Como assim? Não vai. - Amanda puxou-a de volta para casa, foram pra um lugar mais calmo, uma vez ou outra alguém passava e a cumprimentava, ela era gentil e educada. - Olha aqui garota eu te paguei pra você fazer esse trabalho e você tem que fazer.
- Você não me disse que ela era noiva e pelo que eu vi esses dois se gostam, seja lá o que você está pensando eu não vou compactuar com isso.
- Amanda deu uma gargalhada debochada. - Não vai compactuar não me faz rir, você não passa de uma prostituta, e é paga pra servir na cama de qualquer um, pois bem eu to pagando pra dormir com aquela garota, faz tua parte de uma vez por todas.
Luiza tentava conter a raiva que tava sentindo mais antes que pudesse falar qualquer coisa Amanda disse mudando o tom de voz, de arrogante pra meiga.
- Luiza, eu dobro o valor.
- Não se trata de dinheiro. Eu não quero fazer o trabalho e pronto, chame outra garota provavelmente não vai faltar prostituta que queria ganhar esse dinheiro. - disse gélida.
- Eu quero que você faça.
- Mas porque eu? Que cisma é essa comigo hein?
- aff, você ta me tirando do sério, porque você é uma vadia mais não se comporta como uma, é discreta, e você não é daqui, sei bem que você ta aqui a pouco tempo, ou melhor Luiza sei tudo sobre você, então deixa de besteira e faz o que tem que fazer e eu vou ser boazinha com você, sei que você ta tentando entrar na federal, com certeza está tendo dificuldade, posso resolver isso para você.
- Como? – Luiza estava abismada com aquela garota, que pelo visto saiba tudo sobre ela.
- Isso mesmo faça o trabalho, você será admitida na faculdade seja lá que curso você faz, não me interessa, sabe aquele homem ali. – apontou pra um homem de terno escuro numa mesa, com várias pessoas e uma ela logo reconheceu era Armando seu coração deu um pulo, Armando era cliente de Luiza desde que o conheceu numa viajem ao Rio de Janeiro, três anos atrás, cliente fixo, pagava uma grana considerável, a cobria sempre de jóias, gostava de levar a lugares sofisticados, se viam sempre quando ele ia a Porto Alegre, quando soube que ela moraria em Recife ele ficou radiante, tinham programa fixo duas vezes por semana, sempre que podia a levava pra viajar com ele apresentando Luiza sempre como sua secretária, era um homem de 45 anos mais com um corpo de da inveja a muito garotão, muito charmoso, brincalhão e tratava Luiza como uma princesa, sentiu um arrepio percorrer as espinha, um medo terrível pairou em Luiza, Amanda percebeu que ela mudou de expressão na hora.
- isso sua vadia, ta reconhecendo seu amante, ta, é aquele ali é meu pai, sua vaca, por pouco ele não largou minha mãe pra ficar com você. - pensou Amanda.
- Luiza você está me escutando?
- Preciso ir.
- O que foi? O que tanto olha pra mesa tem algum cliente seu ali? – ironizou.
- Luiza ficou sem saber o que responder, tava muito nervosa, sua voz estava tremula, queria fugir dali não queria encontrar com Armando. – Já disse que não vou fazer. - virou-se e tentou sair Amanda voltou a segurá-la.
- Aquele ali é o reitor da Federal. – notou que Luiza a fitou surpresa, não sabia onde ela queria chegar, então esperou ela terminar de falar, afinal o reitor da faculdade que Luiza estava a sete meses tentando entrar estava ali. - Ele é pai do meu namorado e ainda por cima amiguíssimo do meu pai, basta uma simples e eu faço você entrar na faculdade e você faz o curso que quiser, decida de uma vez por todas.
Luiza estava completamente confusa, Amanda sabia de sua vida, primeiro seu nome agora isso, mas seu cliente estava na mesma festa que ela, não queria se encontrar com ele sempre evitou esse tipo de coisa, mas o que aquela garota, oferecia era muito, só a possibilidade de conseguir voltar a estudar e terminar de uma vez a faculdade de medicina valia qualquer coisa, isso estava acima de qualquer pudor que pudesse ter, olhou para Amanda e disse:
- Você sabe ser persuasiva.
- Sei - Amanda deu um sorriso vitorioso, ela sempre conseguia o que queria.
- Tem um problema, o noivo não larga dela um minuto fica difícil me aproximar.
-Quanto a isso não se preocupe. – sorriu maliciosamente.
Voltou pra festa, não demorou muito para ver Amanda em uma roda com os amigos sentada na perna de Pedro, Luiza ficou estática vendo a cena, conversavam e sorriam, uma vez ou outra ela falava no ouvido dele, depois levantou se pegou na mão dele e foram dançar. Já Duda que assistia a cena ria e brincava, ela já tinha bebido muito, Luiza se aproximou dela logo percebeu que ela já estava alterada porque ela conseguia lembrar do seu nome – melhor assim – pensou. - Ela resolveu aproveitar a chance, passou a conversar com Duda, embora o papo não tivesse nada com nada, Luiza flertava com o olhar, Duda ria, e devolvia o olhar e logo a chamou para dançar, primeiro dançado separadas, depois juntas, essa era a oportunidade que ela queria, uma garota chegou perto das duas e também já estava bêbada, dançaram se esfregando mesmo, Luiza a observava e percebeu quando a garota colocou um comprimido no boca de Duda que logo riu e ofereceu a Luiza.
- Hei você quer?- aproximou só ouvido de Luiza e disse baixinho – É a pílula do amor. - caiu na gargalhada depois.
- sem perder a oportunidade se aproximou e olhou bem naqueles olhos castanhos umedecendo os lábios com a ponta da língua, chegou bem perto do ouvido dela e disse.
- Quero só se for da sua boca. - essa frase saiu suave e sensual, Duda estremeceu, se afastou um pouco sorriu colocou comprimido na pontinha dos lábios e fez sinal pra que ela pegasse por um momento Luiza hesitou, mais logo selou os lábios no dela e pegou o comprimido logo Duda se afastou, mas vários flashs registraram aquele momento, Luiza fingiu que engoliu o comprimido, porém quando Duda se distraiu ela tirou da boca e jogou longe, na mesma hora a amiga dela voltou e deu outro comprimido a Duda.
- Amiga já que deu o seu para ela pega um pra você. - fez a mesma coisa que Duda fez com Luiza, depois que ela pegou, ela brincou. - Só cuidado para não se acostumar com essa brincadeira de beijar garotas visse. - Até parece que não me conhece, eu gosto de homem - as duas caíram na risada.
A música que tocava agora era eletrônica, apareceu muita gente ao redor de Duda, ela começou a dançar com os amigos sem pudor algum, Luiza já achava que tinha perdido espaço de novo, Duda bebia descontroladamente até que de repente puxou Luiza pro meio da pista e disse no ouvido dela.
- Oh doida tu não dança não é?- perguntou aos gritos.
- Queria dançar com você. - falou novamente no ouvido dela, depois deu um sorriso safado.
As duas passaram a dançar, com o efeito da droga Duda não demonstrava resistência ao flerte de Luiza, se esfregou, agarrou, chegou até a beija-la, na nuca e nesse ritmo foi, mesmo sem perceber as amigas dela a jogavam pra cima de Luiza, já eram 4 horas da manhã muitos convidados já tinham ido, os jovens já estava todos bêbados, uma vez ou outra Luiza via Amanda dançando sensualmente de forma muito intima com Pedro, Luiza resolveu dar o segundo passo e tirar Duda daquele lugar, com muito jeito ela conseguiu fazer com que ela saísse.
- Nossa aqui ta fervendo, preciso de ar, me leva lá fora um pouquinho. - pediu de jeito carinhoso, Duda mesmo cambaleando pegou na mão da mulher e foi, no caminho esbarrou com a mãe que não teve nem tempo de dizer um oi, ficou apenas observando a filha saindo agarrada com aquela mulher.
- Caramba ta tudo rodando. - disse quase caindo, Luiza a segurou a tempo.
- Ei mocinha acho que você exagerou hein? - falou a levando próximo de um carro que estava estacionado, agilmente Luiza encostou Duda no carro, posicionou sua perna entre as pernas dela aproximou o seu corpo, sentiu o corpo de Duda reagir, ela sentia vontade de fazer isso, aproximou-se do rosto dela, umedeceu os lábios, ao ver que Duda o olhava pra sua boca. Luiza conseguiu o que queria a reação de Duda foi morder os lábios de forma sedutora e antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, Luiza colou os lábios nos dela com urgência, quando pensou em aprofundar no beijo a menina virou o rosto, nesse momento passou a beijar seu pescoço, beijando, sugando, mordendo, sua mão descia e subia nas costas de Duda, Luiza percebeu que ela já estava ficando ofegante viu que suas carícias estavam surtindo efeito, quando pousou a mão nos seios dela, a garota a empurrou, não muito forte apenas o suficiente para descolar o corpo.
- O que você ta fazendo?- perguntou com voz embargada.
- Vamos pra outro lugar.
NO MOTEL
Sem esperar a resposta, ela a puxou Duda pela mão e fez sinal para o táxi que já estava esperando por elas, Duda bêbada como estava não resistiu entrou e logo em seguida Luiza também entrou, o motorista já sabia pra onde ia levá-la, durante o percurso elas ficaram caladas na verdade Duda falava, pedia pra beber, xingou o motorista porque não tinha uísque no carro, Luiza achava graça, quando chegaram ao motel Duda foi conduzida por Luiza até o quarto, tropeçou várias vezes, ao entrar no quarto simplesmente se jogou na cama, não demorou nadinha mesmo ela pegou no sono. Luiza aproximou-se dela chamou pelo seu nome, mais nada Duda tinha apagado de vez.
- Sei não viu! A garota apagou de vez, bem o jeito vai ser fingir, já fiz outras vezes não será difícil fazê-la acreditar que transamos a noite toda, Amanda nunca vai saber mesmo e de certa forma o trabalho foi feito só espero que ela cumpra com o que prometeu. Agora eu entendo, ela quer acabar com esse noivado, pelo que vi na festa ela deve estar apaixonada pelo noivo dessa garota ai, pouco me importa, fiz o que tinha que fazer nunca mais vou ver essa garota mesmo.
Luiza se despiu e tomou um banho bem demorado na hidromassagem, vestiu um roupão começou a bagunçar o quarto, abriu a champanhe colocou em duas taças não enchendo o copo colocou em cima do móvel do lado da cama, comeu uns chocolates pois estava com fome não tinha comido nada a noite inteira, derramou o champanhe na pia do banheiro, assim fez com umas latinhas de cerveja, queria que parecesse que elas tinham bebido, depois delicadamente tirou a roupa de Duda, a deixando nua, fitou aquele corpo com certo desejo. - mas não é que essa menina é bonita mesmo, não seria trabalho nenhum ir pra cama com essa garota, ai meu Deus o que eu to pensando, querendo transar com uma mulher, certo que a experiência com Amanda não era tão ruim, na verdade era agradável, mas era trabalho, nunca tinha desejado uma mulher antes, é Luiza acho melhor você terminar logo com isso e se livrar dela de uma vez . Luiza deitou-se apoiando parte de seu corpo no corpo de Duda, colocou sua perna entre as dela e logo sentiu seu corpo estremecer com uma excitação imediata ao sentir a proximidade daquele corpo, sem precisar fazer mais nada Duda se mexeu colocando o braço em volta do corpo de Luiza, sua mão ficou exatamente bem em cima dos seios dela, Luiza ficou tensa e mais uma onda de desejo subia em seu corpo. - calma mulher, muita calma nessa hora é melhor eu tentar dormir de uma vez.
