As duas se despediram.
Vinicius também se despediu de Vitória e desceram do carro. Um funcionário do
prédio lhe ajudou com as compras. O menino estava contente falava muito. Parecia
ter esquecido a mãe. O que aliviou Larissa por um tempo. Ao entrar no
apartamento Severina a esperava.
-
Ainda aqui? – surpresa com a presença da empregada.
- Estava
esperado a senhora, para ajudá-la com o menino. Fiz uma comida pra ele.
- Obrigado
Severina, comprei umas coisas amanhã você arruma no quarto que fica ao lado do
meu.
Severina a ajudou com as
sacolas. Depois arrumou o quarto para o Vinicius.
- Eu arrumei
o quarto pra ele.
- Obrigada.
Severina deu banho em Vinicius e o arrumou, colocou
um pijama que Larissa tinha comprado já que o de Luiza estava sujo com sorvete,
o menino protestou, mas a mulher acabou o convencendo de usar o limpo.
- Dona
Larissa eu já vou, deixei uma mamadeira pronta antes de dormir a senhora dar a
ele. Fui ao mercado e comprei uns iogurtes, biscoito essas coisas que criança
gosta, passei no cartão que a senhora deixa pras compras. Amanhã chego cedinho.
- Obrigado
viu! – Larissa abraçou a secretária com carinho, depois de lhe da o dinheiro do
táxi ela foi embora.
Agora estava ali, sozinha com uma criança de quatro
anos que via TV. Vinicius parecia distraído vendo desenho num canal de TV paga.
Larissa o observou. Passara horas tão agradáveis. Consultou o relógio estava
tarde. Se aproximou do garoto e sentou-se ao seu lado.
- Hey
rapazinho já está na hora de dormir. – informou a morena, o menino lhe encarou.
Balançou a cabeça em sinal de negação.
- Mainha?
Quero mainha.
- Então
vamos dormir amanhã o levo até onde estar sua mãe.
Vinicius olhou desconfiado, insistiu queria a mãe a
todo custo, a situação estava ficando tensa, Larissa não sabia o que fazer os
olhos do menino já enchiam de água, o choro não tardou a vim. Vinicius estava
assustado tinha passado por momentos muitos difíceis nos últimos dias, o menino
chorava copiosamente a morena tentava acalmá-lo.
Larissa caminhava de um lado para o outro com ele
nos braços Vinicius agarrava o pescoço da morena com força, seus ombros estavam
encharcado com o choro do menino. Aquela situação durou quase uma hora. Um
pouco mais calmo e sendo vencido pelo sono, finalmente a morena conseguiu
acalmá-lo, o colocou no quarto que tinha mandado arrumar para ele, ficava ao
lado do seu. O menino pediu o novo ursinho que tinha ganhado um leãozinho do
seu time de futebol. Larissa ficou velando o sono do pequeno, aquele momento
novas emoções foram sentindo, Vinicius parecia ser uma criança muito amável,
embora logo se via que passara por muitas tristezas. Ele já cochilava, chupando
seu dedo e com o ursinho. A morena pensou que já tinha dormido. Saiu
sorrateiramente para não acordá-lo. Sentia-se cansada. Não sabia definir suas
idéias, já em seu quarto tomou um banho gelado, se preparava para dormir. Mais
uma vez escutou os gritos do garoto no quarto ao lado, correu. O menino chorava
suas pernas movimentava em sinal protesto.
- O
que foi? - Perguntou à morena preocupada o menino correu se agarrando em suas
pernas, chorando. Seu clamor era primeiro por sua bisavó, Vinicius tinha o
desespero na voz, clamava por sua presença. Larissa ficou tão tocada que foi
impossível evitar as lágrimas que chegaram para lhe fazer uma visita. Logos os
gritos chamaram pela mãe. Larissa abraçou o menino queria tirar aquela angustia
do seu peito, tão pequenino.
-
Mamãe ta dodói, foi para o médico, mais amanhã o levo eu o prometo.
- Mainha,
mainha...
Diante do choro do menino a morena foi ficando
nervosa, nunca tinha passado por coisa semelhante, não sabia como acalmá-lo.
Num ato de desespero ela o pegou nos braços, primeiro ficou andando pela casa
oferecendo tudo para que ele se acalmasse, sem muitos resultados ela o levou
pro seu quarto. O sentou na cama, de forma atrapalhada ela tentava lhe explicar
a situação, o menino com os olhos lacrimejando insistia.
