quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Por Amor XXII



 Agora sozinha naquele quarto, Alicia chorava, estava tudo definitivamente acabado, finalmente sentia o peso sair de suas costas, não se arrependeu do que acabara de fazer, finalmente cumpriu sua promessa a sua vó. Chorou copiosamente, finalmente pagaria sua dívida moral com Larissa e teria outra, a mulher cuidaria de seu filho ele estaria protegido.
    - Sou médica como me ousa barra. – falava Duda. Horas depois que o delegado havia saindo, Andréia já tinha lhe contado.
           Alicia escutava uma discussão do outro lado da porta, para sua surpresa minutos depois ela ver um rosto amigo, Duda entra em seu quarto.
    - Tudo bem? – pergunta à morena. – como você ta?
   - Estou bem. – disse Alicia envergonhada, encarar os amigos de Larissa ainda era muito difícil para lourinha.
   - Desculpe não vir antes, estava num congresso na Califórnia a Isa me contou o que aconteceu.
            Duda primeiramente examinou Alicia, a mulher não estava muito bem seu café da manhã estava do mesmo jeito que tinha chegado.
    - Se você não se alimentar vai acabar entrando no soro. – informou Duda.
   - Preciso de um favor. – disse com a voz chorosa.
   - O que foi?
   - Entregue isso a Larissa, preciso que entregue isso a ela em mãos.
            Duda pegou o papel que Alicia tinha lhe entregue, via o desespero no rosto da mulher, ela colocou no bolso do seu jaleco.
    - Obrigado.
   - Ruth, ou melhor, Alicia, apesar de tudo ainda tenho grande estima por você não se preocupe Camila é uma excelente advogada. Ela vai ajudá-la.  
            Alicia nada disse, por insistência da amiga acabou se alimentando, depois Duda saiu. A médica ficou preocupada logo ligou para a mulher, contando o que tinha acontecido, antes de contar a Larissa, Luiza telefona logo para Camila que vai de imediato para o hospital. Larissa ainda estava em casa seu coração estava inquieto, Vinicius apresentava uma febre repentina o menino chorava e chama muito pela avó deixando Larissa preocupada, ela então resolve ligar para amiga.
    - Oi, parece que estava adivinhando ia te ligar nesse exato momento. – fala Isa.
   - Foi mesmo, Isa estou muito preocupada o Vinicius está com muita febre, ele estava bem logo cedo, do nada ele foi ficando quente, começou a chorar...
   - Vou pra ir agora.
   - Vem mesmo, ia levá-lo na clínica...
   - Não – antecipou querendo evitar que Larissa soubesse. – estou indo, eu o examino.
             Luiza pegou sua antiga maleta e foi até o apartamento da morena. Logo ao chegar deu de cara com o rosto apavorado da morena. A médica examinou cuidadosamente Vinicius, passou alguns medicamente, o menino estava com mais de 40 graus de febre o que preocupava a lourinha.
    - A febre dele é emocional. Esse remédio vai ajudar.
   - Mas...
   - Ele vai ficar bem não se preocupe. – a médica tentava tranqüilizar a amiga. – sugiro que fique com ele.
   - Não posso preciso ir ver a Alicia.
          Luiza engoliu em seco. Procurou um jeito para falar com a amiga. Larissa era muito boa em percepção logo notou que tinha algo errado, pressionou tanto que Luiza acabou lhe contando, a morena ficou muito agitada. Á grande custo Luiza tentava convencê-la a ficar em casa, mas ela queria ver a estudante. Deu algumas recomendações a Severina e foi até á clinica levada por Luiza.
          Larissa chega para ver Alicia, mas é barrada na porta do quarto que informa que ela não pode receber visita, Camila tenta conter a amiga, Larissa é conduzida até o consultório de Duda. A morena fica arrasada não consegue conter o choro. Isa tenta acalmá-la. Camila vai até a delegacia. Duda entra na sala.
    - Ela pediu para lhe entregar isso. – Duda entrega a carta de Alicia. Larissa enxuga as lágrimas e pega o papel. - infelizmente não podemos fazer nada. – informa a doutora.
   - Ligue para Camila. – pediu Larissa.