Duda ao abrir os olhos não acredita no que vê, ao se olhar no espelho no teto, ela estava deitada com uma garota totalmente entrelaçada ao seu corpo, Duda se levanta de forma brusca, o que faz com que Luiza acorde com o susto, ela não acredita no que vê.
- O que significa isso? – Pergunta gritando.
- Fala baixo guria, to morrendo de dor de cabeça ô. - fingiu estar de ressaca, colocando a mão na cabeça, Luiza sentiu vontade de rir com a cara de espanto que Duda fez ou vê-la.
- Quem é você, o que você ta fazendo aqui, o que eu...?- e deu outro grito puxando o lençol pra se cobrir. - Porque eu estou nua?
- Espera ai você não vai vir com essa desculpa de que não se lembra de nada. -Luiza fingiu irritação.
- Eu não sei do que você esta falando, nem sei quem é você.
- Só era o que me faltava, você me tira da festa, quase arrastada, me trás pra cá, fizemos amor à noite toda e você vem com essa desculpa que não se lembra, pelo amor de Deus né, se quer me dispensar diz logo.
Duda não acreditava no que ouvia daquela mulher, não lembrava nem o seu nome e ela ainda estava afirmando que tinham passado a noite juntas. Isso já era demais, nessa hora ela entrou em desespero, alterou a voz.
- Você é louca, não te conheço, nunca transaria com você, nunca transaria com uma mulher, sua doente. - gritava.
-Luiza se fingia de ofendida, abaixou a cabeça, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, as duas viram um homem transtornado entrando no quarto, nesse momento Luiza busca uma toalha pra cobrir sua nudez, Duda ao ver o rosto de Pedro Henrique ficou apavorada.
- Então é verdade que você é uma vadia mesmo, como pode sua... Como pode...
- Amor eu não sei o que...
- Não encoste sua mão imunda em cima de mim.
Nisso foi o maior festival de ofensas, o casal discutia feio, os dois choravam, Luiza sentiu um grande aperto no coração, aquela menina parecia descontrolada.
- Pedro me escuta eu não sei como foi...
- Não sabe, como você pode negar Maria Eduarda, você passou a noite toda se esfregando nessa sapatão safada, não negue eu mesmo vi, você me humilhou da pior forma possível, faltou com respeito não só a mim mas a minha família, olhe nos jornais sua cara esta estampada em tudo que coluna social aos beijos com essa vadia, como negar isso? Me diz? Você não presta, você é uma erva daninha que destrói tudo que toca, você não passa de uma vadia como suas amigas, ainda por cima sapatão, puta que pariu, como pude me apaixonar com uma sapatão nojenta? Como você pode se aproximar de mim sua doente, sua imunda, eu tenho nojo, nojo de você, você não vale nada, nunca vou te perdoar pelo vexame que você me fez passar, dentre todas vocês a única que presta mesmo é Amanda pelo menos ela nunca escondeu o gosto dela, enquanto você me enganou, me iludiu, me destruiu, nunca mais me procure Maria Eduarda, nunca mais chegue perto de mim. – ele tirou a aliança e jogou no rosto de Duda, e depois saiu.
Duda ficou passada com o que acabou de ouvir, correu atrás do rapaz, mas o mesmo a empurrou e ela caiu no chão, Luiza estava se vestindo, estava sem ação, ficou completamente arrependida de ter feito aquilo com aquela menina, assim que entrou no quarto Duda se jogou no chão aos prantos, Luiza tentou acalma-la mas a mesma gritou.
- Sai daqui sua estúpida, sai daqui, se não sou capaz de matar você.
Luiza voltou pra casa com o coração apertado, assim que entrou no seu quarto ela caiu no choro, isso mesmo chorou de arrependimento, jamais queria causar tamanho sofrimento na vida de uma pessoa, nesse meio tempo Duda já tinha ligado pra sua melhor amiga pra socorrê-la num momento tão difícil, Amanda chegou ao motel, deparou com Duda num estado lamentável, nua na cama, chorando copiosamente, depois de um longo tempo ela conseguiu acalmá-la.
- Vamos! Toma um banho e se veste, vamos sair daqui.
- Como pode Amanda, eu não lembro de nada, ele falou coisas horríveis. – começou a chorar de novo. - Amanda nem sei quem é essa garota, nem lembro do nome dela.
- Bem amiga se não lembra, tudo bem, mais pelo que eu vi na festa, pelas fotos de vocês se agarrando e ainda os beijos no estacionamento, fica complicado né, até porque né porque te conhecendo como eu te conheço você deve ter feito uma baita festa particular aqui, olha o estado desse quarto, sem contar que ela era uma gata – tentou brincar.
- Chega Amanda, me tira daqui, eu não gosto de mulher, você sabe disso, quero morrer, quero esquecer a lembrança de me ver acordando nua com aquela mulher em cima de mim. Tenho que recuperar meu amor.
Depois desse triste fim, Pedro nunca mais deixou que Duda se aproximasse dele, ela ficou deprimida, Amanda e suas amigas estão sempre por perto, Amanda não procurou Luiza não ate chegar às férias de fim de ano, nesse meio tempo Amanda cumpriu sua palavra, ela conseguiu uma entrevista com o reitor, na verdade não deu nem muito trabalho com as referências que Luiza tinha de sua antiga faculdade, e as altíssimas notas, foi fácil, claro que Amanda não ia dizer isso pra ela, Amanda queria manter Luiza na rédea curta, então ela resolveu ligar.
UM MÊS DEPOIS
O telefone toca, várias vezes até cair na caixa postal, mesmo assim continuar tocando insistentemente, Luiza sabia de quem se tratava, mais não queria ver mais Amanda e isso pra ela era definitivo. Amanda ficou irritada por Luiza não atender, sem demorar pegou a chave do carro e foi à casa da loira - é isso mesmo, nesse tempo Luiza resolveu da uma repaginada no visual, e pintou os cabelos de louro mel, apesar de que seu cabelo já era claro só fez foi dar ma realçada, ela tinha acabado de chegar de uma viagem que tinha feito com Armando, passou uma semana em São Paulo aproveitou pra esfriar um pouco a cabeça, estava atravessando problemas sérios com a mãe, que tinha ameaçado algumas vezes. Luiza, ela estava à vontade em casa, apenas de short e camiseta muito simples, cabelos num rabo de cavalo, a campainha toca insistentemente, ela abre a porta de toma um grande susto ao ver Amanda.
- esse é o fim da picada ate aqui em casa essa mulher me persegue.
- Não vai me mandar entrar. - sem obter resposta Amanda entra no apartamento, ela da uma olhada geral, e sorri ao encarar Luiza que permanecia imóvel. - É seu apartamento é bem simpático, até que você tem bom gosto. – deu um sorriso de orelha a orelha. – E ai sentiu minha falta? – ela se aproxima de Luiza e rouba um selinho.
- O que faz aqui guria?
- Acho tão fofo esse seu sotaque gaúcho, você sabe o que eu quero. - deu um sorriso safado.
- Desculpe não faço mais programas com mulheres. - falou ríspida, mesmo assim o sorriso de Amanda permanecia.
- Comigo você vai fazer, bem quero sexo, bem gostoso e selvagem, quero que você durma lá em casa, vamos logo, adoro as loiras sabia?
- Luiza já estava irritada. - Eu já disse que não quero fazer programa com você.
- Deixa de besteira, seja profissional, você fez um trabalho, como qualquer outro ou vai dizer que foi tão ruim transar com aquela garota que diga-se de passagem, deve dar um bom caldo.
- eu não transei com ela sua tonta. – pensou, era isso que ela queria dizer mais se conteve. - Fiz um trabalho realmente, mas não quero prestar mias serviços a você.
- Sei não viu. Poxa Isa deixa de ser má, gosto de fazer programa com você vamos, se você for eu juro que não vai se arrepender.
Luiza queria recusar mais não podia, sua mãe tava querendo dinheiro, ela não tinha como mandar, suas finanças esse mês estavam apertadas, seria uma grana extra, Amanda realmente sabia ser persuasiva, mesmo se sentindo a pior das mulheres ela foi com a morena, chegando na portaria do apartamento ela deu de cara com duas morenas muito bonitas, assim que viram Amanda correram para cumprimentá-la, Amanda foi fria com elas.
- Amanda quem é essa loira? - Perguntou a morena de 1.60, olhos azul e cabelos castanhos médio lisos e de corpo bem definido, rosto bonito. Pelo jeito da pergunta parecia ser alguma coisa de Amanda a mesma ficou sem graça – Responde?
- Vai dar crise de ciúme agora é? - falou Amanda séria ao encarar aqueles olhos azuis.
- Quem é ela? – a garota permaneceu com a voz firme.
- Olha aqui Julia eu nunca dei motivos pra você desconfiar de mim, sempre fui fiel a você, essa aqui é namorada do meu irmão, antes que você fique dando seus chiliques ai, não tem nada a ver. - Amanda forçou algumas lágrimas.
- Meus Deus essa guria é uma atriz só pode ser, nunca vi tamanho fingimento, com tamanha naturalidade, coitada fiel era uma coisa que Amanda nunca seria, pelo pouco que convivi com ela nos últimos meses, o montante de mulher que eu vi ela ficar, coitada desse guria. – pensou Isa.
Ta vendo cunhadinha, como sua irmã é, sempre achando que eu to com alguma rapariga, eu já to me cansando disso. – ela virou-se pra ir ao elevador. - Vamos subir, quero muito saber noticias no imprestável do meu irmão. – disse pra Luiza.
Antes que elas entrassem no elevador, a morena segurou a porta, Julia foi logo abraçando e beijando Amanda na boca, que correspondeu, Isa e a outra garota ficaram apenas olhando, as duas meninas se esfregando descaradamente, assim que chegaram ao andar elas se descolaram, Amanda olhou pra Luiza e deu aquele sorriso safado, Luiza não teve como não voltar a sorrir, apesar de toda arrogância Amanda era uma pessoa agradável, entraram no apartamento e as meninas foram apresentadas.
- Bem deixa eu fazer as apresentações, essa aqui é Julia minha namorada e essa é Luiza minha cunhada. - tentou disfarçar o riso.
- Prazer desculpe a cena é que essa daqui tem que manter na rédea curta. - a menina abraçou Amanda pela cintura. – Essa aqui é minha irmã Juliana.
- Prazer. - Juliana era bem mais magra que a irmã, não tinha muito corpo aparentava ter uns 14 anos.
Depois das apresentações Julia não desgrudava de Amanda parecia que ela estava com medo que a namorada fugisse, fez mil perguntas a Luiza que entrou no jogo de Amanda e se saiu bem, depois de muitos beijos , amassos e uma ida de meia hora ao banheiro Julia volta a sala muito sorridente, chamando a irmã pra ir embora.
- Bem tenho que ir.
- Já amor, você não vai dormir aqui não é?
- Vou, quando você se livrar do Tiago, pensa que não sei não é, eu tava longe mesmo assim sei de tudo que se passa.
- Vou terminar com ele no dia que você me assumir de vez. - falou num tom seco.
- Amanda já conversamos.
- Ta bom.
Amanda fez cara de que estava chateada, Julia nada mais disse despediu-se de Luiza e foi embora com a irmã, Amanda esperou cerca de 10 minutos, até se sentar no colo de Luiza, não esperou nem um segundo a mais começou a tirar a roupa dela deixando completamente nua, ela a olhava com fome.
- Vamos pro quarto, pode deixa a roupa ai.
Amanda possuiu Luiza até o cansar, depois de um banho Amanda, a chamou pra comer alguma coisa na cozinha, enquanto lanchava a campainha toca.
