sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Por Amor XIX



Eu quero que ela pague pelos seus crimes perante a sociedade, mas que seja uma pena justa. Eu só confio em você.
   - Não vou decepcioná-la afinal aprendi com a melhor.
            Camila abraçou a amiga com carinho. Depois foi organizar suas coisas. Larissa a ajudou, as duas preferiram não tocar mais no assunto, pelo menos não enquanto ele não ressurgisse.
             Larissa resolveu aceitar o conselho da amiga. Afastada do seu trabalho foi passa uns dias na casa dos pais na cidade de Natal, embora que estivesse sempre atrelada ao pensamento na sua amada, mantém contato diário com Camila. Que aproveitou para se dedicar a família, desde já estudava ainda mais, queria esta pronta para o momento que não tardaria em chegar. Foram se passando os dias, as semanas que chegaram há meses, Larissa ainda afastada. Dr. Silvio trabalhava dia após dias nesse caso, que a cada dia se tornava maior. Finalmente a denuncia. A investigação chegava ao fim, é instaurado o inquérito. O juiz mandou expedir o mandado de prisão. A operação ocorreu na madrugada, à polícia federal saiu para prender os suspeitos. Raul soube da notícia em primeira mão. Gastava muito dinheiro subornando polícias corruptos para lhe manter informado.
 Alicia foi acordada no meio da madrugada, o homem se vestia as pressas.
    - Vamos galega vamos. – gritara.
   - Pra onde vamos? – indagava sem entender nada.
   - Vai logo porra. – ordenou.
           Sem entender nada ela levanta e troca de roupa, Raul já estava com Vinicius no colo que chorava por ter sido acordado no meio na noite. Ela nota que o homem estava extremamente nervoso, dirigia de forma perigosa. Gritava palavrões de todos os tipos deixando a mulher assustada. – vou matar aquela cadela, vou matá-la.
           Alicia temerosa tentava controlar seu medo, olhava a expressão do homem, algo tinha acontecido. Mais ainda não sabia exatamente do que se tratava. Raul continuava a dirigir descontrolado, seu coração batia tão forte que parecia ter recebido uma dose de adrenalina, foi chegando às proximidades da favela.
 - Meu império – gritou colocando a cabeça para fora da janela do carro – venha me pegar seu fila da puta...
          Estacionou em frente a sua mansão. Desceu do carro apressado Beto já lhe aguardava na entrada da casa, o homem estava em posse de uma metralhadora Alicia arregalou os olhos, muitos homens estava ali e todos fortemente armado.
    - Pega o menino. – ordenou.
 Alicia desceu do carro e pegou Vinicius no colo.
    - Entra e não me ponha à cara nem na janela. – falou o traficante a mulher.
           Ela entrou sem olhar para trás, tapando o rosto do menino para que não visse as armas. Raul foi para seu escritório que ficava nos fundo da mansão. Lá Beto explicou tudo que estava acontecendo. Recebeu notícias de um de seus informantes da polícia federal as coisas estavam se complicando havia muitas denunciam sobre o traficante e outros integrantes da quadrilha. Raul ficou pensativo, caminhava de um lado para o outro, seu sangue fervia.
    - Mandem fecha a favela – socou com as duas mãos a mesa encarando o cúmplice - quer todo mundo em suas casas às oito da noite. Estamos em guerra, quero homens em todos os pontos de entrada e saída, ninguém entra ou sai sem eu saber. – ordenou.
 Beto lançou a cabeça em sinal de afirmação. Logo em seguida saiu.
 Raul montou um forte esquema de segurança, todos os pontos estavam cobertos pelos seus homens.
    - Ninguém vai me pegar. Ninguém – falou sozinho em seu escritório dando murros na mesa. O homem voltou para casa.
 Alicia pôde ver o sinal do medo estampado no rosto do amante.

Capítulo onze

Enquanto isso.
    - Tudo pronto senhora. – informou um oficial.
   - Vamos. 
