sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Por Amor XX



Onde você está?
   - Indo pra delegacia. Assim que Alicia tiver alta ela vai para cadeia.
   - Camila...
   - Eu sei, vou fazer o melhor que posso agora peço que tenha paciência. Qualquer novidade eu te aviso.
   - Tem outra coisa, o filho dela?
   - Não se preocupe, já estou cuidando disso ontem quando sair do hospital fui ao conselho tutelar, conseguir que uma tia de primeiro grau o pegasse, no início a mulher recusou mais conseguir convencê-la.
   - Eu quero ficar com ele.
   - Eu sei. – Camila já esperava por isso – É até bom porque a família da Alicia não o quer. Como disse tive que insistir muito.
   - E quando vai pega-lo.
   - Bem marquei as dez. Assim que sair da delegacia vou buscá-la em sua residência.
   - Irei com você.
   - Larissa. – tentou contestar.
   - Eu irei com você. – falou decidida.
Camila sabia que não conseguiria fazer a promotora mudar de idéia.
   - Esta bem, assim que sair da delegacia passo no hospital e daí vamos buscar a mulher.
Camila chegou à delegacia, falou com uns oficiais depois foi até a sala da delegada.
    - Bom dia!
   - Bom dia. – respondeu à delegada.
   - Sou Drª Camila Lafaiete advogada da senhorita Maria Alicia Soares Albuquerque.
A delegada olhou Camila da cabeça aos pés. Com ar de desdém.
  - Sei. Dra. Couto é rápida em!– ironizou a delegada.
Camila ignorou a ironia. Manteve a compostura e prosseguiu.
 - Quais acusações minha cliente está sendo acusada?
A delegada pegou umas folhas. Sua voz saia forte.
- Sua cliente vem sendo investigada há muito tempo, ela é suspeita de tráfico de entorpecente, lavagem de dinheiro, sonegação de imposto...

 Camila escutava com muita atenção, avaliou a investigadora, traçou um perfil superficial, depois de ela terminar a advogada. Disse.
  - A fiança? – falou solicita. A delegada olhou meio que sem entender.
  - A senhora entendeu o que disse doutora, não sei onde a senhora fez sua faculdade mais até onde sei tráfico de entorpecente e crime inafiançável.
 - Estou bem a par da lei doutora, porém a senhora alega que minha cliente foi presa numa boca de fumo. Porém segundo os autos, minha cliente foi encontrada desacordada, machucada, nunca casa que supostamente é tida como ponto de negociação criminosa. Entretanto não foi encontrada com nenhum tipo de droga.
 A delegada se remexeu na cadeira. Rosto ficava vermelho, Camila falava calmamente e com segurança. No final da conversa ela saiu da sala escondendo o riso por dentro. A delegada bateu com os punhos na mesa.
 - Essa pivete quer brincar de advogada – xingou.
  Camila pegou o carro e foi encontrar com Larissa, contou-lhe como tinha sido na delegacia, embora ambas não ficasse tão alegre sabia que as coisas não seriam tão fáceis. Chegaram onde Dona Felícia tinha marcado.
  Felícia era uma mulher de meia idade irmã da mãe de Alicia, uma mulher muito amarga e interesseira. Cuidou da sobrinha quando a mesma veio para Recife em sua adolescência, a tratava com muito desprezo e a fazia de empregada. Gostava de além de maltratar dava muitas surras na lourinha seja qualquer o motivo. Alicia tinha muitas magoa da tia, ambas deixaram de se falar depois que ela se envolveu com Raul. Alicia foi expulsa apenas com a roupa do corpo. Camila custou convencê-la a pedi a guarda do menino. Seu grau de parentesco era favorável. Logo Camila reconheceu a mulher em pé em frente à galeria.
 -É aquela ali. – mostrou Camila.
 As duas desceram do carro e foi em direção à mulher Larissa a observou. A mulher tinha uma cara amarrada, era de altura mediana, magra, tinha os cabelos loiros e lisos, como os da sobrinha, seus olhos eram verdes, usava um óculo de lentes grossas. Camila a cumprimentou cordialmente.
    - Bom dia dona Felícia.
   - Bom dia. – disse áspera.