- Se for a Julia de novo eu termino de vez. - saiu resmungando.
Amanda toma um grande susto ao abrir a porta e dar de cara com Pedro Henrique que já entrou abraçando a, ela o abraça ainda surpresa pela visita dele e o conduz até a sala, Pedro estava nervoso, falava alto, Luiza reconheceu aquela voz, não pode conter a curiosidade, foi ate o corredor da cozinha viu Amanda de costas.
- era ele o noivo, como pensei deve estar com a doida da Amanda, coitado, pelo jeito dela ela deve ser louca por ele, queria escutar a conversa, mas achou melhor eu ficar na dela queria mais problemas.
Amanda tentava acalmar o amigo, que não parava de falar sobre a ex noiva, com medo de que ele voltasse atrás Amanda acabou dizendo que Duda estava ficando com aquela mulher com quem tinha dormido, ela queria acabar com qualquer chance que eles tivessem de voltar, passou quase uma hora entre choros e lamentações, Amanda era carinhosa, confortava o rosto do amigo em seu peito, Luiza observava tudo de longe, depois de calmo, Amanda aconselhou ele a fazer uma viagem.
- Hique aceita fazer aquele curso no EUA que você disse além de ser bom pra você, vai ser um ótimo aprendizado, ai você esfria a cabeça e decide o que realmente quer.
- Você tem razão, passar um tempo longe daqui é tudo que preciso.
Depois de se despedir, Pedro vai embora e ela volta à cozinha.
- Você ainda esta ai?- perguntou curiosa. - Vamos para o quarto.
No quarto, Amanda se deita abraçando Isa, depois de longo silêncio ela diz.
- Você tem que se apresentar amanhã na reitoria da federal, terá uma entrevista com o reitor, depois fará um teste, mas nada muito difícil, só pra não despertar falatório na sua admissão, seja lá que for o curso que você estuda se prepare ano quem vem começam as aulas. – ela levantou e olhou pra Luiza que estava com uma cara de feliz, Amanda sorriu. – Isso mesmo Luiza costumo honrar minha palavra, você fez o que mandei e o resultado não podia ser melhor, estamos quites.
Luiza sentiu seu coração explodindo de alegria ao receber aquela noticia, não pode esconder o sorriso de felicidade, no fundo ela não achava que Amanda fosse cumprir com o que prometera, ela não sabia o que dizer, Amanda então disse.
- E ai, não mereço um premio?
- Diante do que você acabou de me dizer, o que você quer?
- Isso. – sem mais demora Amanda a beijou na boca, um beijo quente e profundo Luiza em nenhum momento evitou, quando terminou ela disse. - Agora sim, quero que quando fizermos programa eu possa beijá-la.
Tudo bem Amanda diante do que você me deu não posso recusar, e obrigado não pensei que você fosse cumprir com sua palavra, principalmente depois que você sumiu.
- Sempre cumpro minha palavra Luiza. Vou passar um tempo sem transar com você, minha namorada está no meu pé, ela é um poço de ciúme, também tem Tiago, ele anda me fazendo muitas cobranças, preciso da um chega pra lá nesse bando que fica correndo atrás de mim, ta ai um dos motivos que prefiro pagar para ter sexo, pelo menos não tenho uma pessoa me cobrando o tempo todo, mas quero que você esteja disponível quando lhe procurar.
- Tudo bem.
O REENCONTRO
Depois desse programa Luiza não voltou a ver Amanda, sua entrevista com o reitor foi excelente assim como a nota que ela tirou na prova de admissão que ao contrário de que Amanda disse não foi nada fácil, mas na primeira semana de janeiro ela recebeu o resultado que tinha passado e que faria sua matricula, ficou muito feliz, tinha reorganizado sua vida, com o ingresso na faculdade ela passou a atender dois clientes por noite, já que suas despesas aumentariam devido o custo do curso, estava tudo muito calmo, o mês de janeiro passou rápido era 02 de fevereiro mal tinha conseguido dormir na noite anterior, muita ansiedade pelo primeiro dia de aula, tomou seu banho e vestiu-se pra ir a faculdade foi simples, calça jeans, bem colada, camiseta branca, tênis all star preto, cabelos preso no rabo de cavalo, sem maquiagem apenas um brilho labial, arrumou sua mochila e foi pra faculdade.
Ônibus lotado, apesar do atraso conseguiu chegar a tempo, sentiu um frio na barriga, passava pelo campus observando tudo, muitos alunos, pessoas de todos os tipos, chegou e entrou na sala imensa tinha muitas pessoas, alguns a olhavam com curiosidade, outros com olhares avaliativo, Luiza sentou-se na segunda fileira, sempre gostou de sentar na frente, se sentiu um alienígena, pois todos os alunos que chegavam lhe olhavam, óbvio aparecer uma nova aluna na metade do curso é um tanto diferente, uma garota parou do seu lado, Luiza a olhou de cima a baixo, ela tinha 1.75 de altura, não era gorda mas sim forte, cabelos cacheados, de rosto ela era bonita, seus olhos castanho eram cobertos com um óculos muito charmoso, a garota era simpática, a cumprimentou com um sorriso.
- Oi, tudo bem. – disse simpática.
- Tudo. - devolveu o sorriso.
- Me desculpe chegar assim, meu nome é Erica prazer.
- Luiza.
- Luiza você é nova aqui né? Nunca a vi antes. – disse sentando na cadeira ao lado.
- Sou sim, fui transferida pra cá.
- Que legal, você estudava a onde?
- Porto alegre.
A conversa fluiu animadamente, Erica era muito simpática e divertida, arrancava muitos sorrisos de Luiza, o professor entrou na sala, todos se calaram, a aula já tinha começado, de repente, entra na sala duas garotas aos risos, na hora que Luiza as viu teve a certeza que se não tivesse sentada tinha caído pra trás, Amanda e Maria Eduarda, elas não tinham ainda não a tinham percebido.
- Desculpe professor podemos entrar? - pergunta Amanda.
- Vocês duas sempre atrasadas. - o professor sorriu.
Quando Amanda se vira e ao ver Luiza toma um choque, seu rosto fica da cor do arco-íris.
- Meu Deus o que essa vadia faz aqui? - se pergunta.
Luiza desvia o olhar de Amanda, seu coração esta aos pulos, Duda reconhece a garota sentada na segunda fileira, seu sorriso se desfez de imediato quando encontra com aqueles olhos negros, sem exitar ela chegar bem na cadeira de Luiza e fala gritando.
- O que você faz aqui?- seus olhos refletiam ódio.
- Luiza fica sem saber o que dizer, todos os olhares da sala se voltam pra elas, Luiza tenta não aparentar nervosismo, com a voz mais tranqüila que conseguiu, responde.- Eu estudo aqui.
Antes que pudesses falar mais alguma coisa um rapaz de trás grita. – Olha gente a namorada da patricinha estuda aqui também, hei gente temos um casal de sapatos fino, como é o nome daquele sapato mesmo em? – a turma cai na gargalhada, Amanda se aproxima sem olhar pra Luiza puxa Duda pra trás. O professor pede silêncio e da início a aula, mas os comentários não param, todos ficam olhando pra Luiza que se sente completamente constrangida, na sua cadeira Duda discute com os meninos, Luiza sente suas costas queimando com os olhares de Duda a fuzilando, Erica não agüenta a curiosidade e pergunta.
- Menina desculpe, mas quer dizer que era você a garota que tem um caso com Maria Eduarda? Caramba eu esperava tudo menos que aquela patricinha fosse lésbica, logo ela sem sempre tratou mal todos os gays da faculdade.
- não posso acreditar que ta acontecendo comigo, puta que pariu, como é que eu vim parar na mesma faculdade que aquela garota, pior Amanda também estuda aqui, como é que pode, será que ela sabia? Não acho que não ela não seria tão burra, e esse povo me reconheceu sinto que esta chegando uma tempestade na minha vida.
Luiza não respondeu nenhum pergunta de Erica, a mesma percebeu e não falou mais nada, Amanda estava agitada em sua cadeira, com medo de ser descoberta, não tirava os olhos de Luiza, ela nunca poderia imaginar que estudaria na mesma turma que ela, ela sabia que ela queria estudar medicina, mais ela não se importou com o detalhe ano, ela resolveu mandar um torpedo pra Luiza. – preciso falar com você urgentemente sai e me espera no banheiro.
Luiza viu o torpedo saiu na mesma hora precisava entender o que estava acontecendo, não demorou nem cinco minutos pra Amanda entrar, aproveitando que só estava as duas trancou a porta do banheiro por dentro.
- O que você faz aqui? - perguntou sem demora.
- Eu que pergunto Amanda, que brincadeira é essa guria.
- Merda! Não acredito – estava nervosa – Você faz medicina, medicina, como é que pode uma prostituta querer ser médica?
- Olha aqui guria, aqui eu sou apenas Luiza ta me entendendo, se você me chama assim de novo eu acabo com tudo isso agora, vou lá naquela garota e falo tudo.
- Não se atreva. - encostou Luiza na parede. - Não se atreva contar nada, não me queira como inimiga Luiza, merda, porque você não me disse que estava no terceiro ano , é muito azar. – Amanda soltou Luiza, seu olhar era de medo Luiza percebeu, apesar de tudo, devia a Amanda afinal foi através dela que ela tava estudando.
- Eu não conheço você, nem você me conhece, eu me viro com a garota lá.
- Eu sou amiga dela. – disse Amanda sua voz estava tremula. - Melhor amiga.
- Se você é amiga dela porque fez aquilo ?
- Eu tenho meus motivos, ela não pode descobrir, eu vou tentar amenizar a situação pra que ela não te perturbe é só você ficar longe.
- Não precisa nem pedir eu quero e distancia de vocês duas.
- Não, de mim não, você continuar sendo minha vadia preferida, quero você hoje.
- Não, não vou fazer programa com você, quero distância de vocês duas, lembre-se não a conheço Amanda. – saiu batendo a porta.
- você é que pensa agora mais que nunca vou ter que ficar de olho em você, que mancada eu dei.
Luiza voltou à sala já tava no intervalo, assim que chegou Duda aproximou-se dela a puxando pelo braço, e a colocando contra a parede.
- Como tem a capacidade de aparecer na minha frente hein? Por sua culpa todo mundo pensa que sou lésbica, não basta você ter destruído minha vida, acabado com meu noivado, acabado com minha reputação, como pode sua...
O rosto estava tão próximo que Luiza sentia o hálito fresco de Duda, ela olhava pra sua boca tão bonita, pequena e bem vermelhinha, Luiza sentiu uma vontade enorme de beijá-la, ela inverteu a posição rápido, colocou uma das pernas entre as de Duda, jogou todo seu corpo pra cima daquela garota que parecia tão irresistível, aproximou-se, Duda a fuzilava com os olhos ela tentou se livrar daquele contato, Luiza era bem mais forte, Luiza pensou em beijá-la mais antes que fizesse ela viu Amanda observando de longe então falou.
- O que você quer guria? Não bastou aquela noite pra você não, fica longe de mim esta bem? Não quero problemas aqui. – se afastou e virou-se pra sair mais pode ouvir Duda dizendo.
- Sua vida nessa faculdade vai ser um inferno, Luiza. - saiu encontrando Amanda na porta. – Vou acabar com aquela garota, pode apostar.
- Calma o que ela fez?
- Destruiu minha vida, você acha pouco e como se não bastasse virei piada na faculdade todo mundo está me chamando de sapatão. – seus olhos estavam marejados.
