quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Por Amor XXI



As duas se despediram. Vinicius também se despediu de Vitória e desceram do carro. Um funcionário do prédio lhe ajudou com as compras. O menino estava contente falava muito. Parecia ter esquecido a mãe. O que aliviou Larissa por um tempo. Ao entrar no apartamento Severina a esperava.
    - Ainda aqui? – surpresa com a presença da empregada.
   - Estava esperado a senhora, para ajudá-la com o menino. Fiz uma comida pra ele.
   - Obrigado Severina, comprei umas coisas amanhã você arruma no quarto que fica ao lado do meu.
Severina a ajudou com as sacolas. Depois arrumou o quarto para o Vinicius.
   - Eu arrumei o quarto pra ele.
   - Obrigada.
            Severina deu banho em Vinicius e o arrumou, colocou um pijama que Larissa tinha comprado já que o de Luiza estava sujo com sorvete, o menino protestou, mas a mulher acabou o convencendo de usar o limpo.
    - Dona Larissa eu já vou, deixei uma mamadeira pronta antes de dormir a senhora dar a ele. Fui ao mercado e comprei uns iogurtes, biscoito essas coisas que criança gosta, passei no cartão que a senhora deixa pras compras. Amanhã chego cedinho.
   - Obrigado viu! – Larissa abraçou a secretária com carinho, depois de lhe da o dinheiro do táxi ela foi embora.
             Agora estava ali, sozinha com uma criança de quatro anos que via TV. Vinicius parecia distraído vendo desenho num canal de TV paga. Larissa o observou. Passara horas tão agradáveis. Consultou o relógio estava tarde. Se aproximou do garoto e sentou-se ao seu lado.
    - Hey rapazinho já está na hora de dormir. – informou a morena, o menino lhe encarou. Balançou a cabeça em sinal de negação.
   - Mainha? Quero mainha.
   - Então vamos dormir amanhã o levo até onde estar sua mãe.
             Vinicius olhou desconfiado, insistiu queria a mãe a todo custo, a situação estava ficando tensa, Larissa não sabia o que fazer os olhos do menino já enchiam de água, o choro não tardou a vim. Vinicius estava assustado tinha passado por momentos muitos difíceis nos últimos dias, o menino chorava copiosamente a morena tentava acalmá-lo.
             Larissa caminhava de um lado para o outro com ele nos braços Vinicius agarrava o pescoço da morena com força, seus ombros estavam encharcado com o choro do menino. Aquela situação durou quase uma hora. Um pouco mais calmo e sendo vencido pelo sono, finalmente a morena conseguiu acalmá-lo, o colocou no quarto que tinha mandado arrumar para ele, ficava ao lado do seu. O menino pediu o novo ursinho que tinha ganhado um leãozinho do seu time de futebol. Larissa ficou velando o sono do pequeno, aquele momento novas emoções foram sentindo, Vinicius parecia ser uma criança muito amável, embora logo se via que passara por muitas tristezas. Ele já cochilava, chupando seu dedo e com o ursinho. A morena pensou que já tinha dormido. Saiu sorrateiramente para não acordá-lo. Sentia-se cansada. Não sabia definir suas idéias, já em seu quarto tomou um banho gelado, se preparava para dormir. Mais uma vez escutou os gritos do garoto no quarto ao lado, correu. O menino chorava suas pernas movimentava em sinal protesto.
    - O que foi? - Perguntou à morena preocupada o menino correu se agarrando em suas pernas, chorando. Seu clamor era primeiro por sua bisavó, Vinicius tinha o desespero na voz, clamava por sua presença. Larissa ficou tão tocada que foi impossível evitar as lágrimas que chegaram para lhe fazer uma visita. Logos os gritos chamaram pela mãe. Larissa abraçou o menino queria tirar aquela angustia do seu peito, tão pequenino.
    - Mamãe ta dodói, foi para o médico, mais amanhã o levo eu o prometo.
   - Mainha, mainha...
            Diante do choro do menino a morena foi ficando nervosa, nunca tinha passado por coisa semelhante, não sabia como acalmá-lo. Num ato de desespero ela o pegou nos braços, primeiro ficou andando pela casa oferecendo tudo para que ele se acalmasse, sem muitos resultados ela o levou pro seu quarto. O sentou na cama, de forma atrapalhada ela tentava lhe explicar a situação, o menino com os olhos lacrimejando insistia.
    - Mamãe... – chamava choroso.
             Larissa soltou o ar com força, passou as mãos pelos cabelos, o menino continuava a olhá-la, ela então não viu alternativa pegou o telefone e ligou para Amanda. Porém a médica não estava de plantão naquela noite. Ela instruiu Larissa procurar por Dr. Paulo. O doutor atendeu, no início teve resistência alegava que a paciente já estava dormindo, mais a promotora insistia o homem acabou cedendo. Ele passou a ligação para o quarto de Alicia.