-
Mamãe... – chamava choroso.
Larissa soltou o ar com força, passou as mãos pelos
cabelos, o menino continuava a olhá-la, ela então não viu alternativa pegou o
telefone e ligou para Amanda. Porém a médica não estava de plantão naquela
noite. Ela instruiu Larissa procurar por Dr. Paulo. O doutor atendeu, no início
teve resistência alegava que a paciente já estava dormindo, mais a promotora
insistia o homem acabou cedendo. Ele passou a ligação para o quarto de Alicia.
-
Espera só um minutinho que você vai falar com sua mãe. – disse a mulher.
Alicia tinha o sono muito leve, logo despertou com uma enfermeira lhe chamando.
- Desculpe
senhora, mas Dr. Paulo pediu para acordá-la, tem uma ligação da srª Larissa ela
deseja falar com a senhora com urgência.
Ela levantou de
sobre salto preocupada, logo pegou o telefone do gancho.
- Alô
Larissa! O que houve?
A enfermeira lhe deu licença mais pediu que não demorasse,
pois ela precisava descansar. Ela apensar lhe respondeu com um sinal com a
cabeça.
- Oi o
que houve? – tinha preocupação na voz.
Larissa sentiu seu
coração bater tão forte. Sua voz saia pausada.
- Como você
está?
- Estou bem,
o que houve? Aconteceu alguma coisa?
- Não
exatamente.
- Fala logo
Larissa estou ficando com medo. É com meu filho, Raul esta com meu filho?
Larissa percebeu a
aflição na voz da mulher resolveu contar logo.
- Não.
Camila conseguiu que eu ficasse como o Vinicius, ele esta aqui comigo.
Alicia ficou cheia
de emoção, um alívio tomou conta do seu corpo, seu filho estava a salvo. Sua
voz já saia embargada.
- Ele
esta aqui em casa comigo, Alicia o Vinicius está muito agitado. O pequeno ele
tem passado por momentos muito traumáticos a assistente social está preocupada,
o indicou um psicólogo infantil, mas isso agente resolve quando você tiver em
casa. – Larissa calou-se imediatamente, agora percebeu o que acabara de dizer,
tentou retroceder em suas palavras, Alicia sentiu um misto de esperança. A
morena então mudou de tom – ele quer falar com você, o menino não consegue
dormir.
- Me
deixa falar com ele deixa. – pediu.
Larissa colocou o
telefone no ouvido de Vinicius que o segurou com suas mãos ele parecia ansioso.
-
Mainha... – disse com a voz rouca tinha chorado muito.
- Oi filho.
Mainha ta com tanta saudade de você. – Alicia sentiu grande emoção ao escutar a
voz do filho, automaticamente suas lágrimas já invadiam a face.
- Mainha...
– o menino começou a falar, Larissa observava tudo, ele contou tudo que tinha
feito com Larissa, seu jeito tão bem explicado deixou à promotora abasbacada,
não parecia ser um menino de quatro anos falando, contou com entusiasmo sobre a
nova amiguinha que tinha conhecido. No fim de quinze minutos o menino devolve o
telefone a promotora.
-
Mainha quer falar com a senhora. – disse estendendo o telefone.
- Obrigado –
pegou o telefone da mão dele - Oi.
- Ele vai ficar
mais calmo. Larissa nada em absoluto vai pagar o que você está fazendo por mim.
Obrigado. Vinicius é a única coisa boa que me restou, o que me mantêm viva.
- Não faço
por você. – falou tentando demonstrar frieza.
- Mesmo
assim obrigada. – falou humildemente.
- A amanhã o
levarei pra vê-la.
- Obrigado
amor. – a lourinha já não conseguia fala, sentia-se tão agradecida que lhe
faltou às palavras.
Larissa deu um suspiro de tristeza. Logo em seguida
desligou o telefone. Para sua surpresa Vinicius tinha se acomodado na cama da
morena, com um dedo na boca e o outro agarrado ao leãozinho. Ela sorriu. Não
sabia bem o que fazer, ele parecia tão mais tranqüilo que não ousou em levá-lo
de volta para o outro quarto.
- Quer
dormir comigo? – indagou com a voz doce.