Larissa observou a descendência alemã se mostrava presente em seus traços.
 - Essa aqui é Larissa amiga da sua sobrinha ela vai ficar com o Vinicius.
 - Vamos logo que tenho o que fazer. – não quis cumprimentar a morena.
   Larissa e Camila se entreolharam. As três entraram no carro e seguiram para o conselho tutelar. Depois de horas finalmente Felícia consegue a guarda temporária do menino. Vinicius e trazido por uma funcionária do abrigo, o menino estava vestido com um short e uma camiseta. Ele estava muito arredio. Chorou muito ao ver aquelas três mulheres estranha. Se agarrar nas pernas da funcionária.
   - Hey vamos ver sua mãe. – falou Larissa. O menino a encarou parecia duvidar. Mas o fato de escutar o nome da mãe aguçou sua curiosidade.
    Depois de muito custo ela conseguiu convencê-lo a ir com elas. Assim que chegaram perto da casa de dona Felícia a mulher falou.
    - Pronto doutora fiz o que pediu agora é sua vez cumprir o trato.
    Larissa não entendeu muito bem o teor daquela conversa. Camila olhou envergonhada. Pegou no porta-luvas um envelope e entregou a mulher. Ela abriu sem constrangimento algum contou o maço de dinheiros nota por nota, a mulher tinha um sorriso na face.
  - Ta certinho. Vou ficar por aqui mesmo doutora. – disse já abrindo a porta ante de sair virou-se e disse. – você não deveria gastar dinheiro com aquela sujeita, ela não vale nada é uma ingrata. – depois se virou para Larissa ficou boquiaberta com a situação - E você não finja ser amiga dela, sei bem que ela virou sapatão. – suas palavras saíram puro preconceito, seu olhar era de repulsa - Se fosse você aproveitava que ela vai pra cadeia e se livrava logo daquele encosto.
 Larissa serrou os dentes de raiva. Camila pra mediar à situação falou.
 - Bem se já temos o que queremos e você tem o que quer.
   - Até doutora. Até.
   A mulher saiu saltitando de felicidade. Larissa colocou Vinicius no banco e apertou bem o sinto de segurança, saiu do carro e sentou-se no banco da frente Camila deu partida no carro.
  - O que significa isso? – Larissa tentou conter a irritação devido o menino que estava no banco de trás.