   - Camila já esta na delegacia. – responde Duda, - assim que soubemos avisamos a Camila, ela ta tentando resolver as coisas.
 Larissa estava triste as médicas a deixaram sozinha. Larissa estava com as mãos tremulas, abriu a carta e começou a lê-la.
 Oi amor...
           Não me estenderei, acho que já deve esta sabendo o que aconteceu, Larissa já cometi muitos erros em minha vida, mas o maior deles foi o mal que lhe causei. Meu arrependimento é sincero, meu sofrimento é pouco comparado ao seu, mesmo diante de tantas coisas ruim que fiz com você, queria lhe fazer um único pedido, cuide do meu filho. Sei que é uma responsabilidade muito grande que estou jogando em suas mãos. Mas você é a única que pode lhe dá uma vida diferente da minha e da do pai dele. Você é justa e honesta, tem pilares familiares digno de todo respeito e admiração. Vivi uma vida errante. Mesmo assim Deus me concedeu a felicidade desse menino em minha vida. Ele não tem culpa dos pais que têm. Vocês dois são as únicas coisas boa que me restou. Vinicius é a única parte boa de mim. A amo Larissa, como nunca pensei que fosse capaz de amar. Você me mostrou coisa que pra mim parecia desconhecido. Tenho uma dívida com você e com sua família e pagarei perante a lei, perante a sociedade. Espero que um dia você possa me perdoa e me aceitar de volta. Fica longe disso tudo, deixa a justiça seguir seu curso. Quero ficar limpa pra você e POR VOCÊS. Sei que você é capaz. Vinicius é uma criança adorável, não é de dá trabalho, logo ele vai amá-la como espero que um dia você possa amar meu filho. Fica bem. Fica bem. Amo-te. vous aimez tout en respirant .(te amarei enquanto respirar)
           Larissa terminou de ler a carta com um nó na garganta, os olhos cheios de água, prendeu o papel ao peito. Amava Alicia, mesmo diante de tudo aquilo que a condenava á amava.  Uma hora depois saiu da sala, parecia mais calma, tentou vê-la que não foi possível. Voltou para casa arrasada. Já não agüentava guarda aquela tristeza para si, queria o colo da mãe. Ligou e contou-lhe tudo, dona Laura passou da raiva para a pena, tinha simpatizado com a namorada da filha. Já desconfiava do fato, até então não tinha certeza. A mulher prometera ir com o marido para casa da filha, não sairia do lado dela nesse momento tão difícil. Camila não conseguiu ter acesso à Alicia. As coisas estavam ficando difícil. Passaram-se quatro dias até o inevitável acontecer à mulher recebera alta. Estava sendo encaminhada para colônia feminina. Ela recusara defesa. 
Larissa caminhava de um lado para o outro falando ao telefone, sua mãe já estava em casa ela cuidava do filho de Alicia. A promotora tinha pedido afastamento das suas atividades no trabalho, a porta do seu prédio havia muito jornalista em busca de alguma declaração, Larissa evitava ao máximo falar sobre o caso.
            Vinicius passava por um momento muito delicado. O menino sentia muita falta da mãe. Tinha pesadelos constantes, acordava todas as noites ao choro chamando por ela. A morena passava por uma difícil provação, cuidar de uma criança não era muito fácil, aprendia a cada dia. Sempre levava o menino para dormir em sua cama, aos poucos ele ia se acalmando, sua mãe assistia o amadurecimento da filha como mulher. Larissa passava por um processo único em sua vida. Já Alicia passava por outro processo interior a de auto condenação. A estudante se recusava receber visita, aceitava tudo calada, em seus depoimentos voltava a assumir sua culpa. O delegado queria mais, queria os nomes de seus cumprisse, Alicia temia uma represaria se mantêm calada.
           Sua vida na cadeia não era das melhores. Logo nas primeiras semanas a lourinha foi inúmeras vezes para na enfermaria, as detentas tentava mostrar predominância. Uma delas havia se interessado por ela ao ser rejeitada lhe agrediu. A briga foi das grandes, Alicia viveu sua vida dentro de uma favela sabia bem se defender nenhuma das duas saíram ganhando. Durante uma visita Camila ficou inconformada ao saber as agressões que sua cliente estava sofrendo, acabou discutindo com o diretor, o homem percebeu que aquela detenta era peixe muito grande, resolveu interceder antes que aquilo virasse uma dor de cabeça. Alicia foi tirada da solitária e foi levada até a sala de visita. Camila ficou horrorizada com a aparência da mulher.