Ele balançou a cabeça em sinal positivo. Então ela levantou-se fechou a
porta do quarto, arrumou a cama e deitou-se ao lado dele que rapidamente foi se
aconchegando em seus braços. Vinicius tinha um gesto muito peculiar, Larissa
lembrou-se a sua própria infância, o menino colocou o ursinho entre eles e
deitou de frente pra ela com um dedo na boca a outra mãozinha foi de encontro
com a orelha da morena. Ela riu o menino mexia na ponta de sua orelha, aquele
gesto encantou ainda mais a promotora. Aos poucos ele foi pegando no sono. Até
adormece por completo. Ao contrário da promotora que não conseguiu dormir,
naquela noite foram muitas coisas para um só dia, seus olhos necessitava olhar
aquele rosto angelical. A morena buscava semelhança de Alicia, se perguntando
como podia se encantar com uma criança em tão poucas horas. Mas ela já sabia o
motivo, amava Alicia, mesmo sem querer a amava e ali estava o fruto da
verdadeira essência daquela mulher que a fez tão mal. Naquele menino corria o
sangue da mulher que amou e sabia que iria amar até o fim dos seus dias. E só
por esse fato já a deixava apaixonada por essa criança. No passar das horas foi
entregue ao sono.
Capítulo doze
Na manhã seguinte a morena acorda o menino ainda dormia, Larissa levanta-se com
cuidado para não despertá-lo. Olhou para aquele rostinho angelical, dormir ao
lado daquele anjinho trouxe uma tranqüilidade. Sua aparência parecia mais
descansada concluiu ao ver sua imagem no espelho, depois de fazer sua higiene
matinal a morena segue para cozinha, sua barriga dava sinal de fome.
- Bom
dia! – cumprimenta Larissa.
- Bom dia. –
falou a mulher – dona Larissa cadê o menino? – Larissa então percebeu a
preocupação na voz da mulher.
- Ele esta
em meu quarto. – disse enquanto abria a geladeira pegando uma fruta.
- afz! Que
susto quando cheguei não o vi. Pensei que ele tinha ido embora.
- Não
Severina – virou-se para encarar a mulher - ele chorou muito ontem à noite,
chamava muito pela mãe.
- Quem?
- Alicia/
Ruth. Severina o nome da Ruth é Alicia, Alicia é a mãe do Vinicius, não a chame
de Ruth na frente do menino pare ele não ficar confuso, seu verdadeiro nome é
Alicia. – Larissa encarou séria a empregada. A mulher então concordou.
- Tá certo.
- E quando
dona Alicia vem pra cá?
- Não sei
ainda.
Larissa desviou da conversa pegou uma maça
e foi até a sala. Ficou na varanda olhando o mar do outro lado da avenida, logo
em seguida resolveu tomar um banho enquanto a secretária preparava a mesa pro
café da manhã. Vinicius ainda dormia, tinha tido uma noite muito angustiante,
por sorte Alicia mesmo por telefone parecia ter conseguido acalmar o garoto.
Meia hora depois a morena repara um par de olhinhos lhe observando enquanto
escova o cabelo. Vinicius continuava deitado na cama olhando para a mulher.
Larissa abriu um sorriso ao olhá-lo.
- Bom
dia. – aproximou-se do menino lhe depositando um beijo na testa.
Vinicius a respondeu com um abraço carinhoso. A morena se derreteu com o gesto
do garoto, seus dedos penetravam nos cabelos encaracolados do menino, a morena
inalava com força seu cheiro.
- Cadê
mainha? – perguntou o menino. A morena se afastou um pouco dele. Buscou seus
olhos.
- Vou
levá-lo para vê-la. Mas antes vamos escovar os dentes, tomar um super banho,
depois do café eu te levo, está bem?
O menino fez que
sim. Vinicius era uma criança muito obediente o que impressionava Larissa, a
morena o ajudou a escovar os dentes, depois os dois foram tomar café.
- Severina ligar a
tv, por favor. – pediu a mulher enquanto degustava de seu café da manhã com o
futuro enteado na cozinha.
Larissa quase engasgou com o copo de
achocolatado, o rosto de Dr. Aguiar apareceu na televisão, uma declaração
bombástica para a promotora. O homem foi enfático afirmou que alguns suspeitos
do seqüestro da promotora de justiça Larissa Couto já estavam sobre custodia.
Porém não podia dá mais detalhe porque o processo corria em segredo de justiça.
