quarta-feira, 25 de abril de 2012

Minha Doce Prostituta V

O CARNAVAL

No sábado de Jé pereira dia do desfile do maior bloco de carnaval do mundo, Erica e Sandra conseguiram convencer Luiza a ir ver o desfile do galo da madrugada, tênis, short jeans curto, camiseta, cocar de índio com penas de na cor azul e branco como a bandeira do estado, assim com as três listras em cada bochecha com tinta guache, muito protetor solar, é assim que Luiza sai pra brincar, na companhia de duas enfermeiras é isso mesmo Sandra e Erica saíram fantasiadas de enfermeira, já Bella preferiu a fantasia de Betty Pop.

- Gurias você estão muito engraçadas com essas fantasias. – disse Isa.

- Você deveria ter comprado uma pra você também Isa, todo mundo está de fantasia. – falou Erica.

- Não, você daqui são muitos doidos.

- Doida vai ficar você depois que brincar o carnaval daqui. – disse Sandra colocando suas luvas.
- Tenho que concordar com as gurias Isa, é bom demais, mas vamos deixar de conversa e vamos indo pegar ônibus que é quase uma missão impossível.
- Ano que vem vamos nos fantasiar do quarteto fantástico, Erica se fantasia da coisa. - todos caíram na gargalhada.
- E por que eu tenho que ser a coisa. – perguntou com cara feia.
- Oras porque você é a maior. – disse Sandra brincando.
Depois de muita risada, as meninas vão para o ponto de ônibus, realmente uma missão impossível mesmo, os ônibus passam abarrotados de gente que vão até penduradas na janela depois de quase uma hora esperando, elas são sinal a um menos cheio, o percurso é rápido de piedade ao centro são apenas 40 minutos, chegam no Cais de Santa Rita, logo Bella dá todas as instruções a que caso ela se perca  e saiba voltar pra casa, uma vez que Luiza não conhece muito a cidade ainda, vão caminhando pela rua do sol, a animação é máxima, chega na praça da independência melhor lugar pra ficar pra quem não ta acostumado Sandra encontra com dois amigos, o grupo desce até a rua da concórdia, Luiza fica deslumbrada, com a beleza da festa, gente de todos os tipos, cada fantasia hilária, ela se acaba de tanto ri, quando se instalam perto do posto policial.
- Que loucura é essa? – diz Luiza eufórica. – É muita gente, olha como alguém pode se vestir assim – aponta pra um grupo de rapazes fantasiado de camisinha, um uma placa bem grande usa eu! – Olha aquela senhora fantasiada de odalisca, meu Deus! – uma senhora de cerca de 65 anos toda durinha fantasiada como  odalisca, brincando e sorrindo.
- Se acostuma querida, você não viu nada, aqui é o carnaval multi-cultural.
Entre um trio e outro o grupo se divertia Luiza já não tentava mais evitar os beijos roubados que levava entre um rapaz e outro que passava, um calor infernal, uma alegria fora do comum, quando passou o trio de André Rouche Luiza reconheceu aquele rapaz vestido de marinheiro, num impulso o puxou pelo braço, assim que o rapaz a viu abriu um sorriso e a agarrou dando um abraço bem apertado, logo ele puxou pra um longe da multidão.
- Meu Deus Lucas, você aqui, quando te vi fiquei na duvida senti tanta vontade de falar com você.
- Ai linda que saudades, você sabe que eu te adorei não é. – disse ele abraçando.
– Pedi seu telefone pra Amanda mais ela não quis dar, me diz como você ta, ta sozinha aqui é?
- Não eu vim com uns amigos e minha prima eles estão ali quer conhecê-los?
- É pra já!
Luiza apresentou Lucas ao grupo, Sandra ficou logo animada quando o viu, que acabou ficando com o grupo, ele disse que tinha vindo com os amigos, mais eles preferiram ficar no camarote, como Lucas disse que era do povão queria curti lá em baixo acabou descendo sozinho, aproveitando pra sair beijando adoidado todos os gostosinhos que pintasse, isso mesmo Lucas era gay, sendo que ninguém sabia, apenas Amanda e Luiza, curtiram de montão o desfile, quando deu 16:00  Luiza já não agüentava ficar em pé e estava mais vermelha que um pimentão, nunca tinha pulado tanto num dia só, sem contar que as meninas ficava arrastando ela de um canto a outro pra paquerar, quando se despediram Lucas marcaram com o mesmo grupo de ir domingo pra Olinda, Isa adorou a idéia de ir com ele também porque ela sentia muita simpatia por ele desde que o conheceu, nisso elas vão embora já que os meninos ficaram. A noite Luiza não aceitar ir com a prima pro recife antigo onde ia ter vários shows no marco zero, as 22h00min da noite ela recebe um telefonema de um cliente, resolveu fazer o programa, quando chegou em casa depois de um longo banho resolve deitar, ela se pegar a pensar em Duda.