- o que estava acontecendo comigo, o que foi aquilo, por pouco eu não beijei aquela guria, eu queria beijá-la, ela é tão linda, conviver com ela e Amanda aqui vai ser muito difícil e perigoso, Amanda deixou claro que sabia tudo a meu respeito, será que ela sabia tudo mesmo, distancia era isso que preciso.
No intervalo Luiza aceitou o convite de Erica pra almoçarem, ela foi apresentada ao grupo de amigos, logo ficou enturmada, eram pessoas muito agradáveis, Duda e Amanda passaram por ela, sem perder a oportunidade Amanda lançou aquele sorriso safado dela que Luiza reconhecia bem, e ainda deu uma piscadinha. – que garota descarada. – Erica levou Luiza pra conhecer o campus, no final da tarde as aulas tinham acabado Luiza estava na porta quando Duda passou como um furação perto dela a empurrando. Assim passou a semana, na sexta feira quando estava indo pra parada de ônibus um carro buzina pra Luiza, ela não da atenção, o carro insiste é quando ela vira, o vidro abaixa, Amanda estava no banco de trás, abre a porta e sai.
- Entra. – ordena.
- Você pensa que manda em mim não é guria?
- Não mando em você mas mando no seu bolso. – Amanda segura forte o braço de Luiza e a puxa pra dentro do carro. - Tranca a porta Jonas.
- O que pensa que esta fazendo? - pergunta Irritada.
- Você deixara todos os seus clientes, e será exclusiva minha.
- Sua. – Isa cai na gargalhada. – Quantas vezes vou dizer que não faço programa com você em? Chega guria, me deixa em paz.
- Jonas siga para a casa dos meus pais vamos jantar lá.
- Amanda o que você pensa que esta fazendo?
Amanda nada responde, o percurso dura cerca de 30 minutos até chegar a casa dos pais dela, Luiza queria sair dali, mais algo em Amanda a fazia recuar, a ceder, aquela garota tinha domínio sobre ela, o motorista abriu a porta do carro, e Amanda saiu e em seguida Luiza, as duas entraram na imensa casa um luxo só, Amanda conduziu Luiza ate a sala, minutos depois entrar uma mulher de uns 40 anos alta, bonita, um corpo bem definido, ela parecia com Amanda, na verdade Amanda era a cara dela, a mulher vinha sorridente.
- Filha que bom que você veio. - disse a mulher enchendo Amanda de beijos.
- Ai mãe você não perde essa mania né, olha cadê painho?
- Não chegou ainda, mais daqui a pouco chega. E essa moça quem é?
- Minha namorada.
Luiza quase entrou em choque com o que acabou de ouvir, olhou pra Amanda com os olhos arregalados, seu corpo começou a tremer, a mãe dela abriu um sorriso enorme, logo a abraçou com carinho.
- Nossa filha você deve gostar muito dessa moça, você nunca trouxe uma namorada aqui em casa, sempre soubemos dos seus relacionamentos através dos outros.
- Pois é mãe, com Luiza fiz questão de trazer quis que ela conhecesse você e principalmente meu pai, quero que saibam que ela está comigo. Mãe vou para o meu quarto com Luiza assim que o jantar estiver servido mande avisar. – saiu puxando ate o quarto.
- O que significa isso? Você é maluca, só pode ser.
- Não, não sou maluca, quero transar com você agora. - Amanda foi com tudo pra cima dela que tentava se sair.
- Me solta eu já disse que não quero transar com você.
- Você não tem querer Luiza, você está precisando de dinheiro que eu sei, eu mandei mil reais para senhora Heloisa, então você está me devendo, quero que me pague com sexo, só isso.
- O quê? Meu Deus!!- Luiza estava assustada.
- Eu sei tudo Luiza, tudo entendeu ou quer que eu fale, posso falar cada detalhe.
- Cala a boca! – Luiza não pode evitar as lagrimas. - Porque você está fazendo isso comigo em, porque esse desejo insano de me possuir?
- Você saberá você não precisa ser minha namorada, mas quero que meus pais pensem que sim, agora sexo eu quero.
- Você quer sexo. – os olhos negro a fitaram com fúria. – Você terá.
Luiza transou com Amanda como uma verdadeira puta, gesto ações, tudo deixando a garota louca de prazer, demorou cerca de uma hora quando as duas desceram, sua mãe estava na sala com o pai, Amanda aproximou-se, foi então que Luiza compreendeu tudo, quando os olhos de Armando encontraram os de Luiza parecia que estava vendo um fantasma.
- Pai! – exclamou Amanda.
- Jesus, pai, era isso então, eu era amante do pai dela, por isso tanta cisma comigo
- Vem cá amor – Amanda fez questão de usar essa palavra, - Pai me deixa apresentar essa aqui é a Luiza Lafaiete minha namorada.
- Armando não sabia onde colocar a cara, seu rosto estava branco que nem papel - Prazer Luiza. – estendeu a mão que ao contato com a de Luiza pode percebe que ambas tremiam.
- Prazer. – tentou sorri.
Todos foram conduzidos a mesa, o jantar ocorreu sem maiores turbulências, a mãe de Amanda esbanjava simpatia, e um questionário de perguntas, Luiza tenta ao máximo ser simpática, Armando não para de olhá-la, seu olhar era confuso, depois do jantar Amanda diz que vão embora, se despede e saem. Luiza não da uma só palavra, quando chega no apartamento dela.
- Quero subir. – disse a morena.
Luiza jogar o ombro pra trás, ela entrar e encontra sua prima na sala vendo tv, faz as apresentações, depois Bella sai e deixando as duas sozinhas.
- Ele é meu pai Luiza, você tem dormido com ele quase 3 anos, primeiro eu pensava que se tratava de uma quenga a mais, enquanto fosse apenas um programa tudo bem, mais vocês tinham um caso ou melhor tem, meu pai é um bobo apaixonado que se deixa cair na conversa de qualquer vadia, mas por sua culpa, por pouco minha família não se destruiu, você viu minha mãe a conheceu, ela é a melhor mulher do mundo, alegre, simples, sem contar que tem uma carreira invejável como médica, ela ta feliz agora, mais a pouco meses ela tentou suicídio por sua culpa, isso mesmo ela soube que meu pai trouxe uma rapariga pra viver na mesma cidade, ela enlouqueceu, por pouco meu pai não a deixou pra ficar com você, você imagina isso, te odiei no mesmo momento, como disse meu pai é um bobo facilmente consegui seu telefone, precisava saber o que você tinha pra meu pai querer cometer uma loucura dessa, em fim foi tudo acontecendo, não tenho raiva de você Luiza, sei os motivos a que a levou a essa vida, tenho até simpatia, mais não quero que você durma mais com meu pai.
- E precisava disso tudo. – sua voz era rouca. – Bastava ter me dito, eu teria parado com os programas com ele.
- Meu pai ia ficar correndo atrás de você, ia ser bem pior, deixa ele pensar que você é minha namorada, ele nunca te procuraria nessas circunstâncias, porém ele sabe de sua vida, você será exclusiva minha, não fará programa com mais ninguém, arcarei com todas as suas despesas.
- Eu não quero. – nada vindo de você.
- Você não tem escolha, e sabe disso. Só quero sexo de você e que você fique longe do meu pai.
- Não quero transar com você, quero distância de você.
- Pois bem, se quer assim é você que esta dificultando as coisas, mas pra minha família você é minha namorada. Até mais Luiza. Outra coisa quero você bem longe de Maria Eduarda.
Luiza se sentiu acabada, quando Amanda foi embora ela caiu no choro sua prima tinha ouvido toda conversa Amanda falou alto que do quarto dava pra escutar, foi ao encontro de Isa, tentou acalma-la, a mesma sentia um medo terrível, uma culpa também, por tudo que fez desde que chegou aquela cidade, ela não conseguiu dormir era de manhã, por sorte era final de semana, não quis sair com nenhum cliente. Na segunda feira, Amanda passou por ela e fingiu que não a conhecia, o mesmo Maria Eduarda fez, uma vez ou outra ela implicava com Isa. Duda por sua vez passou a observar sempre, mesmo fingindo indiferença, não parava de olha-la, se irritava como a via feliz rindo com alguém, numa certa tarde Duda tinha ido ao banheiro e entrou em um dos reservados, quando escutou algumas vozes falando, ficou curiosa quando ouviu a voz de Luiza, ela conversava com outras garotas.
- Luiza você vai pro desfile do galo da madrugada, tem que ir, vamos entrar na semana de carnaval, vai conhecer o melhor carnaval do país, depois marcamos pra ir para Olinda lá sim você vai ver o que é bom. Brincar naquelas ladeiras cheias de gatinhos, ou melhor, pra você tem que ser gatinhas não é? – ironizou Sandra.
- E quem disse que eu gosto de mulher. – disse Luiza rindo.
- como não gosta? – se perguntou Duda em pensamento.
- Não gosta? Todo mundo sabe que você e a patricinha tiveram um casinho, me diz ela é boa ou não é.
- Meninas como vocês são curiosas hein.
- Ah! Luiza deixa de besteira, somos amigas não somos? Finalmente tu pegaste ou não a Duda?
- Ai gurias, vocês não se cansam de me perguntar isso, peguei ela sim, pronto satisfeitas.
As duas meninas caíram da risada.
- Me diz, de 0 a 10 como ela se saiu, porque segundo eu soube ela não sabe fazer nada na cama.
- Bem ai você quer saber demais, Erica, não costumo falar de minhas intimidades, até por quê... – antes de terminar Luiza ver Duda saindo do reservado.
- Saiam daqui. – ordena para as garotas, que saem de imediato. – Quer dizer que além de tudo você vai ficar falando o que fez comigo na cama, é isso? Você é pior que os canalhas daqui. – se aproximou de Luiza a empurrando até Lea encostar na pia do banheiro. – Você não cansa de me difamar não garota. - ela fala bem próximo a boca de Luiza.
Os olhos negros se encontram com os castanhos, um desejo súbito ocorre no corpo ambas Luiza age por impulso e puxa Duda pela cintura e a beija com loucura, tesão, Duda corresponde ao beijo, Luiza a conduz para o reservado, a pressionar na parede os lábios permanecem colado num beijo profundo, voraz, parece que uma quer engolir a outra, Duda abre os olhos e se afasta.
- O que você ta fazendo?- grita.
- Você só fala gritando é?
- Você que me agarrou.
- Vai dizer que você não queria, é isso que você quer né. – pressionou seu corpo contra o dela, com uma das mãos enfiou dentro da blusa acariciando os seios de Duda. Depois pressionou seu joelho no sexo dela, aquele contato deixou muito excitada – É isso que você quer não é? – disse Luiza com um sorriso safado.
- Me solta. - Duda olhava com desejo. – Tire suas mãos imunda de mim, sua tarada. – isso foi o suficiente pra Luiza não agüentar o riso, Duda a olhava com raiva. – Você é uma tarada sim, se aproveitou de mim porque eu estava bêbada, você deveria sentir vergonha.
- Você não teve vergonha quando tava me comendo Duda, não achou isso quando me penetrava com esses seus dedinhos aqui, gritando de prazer me pedindo pra gozar pra você.
- Você não presta Luiza, você não sabe o quanto...- as lagrimas rolava em seus olhos, na mesma hora Luiza se arrependeu de dizer aquelas coisas que eram mentiras, ela soltou Duda que saiu do reservado chorando, tinham duas garotas que a olharam com uma cara maliciosa.
Duda volta a sala aos prantos, ela nunca teve vergonha de demonstrar seus sentimentos na frente dos outros, se tivesse que chorar, chorava, se quisesse ri ria, foi amparada por sua amiga Estela e Amanda, Luiza esperou o intervalo terminar, entrou na sala buscou com os olhos Duda, ela estava com os olhos vermelhos ao ver que ela tava olhando deu língua pra Luiza, que não pode conter o riso do jeito infantil de Duda.
