Agora sozinha
naquele quarto, Alicia chorava, estava tudo definitivamente acabado, finalmente
sentia o peso sair de suas costas, não se arrependeu do que acabara de fazer,
finalmente cumpriu sua promessa a sua vó. Chorou copiosamente, finalmente
pagaria sua dívida moral com Larissa e teria outra, a mulher cuidaria de seu
filho ele estaria protegido.
- Sou
médica como me ousa barra. – falava Duda. Horas depois que o delegado havia
saindo, Andréia já tinha lhe contado.
Alicia escutava uma discussão do outro lado da porta, para
sua surpresa minutos depois ela ver um rosto amigo, Duda entra em seu quarto.
- Tudo
bem? – pergunta à morena. – como você ta?
- Estou bem.
– disse Alicia envergonhada, encarar os amigos de Larissa ainda era muito
difícil para lourinha.
- Desculpe
não vir antes, estava num congresso na Califórnia a Isa me contou o que
aconteceu.
Duda primeiramente examinou Alicia, a mulher não
estava muito bem seu café da manhã estava do mesmo jeito que tinha chegado.
- Se
você não se alimentar vai acabar entrando no soro. – informou Duda.
- Preciso de
um favor. – disse com a voz chorosa.
- O que foi?
- Entregue
isso a Larissa, preciso que entregue isso a ela em mãos.
Duda pegou o papel que Alicia tinha lhe entregue,
via o desespero no rosto da mulher, ela colocou no bolso do seu jaleco.
-
Obrigado.
- Ruth, ou
melhor, Alicia, apesar de tudo ainda tenho grande estima por você não se
preocupe Camila é uma excelente advogada. Ela vai ajudá-la.
Alicia nada disse, por insistência da amiga acabou
se alimentando, depois Duda saiu. A médica ficou preocupada logo ligou para a
mulher, contando o que tinha acontecido, antes de contar a Larissa, Luiza
telefona logo para Camila que vai de imediato para o hospital. Larissa ainda
estava em casa seu coração estava inquieto, Vinicius apresentava uma febre repentina
o menino chorava e chama muito pela avó deixando Larissa preocupada, ela então
resolve ligar para amiga.
- Oi,
parece que estava adivinhando ia te ligar nesse exato momento. – fala Isa.
- Foi mesmo,
Isa estou muito preocupada o Vinicius está com muita febre, ele estava bem logo
cedo, do nada ele foi ficando quente, começou a chorar...
- Vou pra ir
agora.
- Vem mesmo,
ia levá-lo na clínica...
- Não –
antecipou querendo evitar que Larissa soubesse. – estou indo, eu o examino.
Luiza pegou sua antiga maleta e foi até o
apartamento da morena. Logo ao chegar deu de cara com o rosto apavorado da
morena. A médica examinou cuidadosamente Vinicius, passou alguns medicamente, o
menino estava com mais de 40 graus de febre o que preocupava a lourinha.
- A
febre dele é emocional. Esse remédio vai ajudar.
- Mas...
- Ele vai
ficar bem não se preocupe. – a médica tentava tranqüilizar a amiga. – sugiro
que fique com ele.
- Não posso
preciso ir ver a Alicia.
Luiza engoliu em seco. Procurou um jeito para falar com a
amiga. Larissa era muito boa em percepção logo notou que tinha algo errado,
pressionou tanto que Luiza acabou lhe contando, a morena ficou muito agitada. Á
grande custo Luiza tentava convencê-la a ficar em casa, mas ela queria ver a
estudante. Deu algumas recomendações a Severina e foi até á clinica levada por
Luiza.
Larissa chega para ver Alicia, mas é barrada na porta do
quarto que informa que ela não pode receber visita, Camila tenta conter a amiga,
Larissa é conduzida até o consultório de Duda. A morena fica arrasada não
consegue conter o choro. Isa tenta acalmá-la. Camila vai até a delegacia. Duda
entra na sala.
- Ela
pediu para lhe entregar isso. – Duda entrega a carta de Alicia. Larissa enxuga
as lágrimas e pega o papel. - infelizmente não podemos fazer nada. – informa a
doutora.
- Ligue para
Camila. – pediu Larissa.
- Camila já
esta na delegacia. – responde Duda, - assim que soubemos avisamos a Camila, ela
ta tentando resolver as coisas.