    - Espera só um minutinho que você vai falar com sua mãe. – disse a mulher.
     Alicia tinha o sono muito leve, logo despertou com uma enfermeira lhe chamando.
   - Desculpe senhora, mas Dr. Paulo pediu para acordá-la, tem uma ligação da srª Larissa ela deseja falar com a senhora com urgência.
 Ela levantou de sobre salto preocupada, logo pegou o telefone do gancho.
    - Alô Larissa! O que houve?
           A enfermeira lhe deu licença mais pediu que não demorasse, pois ela precisava descansar. Ela apensar lhe respondeu com um sinal com a cabeça.
    - Oi o que houve? – tinha preocupação na voz.
Larissa sentiu seu coração bater tão forte. Sua voz saia pausada.
   - Como você está?
   - Estou bem, o que houve? Aconteceu alguma coisa?
   - Não exatamente.
   - Fala logo Larissa estou ficando com medo. É com meu filho, Raul esta com meu filho?
Larissa percebeu a aflição na voz da mulher resolveu contar logo.
   - Não. Camila conseguiu que eu ficasse como o Vinicius, ele esta aqui comigo.
 Alicia ficou cheia de emoção, um alívio tomou conta do seu corpo, seu filho estava a salvo. Sua voz já saia embargada.
    - Ele esta aqui em casa comigo, Alicia o Vinicius está muito agitado. O pequeno ele tem passado por momentos muito traumáticos a assistente social está preocupada, o indicou um psicólogo infantil, mas isso agente resolve quando você tiver em casa. – Larissa calou-se imediatamente, agora percebeu o que acabara de dizer, tentou retroceder em suas palavras, Alicia sentiu um misto de esperança. A morena então mudou de tom – ele quer falar com você, o menino não consegue dormir.
    - Me deixa falar com ele deixa. – pediu.
 Larissa colocou o telefone no ouvido de Vinicius que o segurou com suas mãos ele parecia ansioso.
    - Mainha... – disse com a voz rouca tinha chorado muito.
   - Oi filho. Mainha ta com tanta saudade de você. – Alicia sentiu grande emoção ao escutar a voz do filho, automaticamente suas lágrimas já invadiam a face.
   - Mainha... – o menino começou a falar, Larissa observava tudo, ele contou tudo que tinha feito com Larissa, seu jeito tão bem explicado deixou à promotora abasbacada, não parecia ser um menino de quatro anos falando, contou com entusiasmo sobre a nova amiguinha que tinha conhecido. No fim de quinze minutos o menino devolve o telefone a promotora.
    - Mainha quer falar com a senhora. – disse estendendo o telefone.
   - Obrigado – pegou o telefone da mão dele - Oi.
   - Ele vai ficar mais calmo. Larissa nada em absoluto vai pagar o que você está fazendo por mim. Obrigado. Vinicius é a única coisa boa que me restou, o que me mantêm viva.
   - Não faço por você. – falou tentando demonstrar frieza.
   - Mesmo assim obrigada. – falou humildemente.
   - A amanhã o levarei pra vê-la.
   - Obrigado amor. – a lourinha já não conseguia fala, sentia-se tão agradecida que lhe faltou às palavras.
           Larissa deu um suspiro de tristeza. Logo em seguida desligou o telefone. Para sua surpresa Vinicius tinha se acomodado na cama da morena, com um dedo na boca e o outro agarrado ao leãozinho. Ela sorriu. Não sabia bem o que fazer, ele parecia tão mais tranqüilo que não ousou em levá-lo de volta para o outro quarto.
    - Quer dormir comigo? – indagou com a voz doce.
       Ele balançou a cabeça em sinal positivo. Então ela levantou-se fechou a porta do quarto, arrumou a cama e deitou-se ao lado dele que rapidamente foi se aconchegando em seus braços. Vinicius tinha um gesto muito peculiar, Larissa lembrou-se a sua própria infância, o menino colocou o ursinho entre eles e deitou de frente pra ela com um dedo na boca a outra mãozinha foi de encontro com a orelha da morena. Ela riu o menino mexia na ponta de sua orelha, aquele gesto encantou ainda mais a promotora. Aos poucos ele foi pegando no sono. Até adormece por completo. Ao contrário da promotora que não conseguiu dormir, naquela noite foram muitas coisas para um só dia, seus olhos necessitava olhar aquele rosto angelical. A morena buscava semelhança de Alicia, se perguntando como podia se encantar com uma criança em tão poucas horas. Mas ela já sabia o motivo, amava Alicia, mesmo sem querer a amava e ali estava o fruto da verdadeira essência daquela mulher que a fez tão mal. Naquele menino corria o sangue da mulher que amou e sabia que iria amar até o fim dos seus dias. E só por esse fato já a deixava apaixonada por essa criança. No passar das horas foi entregue ao sono.