- Você não me disse que ela era noiva e pelo que eu vi esses dois se gostam, seja lá o que você está pensando eu não vou compactuar com isso.
- Amanda deu uma gargalhada debochada. - Não vai compactuar não me faz rir, você não passa de uma prostituta, e é paga pra servir na cama de qualquer um, pois bem eu to pagando pra dormir com aquela garota, faz tua parte de uma vez por todas.
Luiza tentava conter a raiva que tava sentindo mais antes que pudesse falar qualquer coisa Amanda disse mudando o tom de voz, de arrogante pra meiga.
- Luiza, eu dobro o valor.
- Não se trata de dinheiro. Eu não quero fazer o trabalho e pronto, chame outra garota provavelmente não vai faltar prostituta que queria ganhar esse dinheiro. - disse gélida.
- Eu quero que você faça.
- Mas porque eu? Que cisma é essa comigo hein?
- aff, você ta me tirando do sério, porque você é uma vadia mais não se comporta como uma, é discreta, e você não é daqui, sei bem que você ta aqui a pouco tempo, ou melhor Luiza sei tudo sobre você, então deixa de besteira e faz o que tem que fazer e eu vou ser boazinha com você, sei que você ta tentando entrar na federal, com certeza está tendo dificuldade, posso resolver isso para você.
- Como? – Luiza estava abismada com aquela garota, que pelo visto saiba tudo sobre ela.
- Isso mesmo faça o trabalho, você será admitida na faculdade seja lá que curso você faz, não me interessa, sabe aquele homem ali. – apontou pra um homem de terno escuro numa mesa, com várias pessoas e uma ela logo reconheceu era Armando seu coração deu um pulo, Armando era cliente de Luiza desde que o conheceu numa viajem ao Rio de Janeiro, três anos atrás, cliente fixo, pagava uma grana considerável, a cobria sempre de jóias, gostava de levar a lugares sofisticados, se viam sempre quando ele ia a Porto Alegre, quando soube que ela moraria em Recife ele ficou radiante, tinham programa fixo duas vezes por semana, sempre que podia a levava pra viajar com ele apresentando Luiza sempre como sua secretária, era um homem de 45 anos mais com um corpo de da inveja a muito garotão, muito charmoso, brincalhão e tratava Luiza como uma princesa, sentiu um arrepio percorrer as espinha, um medo terrível pairou em Luiza, Amanda percebeu que ela mudou de expressão na hora.
- isso sua vadia, ta reconhecendo seu amante, ta, é aquele ali é meu pai, sua vaca, por pouco ele não largou minha mãe pra ficar com você. - pensou Amanda.
- Luiza você está me escutando?
- Preciso ir.
- O que foi? O que tanto olha pra mesa tem algum cliente seu ali? – ironizou.
- Luiza ficou sem saber o que responder, tava muito nervosa, sua voz estava tremula, queria fugir dali não queria encontrar com Armando. – Já disse que não vou fazer. - virou-se e tentou sair Amanda voltou a segurá-la.
- Aquele ali é o reitor da Federal. – notou que Luiza a fitou surpresa, não sabia onde ela queria chegar, então esperou ela terminar de falar, afinal o reitor da faculdade que Luiza estava a sete meses tentando entrar estava ali. - Ele é pai do meu namorado e ainda por cima amiguíssimo do meu pai, basta uma simples e eu faço você entrar na faculdade e você faz o curso que quiser, decida de uma vez por todas.
Luiza estava completamente confusa, Amanda sabia de sua vida, primeiro seu nome agora isso, mas seu cliente estava na mesma festa que ela, não queria se encontrar com ele sempre evitou esse tipo de coisa, mas o que aquela garota, oferecia era muito, só a possibilidade de conseguir voltar a estudar e terminar de uma vez a faculdade de medicina valia qualquer coisa, isso estava acima de qualquer pudor que pudesse ter, olhou para Amanda e disse:
- Você sabe ser persuasiva.
- Sei - Amanda deu um sorriso vitorioso, ela sempre conseguia o que queria.
- Tem um problema, o noivo não larga dela um minuto fica difícil me aproximar.
-Quanto a isso não se preocupe. – sorriu maliciosamente.
Voltou pra festa, não demorou muito para ver Amanda em uma roda com os amigos sentada na perna de Pedro, Luiza ficou estática vendo a cena, conversavam e sorriam, uma vez ou outra ela falava no ouvido dele, depois levantou se pegou na mão dele e foram dançar. Já Duda que assistia a cena ria e brincava, ela já tinha bebido muito, Luiza se aproximou dela logo percebeu que ela já estava alterada porque ela conseguia lembrar do seu nome – melhor assim – pensou. - Ela resolveu aproveitar a chance, passou a conversar com Duda, embora o papo não tivesse nada com nada, Luiza flertava com o olhar, Duda ria, e devolvia o olhar e logo a chamou para dançar, primeiro dançado separadas, depois juntas, essa era a oportunidade que ela queria, uma garota chegou perto das duas e também já estava bêbada, dançaram se esfregando mesmo, Luiza a observava e percebeu quando a garota colocou um comprimido no boca de Duda que logo riu e ofereceu a Luiza.
- Hei você quer?- aproximou só ouvido de Luiza e disse baixinho – É a pílula do amor. - caiu na gargalhada depois.
- sem perder a oportunidade se aproximou e olhou bem naqueles olhos castanhos umedecendo os lábios com a ponta da língua, chegou bem perto do ouvido dela e disse.
- Quero só se for da sua boca. - essa frase saiu suave e sensual, Duda estremeceu, se afastou um pouco sorriu colocou comprimido na pontinha dos lábios e fez sinal pra que ela pegasse por um momento Luiza hesitou, mais logo selou os lábios no dela e pegou o comprimido logo Duda se afastou, mas vários flashs registraram aquele momento, Luiza fingiu que engoliu o comprimido, porém quando Duda se distraiu ela tirou da boca e jogou longe, na mesma hora a amiga dela voltou e deu outro comprimido a Duda.
- Amiga já que deu o seu para ela pega um pra você. - fez a mesma coisa que Duda fez com Luiza, depois que ela pegou, ela brincou. - Só cuidado para não se acostumar com essa brincadeira de beijar garotas visse. - Até parece que não me conhece, eu gosto de homem - as duas caíram na risada.
A música que tocava agora era eletrônica, apareceu muita gente ao redor de Duda, ela começou a dançar com os amigos sem pudor algum, Luiza já achava que tinha perdido espaço de novo, Duda bebia descontroladamente até que de repente puxou Luiza pro meio da pista e disse no ouvido dela.
- Oh doida tu não dança não é?- perguntou aos gritos.
- Queria dançar com você. - falou novamente no ouvido dela, depois deu um sorriso safado.
As duas passaram a dançar, com o efeito da droga Duda não demonstrava resistência ao flerte de Luiza, se esfregou, agarrou, chegou até a beija-la, na nuca e nesse ritmo foi, mesmo sem perceber as amigas dela a jogavam pra cima de Luiza, já eram 4 horas da manhã muitos convidados já tinham ido, os jovens já estava todos bêbados, uma vez ou outra Luiza via Amanda dançando sensualmente de forma muito intima com Pedro, Luiza resolveu dar o segundo passo e tirar Duda daquele lugar, com muito jeito ela conseguiu fazer com que ela saísse.
- Nossa aqui ta fervendo, preciso de ar, me leva lá fora um pouquinho. - pediu de jeito carinhoso, Duda mesmo cambaleando pegou na mão da mulher e foi, no caminho esbarrou com a mãe que não teve nem tempo de dizer um oi, ficou apenas observando a filha saindo agarrada com aquela mulher.
- Caramba ta tudo rodando. - disse quase caindo, Luiza a segurou a tempo.
- Ei mocinha acho que você exagerou hein? - falou a levando próximo de um carro que estava estacionado, agilmente Luiza encostou Duda no carro, posicionou sua perna entre as pernas dela aproximou o seu corpo, sentiu o corpo de Duda reagir, ela sentia vontade de fazer isso, aproximou-se do rosto dela, umedeceu os lábios, ao ver que Duda o olhava pra sua boca. Luiza conseguiu o que queria a reação de Duda foi morder os lábios de forma sedutora e antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, Luiza colou os lábios nos dela com urgência, quando pensou em aprofundar no beijo a menina virou o rosto, nesse momento passou a beijar seu pescoço, beijando, sugando, mordendo, sua mão descia e subia nas costas de Duda, Luiza percebeu que ela já estava ficando ofegante viu que suas carícias estavam surtindo efeito, quando pousou a mão nos seios dela, a garota a empurrou, não muito forte apenas o suficiente para descolar o corpo.
- O que você ta fazendo?- perguntou com voz embargada.
- Vamos pra outro lugar.
NO MOTEL
Sem esperar a resposta, ela a puxou Duda pela mão e fez sinal para o táxi que já estava esperando por elas, Duda bêbada como estava não resistiu entrou e logo em seguida Luiza também entrou, o motorista já sabia pra onde ia levá-la, durante o percurso elas ficaram caladas na verdade Duda falava, pedia pra beber, xingou o motorista porque não tinha uísque no carro, Luiza achava graça, quando chegaram ao motel Duda foi conduzida por Luiza até o quarto, tropeçou várias vezes, ao entrar no quarto simplesmente se jogou na cama, não demorou nadinha mesmo ela pegou no sono. Luiza aproximou-se dela chamou pelo seu nome, mais nada Duda tinha apagado de vez.
- Sei não viu! A garota apagou de vez, bem o jeito vai ser fingir, já fiz outras vezes não será difícil fazê-la acreditar que transamos a noite toda, Amanda nunca vai saber mesmo e de certa forma o trabalho foi feito só espero que ela cumpra com o que prometeu. Agora eu entendo, ela quer acabar com esse noivado, pelo que vi na festa ela deve estar apaixonada pelo noivo dessa garota ai, pouco me importa, fiz o que tinha que fazer nunca mais vou ver essa garota mesmo.
Luiza se despiu e tomou um banho bem demorado na hidromassagem, vestiu um roupão começou a bagunçar o quarto, abriu a champanhe colocou em duas taças não enchendo o copo colocou em cima do móvel do lado da cama, comeu uns chocolates pois estava com fome não tinha comido nada a noite inteira, derramou o champanhe na pia do banheiro, assim fez com umas latinhas de cerveja, queria que parecesse que elas tinham bebido, depois delicadamente tirou a roupa de Duda, a deixando nua, fitou aquele corpo com certo desejo. - mas não é que essa menina é bonita mesmo, não seria trabalho nenhum ir pra cama com essa garota, ai meu Deus o que eu to pensando, querendo transar com uma mulher, certo que a experiência com Amanda não era tão ruim, na verdade era agradável, mas era trabalho, nunca tinha desejado uma mulher antes, é Luiza acho melhor você terminar logo com isso e se livrar dela de uma vez . Luiza deitou-se apoiando parte de seu corpo no corpo de Duda, colocou sua perna entre as dela e logo sentiu seu corpo estremecer com uma excitação imediata ao sentir a proximidade daquele corpo, sem precisar fazer mais nada Duda se mexeu colocando o braço em volta do corpo de Luiza, sua mão ficou exatamente bem em cima dos seios dela, Luiza ficou tensa e mais uma onda de desejo subia em seu corpo. - calma mulher, muita calma nessa hora é melhor eu tentar dormir de uma vez.
Duda ao abrir os olhos não acredita no que vê, ao se olhar no espelho no teto, ela estava deitada com uma garota totalmente entrelaçada ao seu corpo, Duda se levanta de forma brusca, o que faz com que Luiza acorde com o susto, ela não acredita no que vê.