- Mais que droga, essa guria não me sai da cabeça, ontem na faculdade eu notei que ela esbarrou em mim de propósito, será que ela queria me afrontar, bem provável ela não perde a oportunidade de me chamar de tarada – risos- tarada, bem que eu tarava ela mesmo, aquela bonequinha linda, afff, o que estou pensando, tenho é que me policiar, manter distancia, isso sim, já pensou se ela descobre o que eu faço com certeza ia gritar pra faculdade inteira, já basta os olhares maldosos que aquele povo metido lançam sobre mim, achando que eu sou lésbica, imagina se eles soubesse que sou uma prostituta. Não, não quero passar pelo que passei na antiga faculdade, aquelas críticas felinas, brincadeiras maldosas, sendo ridicularizada, xingada, ameaçada, não, isso de novo não, farei o que for possível pra manter minha profissão em segredo, profissão que ridículo eu chama o que faço de profissão, é ate uma ofensa. Sou uma puta, isso sim, nunca que aquela guria ia querer alguém como eu, ou melhor, acho que ninguém decente se envolveria comigo se soubesse.
Luiza custou a dormir, quando isso aconteceu acabou sonhando com Maria Eduarda, na manhã seguinte, foi bem agitada, a casa estava em euforia com o carnaval, as meninas chegaram por volta de 10:00 horas da manhã, os meninos já adentraram no apartamento tocando trombeta, soando apito, Mauro e Túlio vestido de pizzaolos, com uma gravatinha borboleta e uma bermudinha bem colada, por baixo um sungão com o peito nu, bem ate que os morenos ficaram um arraso exibindo o peitoral bem malhado, a fantasia das meninas permaneceram, só  Bella que mudou e  foi de mulher gato, com uma bermuda de couro preta bem ligada, um top preto de couro, baton vermelho e colocou umas unhas postiças, bota, tava linda e provocante, Luiza resolveu adentrar na brincadeira das meninas vestiu roupa simples uma fantasia sua mesmo já que tinha diversas pois as vezes um cliente vinha com um pedido pra ela se fantasiar de alguma coisa, ela se vestiu de colegial, saia azul de prega, bem curtinha, uma blusa branca quase tipo social mais não era, sem manga e uma gravatinha azul, meia branca ate a canela e uma sapatilha preta, cabelos solto maquiagem ela abusou no brilho e na purpurina, estava todos divertidíssimo, desceram, o quinteto fantástico e foram pro ponto de ônibus.
Enquanto isso já nas ladeiras de Olinda, Lucas esperava junto com Amanda, Duda, Jéssica e Renato.
- Puta que pariu Lucas que demora da tua amiga, já chegamos aqui faz o maior tempão e nada.
- Calma Duda, elas estão vindo de ônibus.
- Afff, so podia ser né - disse Jéssica.
- Liga logo pra ela e pergunta onde ela ta.
- Já fiz isso ela já ta no complexo salgadinho, já, já elas chegam.
- Que agonia é essas meninas, o dia começou agora, vamos beber. – disse Amanda brincando. – Daqui a pouco ela deve estar chegando só espero que ela seja gostosa.
- To contigo Amanda tem que ser gostosa em Lucas.
- Bem elas são! Visse. – disse Lucas sorrindo.
Uma hora e quinze minutos depois o grupo desce do ônibus numa animação só os meninos compram cerveja já vão brincando, assim que passam pela revista, eles vão para o pé da ladeira, Lucas avista o grupo de longe e corre para cumprimentá-los, beija e abraça Luiza com carinho, assim como as outras meninas, ele leva o grupo ao encontro do seus amigos, Luiza fica estática quando ve Duda e Amanda, ela olha para Lucas que sorri ele fala no ouvido dela baixinho.
- Me desculpe, mais se eu te contasse você não ia querer vim e eu to doido pra pegar seu amigo ali. – apontou pra Túlio. - Elas não vão mexer com você eu prometo. – a beijou.
- Eu pisei em rastro de corno mesmo, ela, ela ta aqui na minha frente completamente linda com essa fantasia de fadinha, linda, mil vezes linda, Amanda não podia estar em fantasia melhor vestida de diabinha, ela está uma gata isso tenho que admitir. - pensou Isa.- Ela ta aqui, porque meu coração ta batendo tão forte, essa ridícula acabou com minha vida, era pra eu detonar com ela, mais ela está tão de colegial, olhando assim nem parece a devassa que deve ser. O que o idiota do Renato está falando com ela, ele ta todo animadinho, merda! – pensou Duda.
Lucas apresentou o grupo a outro grupo embora as meninas já se conhecessem porque estudavam juntas, Amanda sorria, seu sorriso era maléfico pra Luiza, ela a olhava e piscava, depois fazia gestos obsceno pra Luiza quando estava bebendo, eles ficaram por ali até que Lucas voltou com Renato distribuindo um assessório fundamental no carnaval de Pernambucano.
- Pra que isso? – perguntou Isa quando Lucas deu-lhe uma pistola de água, antes de responder Amanda chegou na frente dela na cara mais cínica e disse:
- Isa é simples, isso aqui é uma pistola de água e uma tradição no carnaval daqui, muito boa por sinal ajuda muito na hora do flerte, quando você quiser beijar alguém só fazer isso. – Amanda atirou água bem nos seios de Luiza. – Isso quer dizer que eu quero te beijar, agora atira água em mim também. – Amanda sorriu de um jeito safado, Luiza compreendeu o que ela queria.
- Ela não vai atirar em ninguém. Sai de perto dela Amanda. - disse Duda se pondo no meio das duas, seus olhos se cruzaram, Luiza sorriu e atirou água em Duda que se irritou.
- Não atire isso em mim sua desclassificada.
Pra amenizar os ânimos Lucas falou:
- Vamos parar, hoje e dia de curtir, Isa é seu primeiro carnaval aqui, temos essas manias, mais é bem divertido, usamos isso pra brincar, você atira em quem quiser beijar, se a pessoas corresponder vai atirar em você também daí linda não precisa mais nada só beijar na boca.