   - Foi o único jeito. – defendeu Camila.
   - Como assim único jeito?
   - Larissa você sabe como funciona esse processo na vara da infância, Alicia está respondendo processo. O juiz não ia dá a guarda do menino pra você, esse processo iria demorar meses e ele ia ficar num abrigo, o mais viável seria uma pessoa da família, por sorte conseguir localizar essa mulher.
 - Uma oportunista. Preconceituosa. – falou indignada.
   - Tia em primeiro grau de Alicia, ela sim poderia requerer com facilidade a tutela do menino.
   - Você a subornou! – questionava.
   - Larissa esse foi o único jeito por ela ele ficaria naquele abrigo, ela não tem consideração alguma por Alicia. Ela foi categórica disse que só faria isso se déssemos dinheiro.
Larissa balançava a cabeça indignada.
   - E quanto foi?
   - Cinco mil reais.
A morena nada mais falou. Camila dirigiu até o apartamento da amiga.
   - Bem preciso ir ao fórum.
   - Está bem qualquer novidade me liga.
   - Se precisar de ajuda com o guri é só avisar.
Larissa olhou pro Vinicius e sorriu.
   - Não deve ser tão difícil cuidar de uma criança.
   - Se fosse você não teria tanta certeza – intimidou a advogada em tom de brincadeira.
   - Até logo.
 Larissa desceu do carro e pegou Vinicius pela mão, o menino tinha certa resistência.
    - hey – agachou – não quer ver sua mamãe? – o menino balançou a cabeça em sinal positivo. – então a tia vai te levar lá pra casa, depois sua mãe chega.
   - Quero mainha. – disse com a voz de choro.
     Larissa compadeceu do menino, pegou ele no braço e o levou para casa. Vinicius estava cabisbaixo, seus olhos ficaram decepcionados ao ver que sua mãe não estava, o menino começou a chorar a chamando. Larissa ficou nervosa com a situação, não tinha muito jeito para criança, tentava acalmar sem muitos resultados, sua empregada notou o desespero da patroa e a falta de jeito aproximou-se do menino, logo conseguiu acalmá-lo. Ele estava sentado na cozinha, ela tinha preparado uma comidinha o pequeno parecia faminto.
  - Como você conseguiu? – indagou à promotora.
  - Quatro filhos dona Larissa. – falou a mulher enquanto lavava a louça. – o mal dele era fome, de onde a senhora tirou esse menino em?
   - Ele é filho da Ruth lembra-se dela?
   - Claro, dona Ruth tão boazinha nunca mais veio aqui.
   - O nome dela não é Ruth, Severina é Alicia, ela se chama Alicia, a chame assim agora, por favor. Ela está hospitalizada. Seu filho estava num abrigo por isso o trouxe pra cá.
   - Bichinho esses lugares não são para criança. Vou dá um banho nele. Dona Tereza tem um menino acho que da idade dele vou ver se consigo uma roupinha emprestada.
   - Não de forma alguma. – protestou.
   - Ele ta todo sujinho dona Larissa, aqui não tem roupa de criança dona Tereza e boazinha sempre me dá umas roupinhas pro meu menino tenho certeza de que ela não vai se incomodar.
   - Não Severina eu vou providenciar algumas roupas.
Vinicius estava distraído realmente parecia faminto comeu o pedaço de bolo e ainda pediu mais. Larissa observava o menino, buscava semelhança com a mãe, embora a pele morena, os cabelos encaracolados, seus cachos cai aos olhos, o menino era lindo, tinha o queixo da mãe, o formato do rosto bem afilado.
  - Dona Larissa posso perguntar uma coisa?
Larissa despertou a transe e olhou para sua secretaria do lar.
   - Diga.
   - Esse menino vai morar aqui? – a mulher não queria ser mexeriqueira, mas estava muito curiosa sempre foi muito bem tratada pela namorada da patroa. Ruth sempre perguntava pelos seus filhos chegando até lhe dá presente, quando ela ficava na casa da Larissa elas muitos conversavam. Severina era uma mulher de meia idade tinha seus cinqüentas anos, trabalhava na casa de Larissa desde que a morena chegou para mora em Recife, era de extrema confiança tinha sido trazida de Natal junto com a família. Dona Laura que a tinha escolhido para cuidar de sua filha.
   - Vai sim, de hoje por diante essa será a casa de Vinicius.
   - A dona Alicia também?
    Larissa encarou a mulher, uma pergunta difícil não sabia ainda ao certo. Agora diante daquela situação não sabia nem o que fazer. Ela não respondeu à pergunta. Severina também não insistiu. O menino terminou de comer. Mesmo de contra gosto a morena aceitou que a empregada pegasse roupa emprestada, Larissa mesmo quis dá banho no menino, Severina acompanhava o embaraço da mulher chegando a brincar.
   - Não esquente não logo a senhora aprende.
          Larissa sorriu. Seus olhos não conseguiam desgrudar do Vinicius, ela não acreditava que estava com o filho de Alicia ali em sua casa, só em saber que aquele menino tinha o sangue da mulher que tanto amava dava uma alegria fora do comum. Falar em Alicia, a promotora ligou inúmeras vezes para o hospital para saber seu estado de saúde, segundo os médicos ela estava bem. Amanda também lhe contou que a delegada também tinha estado lá, pelo que percebeu tinha pressa em que ela tivesse alta. Embora Alicia estivesse se recuperando ainda não podia ser submetida a um interrogatório, os médicos alertaram que seu estado emocional ainda era muito delicado. Depois do almoço Larissa precisava fazer uma coisa, então ligou para sua amiga.
    - Oi!
   - Oi boa tarde! – cumprimentou a promotora.
   - Como você está? – indagou Luiza - Estou ligando para Camila mais ela não me atende, falei com Amanda ela disse que Alicia está bem.
   - Falei com ela horas atrás e a Camila esta no fórum. Isa preciso de sua ajuda.
   - O que foi? – a lourinha percebeu certo nervosismo na voz.
   - O filho da Alicia esta aqui em casa.
   - Sério?
   - Camila conseguiu que por hora ele vai fique comigo.
Luiza ficou em silêncio.
   - Bem estou ligando é porque ele estava num abrigo o trouxe pra cá sem nada.

   - Você está precisando de alguma coisa?
   - Na verdade estou precisando de tudo, não sei do que comprar. Ele ta vestindo uma roupa emprestada que Severina arrumou com uma vizinha.
Luiza sorriu.
   - Você quer que eu arrume umas roupinhas pra ele? Mais o João é muito grande certamente suas roupas não cabem no menino.
   - Não. Luiza preciso comprar umas coisas pra ele, mas não sei o quê nem aonde ir. – disse meio envergonhada – você tem dois filhos deve saber, ia pedir a Camila mais ela está tão ocupada que não tenho nem cara. Ela já está fazendo tanto por mim que nunca conseguirei agradecê-la a altura.
   - Não tem o que agradece Lary, você é mesmo que minha irmã e Camila a considera assim também. Somos uma única família e não esqueça tenho uma divida eterna com sua família também. Mas nada de agradecimentos, bem passo ai daqui a pouco para irmos às compras, quantos anos ele tem?
   - Quatro anos acho.- ela correu e pegou o registro do menino. – fez quatro anos.
Luiza sorriu.
   - Quase a idade da Malu. Acho que vou levá-la pra fazer companhia a ele.
   - Seu nome é Vinicius. Ele é tão lindo. Bem moreninho, da minha cor. – disse toda boba.
   - Eu sei boba, esqueceu que já o vi. Bem daqui à uma hora passo ai.
   - Está bem. – disse agradecida.
 Uma hora depois Luiza estaciona em frente ao prédio da amiga, Larissa e o pequeno Vinicius já a aguardava.
    - Hey garotão. – Isa se agauchou para cumprimentar o menino.
   - Bença titia, - gritava Malu toda alegre ao ver a tia.
Larissa encheu a menina de beijos que sorria.
   - Deus te abençoe. – falou.
    Luiza tirou a menina da cadeirinha e a colocou no chão Malu tinha cinco anos sempre foi uma menina muita agitada logo se aproximou do menino.
 Vinicius tímido se escondia atrás das pernas de Larissa.
    - Vinicius – chamou Luiza, - vem cá.