      Draª Maria era a delegada incumbida das investigações, já tinha recebido o mandado de prisão, organizou-se de forma sigilosa não queria espantar seus suspeitos. No meio da madrugada ela saiu para efetuar as prisões. Muitas foram concluídas com sucesso a operação durou toda manhã, logo a noticia correram pela imprensa. Faltavam agora uns dos suspeitos mais difíceis, o famoso traficante Raul Santos. A delegada já vinha investigando o homem ele tinha forte ligações com uma quadrilha de contrabando da Colômbia. Mas até então não tinham muitas prova para prendê-lo. Agora com à denuncia do Ministério Público aquele traficante não tinha escapatória. Pegou sua foto mais uma vez dentro da viatura. Olhou atentamente. Mumurrou:
    - Agora você não me escapa. – falou. Era o rosto de Raul que ela olhava muitas vezes tentou prende-lo mais o traficante era muito escorregadio.
            Alicia assistiu o noticiário da TV, viu a declaração do promotor responsável pelo caso logo o reconheceu. Muitas vezes acompanhava Larissa em jantares com esse homem ambos eram amigos. Aos poucos ela foi compreendendo o nervosismo de Raul o circulo estava se fechando para o traficante, ao mesmo tempo parecia lhe surgir um fio de esperança. Abraçou o filho com carinho sussurrando:
    - Logo isso vai acabar filho, logo ela... – Alicia lembrou-se de Larissa, como sentia saudade, como a amava.
 Raul invadiu o quarto da mulher, estava furioso. Pegou ela pelo braço.
   - Viu a merda que fez? – Vinicius de desvinculou dos braços da mãe seus olhos se arregalaram com a atitude violenta do pai que parecia ignorá-lo. – o que você disse aquela vadia, o que você disse? – Raul culpava por aquela situação, acreditava que tinha falado algo a Luiza quando ambas se encontraram. O seu capanga falou ao chefe que não sabia o que elas conversaram uma vez que ele não entendia o idioma.
   - Me solta, eu não disse nada, me solta. – tentava se solta.
   - Vou matar todos, todos – gritou o homem a sacudindo.
    Raul possuído pela raiva começou a bater na mulher, socos, chutes, puxões de cabelos, Vinicius saia em defesa da mãe, o homem parecia fora de si, batia, batia.
   - Eu não fiz nada – chorava a mulher – não faz isso, na frente do seu filho.
  - É bom ele ver. Vai aprender como se tratar uma mulher...
          Os gritos do menino tomavam o quarto, Raul só parou de agredi-la quando percebeu que ela estava desacordada, olhou para o filho que continuava a grita e a bater nas suas pernas, foi então que o homem foi caindo em si. Afastou-se do corpo de Alicia ensangüentado.
   - Vem cá filho.
      O menino assustado correu para o interior da casa, Raul olhou para Alicia deitada na cama, não sabia se estava viva ou morta, havia batido tanto que seu rosto estava irreconhecível. Aproximou-se segurando sua mão o homem se pôs a chorar, logo em seguida abraçou o corpo, mas ele não chorava por causa da mulher e sim ao ver os olhos chorosos do filho, lembrou-se da sua infância, lembrou-se de sua babá, seu pai a espancando até a morte. Raul tinha apenas seis anos, logo em seguida as palavras do pai. – é assim que se trata uma mulher... – seu pai quanta falta o sentia.
O traficante não tinha o mesmo vigor intelectual de antes, muitas vezes suas atitudes mostrava um desequilíbrio fora do comum. Ficou abraçado a Alicia por cerca de uma hora. Hora e outra chamava pelo pai. Depois falava coisas sem nexo. Beto correu afobado invadiu a casa de Raul gritando seu nome. Chegou ao quarto e deparou o homem abraçado ao corpo da mulher.
   - A favela esta sendo invadida. – falou.
Nesse instante Raul parecia sair de transe olhou para o homem.
   - Precisamos fugir agora. – gritou.
    Raul soltou o corpo de Alicia e saiu de sobressalto de cima da cama, sua roupa estava suja de sangue tirou a camisa e pegou outra no armário a vestindo.
   - Resista. – falou enquanto vestia a camisa. – resista!
   - Precisamos ir mano, os canas estão por toda área. – alertou Beto.
   - Não vou fugir pra porra nenhum isso aqui é meu. – dizia cheio de soberba batendo no peito.
   - Pois seu império vai ser na cadeia se não formos agora.
Raul serrou os dentes, voltou a olhar para Alicia.
   - Acho que a matei.
 Beto ignorou o que o traficante disse estava nervoso demais queria fugir.  – vamos embora nessa porra – gritou Beto.