    - O que houve?
   - Nada demais - disse sentando diante da advogada.
   - Você foi espancada Alicia, como não houve nada demais, eles não podem permitir, onde estar seus direitos constitucionais. Eles têm por obrigação assegurar seus elementares.
   - As coisas não são assim desse lado do muro aqui prevalece à lei dos mais fortes. Ou quem tem dinheiro – disse.
   - Mas não... – tentou contra argumentar e foi impedida.
   - Camila, não perca seu tempo com isso. Agora me responda o que faz aqui?  
   - Preciso que reconsidere sou sua advogada – falou Camila de forma inquiridora.
   - Já disse que não quero advogado.
           Alicia já tinha recusado inúmeras vezes, tinha confessado o crime e acreditava que ela não merecia defesa havia se conformado com aquilo, já se passaram dois meses desde que chegou ali. Sua recusa não desanimava a lourinha.
    - Você pode recusar sua defesa, mas pense na Larissa – Camila percebeu que o nome da promotora causou impacto na mulher e continuou – pense no seu filho, esses dois precisa de você.
   - Não os mereço Camila, o mal que causei tanto a meu filho diante de anos de ausência, quanto a Larissa por toda dor que lhe trouxe são irreparáveis. Não mereço defesa.
   - Todos merecem defesa Alicia, você estudava direito e sabe disso. A justiça só será efetivamente aplicada se forem observados os princípios legais de todo Estado Democrático de Direito. Começando pela nossa Constituição Federal, ninguém será julgado sem que tenha direito à ampla defesa e a presença de advogado em todos os momentos do processo. Regras fundamentais que não podem ser desrespeitadas sob pena de nulidade absoluta. – Alicia encarava os olhos da advogada que continuava – quero que você tenha um julgamento justo, temos muitas chances.
 Alicia baixou a cabeça e começou a chorar baixinho. Camila perdeu a pose, estava muito sentida com a situação da amiga.
    - Eu já confessei. – disse a detenta.
   - Eu sei. Sua situação é delicada, mas posso contestar sua confissão todos sabem os métodos que a polícia usar para obter uma confissão, isso facilmente posso derrubar, mas preciso da sua ajuda Alicia. Há muitas coisas que está sendo acusada.
 Alicia então encarou os olhos azuis da advogada.
    - Como assim muitas coisas, eu ajudei a seqüestrar Larissa mais nunca a machuquei diretamente.
     Camila encarou Alicia por um momento estudava sua cliente. Percebeu que tinha algo de errado.
    - Você está sendo acusada de tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, seqüestro...
 Alicia parecia estupefata com o que escutava.
    - Eu não sou uma traficante, o fato de viver com um não me torna uma traficante, do que você está falando eu nunca me envolvi nos negócios de Raul, nunca. – foi enfática.
  - Não é o que apresenta a promotoria. Você esta sento acusada de crimes muitos grave.
  - O único crime que cometi em toda minha vida foi ajudar aquele homem a seqüestrar Larissa, não sou traficante posso ser tudo mais não sou essa criminosa que me acusam. – Alicia ficou agitada levantou-se da cadeira, desde que foi presa ela não tinha noção do que se passava lá fora, muito menos que estava sendo acusada desses crimes.
          Camila não entendia muito bem aquela situação, resolveu não falar no assunto, precisa estudar com mais calma tinha algo que não fechava. Despediu-se de Alicia lhe deu dinheiro para ela se manter, a grande custo a mulher aceitou, a vida na prisão era cara, tudo tinha que se comprar, a advogada prometeu lhe trazer algumas coisas no domingo. Despediu-se e saiu. Alicia voltou para solitária, estava atordoada, escondeu o dinheiro nas partes íntimas se alguma guarda visse ia quereres roubam-na. Camila também parecia pensativa, foi para casa.
    - Você esta abatida. – disse Amanda enquanto fazia uma massagem na esposa. – você falou com ela.