Luiza achou engraçado, mais entrou na brincadeira, Duda puxou Amanda pra um canto muito irritada.

- O que você pensa que ta fazendo em Amanda, foi impressão minha ou você ta querendo pegar aquela tarada?

- Tarada. – riu – Você tem cada uma, amiga venhamos e convenhamos ela e super gata, e seu vou pro ataque sim.

- Não se atreva viu, se você ficar com ela eu vou embora agora mesmo. – Duda tava morrendo de ciúme, ela conhecia Amanda sabia que se ela fosse para o ataque ia ficar com Luiza, pelo menos ela pensava assim.
- Amanda riu achando que Duda tava com ciúme dela. - Ta bom, ta bom, tem mulher demais aqui pra eu pegar, não vou chegar perto dela.
Luiza se divertia com a cara feia que Duda estava para o lado dela, sempre que ela olhava a outra fazia aquele gesto infantil que deixava Luiza fascinada dando língua, quando estava subindo a ladeira pra ir pra frente da prefeitura onde era o foco da folia, vinha uma troça, uns rapazes vestido de bombeiro pararam na frente de Luiza e os três bombardearam a mesma com três metralhadoras de água, as meninas caíram na gargalhada, - Eita Isa fez sucesso!! - dizia Sandra. Luiza apenas riu, ela não correspondeu, olhou pra Duda que virou o rosto, chegaram na frente da prefeitura, uma multidão danada, uma alegria só, o bando brincavam e bebiam a vontade, as meninas Sandra e Erica eram abordaram direto por rapazes que pediam: - Enfermeira to passando mal, falta de ar. Daí tome beijo na boca, era tanto beijo na boca, todo mundo sai pegando, seguiam pelas ladeiras de Olinda atrás das troças, bebia muito, Renato começou a dar em cima de Luiza, Duda beijou uns carinhas la isso irritou Luiza, que meio que por vingança saiu pegando geral.
- Jesus, cuidado, vai acabar dando cãibra na língua. – dizia Erica tirando onda com Luiza que estava sendo engolida pelo mulato vestido de índio no meio da troça.
Amanda nesse meio tempo já tinha sumido no pescoço de uma loira que a pegou de jeito, na verdade o grupo tava se diluindo em cada troça, só restava mesmo, Erica, Luiza, Jéssica e Renato, que estava pegando uma gringa la, no meio do ruge, ruge, Luiza acabou se afastando da turma, ela ficou assustada, parou pra ver se via alguém, começou a subir a ladeira de novo, era complicado, ela sente alguém a puxando pela cintura, se assusta, vira para ver quem era.

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