Raul não teve tempo de pegar nada, assim que chegaram à porta de trás lembrou-se do filho.
   - Não vou deixar meu filho.
     Beto estava mais que irritado, os sons das trocas de tiros ficaram cada vez mais perto, sinal de que as polícias estavam se aproximando trazendo medo e angustia aos moradores.
   - Então que fique. – Beto não estava disposto a esperar.
        Saiu deixando o amigo para trás, Raul até pensou em voltar mais ao perceber que estava sozinho correu atrás de Beto, os dois foram por uma rota de fuga secreta, desceram por um bueiro. Lá em baixo já tinha duas mochilas, Beto parecia que estava preparado. Os dois conseguiram fugir.
         Finalmente a polícia ocupa a favela muitos traficantes são presos, outros mortos no confronto. A delegada chega à mansão de Raul, mais não o encontra o que a deixa furiosa, ela percorre a casa encontra uma mulher ensangüentada checa seus batimentos.
   - Esta viva chame uma ambulância. – gritou.
      Drª. Maria escuta um choro abafado, procura sua origem, curiosa ela para diante de um armário na cozinha. Ao abrir encontra uma criança chorando. Vinicius se encolhe, suas mãos tapavam os ouvidos, o som dos tiros e os gritos do pai o incomodavam. .
- Vem cá vem, não vou lhe fazer mal. – diz a mulher num tom de voz doce.
   O menino continua a se encolher, agora de olhos aberto ele encara a estranha. A muito custo a delegada consegue tira-lo dali. Ela o examina superficialmente, ele não estava machucado, o pequeno é levado. O trabalho dos peritos começa. Muitos documentos e armas são encontrados mais nenhuma droga.
   - Puta que pariu! – fala a delegada irritada.
    As buscam não terminam ali. Alicia é levada para um hospital público da cidade, seu estado era delicado. A mulher é atendida. Larissa só fica sabendo na investida da polícia no dia seguinte, ela ver no noticiário. A mulher fica abismada, liga imediatamente para Silvio que confirma que Alicia esta sobre custodia.
  - Onde ela esta? – insiste a promotora.
   - Larissa...
   - Ela é minha mulher Silvio tenho o direito de saber. Me diz. – silêncio – me responde – altera o tom de voz. – ela tem direito a defesa, tem direito a ter a família por perto. – Larissa estava muito alterada, embora não pudesse o promotor acabou cedendo.  
    - Ela foi levada ao HR - Hospital da Restauração. Sugiro que leve um advogado.  
   - Obrigado.
   - Larissa...
           Silvio não teve tempo de falar mais nada a promotora desligou o telefone de imediato, pegou a bolsa e saiu em disparada. Em vinte minutos chegou ao hospital. Lá se apresentou como sua companheira, a delegada ficou surpresa conhecia a promotora.
       - Quero que ela seja transferida para esse hospital particular.
     - Impossível. – disse a delegada. – ela esta sobre custódia do Estado.
     - Doutora isso não impede que ela seja transferida para um hospital bem mais aparelhado para seu tratamento. Não quero parece rude, mas gostaria de bom grado que a senhora autorizasse, não gostaria de recorrer à justiça.
        A delegada ficou vermelha como um pimentão. Saiu pisando duro sem responder à promotora. Mesmo de contra gosto permitiu que a suspeita fosse transferida para uma clínica particular. Alicia chegou muito debilitada, foi brutalmente violentada, havia quebrado o nariz e cinco costelas. Ela estava muito magra.  Quando chegou lá pediu para chamar Amanda que fez o primeiro atendimento, depois passou para médico mais especializado na área.
    - Doutora Couto?- chamou à delegada.
 Larissa esperava por notícia já tinha avisado a Luiza e a Camila que já estava a caminho.
    - Sim.
   - A senhora alega que é companheira da suspeita.
   - Sim.
   - A senhora sabe que sua companheira foi encontrada numa boca de fumo que provavelmente ela é proprietária. – falou cheia de insinuações, Larissa então encarou a mulher.
   - A senhora tem alguma queixa contra mim ou minha esposa? – falou num tom duro.
   - Não exatamente. E realmente era verdade os mandado expedido pelo juiz não era para Alicia e sim para Raul e sua quadrilha, o juiz considerou insuficiente às provas com o envolvimento de Alicia. Porém ela foi encontrada na mansão do traficante o que mudava totalmente as coisas.