Larissa estava
triste as médicas a deixaram sozinha. Larissa estava com as mãos tremulas,
abriu a carta e começou a lê-la.
Oi amor...
Não me estenderei, acho que já deve esta
sabendo o que aconteceu, Larissa já cometi muitos erros em minha vida, mas o
maior deles foi o mal que lhe causei. Meu arrependimento é sincero, meu
sofrimento é pouco comparado ao seu, mesmo diante de tantas coisas ruim que fiz
com você, queria lhe fazer um único pedido, cuide do meu filho. Sei que é uma
responsabilidade muito grande que estou jogando em suas mãos. Mas você é a
única que pode lhe dá uma vida diferente da minha e da do pai dele. Você é
justa e honesta, tem pilares familiares digno de todo respeito e admiração.
Vivi uma vida errante. Mesmo assim Deus me concedeu a felicidade desse menino
em minha vida. Ele não tem culpa dos pais que têm. Vocês dois são as únicas
coisas boa que me restou. Vinicius é a única parte boa de mim. A amo Larissa,
como nunca pensei que fosse capaz de amar. Você me mostrou coisa que pra mim
parecia desconhecido. Tenho uma dívida com você e com sua família e pagarei
perante a lei, perante a sociedade. Espero que um dia você possa me perdoa e me
aceitar de volta. Fica longe disso tudo, deixa a justiça seguir seu curso.
Quero ficar limpa pra você e POR VOCÊS. Sei que você é capaz. Vinicius é uma
criança adorável, não é de dá trabalho, logo ele vai amá-la como espero que um
dia você possa amar meu filho. Fica bem. Fica bem. Amo-te. vous aimez tout en
respirant .(te amarei enquanto respirar)
Larissa terminou de ler a carta com um nó na garganta, os
olhos cheios de água, prendeu o papel ao peito. Amava Alicia, mesmo diante de
tudo aquilo que a condenava á amava. Uma hora depois saiu da sala, parecia
mais calma, tentou vê-la que não foi possível. Voltou para casa arrasada. Já
não agüentava guarda aquela tristeza para si, queria o colo da mãe. Ligou e
contou-lhe tudo, dona Laura passou da raiva para a pena, tinha simpatizado com
a namorada da filha. Já desconfiava do fato, até então não tinha certeza. A
mulher prometera ir com o marido para casa da filha, não sairia do lado dela
nesse momento tão difícil. Camila não conseguiu ter acesso à Alicia. As coisas
estavam ficando difícil. Passaram-se quatro dias até o inevitável acontecer à
mulher recebera alta. Estava sendo encaminhada para colônia feminina. Ela
recusara defesa.
Larissa caminhava de um
lado para o outro falando ao telefone, sua mãe já estava em casa ela cuidava do
filho de Alicia. A promotora tinha pedido afastamento das suas atividades no
trabalho, a porta do seu prédio havia muito jornalista em busca de alguma
declaração, Larissa evitava ao máximo falar sobre o caso.
Vinicius passava por um momento muito delicado. O
menino sentia muita falta da mãe. Tinha pesadelos constantes, acordava todas as
noites ao choro chamando por ela. A morena passava por uma difícil provação,
cuidar de uma criança não era muito fácil, aprendia a cada dia. Sempre levava o
menino para dormir em sua cama, aos poucos ele ia se acalmando, sua mãe
assistia o amadurecimento da filha como mulher. Larissa passava por um processo
único em sua vida. Já Alicia passava por outro processo interior a de auto
condenação. A estudante se recusava receber visita, aceitava tudo calada, em
seus depoimentos voltava a assumir sua culpa. O delegado queria mais, queria os
nomes de seus cumprisse, Alicia temia uma represaria se mantêm calada.
Sua vida na cadeia não era das melhores. Logo nas
primeiras semanas a lourinha foi inúmeras vezes para na enfermaria, as detentas
tentava mostrar predominância. Uma delas havia se interessado por ela ao ser
rejeitada lhe agrediu. A briga foi das grandes, Alicia viveu sua vida dentro de
uma favela sabia bem se defender nenhuma das duas saíram ganhando. Durante uma
visita Camila ficou inconformada ao saber as agressões que sua cliente estava
sofrendo, acabou discutindo com o diretor, o homem percebeu que aquela detenta
era peixe muito grande, resolveu interceder antes que aquilo virasse uma dor de
cabeça. Alicia foi tirada da solitária e foi levada até a sala de visita.