Larissa por pouco não deixou seu copo cair, seu coração batia tão acelerado que
chegava a doer. Uma angustia foi tomando seu peito. Preocupada ela levanta-se
às pressas, pega o telefone. Camila estava saindo de casa não tinha visto ainda
a declaração do Promotor.
- Bom
dia. – fala a advogada.
- Você viu?
- O quê? –
Camila estranhou a falta de cordialidade da promotora.
- Você viu o
noticiário.
- Larissa do
quê você esta falando, dá pra me dizer. – pediu toda confusa.
- Dr. Aguiar
acabou de dá uma declaração na imprensa, afirmou que já havia prendido alguns
suspeitos do meu seqüestro.
- Como
assim, - perguntou enquanto entrava no carro. – estou indo colher umas
informações que pode ser importante pro nosso caso.
-
Camila, você escutou o que disse.
Camila finalmente
parou e respirou fundo soltou o ar com força.
-
Larissa você sabe como funciona, até agora eles não tem elemento o suficiente
para prender Alicia, até onde sei não tem nenhum suspeita sobre ela sobre o seu
seqüestro. Você é parte interessada desse processo, você não acha que se o
delegado tivesse chegado a Alicia você estaria na delegacia prestando
depoimento. O processo que envolve Alicia é outro. – concluiu.
Larissa ficou calada por
uns minutos, parecia pensar.
- Fique tranqüila.
– a advogada tentava acalmar a amiga.
- Não é bem
assim Camila... – Larissa parecia com medo, era perceptivo em sua voz.
- Eu entendo
sua aflição, mas quero que entenda eu sou a advogada de Alicia, eu. Então por
favor, mantenha afastada do caso.
- Como?
- Larissa, o
que quer? Ser relacionada a essa sujeira toda. Pense em sua carreira.
Larissa calou-se, sabia
que Camila tinha razão. - Não se preocupe. Vou fazer o possível
para que ela não vá presa. – finalizou a conversa dando partida no carro e
saindo.
Capítulo treze
Enquanto isso... Horas antes
- Difícil vai ser aquela
doutora deixar agente chegar perto dela, parece que elas têm algum laço não sei
bem. – falava a delegada Maria.
- Meses procurando esses bandidos
- resmungava Doutor Franco.
Dra. Maria conduzia as
investigações e a apreensão dos suspeitos, tinha forte indicio de que Alicia
era chefe da quadrilha, porém o juiz não aceitou o pedido de prisão preventiva
alegando que os autos não tinham prova o suficiente para indiciá-la. A notícia
deixou à delegada e o promotor muito aborrecido, durante toda investigação do Ministério
Público tudo levava a crer que a mulher era a cabeça, ela que coordenava toda
operação, todo patrimônio do traficante encontrava-se em seu nome. Contas em
paraíso fiscais, mansão em diversos estados brasileiros, entre outras coisas.
Mesmo assim o juiz negou o pedido de prisão preventiva. Camila trabalhava
arduamente tentando evitar que a estudante fosse presa, só que ela não contava
com uma surpresa que deu uma reviravolta nas investigações. Na madrugada da
quinta feira a superintendência da polícia federal recebe uma denúncia anônima,
o delegado Dr. Franco ficou boquiaberto. Logo entra em contato com a delegada
Maria que fica eufórica. Diante de tal circunstância o juiz expede um mandado.
Com o documento na mão o homem segue para o hospital, não queria perde mais
nenhum segundo, estava certo da culpa da mulher. Ao chegar o homem e outro
policial perito caminha a passos largos, era madrugada ainda, logo chegou ao
quarto da suspeita.
- Preciso entrar. – falou o
delegado a enfermeira se colocou em sua frente.
- Infelizmente ninguém esta
autorizado a entrar é ordem do médico. – disse a enfermeira. Que tinha acabado
de trazer a medicação da paciente.
- Eu tenho um mandado. – afirmou
o delegado.
- Espere um instante que vou
chamar o médico.
A enfermeira saiu. Minutos depois o médico
voltou.
- Bom dia! – cumprimentou.
Consultado o relógio eram 04h40min da manhã.
- Bom dia, preciso ver sua
paciente.
- Já falei que no momento seu
estado ainda é delicado, não pode se submeter a um interrogatório. – falou o
médico.
- Temos um mandando, não vamos
falar com ela queremos apenas uma amostrar de DNA.