Capítulo doze
            Na manhã seguinte a morena acorda o menino ainda dormia, Larissa levanta-se com cuidado para não despertá-lo. Olhou para aquele rostinho angelical, dormir ao lado daquele anjinho trouxe uma tranqüilidade. Sua aparência parecia mais descansada concluiu ao ver sua imagem no espelho, depois de fazer sua higiene matinal a morena segue para cozinha, sua barriga dava sinal de fome.
    - Bom dia! – cumprimenta Larissa.
   - Bom dia. – falou a mulher – dona Larissa cadê o menino? – Larissa então percebeu a preocupação na voz da mulher.
   - Ele esta em meu quarto. – disse enquanto abria a geladeira pegando uma fruta.
   - afz! Que susto quando cheguei não o vi. Pensei que ele tinha ido embora.
   - Não Severina – virou-se para encarar a mulher - ele chorou muito ontem à noite, chamava muito pela mãe.
   - Quem?
   - Alicia/ Ruth. Severina o nome da Ruth é Alicia, Alicia é a mãe do Vinicius, não a chame de Ruth na frente do menino pare ele não ficar confuso, seu verdadeiro nome é Alicia. – Larissa encarou séria a empregada. A mulher então concordou.
   - Tá certo.
   - E quando dona Alicia vem pra cá?
   - Não sei ainda.

          Larissa desviou da conversa pegou uma maça e foi até a sala. Ficou na varanda olhando o mar do outro lado da avenida, logo em seguida resolveu tomar um banho enquanto a secretária preparava a mesa pro café da manhã. Vinicius ainda dormia, tinha tido uma noite muito angustiante, por sorte Alicia mesmo por telefone parecia ter conseguido acalmar o garoto. Meia hora depois a morena repara um par de olhinhos lhe observando enquanto escova o cabelo. Vinicius continuava deitado na cama olhando para a mulher. Larissa abriu um sorriso ao olhá-lo.
    - Bom dia. – aproximou-se do menino lhe depositando um beijo na testa.
      Vinicius a respondeu com um abraço carinhoso. A morena se derreteu com o gesto do garoto, seus dedos penetravam nos cabelos encaracolados do menino, a morena inalava com força seu cheiro.
    - Cadê mainha? – perguntou o menino. A morena se afastou um pouco dele. Buscou seus olhos.
   - Vou levá-lo para vê-la. Mas antes vamos escovar os dentes, tomar um super banho, depois do café eu te levo, está bem?
 O menino fez que sim. Vinicius era uma criança muito obediente o que impressionava Larissa, a morena o ajudou a escovar os dentes, depois os dois foram tomar café.
 - Severina ligar a tv, por favor. – pediu a mulher enquanto degustava de seu café da manhã com o futuro enteado na cozinha.
           Larissa quase engasgou com o copo de achocolatado, o rosto de Dr. Aguiar apareceu na televisão, uma declaração bombástica para a promotora. O homem foi enfático afirmou que alguns suspeitos do seqüestro da promotora de justiça Larissa Couto já estavam sobre custodia. Porém não podia dá mais detalhe porque o processo corria em segredo de justiça. Larissa por pouco não deixou seu copo cair, seu coração batia tão acelerado que chegava a doer. Uma angustia foi tomando seu peito. Preocupada ela levanta-se às pressas, pega o telefone. Camila estava saindo de casa não tinha visto ainda a declaração do Promotor.
    - Bom dia. – fala a advogada.
   - Você viu?
   - O quê? – Camila estranhou a falta de cordialidade da promotora.
   - Você viu o noticiário.
   - Larissa do quê você esta falando, dá pra me dizer. – pediu toda confusa.
   - Dr. Aguiar acabou de dá uma declaração na imprensa, afirmou que já havia prendido alguns suspeitos do meu seqüestro.
   - Como assim, - perguntou enquanto entrava no carro. – estou indo colher umas informações que pode ser importante pro nosso caso.
    - Camila, você escutou o que disse.
 Camila finalmente parou e respirou fundo soltou o ar com força.
     - Larissa você sabe como funciona, até agora eles não tem elemento o suficiente para prender Alicia, até onde sei não tem nenhum suspeita sobre ela sobre o seu seqüestro. Você é parte interessada desse processo, você não acha que se o delegado tivesse chegado a Alicia você estaria na delegacia prestando depoimento. O processo que envolve Alicia é outro. – concluiu.
Larissa ficou calada por uns minutos, parecia pensar.
  - Fique tranqüila. – a advogada tentava acalmar a amiga.
   - Não é bem assim Camila... – Larissa parecia com medo, era perceptivo em sua voz.
   - Eu entendo sua aflição, mas quero que entenda eu sou a advogada de Alicia, eu. Então por favor, mantenha afastada do caso.
   - Como?
   - Larissa, o que quer? Ser relacionada a essa sujeira toda. Pense em sua carreira.
Larissa calou-se, sabia que Camila tinha razão.   - Não se preocupe. Vou fazer o possível para que ela não vá presa. – finalizou a conversa dando partida no carro e saindo.


