quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pimenta Gaúcha Final

Sua boca era macia e quente. Soltei um leve gemido e senti seu hálito se aproximar de minha orelha.

- Tu não tens noção do quanto és gostosa, guria – sussurrou

Senti minhas pernas ficarem trêmulas quando ela mordeu o lóbulo de minha orelha, meu corpo parecia incendiar. Lorena subiu uma das mãos por minha coxa e começou a esfregá-la entre minhas pernas, acumulando um misto de prazer, remorso e desejo dentro de mim. A gaúcha me virou de frente pra ela, com firmeza, me puxou pela cintura e me olhou séria, pela primeira vez. Foi nessa hora que tive certeza de que estava prestes a me perder no abismo daqueles olhos cor de mel.

Lorena me puxou pela nuca, me fazendo pensar que ia beijar-me. Quando fechei os olhos senti seus lábios e língua no meu pescoço e não na minha boca. Ela me apertava com força e deixava as marcas de seus chupões no meu pescoço. Levei minhas mãos até suas nádegas e apertei com força, espremendo ainda mais seu corpo contra o meu. Lorena me mordia o queixo, lambia a orelha, chupava o pescoço, passa a mão por meu corpo, mas não me beijava a boca. Mal me agüentando de desejo, segurei seu rosto por um instante e fiz menção de beijá-la, ela afastou-se com um sorriso safado e desamarrou o nó que prendia meu top, deixando meus seios completamente a mostra. Segundos depois, abriu os botões do meu short e tirou-o, deixando-me somente de calcinha. Lorena sentou-se na cama por um instante, ficou admirando meu corpo enquanto mordia o canto dos lábios. Puxou-me para mais perto e passou a lamber meu umbigo, eu a segurava pelos cabelos e soltava gemidos baixinhos. Ela me sentou em seu colo e começou a sugar delicadamente meus mamilos, sua língua brincava ora com um ora com outro, meu corpo se inclinava para trás, confiando nas mãos fortes que me seguravam pelas costas, o calor de sua boca parecia percorrer todo o meu corpo. Lorena estava me enlouquecendo. Tomada de excitação, afastei seu rosto de meus seios e arranquei-lhe um beijo voluptuoso, minha língua foi em busca da dela e foi prontamente correspondida, os lábios carnudos e quentes de Lorena combinavam perfeitamente com os meus e eu os mordia, chupava, lambia, só faltava arrancar-lhe um pedaço.

Comecei a tirar-lhe a pouca roupa que vestia, ficando encantada a cada centímetro descoberto, deixei-a somente de calcinha, assim como eu. Passei a abocanhar-lhe os seios, chupando, ávida, os mamilos. Eu levantava os olhos e via minha gaúcha revirando os olhos e mordendo os lábios carnudos, eu deixava seus gemidos entrarem em minha cabeça como se fossem composições de Chopin. Senti vontade de morder-lhe todo o corpo.

Lorena me jogou na cama, ficou de quatro em cima de mim, afastou minhas pernas com as suas e começou a chupar minha língua enquanto espremia sua coxa contra minha boceta. Passei a gemer com mais força e ela a apertar ainda mais sua coxa contra mim. Era praticamente impossível me concentrar em seus beijos, me agarrei em seu pescoço como se fosse a última coisa que me restasse. Quando comecei a ficar ainda mais ofegante e me esfregar com força em sua perna, Lorena parou os movimentos com a coxa. Deitou o corpo sobre o meu e continuou a me beijar até que minha respiração voltasse ao normal.

- Estás parecendo uma guriazinha inexperiente se deixando afetar desse jeito. – disse ela com o sorriso sarcástico no rosto

Sabia que só estava tentando me irritar, por isso nem me dei o trabalho de respondê-la. Fingi cara de brava e ela disse que iria fazer-me desmanchar o bico em um instante. Beijou-me a boca e foi descendo com a língua por todo o meu corpo, até chegar à calcinha, que foi praticamente arrancada de mim. Lorena afastou ainda mais as minhas pernas e passou um dos dedos em minha boceta, levando-o à boca em seguida. Afastou meus grandes lábios com o indicador e o polegar e deu um banho de língua em meu clitóris, fazendo sair gritos e gemidos de minha boca. Sua língua experiente passeava por toda a minha vulva, me penetrava, mas era no clitóris que se demorava. Chupava, lambia e, até mesmo, dava mordidinhas delicadas. A aspereza de sua língua fazia meu corpo contorcer-se inteiro, eu me agarrava aos lençóis e apertava os olhos. Lorena me chupava com força, quase com rudeza, ansiosa por me fazer gozar, suas mãos passaram a me percorrer o corpo e me apertar, arranhar. Descontrolei-me quando ela começou a enfiar-me a língua e massagear meu clitóris com os dedos. Puxei sua cabeça contra minha boceta e soltei um grito forte, que foi seguido de um orgasmo arrebatador, que fez meus músculos enrijecerem e, em seguida, meu corpo convulsionar. Tudo havia ficado cor de mel, a cor dos olhos de Lorena. Permaneci deitada, sem forças, mal consegui corresponder à sua boca que me beijava, escorregadia.