- O que significa isso? – Pergunta gritando.
- Fala baixo guria, to morrendo de dor de cabeça ô. - fingiu estar de ressaca, colocando a mão na cabeça, Luiza sentiu vontade de rir com a cara de espanto que Duda fez ou vê-la.
- Quem é você, o que você ta fazendo aqui, o que eu...?- e deu outro grito puxando o lençol pra se cobrir. - Porque eu estou nua?
- Espera ai você não vai vir com essa desculpa de que não se lembra de nada. -Luiza fingiu irritação.
- Eu não sei do que você esta falando, nem sei quem é você.
- Só era o que me faltava, você me tira da festa, quase arrastada, me trás pra cá, fizemos amor à noite toda e você vem com essa desculpa que não se lembra, pelo amor de Deus né, se quer me dispensar diz logo.
Duda não acreditava no que ouvia daquela mulher, não lembrava nem o seu nome e ela ainda estava afirmando que tinham passado a noite juntas. Isso já era demais, nessa hora ela entrou em desespero, alterou a voz.
- Você é louca, não te conheço, nunca transaria com você, nunca transaria com uma mulher, sua doente. - gritava.
-Luiza se fingia de ofendida, abaixou a cabeça, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, as duas viram um homem transtornado entrando no quarto, nesse momento Luiza busca uma toalha pra cobrir sua nudez, Duda ao ver o rosto de Pedro Henrique ficou apavorada.
- Então é verdade que você é uma vadia mesmo, como pode sua... Como pode...
- Amor eu não sei o que...
- Não encoste sua mão imunda em cima de mim.
Nisso foi o maior festival de ofensas, o casal discutia feio, os dois choravam, Luiza sentiu um grande aperto no coração, aquela menina parecia descontrolada.
- Pedro me escuta eu não sei como foi...
- Não sabe, como você pode negar Maria Eduarda, você passou a noite toda se esfregando nessa sapatão safada, não negue eu mesmo vi, você me humilhou da pior forma possível, faltou com respeito não só a mim mas a minha família, olhe nos jornais sua cara esta estampada em tudo que coluna social aos beijos com essa vadia, como negar isso? Me diz? Você não presta, você é uma erva daninha que destrói tudo que toca, você não passa de uma vadia como suas amigas, ainda por cima sapatão, puta que pariu, como pude me apaixonar com uma sapatão nojenta? Como você pode se aproximar de mim sua doente, sua imunda, eu tenho nojo, nojo de você, você não vale nada, nunca vou te perdoar pelo vexame que você me fez passar, dentre todas vocês a única que presta mesmo é Amanda pelo menos ela nunca escondeu o gosto dela, enquanto você me enganou, me iludiu, me destruiu, nunca mais me procure Maria Eduarda, nunca mais chegue perto de mim. – ele tirou a aliança e jogou no rosto de Duda, e depois saiu.
Duda ficou passada com o que acabou de ouvir, correu atrás do rapaz, mas o mesmo a empurrou e ela caiu no chão, Luiza estava se vestindo, estava sem ação, ficou completamente arrependida de ter feito aquilo com aquela menina, assim que entrou no quarto Duda se jogou no chão aos prantos, Luiza tentou acalma-la mas a mesma gritou.
- Sai daqui sua estúpida, sai daqui, se não sou capaz de matar você.
Luiza voltou pra casa com o coração apertado, assim que entrou no seu quarto ela caiu no choro, isso mesmo chorou de arrependimento, jamais queria causar tamanho sofrimento na vida de uma pessoa, nesse meio tempo Duda já tinha ligado pra sua melhor amiga pra socorrê-la num momento tão difícil, Amanda chegou ao motel, deparou com Duda num estado lamentável, nua na cama, chorando copiosamente, depois de um longo tempo ela conseguiu acalmá-la.
- Vamos! Toma um banho e se veste, vamos sair daqui.
- Como pode Amanda, eu não lembro de nada, ele falou coisas horríveis. – começou a chorar de novo. - Amanda nem sei quem é essa garota, nem lembro do nome dela.
- Bem amiga se não lembra, tudo bem, mais pelo que eu vi na festa, pelas fotos de vocês se agarrando e ainda os beijos no estacionamento, fica complicado né, até porque né porque te conhecendo como eu te conheço você deve ter feito uma baita festa particular aqui, olha o estado desse quarto, sem contar que ela era uma gata – tentou brincar.
- Chega Amanda, me tira daqui, eu não gosto de mulher, você sabe disso, quero morrer, quero esquecer a lembrança de me ver acordando nua com aquela mulher em cima de mim. Tenho que recuperar meu amor.
Depois desse triste fim, Pedro nunca mais deixou que Duda se aproximasse dele, ela ficou deprimida, Amanda e suas amigas estão sempre por perto, Amanda não procurou Luiza não ate chegar às férias de fim de ano, nesse meio tempo Amanda cumpriu sua palavra, ela conseguiu uma entrevista com o reitor, na verdade não deu nem muito trabalho com as referências que Luiza tinha de sua antiga faculdade, e as altíssimas notas, foi fácil, claro que Amanda não ia dizer isso pra ela, Amanda queria manter Luiza na rédea curta, então ela resolveu ligar.
UM MÊS DEPOIS
O telefone toca, várias vezes até cair na caixa postal, mesmo assim continuar tocando insistentemente, Luiza sabia de quem se tratava, mais não queria ver mais Amanda e isso pra ela era definitivo. Amanda ficou irritada por Luiza não atender, sem demorar pegou a chave do carro e foi à casa da loira - é isso mesmo, nesse tempo Luiza resolveu da uma repaginada no visual, e pintou os cabelos de louro mel, apesar de que seu cabelo já era claro só fez foi dar ma realçada, ela tinha acabado de chegar de uma viagem que tinha feito com Armando, passou uma semana em São Paulo aproveitou pra esfriar um pouco a cabeça, estava atravessando problemas sérios com a mãe, que tinha ameaçado algumas vezes. Luiza, ela estava à vontade em casa, apenas de short e camiseta muito simples, cabelos num rabo de cavalo, a campainha toca insistentemente, ela abre a porta de toma um grande susto ao ver Amanda.
- esse é o fim da picada ate aqui em casa essa mulher me persegue.
- Não vai me mandar entrar. - sem obter resposta Amanda entra no apartamento, ela da uma olhada geral, e sorri ao encarar Luiza que permanecia imóvel. - É seu apartamento é bem simpático, até que você tem bom gosto. – deu um sorriso de orelha a orelha. – E ai sentiu minha falta? – ela se aproxima de Luiza e rouba um selinho.
- O que faz aqui guria?
- Acho tão fofo esse seu sotaque gaúcho, você sabe o que eu quero. - deu um sorriso safado.
- Desculpe não faço mais programas com mulheres. - falou ríspida, mesmo assim o sorriso de Amanda permanecia.
- Comigo você vai fazer, bem quero sexo, bem gostoso e selvagem, quero que você durma lá em casa, vamos logo, adoro as loiras sabia?
- Luiza já estava irritada. - Eu já disse que não quero fazer programa com você.
- Deixa de besteira, seja profissional, você fez um trabalho, como qualquer outro ou vai dizer que foi tão ruim transar com aquela garota que diga-se de passagem, deve dar um bom caldo.
- eu não transei com ela sua tonta. – pensou, era isso que ela queria dizer mais se conteve. - Fiz um trabalho realmente, mas não quero prestar mias serviços a você.
- Sei não viu. Poxa Isa deixa de ser má, gosto de fazer programa com você vamos, se você for eu juro que não vai se arrepender.
Luiza queria recusar mais não podia, sua mãe tava querendo dinheiro, ela não tinha como mandar, suas finanças esse mês estavam apertadas, seria uma grana extra, Amanda realmente sabia ser persuasiva, mesmo se sentindo a pior das mulheres ela foi com a morena, chegando na portaria do apartamento ela deu de cara com duas morenas muito bonitas, assim que viram Amanda correram para cumprimentá-la, Amanda foi fria com elas.
- Amanda quem é essa loira? - Perguntou a morena de 1.60, olhos azul e cabelos castanhos médio lisos e de corpo bem definido, rosto bonito. Pelo jeito da pergunta parecia ser alguma coisa de Amanda a mesma ficou sem graça – Responde?
- Vai dar crise de ciúme agora é? - falou Amanda séria ao encarar aqueles olhos azuis.
- Quem é ela? – a garota permaneceu com a voz firme.
- Olha aqui Julia eu nunca dei motivos pra você desconfiar de mim, sempre fui fiel a você, essa aqui é namorada do meu irmão, antes que você fique dando seus chiliques ai, não tem nada a ver. - Amanda forçou algumas lágrimas.
- Meus Deus essa guria é uma atriz só pode ser, nunca vi tamanho fingimento, com tamanha naturalidade, coitada fiel era uma coisa que Amanda nunca seria, pelo pouco que convivi com ela nos últimos meses, o montante de mulher que eu vi ela ficar, coitada desse guria. – pensou Isa.
Ta vendo cunhadinha, como sua irmã é, sempre achando que eu to com alguma rapariga, eu já to me cansando disso. – ela virou-se pra ir ao elevador. - Vamos subir, quero muito saber noticias no imprestável do meu irmão. – disse pra Luiza.
Antes que elas entrassem no elevador, a morena segurou a porta, Julia foi logo abraçando e beijando Amanda na boca, que correspondeu, Isa e a outra garota ficaram apenas olhando, as duas meninas se esfregando descaradamente, assim que chegaram ao andar elas se descolaram, Amanda olhou pra Luiza e deu aquele sorriso safado, Luiza não teve como não voltar a sorrir, apesar de toda arrogância Amanda era uma pessoa agradável, entraram no apartamento e as meninas foram apresentadas.
- Bem deixa eu fazer as apresentações, essa aqui é Julia minha namorada e essa é Luiza minha cunhada. - tentou disfarçar o riso.
- Prazer desculpe a cena é que essa daqui tem que manter na rédea curta. - a menina abraçou Amanda pela cintura. – Essa aqui é minha irmã Juliana.
- Prazer. - Juliana era bem mais magra que a irmã, não tinha muito corpo aparentava ter uns 14 anos.
Depois das apresentações Julia não desgrudava de Amanda parecia que ela estava com medo que a namorada fugisse, fez mil perguntas a Luiza que entrou no jogo de Amanda e se saiu bem, depois de muitos beijos , amassos e uma ida de meia hora ao banheiro Julia volta a sala muito sorridente, chamando a irmã pra ir embora.
- Bem tenho que ir.
- Já amor, você não vai dormir aqui não é?
- Vou, quando você se livrar do Tiago, pensa que não sei não é, eu tava longe mesmo assim sei de tudo que se passa.
- Vou terminar com ele no dia que você me assumir de vez. - falou num tom seco.
- Amanda já conversamos.
- Ta bom.
Amanda fez cara de que estava chateada, Julia nada mais disse despediu-se de Luiza e foi embora com a irmã, Amanda esperou cerca de 10 minutos, até se sentar no colo de Luiza, não esperou nem um segundo a mais começou a tirar a roupa dela deixando completamente nua, ela a olhava com fome.
- Vamos pro quarto, pode deixa a roupa ai.
Amanda possuiu Luiza até o cansar, depois de um banho Amanda, a chamou pra comer alguma coisa na cozinha, enquanto lanchava a campainha toca.
- Se for a Julia de novo eu termino de vez. - saiu resmungando.