Capítulo treze

Enquanto isso... Horas  antes
    - Difícil vai ser aquela doutora deixar agente chegar perto dela, parece que elas têm algum laço não sei bem. – falava a delegada Maria.
   - Meses procurando esses bandidos - resmungava Doutor Franco.
    Dra. Maria conduzia as investigações e a apreensão dos suspeitos, tinha forte indicio de que Alicia era chefe da quadrilha, porém o juiz não aceitou o pedido de prisão preventiva alegando que os autos não tinham prova o suficiente para indiciá-la. A notícia deixou à delegada e o promotor muito aborrecido, durante toda investigação do Ministério Público tudo levava a crer que a mulher era a cabeça, ela que coordenava toda operação, todo patrimônio do traficante encontrava-se em seu nome. Contas em paraíso fiscais, mansão em diversos estados brasileiros, entre outras coisas. Mesmo assim o juiz negou o pedido de prisão preventiva. Camila trabalhava arduamente tentando evitar que a estudante fosse presa, só que ela não contava com uma surpresa que deu uma reviravolta nas investigações. Na madrugada da quinta feira a superintendência da polícia federal recebe uma denúncia anônima, o delegado Dr. Franco ficou boquiaberto. Logo entra em contato com a delegada Maria que fica eufórica. Diante de tal circunstância o juiz expede um mandado. Com o documento na mão o homem segue para o hospital, não queria perde mais nenhum segundo, estava certo da culpa da mulher. Ao chegar o homem e outro policial perito caminha a passos largos, era madrugada ainda, logo chegou ao quarto da suspeita.
    - Preciso entrar. – falou o delegado a enfermeira se colocou em sua frente.
   - Infelizmente ninguém esta autorizado a entrar é ordem do médico. – disse a enfermeira. Que tinha acabado de trazer a medicação da paciente.
   - Eu tenho um mandado. – afirmou o delegado.
   - Espere um instante que vou chamar o médico.
A enfermeira saiu. Minutos depois o médico voltou.
   - Bom dia! – cumprimentou. Consultado o relógio eram 04h40min da manhã.
   - Bom dia, preciso ver sua paciente.
   - Já falei que no momento seu estado ainda é delicado, não pode se submeter a um interrogatório. – falou o médico.
   - Temos um mandando, não vamos falar com ela queremos apenas uma amostrar de DNA.
      O médico não tinha mais argumento, olhou atentamente o papel, depois lhe deu passagem o delegado e um perito entrar no quarto, o médico entrou logo atrás. Alicia já tinha se acordado sentia muita dores e tinha chamado à enfermeira que tinha acabado de lhe dar um remédio. Seu corpo estava muito dolorido, seu abdome muito inchado.
   - Bom dia – falou o homem.