Camila ficou horrorizada com a aparência da mulher.
- O
que houve?
- Nada
demais - disse sentando diante da advogada.
- Você foi
espancada Alicia, como não houve nada demais, eles não podem permitir, onde
estar seus direitos constitucionais. Eles têm por obrigação assegurar seus
elementares.
- As coisas
não são assim desse lado do muro aqui prevalece à lei dos mais fortes. Ou quem
tem dinheiro – disse.
- Mas não...
– tentou contra argumentar e foi impedida.
- Camila,
não perca seu tempo com isso. Agora me responda o que faz aqui?
- Preciso
que reconsidere sou sua advogada – falou Camila de forma inquiridora.
- Já disse
que não quero advogado.
Alicia já tinha recusado inúmeras vezes, tinha confessado
o crime e acreditava que ela não merecia defesa havia se conformado com aquilo,
já se passaram dois meses desde que chegou ali. Sua recusa não desanimava a
lourinha.
- Você
pode recusar sua defesa, mas pense na Larissa – Camila percebeu que o nome da
promotora causou impacto na mulher e continuou – pense no seu filho, esses dois
precisa de você.
- Não os
mereço Camila, o mal que causei tanto a meu filho diante de anos de ausência,
quanto a Larissa por toda dor que lhe trouxe são irreparáveis. Não mereço
defesa.
- Todos
merecem defesa Alicia, você estudava direito e sabe disso. A justiça só será
efetivamente aplicada se forem observados os princípios legais de todo Estado
Democrático de Direito. Começando pela nossa Constituição Federal, ninguém será
julgado sem que tenha direito à ampla defesa e a presença de advogado em todos
os momentos do processo. Regras fundamentais que não podem ser desrespeitadas
sob pena de nulidade absoluta. – Alicia encarava os olhos da advogada que
continuava – quero que você tenha um julgamento justo, temos muitas chances.
Alicia baixou a
cabeça e começou a chorar baixinho. Camila perdeu a pose, estava muito sentida
com a situação da amiga.
- Eu
já confessei. – disse a detenta.
- Eu sei.
Sua situação é delicada, mas posso contestar sua confissão todos sabem os
métodos que a polícia usar para obter uma confissão, isso facilmente posso
derrubar, mas preciso da sua ajuda Alicia. Há muitas coisas que está sendo
acusada.
Alicia então
encarou os olhos azuis da advogada.
- Como
assim muitas coisas, eu ajudei a seqüestrar Larissa mais nunca a machuquei
diretamente.
Camila encarou Alicia por um momento estudava sua cliente. Percebeu que tinha
algo de errado.
- Você
está sendo acusada de tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de
dinheiro, seqüestro...
Alicia parecia
estupefata com o que escutava.
- Eu
não sou uma traficante, o fato de viver com um não me torna uma traficante, do
que você está falando eu nunca me envolvi nos negócios de Raul, nunca. – foi
enfática.
- Não é o que
apresenta a promotoria. Você esta sento acusada de crimes muitos grave.
- O único crime
que cometi em toda minha vida foi ajudar aquele homem a seqüestrar Larissa, não
sou traficante posso ser tudo mais não sou essa criminosa que me acusam. –
Alicia ficou agitada levantou-se da cadeira, desde que foi presa ela não tinha
noção do que se passava lá fora, muito menos que estava sendo acusada desses
crimes.
Camila não entendia muito bem aquela situação, resolveu não
falar no assunto, precisa estudar com mais calma tinha algo que não fechava.
Despediu-se de Alicia lhe deu dinheiro para ela se manter, a grande custo a mulher
aceitou, a vida na prisão era cara, tudo tinha que se comprar, a advogada
prometeu lhe trazer algumas coisas no domingo. Despediu-se e saiu. Alicia
voltou para solitária, estava atordoada, escondeu o dinheiro nas partes íntimas
se alguma guarda visse ia quereres roubam-na. Camila também parecia pensativa,
foi para casa.
- Você
esta abatida. – disse Amanda enquanto fazia uma massagem na esposa. – você
falou com ela.