Amanda toma um grande susto ao abrir a porta e dar de cara com Pedro Henrique que já entrou abraçando a, ela o abraça ainda surpresa pela visita dele e o conduz até a sala, Pedro estava nervoso, falava alto, Luiza reconheceu aquela voz, não pode conter a curiosidade, foi ate o corredor da cozinha viu Amanda de costas.
- era ele o noivo, como pensei deve estar com a doida da Amanda, coitado, pelo jeito dela ela deve ser louca por ele, queria escutar a conversa, mas achou melhor eu ficar na dela queria mais problemas.
Amanda tentava acalmar o amigo, que não parava de falar sobre a ex noiva, com medo de que ele voltasse atrás Amanda acabou dizendo que Duda estava ficando com aquela mulher com quem tinha dormido, ela queria acabar com qualquer chance que eles tivessem de voltar, passou quase uma hora entre choros e lamentações, Amanda era carinhosa, confortava o rosto do amigo em seu peito, Luiza observava tudo de longe, depois de calmo, Amanda aconselhou ele a fazer uma viagem.
- Hique aceita fazer aquele curso no EUA que você disse além de ser bom pra você, vai ser um ótimo aprendizado, ai você esfria a cabeça e decide o que realmente quer.
- Você tem razão, passar um tempo longe daqui é tudo que preciso.
Depois de se despedir, Pedro vai embora e ela volta à cozinha.
- Você ainda esta ai?- perguntou curiosa. - Vamos para o quarto.
No quarto, Amanda se deita abraçando Isa, depois de longo silêncio ela diz.
- Você tem que se apresentar amanhã na reitoria da federal, terá uma entrevista com o reitor, depois fará um teste, mas nada muito difícil, só pra não despertar falatório na sua admissão, seja lá que for o curso que você estuda se prepare ano quem vem começam as aulas. – ela levantou e olhou pra Luiza que estava com uma cara de feliz, Amanda sorriu. – Isso mesmo Luiza costumo honrar minha palavra, você fez o que mandei e o resultado não podia ser melhor, estamos quites.
Luiza sentiu seu coração explodindo de alegria ao receber aquela noticia, não pode esconder o sorriso de felicidade, no fundo ela não achava que Amanda fosse cumprir com o que prometera, ela não sabia o que dizer, Amanda então disse.
- E ai, não mereço um premio?
- Diante do que você acabou de me dizer, o que você quer?
- Isso. – sem mais demora Amanda a beijou na boca, um beijo quente e profundo Luiza em nenhum momento evitou, quando terminou ela disse. - Agora sim, quero que quando fizermos programa eu possa beijá-la.
Tudo bem Amanda diante do que você me deu não posso recusar, e obrigado não pensei que você fosse cumprir com sua palavra, principalmente depois que você sumiu.
- Sempre cumpro minha palavra Luiza. Vou passar um tempo sem transar com você, minha namorada está no meu pé, ela é um poço de ciúme, também tem Tiago, ele anda me fazendo muitas cobranças, preciso da um chega pra lá nesse bando que fica correndo atrás de mim, ta ai um dos motivos que prefiro pagar para ter sexo, pelo menos não tenho uma pessoa me cobrando o tempo todo, mas quero que você esteja disponível quando lhe procurar.
- Tudo bem.
O REENCONTRO
Depois desse programa Luiza não voltou a ver Amanda, sua entrevista com o reitor foi excelente assim como a nota que ela tirou na prova de admissão que ao contrário de que Amanda disse não foi nada fácil, mas na primeira semana de janeiro ela recebeu o resultado que tinha passado e que faria sua matricula, ficou muito feliz, tinha reorganizado sua vida, com o ingresso na faculdade ela passou a atender dois clientes por noite, já que suas despesas aumentariam devido o custo do curso, estava tudo muito calmo, o mês de janeiro passou rápido era 02 de fevereiro mal tinha conseguido dormir na noite anterior, muita ansiedade pelo primeiro dia de aula, tomou seu banho e vestiu-se pra ir a faculdade foi simples, calça jeans, bem colada, camiseta branca, tênis all star preto, cabelos preso no rabo de cavalo, sem maquiagem apenas um brilho labial, arrumou sua mochila e foi pra faculdade.
Ônibus lotado, apesar do atraso conseguiu chegar a tempo, sentiu um frio na barriga, passava pelo campus observando tudo, muitos alunos, pessoas de todos os tipos, chegou e entrou na sala imensa tinha muitas pessoas, alguns a olhavam com curiosidade, outros com olhares avaliativo, Luiza sentou-se na segunda fileira, sempre gostou de sentar na frente, se sentiu um alienígena, pois todos os alunos que chegavam lhe olhavam, óbvio aparecer uma nova aluna na metade do curso é um tanto diferente, uma garota parou do seu lado, Luiza a olhou de cima a baixo, ela tinha 1.75 de altura, não era gorda mas sim forte, cabelos cacheados, de rosto ela era bonita, seus olhos castanho eram cobertos com um óculos muito charmoso, a garota era simpática, a cumprimentou com um sorriso.
- Oi, tudo bem. – disse simpática.
- Tudo. - devolveu o sorriso.
- Me desculpe chegar assim, meu nome é Erica prazer.
- Luiza.
- Luiza você é nova aqui né? Nunca a vi antes. – disse sentando na cadeira ao lado.
- Sou sim, fui transferida pra cá.
- Que legal, você estudava a onde?
- Porto alegre.
A conversa fluiu animadamente, Erica era muito simpática e divertida, arrancava muitos sorrisos de Luiza, o professor entrou na sala, todos se calaram, a aula já tinha começado, de repente, entra na sala duas garotas aos risos, na hora que Luiza as viu teve a certeza que se não tivesse sentada tinha caído pra trás, Amanda e Maria Eduarda, elas não tinham ainda não a tinham percebido.
- Desculpe professor podemos entrar? - pergunta Amanda.
- Vocês duas sempre atrasadas. - o professor sorriu.
Quando Amanda se vira e ao ver Luiza toma um choque, seu rosto fica da cor do arco-íris.
- Meu Deus o que essa vadia faz aqui? - se pergunta.
Luiza desvia o olhar de Amanda, seu coração esta aos pulos, Duda reconhece a garota sentada na segunda fileira, seu sorriso se desfez de imediato quando encontra com aqueles olhos negros, sem exitar ela chegar bem na cadeira de Luiza e fala gritando.
- O que você faz aqui?- seus olhos refletiam ódio.
- Luiza fica sem saber o que dizer, todos os olhares da sala se voltam pra elas, Luiza tenta não aparentar nervosismo, com a voz mais tranqüila que conseguiu, responde.- Eu estudo aqui.
Antes que pudesses falar mais alguma coisa um rapaz de trás grita. – Olha gente a namorada da patricinha estuda aqui também, hei gente temos um casal de sapatos fino, como é o nome daquele sapato mesmo em? – a turma cai na gargalhada, Amanda se aproxima sem olhar pra Luiza puxa Duda pra trás. O professor pede silêncio e da início a aula, mas os comentários não param, todos ficam olhando pra Luiza que se sente completamente constrangida, na sua cadeira Duda discute com os meninos, Luiza sente suas costas queimando com os olhares de Duda a fuzilando, Erica não agüenta a curiosidade e pergunta.
- Menina desculpe, mas quer dizer que era você a garota que tem um caso com Maria Eduarda? Caramba eu esperava tudo menos que aquela patricinha fosse lésbica, logo ela sem sempre tratou mal todos os gays da faculdade.
- não posso acreditar que ta acontecendo comigo, puta que pariu, como é que eu vim parar na mesma faculdade que aquela garota, pior Amanda também estuda aqui, como é que pode, será que ela sabia? Não acho que não ela não seria tão burra, e esse povo me reconheceu sinto que esta chegando uma tempestade na minha vida.
Luiza não respondeu nenhum pergunta de Erica, a mesma percebeu e não falou mais nada, Amanda estava agitada em sua cadeira, com medo de ser descoberta, não tirava os olhos de Luiza, ela nunca poderia imaginar que estudaria na mesma turma que ela, ela sabia que ela queria estudar medicina, mais ela não se importou com o detalhe ano, ela resolveu mandar um torpedo pra Luiza. – preciso falar com você urgentemente sai e me espera no banheiro.
Luiza viu o torpedo saiu na mesma hora precisava entender o que estava acontecendo, não demorou nem cinco minutos pra Amanda entrar, aproveitando que só estava as duas trancou a porta do banheiro por dentro.
- O que você faz aqui? - perguntou sem demora.
- Eu que pergunto Amanda, que brincadeira é essa guria.
- Merda! Não acredito – estava nervosa – Você faz medicina, medicina, como é que pode uma prostituta querer ser médica?
- Olha aqui guria, aqui eu sou apenas Luiza ta me entendendo, se você me chama assim de novo eu acabo com tudo isso agora, vou lá naquela garota e falo tudo.
- Não se atreva. - encostou Luiza na parede. - Não se atreva contar nada, não me queira como inimiga Luiza, merda, porque você não me disse que estava no terceiro ano , é muito azar. – Amanda soltou Luiza, seu olhar era de medo Luiza percebeu, apesar de tudo, devia a Amanda afinal foi através dela que ela tava estudando.
- Eu não conheço você, nem você me conhece, eu me viro com a garota lá.
- Eu sou amiga dela. – disse Amanda sua voz estava tremula. - Melhor amiga.
- Se você é amiga dela porque fez aquilo ?
- Eu tenho meus motivos, ela não pode descobrir, eu vou tentar amenizar a situação pra que ela não te perturbe é só você ficar longe.
- Não precisa nem pedir eu quero e distancia de vocês duas.
- Não, de mim não, você continuar sendo minha vadia preferida, quero você hoje.
- Não, não vou fazer programa com você, quero distância de vocês duas, lembre-se não a conheço Amanda. – saiu batendo a porta.
- você é que pensa agora mais que nunca vou ter que ficar de olho em você, que mancada eu dei.
Luiza voltou à sala já tava no intervalo, assim que chegou Duda aproximou-se dela a puxando pelo braço, e a colocando contra a parede.
- Como tem a capacidade de aparecer na minha frente hein? Por sua culpa todo mundo pensa que sou lésbica, não basta você ter destruído minha vida, acabado com meu noivado, acabado com minha reputação, como pode sua...
O rosto estava tão próximo que Luiza sentia o hálito fresco de Duda, ela olhava pra sua boca tão bonita, pequena e bem vermelhinha, Luiza sentiu uma vontade enorme de beijá-la, ela inverteu a posição rápido, colocou uma das pernas entre as de Duda, jogou todo seu corpo pra cima daquela garota que parecia tão irresistível, aproximou-se, Duda a fuzilava com os olhos ela tentou se livrar daquele contato, Luiza era bem mais forte, Luiza pensou em beijá-la mais antes que fizesse ela viu Amanda observando de longe então falou.
- O que você quer guria? Não bastou aquela noite pra você não, fica longe de mim esta bem? Não quero problemas aqui. – se afastou e virou-se pra sair mais pode ouvir Duda dizendo.
- Sua vida nessa faculdade vai ser um inferno, Luiza. - saiu encontrando Amanda na porta. – Vou acabar com aquela garota, pode apostar.
- Calma o que ela fez?
- Destruiu minha vida, você acha pouco e como se não bastasse virei piada na faculdade todo mundo está me chamando de sapatão. – seus olhos estavam marejados.
- o que estava acontecendo comigo, o que foi aquilo, por pouco eu não beijei aquela guria, eu queria beijá-la, ela é tão linda, conviver com ela e Amanda aqui vai ser muito difícil e perigoso, Amanda deixou claro que sabia tudo a meu respeito, será que ela sabia tudo mesmo, distancia era isso que preciso.