          Camila parecia não escutar, estava deitada de olhos fechado, sua mente repassava a conversa com Alicia, depois se lembrou das investigações que ela e Larissa fizeram quando estavam no Ministério Público.
    - Você está me escutando? - Amanda chamava a atenção da mulher.
   - Desculpe. – disse sentando-se. – estava pensando.
   - Percebi você está muito tensa, não há vi o dia inteiro, na verdade faz tempo que não nos vemos direito. – reclamou a mulher. 

Camila conhecia bem aquele bico, realmente Amanda tinha razão à lourinha estava trabalhando muito. Não só no caso de Alicia mais em outros casos e ainda se preparava para o concurso do Ministério Público, mal dava atenção para a mulher e o filho. Amanda começava a se incomodar com essa ausência.

   - Não quero ser chata, mas você precisa dividir melhor seu tempo do mesmo jeito que divido o meu. Sei o quanto esse caso é importante pra você, sei que você faz isso porque sente em dívida com a Larissa por ter ajudado sua irmã.
  - As coisas é muito complicada amor. Nunca peguei uma causa tão difícil. Preciso ganhar. Larissa é mesmo que uma irmã pra mim.
  - Você não precisa. Está dando o melhor de si.
  - Não estou Amanda, sinto que tem algo de errado.
  - Alicia é culpada e você sabe disso, todos nós sabemos.
 Camila respirou fundo encarou os olhos da mulher balançou a cabeça em sinal de negação. Sua voz saia com total convicção.
    - Hoje eu passei a dúvida da culpa dela.
Amanda á olhou confusa.
    - Camila. Sei que você gosta dela, mas as provas estão ai, muitas dela você mesmo ajudou a colher.
   - Eu sei, eu sei – disse frustrada. – acho que ela não é tão culpada assim.
   - Seja o que for. Só quero que você seja mais presente em minha vida e na vida do seu filho. Agora o que acha de começarmos a produzir outro em – disse a morena derrubando a mulher na cama cheia de desejo.
       Dias depois Camila resolveu voltar ao presídio, passou cerca de duas horas falando com sua cliente, Alicia se assustou com o jeito de Camila a advogada agia profissionalmente lhe fazendo um interrogatório exaustivo, refazendo as mesmas perguntas inúmeras vezes de forma diferente para ver a validade do que Alicia dizia. Muitas perguntas deixaram a estudante constrangida, mesmo assim ela respondia.
  - Preciso que me conte tudo, nos mínimos detalhes, desde que surgiu a idéia de seqüestrar Larissa até a execução dos fatos.
   - Camila, já contei inúmeras vezes, você mesmo já viu meu depoimento ao delegado, já me fez tantas perguntas. Contei tudo.
   - Alicia quero que conte de novo. – falou de forma autoritária.
   Alicia mesmo cansada falou tudo nos mínimos detalhes que sua memória lembrava, Camila gravava o relato. Depois da conversa a lourinha volta pra casa onde estuda, revisa, escuta diversas vezes a narração de Alicia, fazendo algumas observações. A noite ela recebe uma visita. Larissa estava em sua casa.
    - Você não me ligou o dia inteiro. – questionou a promotora.
   - Andei ocupada.
   - Camila...
   - Ia te procurar, preciso que você analise uns materiais que colhi.  
     Camila leva a promotora até seu escritório, as duas conversam sobre o processo.
    - Larissa quero que analise isso de forma imparcial, como advogada, - frisou Camila.
     Camila estava agitada, tinha chegado a conclusões muito importantes que daria uma reviravolta no caso. Tinha sido treinada por umas das melhores criminalistas do estado, embora estivesse acostumada a pegar causas difíceis, tinha muita dificuldade diante desse processo, sentia a pressão sobre ela principalmente por parte da família. Camila tinha consciência da expectativa que lhe depositará. Sentia-se insegura. Estudava e trabalhava exaustivamente, procurando, revisando tudo, fazendo investigação independente, finalmente parecia uma luz.
    Larissa se acomodou e começou a estudar. No início ela pensara como vítima, logo mudou de visão, mesmo diante da competência de Camila ela ainda era muito jovem sempre buscava orientação, meia hora depois Larissa procurou por Camila. A observou. Podia notar sua agitação, a lourinha andava de um lado para o outro. Parecia nervosa e ansiosa.
