quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A bibliotecária Parte III

Quando cheguei à entrada da instituição, avistei a porta da biblioteca. Esta parecia estar fechada, mas resolvi me aproximar para ter certeza. Girei a maçaneta e a porta abriu. Senti-me aliviada quando entrei e vi que as luzes ainda estavam acesas, sinal de que Fernanda ainda estava lá. Porém, quando olhei em volta, não vi ninguém. Comecei a andar entre as estantes do lugar, olhando os títulos, já ansiando por encontrar o tal livro que a professora pediu. Quando cheguei ao final de uma das estantes, avistei o livro que estava procurando. Ao retirá-lo do lugar, ficou uma fresta que me permitia ver claramente o fundo da sala e, por conseqüência, vi Fernanda conversando com uma moça de cabelos curtos e pretos. Fiquei quieta, tentando ver quem era a moça, mas acabei por não reconhecê-la. Era magra, alta, os cabelos eram ondulados e algumas mechas caíam sobre seu rosto, seus trajes eram um tanto masculinizados, assim como seu modo de gesticular. Estavam cochichando, me impedindo de ouvir a conversa, mas Fernanda não parecia muito contente.
De uma hora para a outra, a desconhecida puxou Fernanda pela cintura e deu-lhe um beijo. Fiquei estarrecida e, ainda observando a cena, retirei mais livros de minha frente, puxando, inclusive, os que estavam na prateleira do outro lado. Fernanda, de início, não parecia querer o beijo, mas segundos depois suas mãos já estavam pressionando o corpo da outra, enquanto a empurrava para uma mesa no fundo da sala. Senti uma mistura de ciúme e excitação. O ciúme foi por ver outra pessoa tocando no meu “objeto” de desejo, mas a excitação foi causada por ver a pegada forte que Fernanda tinha. Seus braços envolviam a outra como se quisesse prendê-la para sempre, suas pernas fortes se esfregavam entre as da moça. Às vezes, quando a estranha parava de beijá-la, Fernanda a puxava pelos cabelos e a obrigava a continuar com o beijo. Após sentar a amante na mesa, a bibliotecária ajoelhou-se e abaixou-lhe a calça e a calcinha de uma só vez. Em seguida, sem moderar o tom de voz, ordenou que ela abrisse bem as pernas. Não consegui ver o sexo da outra, pois Fernanda avançou vorazmente assim que ela obedeceu, mas posso dizer, com toda certeza do mundo, que ela estava se derretendo inteira. Sua expressão demonstrava tanto prazer que eu praticamente conseguia sentir a língua de Fernanda entre minhas pernas. A moça encurvava o corpo e agarrava nos cabelos da bibliotecária, sempre gemendo e rebolando o quadril. Fernanda me parecia muito competente no assunto, eu podia ouvir os estalos dos chupões que ela dava na outra, uma de suas mãos afastava os grandes lábios e sua cabeça se movimentava para frente e para trás, denunciando que ela tentava enfiar-lhe a língua na boceta.
Minha mente dizia-me para ir embora, mas meus olhos não conseguiam desgrudar daquela cena. Posso ser suspeita para falar, mas não existe coisa mais linda de se ver. A esta altura, minha calcinha estava absurdamente molhada, eu tinha vontade de me enfiar embaixo de Fernanda e começar a dar-lhe um banho de língua, pois ela deveria estar mentalmente implorando por isso. Fernanda abriu mais as pernas da moça e trouxe-a mais para perto, parecia querer engolir a boceta da outra. Algum tempo depois, o corpo da garota começou a tremer e ela abafou um gemido forte com a mão esquerda, enquanto puxava o cabelo da bibliotecária com a direita. Fernanda levantou-se do chão e a beijou, sofregamente. Permaneci quieta, esperando para ver o que aconteceria depois, pois estava claro que não terminaria assim.
Após retomar o fôlego, a amante de Fernanda encostou-a na parede, ao mesmo tempo em que voltava a beijá-la. Fernanda era uma safada, já estava apertando as nádegas da moça, levantando a saia e levando uma de suas mãos até a própria vulva. Não posso negar que também estava me sentindo um tanto pervertida, nunca fui voyeur, mas aquilo me excitava muito. Era uma cena tão linda e sedutora que eu não consegui me conter, me ajoelhei no chão, tirei mais alguns livros da prateleira e comecei a acariciar-me por cima da calça. A outra estava com a mão esquerda acariciando a boceta de Fernanda, esta contorcia o rosto de tesão, agarrava a bunda da outra, puxava-lhe a nuca para arrancar um beijo, parecia desesperada. Só de pensar no quão molhada sua vulva deveria estar, minha boca enchia-se d’água. Pude notar o sobressalto de Fernanda quando foi penetrada, seguido de uma mordida no ombro da outra, dada para evitar que os gemidos escapassem de seus lábios. Conforme a moça aumentava a velocidade dos dedos entrando e saindo da bibliotecária, eu aumentava a velocidade da massagem que fazia em meu clitóris. Ela jogava o corpo pra cima de Fernanda, mordia seu pescoço e sussurrava coisas. Quando notei que estava prestes a gozar, tapei a boca com uma das mãos e tentei me controlar. Foi entre os espasmos do orgasmo que notei o olhar de Fernanda em minha direção.
Abaixei-me o mais rápido que pude, fiquei parada, estática, tentando controlar a respiração. Coloquei os livros, vagarosamente, no lugar e observei, pela última vez, os dedos que entravam e saíam da bibliotecária. Retirei-me do local enquanto ouvia os urros e gemidos de Fernanda, um sorriso se formou em meus lábios e a neura da possibilidade de ela ter me visto se dissipou quase totalmente. Esqueci, inclusive, a história do livro para fazer o trabalho. Decidi deixar para segunda-feira de manhã, pois nada estragaria o resto de meu dia.
Cheguei em casa com um sorriso de orelha a orelha. Minha mãe, antes de sair de casa com meu pai, avisou que demoraria a voltar e que Luana estava me esperando no quarto. Subi as escadas correndo e me joguei em cima dela quando a vi. Ainda estava sendo consumida pela excitação, portanto não pensei duas vezes, passei a acariciar seus seios por baixo da blusa enquanto a beijava, pensando no quanto a moça da biblioteca havia sido tola por deixar escapar a chance de chupar Fernanda, eu daria qualquer coisa para sentir seu gosto.

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