Romério Duarte, que representou o prefeito Jorge Roberto Silveira na parada.

“O importante deste evento é mostrar a importância da causa para os setores da sociedade que são mais resistentes”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Marcelo Sereno.

“Foi a primeira vez que vim aqui. A nossa entidade tem histórico de luta em defesa dos trabalhadores homossexuais em acordos coletivos”, contou Ana Cristina dos Santos, secretária da Diversidade Humana da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

O estudante de Letras da UFF, Silaedson da Silva Júnior, 28 anos, vítima de um ataque homofóbico no último dia 5, quando saía da Praça Leoni Ramos, em São Domingos, também prestigiou o evento.

“Vim para defender a nossa causa, que é de direitos iguais para todos, já que também pagamos impostos e temos os mesmos deveres”, declarou.

A Polícia Militar, que colocou viaturas na Praia de Icaraí, não registrou nenhuma ocorrência. Apesar da colocação de banheiros químicos, muitas pessoas fizeram suas necessidades na areia da praia e nas ruas transversais. Outro ponto negativo foi a disputa pelas ONGs LGBTs pelo uso do microfone, uma impedindo a outra de se manifestar. O Grupo Diversidade Niterói (GDN) várias vezes quis monopolizar a fala, atrapalhando o discurso dos representantes de outras entidades como as ONGs Unidos pela Diversidade, Grupo Sete Cores e Cidadania Gay, que também organizaram o evento.

Pessoas de outros municípios também marcaram presença.

“Foi a segunda vez que vim. Sempre vou nas paradas do Rio de Janeiro e São Paulo. Estou aqui pela causa, me divertir e conhecer pessoas”, contou o administrador financeiro Breno Soares, 23 anos, carioca.

“Foi a minha 5ª vez. Vim pela causa e para me divertir”, disse o analista de vendas Yale Prado, 19 anos, morador de Duque de Caxias.


O FLUMINENSE

retirado do site do jornal O fluminense do dia 22/08/2011 http://migre.me/5xXgE



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