Pouco tempo depois, recuperei o que pude de minhas energias e comecei a passear com minhas mãos pelo corpo de Lorena. Observei cada detalhe que não tinha visto antes, deslizei com meus dedos, sentindo a textura macia de sua pele, seus músculos da barriga e coxas. Tire-lhe a calcinha delicadamente, sua vulva tinha uma fileira de pêlos escuros logo acima do clitóris, em sua virilha havia uma tatuagem com o desenho de uma pimenta, acho que nenhum outro tipo de desenho lhe representaria melhor. Comecei a masturbá-la devagar, fazendo movimentos circulares em seu clitóris, enquanto a beijava. Aumentei a velocidade aos poucos, podia sentir meus dedos ficarem molhados com seu líquido e aquilo voltava a me encher de excitação. Pedi para que ficasse de bruços e fui atendida. Lorena tinha a bunda redondinha, muito bem definida.

- Dá vontade de morder! – falei

- Morde! Eu adoro. – pediu ela

Primeiro passei as mãos e apertei, em seguida encurvei meu corpo e dei uma bela mordida em sua bunda, ela agarrou-se no travesseiro e abafou um gemido. Adorando a sensação que aquilo me passava, dei outra mordida ainda mais forte, Lorena se derretia inteira.

Afastei um pouco mais suas pernas e pude ver sua boceta molhada, cheia de desejo, minha boca encheu-se d’água e logo eu já estava com minha língua entrando e saindo de seu corpo. Ela rebolava o quadril e mordia o travesseiro enquanto eu sorvia cada gota do líquido quente que insistia em escapar-lhe do corpo.

Para minha surpresa, Lorena pediu para que eu me afastasse e deitou-me novamente na cama, enquanto dizia:

- Agora eu quero gozar junto com você!

Me animei logo que entendi o que ela queria dizer: tribadismo. Lorena levantou uma de minhas pernas e encaixou sua boceta com a minha, foi aí que tive certeza do quanto ela estava encharcada. Começamos a movimentar nossos corpos, roçando nossos clitóris, nos enlouquecendo mutuamente. As mãos dela acariciavam meu corpo enquanto este se movimentava o máximo que podia para lhe dar prazer. Ela rebolava sobre mim, seu corpo começou a suar e seus gemidos ficarem mais fortes. Somente a visão do corpo dela se mexendo sobre o meu já era suficiente para me fazer suspirar irregularmente e gemer, seu perfume me invadia as narinas, me incendiando ainda mais. Os fios de cabelos caíam sobre seu rosto e notei que seus movimentos também me lembravam os de um felino. Lorena começou a se mexer com mais força e rapidez, sua respiração ficou curta e entrecortada, meu corpo correspondeu à tamanha volúpia e começou a tremer. Nosso orgasmo foi forte, prolongado, gostoso... Lorena caiu de bruços, com os olhos fechados, ao meu lado, um sorriso enorme estava em seus lábios.

- Bah! Estás parecendo uma guriazinha inexperiente se deixando afetar desse jeito! – provoquei-a, imitando a frase que ela havia me dito antes

- Assim eu me apaixono – disse Lorena entre as risadas

Ficamos deitadas por mais alguns instantes, conversando sobre qualquer coisa, pensando que as pessoas não poderiam sequer imaginar o que havíamos feito. Dormimos juntas e no dia seguinte agimos normalmente para evitar fofocas.

No fim do dia, Lorena fez questão de me levar até em casa. Conversamos pouco durante a viagem devido ao cansaço. Quando chegamos em frente ao meu prédio, ela desceu comigo do carro e me abraçou pela cintura. Estávamos falando sobre qualquer besteira quando ouço a voz de Ana:

- Vejo que não sentiu tanta saudade assim!

Olhei, encantada, para aquele rosto que tanto me fez falta. Ela parecia radiante, e um sorriso lindo tomava conta de seus lábios. Sem pensar, me soltei de Lorena e abracei Ana com toda a força que consegui. Estava louca de saudade do cheiro e do toque dela, mal notei quando Lorena entrou no carro e foi embora. Subimos para o meu apartamento e Ana perguntou:

- Quem é aquela?

Quando fiz menção de responder, ela me interrompeu:

- Quer saber? Deixa para lá. Estou em casa agora e morrendo de saudade do seu corpo.

Puxando-me pela cintura, Ana foi me levando pelo apartamento, tirando minhas roupas, até chegar ao quarto, onde pudemos matar a saudade da mesma forma que havíamos nos despedido.

C.R.

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