   - Se a senhora tiver algum mandado não hesitarei em prestar meu depoimento. – encerrou o assunto. – só mais uma coisa doutora, a criança onde esta?
  - Ele está com a assistente social. No departamento será encaminhado para um abrigo. Até os devidos esclarecimentos.
  - Ele pode ficar comigo? – perguntou mesmo sabendo a resposta.
  - Não é assim tão fácil doutora.
  Finalmente Amanda apareceu para lhe trazer noticia já que Duda não estava na cidade tinha ido a um congresso fora do país.
    - Como ela esta?
   - Ela está no setor de trauma, um colega esta lhe atendendo, apesar do corpo bastante debilitado ela esta fora de perigo. Vamos fazer uma pequena cirurgia no nariz, ela quebrou algumas costelas... – falou Amanda. – fica tranqüila que ela vai ficar bem.
 Amanda deu um abraço na amiga passando-lhe conforto.
    - Camila, acabou de me ligar já está vindo, ela passou pra pegar a Isa em casa.
   - Obrigado.
    Larissa logo se sentiu aliviada, finalmente seu amor estava livre das garras daquele criminoso. Alicia passou pela cirurgia naquela mesma manhã, logo depois foi encaminhada para o quarto, Dr. Arante veio dá melhores informações da paciente, primeiro falou com a delegada, esclareceu a delicadeza do estado da vítima. Larissa recebeu autorização para entrar no quarto, seu coração batia descompassado ao vê-la. Uma emoção tomou conta do seu peito chorou copiosamente, acariciou seu rosto, como a amava. Larissa sentia-se finalmente aliviada depois desses meses todos de tortura. Finalmente ela estava ali. Isa e Camila chegaram procuraram por Amanda.
    - Como ela está?
   - Estável agora, passou por uma cirurgia no nariz, mas deu tudo certo Larissa está com ela.
 As duas ficam mais aliviadas.
    - O que foi amor? – pergunta Camila percebendo a preocupação de Amanda. – ela ta bem mesmo?
   - Está, amor não entendo muito bem de leis, uma delegada veio aqui me fez mil perguntas sobre o relacionamento de Larissa com Alicia.
   - Como assim o que disse? – Camila se preocupou.
   - Fiquei desconcertada perguntei se era um interrogatório. Ela disse que não, mas que gostaria de falar comigo.
   - Droga! – exclamou a advogada. – o que mais? – quis saber.
   - Camila, a doida da Larissa disse que ela era companheira de Alicia e eu confirmei.
 Camila passou as mãos pelos cabelos, ficou agitada com a informação sua mente fervilhava. Caminhou de um lado para o outro pensando.
 - Qual o problema? – indagou Luiza diante da inquietação de Camila.
 - O problema que Larissa deixou claro que conhece a suspeita, Larissa é uma promotora de justiça, envolvimento com esse tipo de pessoa pode colocar sua carreira em risco, entre outras coisas que não quero nem pensar.  – falou Camila extremamente preocupada. – nas últimas das hipóteses ela pode perde tudo, tudo Luiza.
 As três ficaram ainda mais preocupadas.
   - Melhor irmos vê-las. – concluiu a advogada.
 As três foram até o quarto, tinha dois policiais na entrada que tentaram barrá-la mais Amanda intercedeu.  A promotora estava sentada ao lado da cama segurava sua mão, estava de cabeça baixa chorava baixinho nem percebeu a entrada das amigas.
   - Lary! – chamou Luiza fazendo a morena levantar o rosto para encará-las.
 Larissa soltou a mão de Alicia e enxugou os olhos, as duas irmãs se aproximaram.
    - Ela está bem? – indagou Camila preocupada. Larissa fez que sim com a cabeça.
   - E você como está? – Luiza apertou os ombros da amiga.
   - Ela vai ficar bem, embora esteja muito debilitada devido às pancadas, não houve nada mais sério, logo, logo ela acorda. – acalmou Amanda. – bem preciso ver meus outros pacientes, não demorem muito Alicia precisa descansar.