    Larissa voltou-se sua atenção para o montante de papel a sua frente, começou a lê-lo. Um por um, ora o outra ficava inquieta, questionava Camila sobre alguns pontos, derrubava alguns teses. A lourinha parecia desanimar. A promotora se mostrava implacável.
    - Camila. – falou Larissa ao ver o desanimo da advogada. – Alicia é réu confesso, não adianta querer derrubar a confissão, interessante sua linha de raciocínio, mas a promotoria logo reverterá não é o que se sabe, mas o que se pode provar num tribunal. Pensei que já tinha aprendido isso. Perspicácia Camila, perspicácia.
    Larissa estava sendo muito rígida com a garota, mas era necessário sabia que a assistente poderia fazer melhor. Camila desabou no sofá do escritório a lourinha sentia-se frustrada.
    - Droga! – balbuciou a advogada. – Larissa melhor você chamar outro advogado acho que não consigo.
 Larissa levantou-se de imediato.
   - Você é a advogada da Alicia, entrego a defesa dela a você – disse num tom autoritário. – quero a liberdade da Alicia, Dra. Lafaiete. Perspicácia, perspicácia. Sei bem da sua capacidade doutora, se lhe entreguei esse caso porque sei que pode resolve-lo. – continuou deixando Camila – agora vamos rever os autos.  
 Camila não argumentou.
    - Fui intimada, amanhã lhe espero na delegacia. – disse a morena, pegando a bolsa para sair.
 Camila a acompanhou até o carro, antes de sair, Larissa falou-lhe.
     - Por mais que eu queira não posso ajudá-la nesse caso. Qualquer envolvimento meu pode colocar sua defesa em xeque. Você sabe como a gente trabalha, - falou referente ao Ministério Público – tudo vai ser questionado pelo promotor. Todos sabem no meu envolvimento emocional com a acusada, todos sabem o quanto lhe estimo. A acusação vai cair matando em cima desses fatos, Camila a justiça tem os olhos vendado não para ver mais para escutar melhor. Você tem uma vantagem sobre eles, conheci os dois lados da bancada. Meus olhos estão cegos porque amo aquela mulher e quero-a longe daquela prisão, não posso ajudá-la e você sabe disso. Agora como profissional do direito lhe afirmo, perspicácia. – reafirmou à promotora. – você está vendo, mas não está escutando.
    - Já revi tudo nos mínimos detalhes, não encontro uma lacuna. Está tudo contra Alicia, ela foi pega no local suspeito em circunstância suspeita, confessou seu seqüestro... Larissa confesso que me sinto um pouco perdida.
             Larissa soltou o ar com força, estava sendo muito dura com Camila, sempre foi uma professora inflexível, treinara Camila para o impossível, lhe mostrando sempre o meio mais desanimador, treinara para ser como ela. Finalmente a mulher cedeu. Apesar da experiência Camila ainda tinha muito a crescer.
    - O depoimento de Alicia é muito revelador, passa a questionar até mesmo as provas que nós mesmos ajudamos a encontrar. – disse a mulher. – eu e Dr. Aguiar somos amigos íntimos, Alicia foi em inúmeros jantares nossos... Ele não pode está no caso. Camila você está deixando passas pontos importantes, pontos muitos óbvios. Você está cansada, tire uns dias de folga. Às vezes precisamos parar um pouco para processar tudo. Sua mente esta congestionada sei o quanto estou cobrando de você, sinto-me culpada por isso. – Larissa pousou a mão no ombro da advogada – Camila veja Alicia como uma cliente qualquer, esqueça que a conhece, esqueça tudo, á veja como apenas cliente. Não existem causas impossíveis, existem causas trabalhosas. Temos colocado muito nosso envolvimento pessoal acima de nosso dever como jurista. – finalizou Larissa deixando Camila pensativa - Tire esses dias, descanse, depois vamos rever os autos. Também preciso pensar se não for pedir muito queria rever esse material.
 Camila fez que sim com a cabeça. Seguiria o conselho da professora.

2 comentários:

  1. quando teremos mais emoçao?? estou ficando nervosa com essa demora

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  2. também to ficando muito nervosa!

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