O médico
não tinha mais argumento, olhou atentamente o papel, depois lhe deu passagem o
delegado e um perito entrar no quarto, o médico entrou logo atrás. Alicia já
tinha se acordado sentia muita dores e tinha chamado à enfermeira que tinha
acabado de lhe dar um remédio. Seu corpo estava muito dolorido, seu abdome
muito inchado.
- Bom dia – falou o homem.
Alicia sentiu o
sangue congelar, seus olhos reconheceram o homem que acabara de entrar, já o
tinha visto inúmeras vezes na televisão, era o homem responsável pelas
investigações do seqüestro de Larissa. Um filme passou rapidamente em sua cabeça,
lembrou-se das declarações dele. Ele aproximou-se de sua cama. Foi logo
falando.
- Sei que a senhora ainda
não se encontra bem mais preciso colher algumas amostras.
O homem fez sinal para o perito que se
aproximou.
- Com licença senhora, em
poucos segundos estará liberada.
O homem abriu a
maleta e tirou um tubo onde tirou uma paleta para colher um pouco da saliva de
Alicia. A lourinha mal conseguia se mover estava muito tensa, seu olhar a
denunciava. Assim que o perito saiu o delegado aproximou-se ainda mais
intimidando a mulher.
- Como se sente? –
perguntou o homem, sua voz não demonstrava preocupação.
- Bem. – sussurrou.
- Sei que esse não é o melhor
momento mais será que a senhora poderia responder algumas perguntas.
- Delegado... – interpôs o
médico, era inadequado para o estado de saúde de sua paciente.
Dr. Franco
buscava os olhos de Alicia que se apavorou, a mulher tinha a impressão que o
homem estava lendo sua mente, a voz do homem saia forte e vibrante ignorando o
médico que pedia para ele se retirar.
- Sou responsável pela
investigação sobre o seqüestro da promotora de justiça Larissa Couto, a senhora
conhece?
Alicia engoliu em seco. Não sabia o que
dizer.
- Sim... – sussurrou.
O homem de mais um passo
a frente ficando bem próximo a sua cama. O corpo da lourinha se encolhia de
medo. O médico mais uma vez tentou interpor.
- Só mais uma pergunta doutor. –
disse o delegado encarando o médico, depois rapidamente olhou para Alicia. -
Que tipo de relação à senhora tem com a Srtª Couto?
Alicia dessa vez não fugiu
no olhar do homem, respirou fundos suas palavras saíram pausadamente para que
ele não voltasse a perguntar.
- Não tenho relação alguma.
O homem riu, com certo ironizo.
- Não tem? Segundo fui informado ela
declarou que era sua companheira.
- Tínhamos sim, porém... –
Alicia abaixou a cabeça, por mais medo que sentia precisava fazer aquilo, mais
a estudante não podia esquecer nas consequências que isso podia trazer a
promotora, depois de longo silêncio, mediu suas palavras – acho que ela não vai
querer mais nada comigo quando souber que ajudei a sequestra-la. Se for por
isso que esta aqui, confesso sequestrei a promotora Larissa.
Alicia sentia-se cansada daquilo tudo. Larissa tinha feito muito por ela, agora
era hora de pagar pelos seus atos. Em menos de dez minutos a mulher assumiu
toda responsabilidade do seqüestro da promotora. Logo o delegado lhe deu voz de
prisão. O homem leu seus direitos. O delegado ficou estupefato com a confissão
da mulher.
- A doutora Couto sabia da
sua participação? – indagou o delegado.
- Não. – foi categórica, Alicia
sabia o que aquilo podia implicar para a promotora.
- Tem certeza, afinal vocês
tinham um relacionamento.
- Já disse que não! – gritou. Se
alterando.
- Acho melhor o senhor sair ela
esta muito agitada. – disse o médico.
O delegado saiu do quarto satisfeito, mandou dois policiais ficar de plantão.
Fez algumas ligações, depois foi procurar a diretora do hospital para saber o
real estado de Alicia, Andréia confirmou a posição dos outros médicos, mais
garantiu que a recuperação da paciente era muito favorável em poucos dias ela
teria alta. O delegado seguiu para a delegacia onde continuaria com o
inquérito.
Ihhh... Polêmica!
ResponderExcluirQual será a reação da Lary???
Ansiosa pelo próximo capítulo.
Ela vai se entregar gente.. oq sera que larissa vai fazer? Proximo capitulo por favor.
ResponderExcluirIntessante...
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