     Alicia sentiu o sangue congelar, seus olhos reconheceram o homem que acabara de entrar, já o tinha visto inúmeras vezes na televisão, era o homem responsável pelas investigações do seqüestro de Larissa. Um filme passou rapidamente em sua cabeça, lembrou-se das declarações dele. Ele aproximou-se de sua cama. Foi logo falando.
    - Sei que a senhora ainda não se encontra bem mais preciso colher algumas amostras.
 O homem fez sinal para o perito que se aproximou.
    - Com licença senhora, em poucos segundos estará liberada.
     O homem abriu a maleta e tirou um tubo onde tirou uma paleta para colher um pouco da saliva de Alicia. A lourinha mal conseguia se mover estava muito tensa, seu olhar a denunciava. Assim que o perito saiu o delegado aproximou-se ainda mais intimidando a mulher.
    - Como se sente? – perguntou o homem, sua voz não demonstrava preocupação.
   - Bem. – sussurrou.
   - Sei que esse não é o melhor momento mais será que a senhora poderia responder algumas perguntas.
   - Delegado... – interpôs o médico, era inadequado para o estado de saúde de sua paciente.  
      Dr. Franco buscava os olhos de Alicia que se apavorou, a mulher tinha a impressão que o homem estava lendo sua mente, a voz do homem saia forte e vibrante ignorando o médico que pedia para ele se retirar.  
    - Sou responsável pela investigação sobre o seqüestro da promotora de justiça Larissa Couto, a senhora conhece?  
 Alicia engoliu em seco. Não sabia o que dizer.
    - Sim... – sussurrou.
O homem de mais um passo a frente ficando bem próximo a sua cama. O corpo da lourinha se encolhia de medo. O médico mais uma vez tentou interpor.

   - Só mais uma pergunta doutor. – disse o delegado encarando o médico, depois rapidamente olhou para Alicia. - Que tipo de relação à senhora tem com a Srtª Couto?
    Alicia dessa vez não fugiu no olhar do homem, respirou fundos suas palavras saíram pausadamente para que ele não voltasse a perguntar.
 - Não tenho relação alguma.
 O homem riu, com certo ironizo.
 - Não tem? Segundo fui informado ela declarou que era sua companheira.
    - Tínhamos sim, porém... – Alicia abaixou a cabeça, por mais medo que sentia precisava fazer aquilo, mais a estudante não podia esquecer nas consequências que isso podia trazer a promotora, depois de longo silêncio, mediu suas palavras – acho que ela não vai querer mais nada comigo quando souber que ajudei a sequestra-la. Se for por isso que esta aqui, confesso sequestrei a promotora Larissa.
            Alicia sentia-se cansada daquilo tudo. Larissa tinha feito muito por ela, agora era hora de pagar pelos seus atos. Em menos de dez minutos a mulher assumiu toda responsabilidade do seqüestro da promotora. Logo o delegado lhe deu voz de prisão. O homem leu seus direitos. O delegado ficou estupefato com a confissão da mulher.  
    - A doutora Couto sabia da sua participação? – indagou o delegado.
   - Não. – foi categórica, Alicia sabia o que aquilo podia implicar para a promotora.
   - Tem certeza, afinal vocês tinham um relacionamento.
   - Já disse que não! – gritou. Se alterando.
   - Acho melhor o senhor sair ela esta muito agitada. – disse o médico.
            O delegado saiu do quarto satisfeito, mandou dois policiais ficar de plantão. Fez algumas ligações, depois foi procurar a diretora do hospital para saber o real estado de Alicia, Andréia confirmou a posição dos outros médicos, mais garantiu que a recuperação da paciente era muito favorável em poucos dias ela teria alta. O delegado seguiu para a delegacia onde continuaria com o inquérito. 

3 comentários:

  1. Ihhh... Polêmica!

    Qual será a reação da Lary???

    Ansiosa pelo próximo capítulo.

    ResponderExcluir
  2. Ela vai se entregar gente.. oq sera que larissa vai fazer? Proximo capitulo por favor.

    ResponderExcluir