No intervalo Luiza aceitou o convite de Erica pra almoçarem, ela foi apresentada ao grupo de amigos, logo ficou enturmada, eram pessoas muito agradáveis, Duda e Amanda passaram por ela, sem perder a oportunidade Amanda lançou aquele sorriso safado dela que Luiza reconhecia bem, e ainda deu uma piscadinha. – que garota descarada. – Erica levou Luiza pra conhecer o campus, no final da tarde as aulas tinham acabado Luiza estava na porta quando Duda passou como um furação perto dela a empurrando. Assim passou a semana, na sexta feira quando estava indo pra parada de ônibus um carro buzina pra Luiza, ela não da atenção, o carro insiste é quando ela vira, o vidro abaixa, Amanda estava no banco de trás, abre a porta e sai.
- Entra. – ordena.
- Você pensa que manda em mim não é guria?
- Não mando em você mas mando no seu bolso. – Amanda segura forte o braço de Luiza e a puxa pra dentro do carro. - Tranca a porta Jonas.
- O que pensa que esta fazendo? - pergunta Irritada.
- Você deixara todos os seus clientes, e será exclusiva minha.
- Sua. – Isa cai na gargalhada. – Quantas vezes vou dizer que não faço programa com você em? Chega guria, me deixa em paz.
- Jonas siga para a casa dos meus pais vamos jantar lá.
- Amanda o que você pensa que esta fazendo?
Amanda nada responde, o percurso dura cerca de 30 minutos até chegar a casa dos pais dela, Luiza queria sair dali, mais algo em Amanda a fazia recuar, a ceder, aquela garota tinha domínio sobre ela, o motorista abriu a porta do carro, e Amanda saiu e em seguida Luiza, as duas entraram na imensa casa um luxo só, Amanda conduziu Luiza ate a sala, minutos depois entrar uma mulher de uns 40 anos alta, bonita, um corpo bem definido, ela parecia com Amanda, na verdade Amanda era a cara dela, a mulher vinha sorridente.
- Filha que bom que você veio. - disse a mulher enchendo Amanda de beijos.
- Ai mãe você não perde essa mania né, olha cadê painho?
- Não chegou ainda, mais daqui a pouco chega. E essa moça quem é?
- Minha namorada.
Luiza quase entrou em choque com o que acabou de ouvir, olhou pra Amanda com os olhos arregalados, seu corpo começou a tremer, a mãe dela abriu um sorriso enorme, logo a abraçou com carinho.
- Nossa filha você deve gostar muito dessa moça, você nunca trouxe uma namorada aqui em casa, sempre soubemos dos seus relacionamentos através dos outros.
- Pois é mãe, com Luiza fiz questão de trazer quis que ela conhecesse você e principalmente meu pai, quero que saibam que ela está comigo. Mãe vou para o meu quarto com Luiza assim que o jantar estiver servido mande avisar. – saiu puxando ate o quarto.
- O que significa isso? Você é maluca, só pode ser.
- Não, não sou maluca, quero transar com você agora. - Amanda foi com tudo pra cima dela que tentava se sair.
- Me solta eu já disse que não quero transar com você.
- Você não tem querer Luiza, você está precisando de dinheiro que eu sei, eu mandei mil reais para senhora Heloisa, então você está me devendo, quero que me pague com sexo, só isso.
- O quê? Meu Deus!!- Luiza estava assustada.
- Eu sei tudo Luiza, tudo entendeu ou quer que eu fale, posso falar cada detalhe.
- Cala a boca! – Luiza não pode evitar as lagrimas. - Porque você está fazendo isso comigo em, porque esse desejo insano de me possuir?
- Você saberá você não precisa ser minha namorada, mas quero que meus pais pensem que sim, agora sexo eu quero.
- Você quer sexo. – os olhos negro a fitaram com fúria. – Você terá.
Luiza transou com Amanda como uma verdadeira puta, gesto ações, tudo deixando a garota louca de prazer, demorou cerca de uma hora quando as duas desceram, sua mãe estava na sala com o pai, Amanda aproximou-se, foi então que Luiza compreendeu tudo, quando os olhos de Armando encontraram os de Luiza parecia que estava vendo um fantasma.
- Pai! – exclamou Amanda.
- Jesus, pai, era isso então, eu era amante do pai dela, por isso tanta cisma comigo
- Vem cá amor – Amanda fez questão de usar essa palavra, - Pai me deixa apresentar essa aqui é a Luiza Lafaiete minha namorada.
- Armando não sabia onde colocar a cara, seu rosto estava branco que nem papel - Prazer Luiza. – estendeu a mão que ao contato com a de Luiza pode percebe que ambas tremiam.
- Prazer. – tentou sorri.
Todos foram conduzidos a mesa, o jantar ocorreu sem maiores turbulências, a mãe de Amanda esbanjava simpatia, e um questionário de perguntas, Luiza tenta ao máximo ser simpática, Armando não para de olhá-la, seu olhar era confuso, depois do jantar Amanda diz que vão embora, se despede e saem. Luiza não da uma só palavra, quando chega no apartamento dela.
- Quero subir. – disse a morena.
Luiza jogar o ombro pra trás, ela entrar e encontra sua prima na sala vendo tv, faz as apresentações, depois Bella sai e deixando as duas sozinhas.
- Ele é meu pai Luiza, você tem dormido com ele quase 3 anos, primeiro eu pensava que se tratava de uma quenga a mais, enquanto fosse apenas um programa tudo bem, mais vocês tinham um caso ou melhor tem, meu pai é um bobo apaixonado que se deixa cair na conversa de qualquer vadia, mas por sua culpa, por pouco minha família não se destruiu, você viu minha mãe a conheceu, ela é a melhor mulher do mundo, alegre, simples, sem contar que tem uma carreira invejável como médica, ela ta feliz agora, mais a pouco meses ela tentou suicídio por sua culpa, isso mesmo ela soube que meu pai trouxe uma rapariga pra viver na mesma cidade, ela enlouqueceu, por pouco meu pai não a deixou pra ficar com você, você imagina isso, te odiei no mesmo momento, como disse meu pai é um bobo facilmente consegui seu telefone, precisava saber o que você tinha pra meu pai querer cometer uma loucura dessa, em fim foi tudo acontecendo, não tenho raiva de você Luiza, sei os motivos a que a levou a essa vida, tenho até simpatia, mais não quero que você durma mais com meu pai.
- E precisava disso tudo. – sua voz era rouca. – Bastava ter me dito, eu teria parado com os programas com ele.
- Meu pai ia ficar correndo atrás de você, ia ser bem pior, deixa ele pensar que você é minha namorada, ele nunca te procuraria nessas circunstâncias, porém ele sabe de sua vida, você será exclusiva minha, não fará programa com mais ninguém, arcarei com todas as suas despesas.
- Eu não quero. – nada vindo de você.
- Você não tem escolha, e sabe disso. Só quero sexo de você e que você fique longe do meu pai.
- Não quero transar com você, quero distância de você.
- Pois bem, se quer assim é você que esta dificultando as coisas, mas pra minha família você é minha namorada. Até mais Luiza. Outra coisa quero você bem longe de Maria Eduarda.
Luiza se sentiu acabada, quando Amanda foi embora ela caiu no choro sua prima tinha ouvido toda conversa Amanda falou alto que do quarto dava pra escutar, foi ao encontro de Isa, tentou acalma-la, a mesma sentia um medo terrível, uma culpa também, por tudo que fez desde que chegou aquela cidade, ela não conseguiu dormir era de manhã, por sorte era final de semana, não quis sair com nenhum cliente. Na segunda feira, Amanda passou por ela e fingiu que não a conhecia, o mesmo Maria Eduarda fez, uma vez ou outra ela implicava com Isa. Duda por sua vez passou a observar sempre, mesmo fingindo indiferença, não parava de olha-la, se irritava como a via feliz rindo com alguém, numa certa tarde Duda tinha ido ao banheiro e entrou em um dos reservados, quando escutou algumas vozes falando, ficou curiosa quando ouviu a voz de Luiza, ela conversava com outras garotas.
- Luiza você vai pro desfile do galo da madrugada, tem que ir, vamos entrar na semana de carnaval, vai conhecer o melhor carnaval do país, depois marcamos pra ir para Olinda lá sim você vai ver o que é bom. Brincar naquelas ladeiras cheias de gatinhos, ou melhor, pra você tem que ser gatinhas não é? – ironizou Sandra.
- E quem disse que eu gosto de mulher. – disse Luiza rindo.
- como não gosta? – se perguntou Duda em pensamento.
- Não gosta? Todo mundo sabe que você e a patricinha tiveram um casinho, me diz ela é boa ou não é.
- Meninas como vocês são curiosas hein.
- Ah! Luiza deixa de besteira, somos amigas não somos? Finalmente tu pegaste ou não a Duda?
- Ai gurias, vocês não se cansam de me perguntar isso, peguei ela sim, pronto satisfeitas.
As duas meninas caíram da risada.
- Me diz, de 0 a 10 como ela se saiu, porque segundo eu soube ela não sabe fazer nada na cama.
- Bem ai você quer saber demais, Erica, não costumo falar de minhas intimidades, até por quê... – antes de terminar Luiza ver Duda saindo do reservado.
- Saiam daqui. – ordena para as garotas, que saem de imediato. – Quer dizer que além de tudo você vai ficar falando o que fez comigo na cama, é isso? Você é pior que os canalhas daqui. – se aproximou de Luiza a empurrando até Lea encostar na pia do banheiro. – Você não cansa de me difamar não garota. - ela fala bem próximo a boca de Luiza.
Os olhos negros se encontram com os castanhos, um desejo súbito ocorre no corpo ambas Luiza age por impulso e puxa Duda pela cintura e a beija com loucura, tesão, Duda corresponde ao beijo, Luiza a conduz para o reservado, a pressionar na parede os lábios permanecem colado num beijo profundo, voraz, parece que uma quer engolir a outra, Duda abre os olhos e se afasta.
- O que você ta fazendo?- grita.
- Você só fala gritando é?
- Você que me agarrou.
- Vai dizer que você não queria, é isso que você quer né. – pressionou seu corpo contra o dela, com uma das mãos enfiou dentro da blusa acariciando os seios de Duda. Depois pressionou seu joelho no sexo dela, aquele contato deixou muito excitada – É isso que você quer não é? – disse Luiza com um sorriso safado.
- Me solta. - Duda olhava com desejo. – Tire suas mãos imunda de mim, sua tarada. – isso foi o suficiente pra Luiza não agüentar o riso, Duda a olhava com raiva. – Você é uma tarada sim, se aproveitou de mim porque eu estava bêbada, você deveria sentir vergonha.
- Você não teve vergonha quando tava me comendo Duda, não achou isso quando me penetrava com esses seus dedinhos aqui, gritando de prazer me pedindo pra gozar pra você.
- Você não presta Luiza, você não sabe o quanto...- as lagrimas rolava em seus olhos, na mesma hora Luiza se arrependeu de dizer aquelas coisas que eram mentiras, ela soltou Duda que saiu do reservado chorando, tinham duas garotas que a olharam com uma cara maliciosa.
Duda volta a sala aos prantos, ela nunca teve vergonha de demonstrar seus sentimentos na frente dos outros, se tivesse que chorar, chorava, se quisesse ri ria, foi amparada por sua amiga Estela e Amanda, Luiza esperou o intervalo terminar, entrou na sala buscou com os olhos Duda, ela estava com os olhos vermelhos ao ver que ela tava olhando deu língua pra Luiza, que não pode conter o riso do jeito infantil de Duda.
Bom ver postagens mais frequentes. Gostei.
ResponderExcluirTica