Camila parecia não escutar, estava deitada de olhos
fechado, sua mente repassava a conversa com Alicia, depois se lembrou das
investigações que ela e Larissa fizeram quando estavam no Ministério Público.
- Você
está me escutando? - Amanda chamava a atenção da mulher.
- Desculpe.
– disse sentando-se. – estava pensando.
- Percebi
você está muito tensa, não há vi o dia inteiro, na verdade faz tempo que não
nos vemos direito. – reclamou a mulher.
Camila conhecia bem
aquele bico, realmente Amanda tinha razão à lourinha estava trabalhando muito.
Não só no caso de Alicia mais em outros casos e ainda se preparava para o
concurso do Ministério Público, mal dava atenção para a mulher e o filho.
Amanda começava a se incomodar com essa ausência.
- Não quero
ser chata, mas você precisa dividir melhor seu tempo do mesmo jeito que divido
o meu. Sei o quanto esse caso é importante pra você, sei que você faz isso
porque sente em dívida com a Larissa por ter ajudado sua irmã.
- As coisas é
muito complicada amor. Nunca peguei uma causa tão difícil. Preciso ganhar.
Larissa é mesmo que uma irmã pra mim.
- Você não
precisa. Está dando o melhor de si.
- Não estou
Amanda, sinto que tem algo de errado.
- Alicia é culpada
e você sabe disso, todos nós sabemos.
Camila respirou
fundo encarou os olhos da mulher balançou a cabeça em sinal de negação. Sua voz
saia com total convicção.
- Hoje
eu passei a dúvida da culpa dela.
Amanda á olhou confusa.
-
Camila. Sei que você gosta dela, mas as provas estão ai, muitas dela você mesmo
ajudou a colher.
- Eu sei, eu
sei – disse frustrada. – acho que ela não é tão culpada assim.
- Seja o que
for. Só quero que você seja mais presente em minha vida e na vida do seu filho.
Agora o que acha de começarmos a produzir outro em – disse a morena derrubando
a mulher na cama cheia de desejo.
Dias
depois Camila resolveu voltar ao presídio, passou cerca de duas horas falando
com sua cliente, Alicia se assustou com o jeito de Camila a advogada agia
profissionalmente lhe fazendo um interrogatório exaustivo, refazendo as mesmas
perguntas inúmeras vezes de forma diferente para ver a validade do que Alicia
dizia. Muitas perguntas deixaram a estudante constrangida, mesmo assim ela
respondia.
- Preciso que me
conte tudo, nos mínimos detalhes, desde que surgiu a idéia de seqüestrar
Larissa até a execução dos fatos.
- Camila, já
contei inúmeras vezes, você mesmo já viu meu depoimento ao delegado, já me fez
tantas perguntas. Contei tudo.
- Alicia
quero que conte de novo. – falou de forma autoritária.
Alicia mesmo
cansada falou tudo nos mínimos detalhes que sua memória lembrava, Camila
gravava o relato. Depois da conversa a lourinha volta pra casa onde estuda,
revisa, escuta diversas vezes a narração de Alicia, fazendo algumas
observações. A noite ela recebe uma visita. Larissa estava em sua casa.
- Você
não me ligou o dia inteiro. – questionou a promotora.
- Andei
ocupada.
- Camila...
- Ia te
procurar, preciso que você analise uns materiais que colhi.
Camila leva a promotora até seu escritório, as duas conversam sobre o processo.
-
Larissa quero que analise isso de forma imparcial, como advogada, - frisou
Camila.
Camila
estava agitada, tinha chegado a conclusões muito importantes que daria uma
reviravolta no caso. Tinha sido treinada por umas das melhores criminalistas do
estado, embora estivesse acostumada a pegar causas difíceis, tinha muita
dificuldade diante desse processo, sentia a pressão sobre ela principalmente
por parte da família. Camila tinha consciência da expectativa que lhe
depositará. Sentia-se insegura. Estudava e trabalhava exaustivamente,
procurando, revisando tudo, fazendo investigação independente, finalmente
parecia uma luz.
Larissa
se acomodou e começou a estudar. No início ela pensara como vítima, logo mudou
de visão, mesmo diante da competência de Camila ela ainda era muito jovem
sempre buscava orientação, meia hora depois Larissa procurou por Camila. A
observou. Podia notar sua agitação, a lourinha andava de um lado para o outro.