           Amanda saiu da sala. Depois de uma breve visita Luiza e Camila também foram embora. Larissa passou a noite em claro, presa na angústia e no medo. O que seria de Alicia agora, começou a pensar nas consequências legais que a esperava, embora ainda não sabia exatamente sobre que acusações ela responderia. Horas antes ela tinha conversado por telefone com uma amiga, conseguiu alguns detalhes sobre a operação. Sabia que o mandado de prisão já tinha sido expedido. Outra coisa a tirou o sono lembrou-se do Vinicius, Camila tinha ficado de resolver. Confiava na competência da advogada. Aos poucos foi vencida pelo cansaço.
O dia  amanheceu ensolarado, os raios de sol invadiam o quarto, Alicia foi despertando ainda cheia de dor. Aos poucos as imagens vão ganhando foco, ela tenta senta-se acaba resmungando. Seu tórax estava muito dolorido e inchado. Alicia sentiu um metal frio em seu tornozelo, tenta puxar e então constata que se tratava de uma algema. Uma tristeza invade seu peito lembranças do dia anterior invadem sua mente. Raul a batera. Alicia olha para o lado esquerdo seu coração dispara Larissa dormia na poltrona toda encolhida.
            A lourinha começa a chorar, não tinha palavras para explicar o que estava sentindo naquele momento. O choro chegou ao soluço, Larissa se remexia, Alicia continuava a chorar com os olhos compenetrado na imagem da morena, sentia uma dor misturada com alívio. Pensou que nunca mais fosse vê-la novamente. Alicia não entendia como era capaz de amar tanto uma pessoa. Finalmente Larissa foi acordando, abriu os olhos, logo encontrou o olhar banhado de lágrimas da namorada. No início ficou sem reação, engoliu em seco, sentou-se e coçou os olhos. A morena podia sentir seu corpo inteiro tremendo por dentro, sua respiração forte, suas emoções em conflito. Amor, raiva, alívio, medo... Tudo misturado. Ela tentou se levantar suas pernas tremiam muito. Aproximou-se vagarosamente. Alicia tentava falar, mas o choro não permitia.
    - Você vai ficar bem agora. – balbuciou a morena. Larissa buscou os olhos da mulher que a magoou. Mergulhou naqueles olhos cor de amêndoas, levou sua mão até seu rosto. Seus dedos tentavam numa tentativa fracassada conter as correntes de água que dali saia. Mais aquele contato foi acalmando a lourinha, seus batimentos foram desacelerando voltando a sua atividade normal. O rosto de Alicia estava muito machucado. Seus olhos estavam roxos, nariz quebrado. Mesmo assim não perdia sua beleza. A vontade que Larissa tinha era tomá-la em seus braços e tirar toda aquela dor. Mas a morena lembrou-se de como foi traída, isso a fez recuar. Ela deu dois passos para trás. Afastou a mão. – você foi presa na casa do seu amante – sua voz saia repleta de amargura e raiva.
 Alicia continuou a encarar aqueles olhos negros agora sem brilho.
    - Você vai pagar por todos os crimes que cometeu você vai para a cadeia, cadeia – Larissa alterou a voz, estava nervosa. O olhar de Alicia a deixava desconcertada a lourinha parecia não se abalar com as afirmações da promotora pelo contrário, encontrava um olhar triste e apaixonado e também conformado com seu destino. Depois de logos minutos a lourinha finalmente se manifestou.
   - Estou pronta para pagar o mal que causei. Mas antes preciso lhe pedir uma única coisa.
   - Você não está em condições em me pedir nada.
   - Eu sei. Mas preciso.
Larissa tentou demonstrar indiferença.
   - Meu filho Larissa, onde está meu filho?
Larissa tirou as armaduras.
   - Estamos tentando trazer-lo de volta. – diante do olhar de desespero da mulher ela apressou-se a dizer – ele foi conduzido a um abrigo, Camila esta tentando tirá-lo de lá.
   - Não deixe lá, não o deixe.
   - Calma ele não vai ficar lá, Camila está cuidando de tudo.
   - Ele é meu filho Lary, ele é meu bebê. – sua voz era repleta de desespero.  
   Alicia ficou muito nervosa teve que ser medicada. A morena ficou ainda mais preocupada saiu do quarto e falou com a advogada.

2 comentários:

  1. aaain que agoniaa
    sempre que estou chegando ao auge do capitulo eele acaba.
    só voce mesmo ein luh

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