Parecia nervosa e ansiosa.
Larissa
voltou-se sua atenção para o montante de papel a sua frente, começou a lê-lo.
Um por um, ora o outra ficava inquieta, questionava Camila sobre alguns pontos,
derrubava alguns teses. A lourinha parecia desanimar. A promotora se mostrava
implacável.
-
Camila. – falou Larissa ao ver o desanimo da advogada. – Alicia é réu confesso,
não adianta querer derrubar a confissão, interessante sua linha de raciocínio,
mas a promotoria logo reverterá não é o que se sabe, mas o que se pode provar
num tribunal. Pensei que já tinha aprendido isso. Perspicácia Camila,
perspicácia.
Larissa
estava sendo muito rígida com a garota, mas era necessário sabia que a
assistente poderia fazer melhor. Camila desabou no sofá do escritório a
lourinha sentia-se frustrada.
-
Droga! – balbuciou a advogada. – Larissa melhor você chamar outro advogado acho
que não consigo.
Larissa levantou-se
de imediato.
- Você é a
advogada da Alicia, entrego a defesa dela a você – disse num tom autoritário. –
quero a liberdade da Alicia, Dra. Lafaiete. Perspicácia, perspicácia. Sei bem
da sua capacidade doutora, se lhe entreguei esse caso porque sei que pode
resolve-lo. – continuou deixando Camila – agora vamos rever os autos.
Camila não
argumentou.
- Fui
intimada, amanhã lhe espero na delegacia. – disse a morena, pegando a bolsa
para sair.
Camila a acompanhou
até o carro, antes de sair, Larissa falou-lhe.
- Por mais que eu queira não posso ajudá-la nesse caso.
Qualquer envolvimento meu pode colocar sua defesa em xeque. Você sabe como a gente
trabalha, - falou referente ao Ministério Público – tudo vai ser questionado
pelo promotor. Todos sabem no meu envolvimento emocional com a acusada, todos
sabem o quanto lhe estimo. A acusação vai cair matando em cima desses fatos,
Camila a justiça tem os olhos vendado não para ver mais para escutar melhor.
Você tem uma vantagem sobre eles, conheci os dois lados da bancada. Meus olhos
estão cegos porque amo aquela mulher e quero-a longe daquela prisão, não posso
ajudá-la e você sabe disso. Agora como profissional do direito lhe afirmo,
perspicácia. – reafirmou à promotora. – você está vendo, mas não está
escutando.
- Já
revi tudo nos mínimos detalhes, não encontro uma lacuna. Está tudo contra
Alicia, ela foi pega no local suspeito em circunstância suspeita, confessou seu
seqüestro... Larissa confesso que me sinto um pouco perdida.
Larissa
soltou o ar com força, estava sendo muito dura com Camila, sempre foi uma
professora inflexível, treinara Camila para o impossível, lhe mostrando sempre
o meio mais desanimador, treinara para ser como ela. Finalmente a mulher cedeu.
Apesar da experiência Camila ainda tinha muito a crescer.
- O
depoimento de Alicia é muito revelador, passa a questionar até mesmo as provas
que nós mesmos ajudamos a encontrar. – disse a mulher. – eu e Dr. Aguiar somos
amigos íntimos, Alicia foi em inúmeros jantares nossos... Ele não pode está no
caso. Camila você está deixando passas pontos importantes, pontos muitos
óbvios. Você está cansada, tire uns dias de folga. Às vezes precisamos parar um
pouco para processar tudo. Sua mente esta congestionada sei o quanto estou
cobrando de você, sinto-me culpada por isso. – Larissa pousou a mão no ombro da
advogada – Camila veja Alicia como uma cliente qualquer, esqueça que a conhece,
esqueça tudo, á veja como apenas cliente. Não existem causas impossíveis,
existem causas trabalhosas. Temos colocado muito nosso envolvimento pessoal
acima de nosso dever como jurista. – finalizou Larissa deixando Camila
pensativa - Tire esses dias, descanse, depois vamos rever os autos. Também
preciso pensar se não for pedir muito queria rever esse material.
Camila fez que sim
com a cabeça. Seguiria o conselho da professora.
quando teremos mais emoçao?? estou ficando nervosa com essa demora
ResponderExcluirtambém to ficando muito nervosa!
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