Vinicius se escondia ainda mais. Maria Luiza sorria.
  - Ele ta se escondendo mamãe Isa. – dizia a menina debochando.
Luiza o pegou com a mão. Deixou os dois diante um do outro.
    - Filha esse aqui é Vinicius, filho da tia Ruth.
  Maria Luiza abraçou o menino de imediato. Vinicius acabou cedendo ao abraço. Depois Luiza os colocou nas cadeiras no banco de trás.  Larissa sentou-se no banco da frente e ambas seguiram para o shopping. Maria Luiza era uma menina muito tagarela, puxava assunto com Vinicius o menino tímido não respondia muitas coisas, mas a menina insistia, Luiza e Larissa não aguentavam e gargalhavam com a tagarelice da menina.
    - Não puxou a mim pode ter certeza – dizia a médica.  – o gênio todo da Duda.
   - A desculpa e sempre essa o João Gabriel também não fica muito atrás não, Camila disse que está com uma namoradinha.
   - Há nem me fale. – falou – aquele menino meu Deus, nem idade têm. E a Duda o incentiva. 14 anos. Não tem idade para namorar não só é um menino.
   - Isa você reclama da Duda mais é mais ciumenta que ela. Principalmente com seus filhos.
   - Não é ciúme, são cuidados, eles crescem muito rápido, logo você saberá o que é isso. Logo saberá.
     Larissa nada falou com o comentário da amiga, olhou para o Vinicius. O observou. Nunca imaginou naquela situação, nunca se viu mãe, mas agora o destino estava lhe dando tantas provas, primeiro Alicia, que chegou para causar um reboliço. Larissa que sempre fazia questão de ter uma vida equilibrada, regrada de regras, planejamentos, mas agora tudo havia mudado, seu futuro era incerto. Não tinha mais o controle de seu destino, havia saído do eixo. – Vinicius – falou em pensamento Larissa sentia um misto de sentimentos dentro de si, tinha medo, mais o mesmo medo lhe dava força afinal ele é filho dela tinha que protegê-lo, ele parecia ser tão dócil. Finalmente ele foi se soltando em poucos minutos Maria Luiza conseguiu conquistar sua confiança.
    - Impressionante a inocência deles não é? – falou Luiza despertando Larissa de seus devaneios. A morena voltou à visão para a amiga.

   - Ele está conversando com ela, nem parece que faz poucos minutos que se conheceram.
       A menina contava com entusiasmo sobre seu colégio, seus primos. Vinicius falava sobre sua vovó em alguns momentos falou de sua mamãe, as palavras do menino saia carinhosa o que emocionou a morena. Pela janela a menina reconheceu o lugar e ficou eufórica de alegria. As compras foram muito divertidas, Larissa passava por uma experiência única a companhia daquelas duas crianças lhe trazia um sentimento desconhecido. Luiza levou a morena em todas as lojas que costumava comprar roupa para os filhos. A morena não economizou, comprou muitas roupas. Eles seguiam para a praça de alimentação, Vinicius e Maria Luiza seguiam um pouco a frente às duas crianças corriam e brincavam até que algo chamou a atenção do pequeno Vinicius, o menino parou diante uma vitrine, numa loja de material esportivo. As duas mulheres seguiam sem perceber.
    - Vamos. – chamou Larissa, sem perceber o que o menino olhava.
    Vinicius era uma criança muito educada, tinha uma educação muito regrada, sempre foi ensinado a não pedir nada na rua muito menos com desconhecido. Seus olhinhos brilhavam ao ver o pequeno leão do time que tanto amava. Olhou pela última vez e caminhou até Larissa pegando sua mão conformado, o menino seguia de cabeça baixa.
    - Larissa. – chamou Luiza ainda parada segurando a mão de Maria Luiza e algumas sacolas.
   - O que foi?
   - Ao contrário de Malu, Vinicius se comportou muito bem não acha? – disse com um riso na face, a morena ainda não tinha entendido. – e quando uma criança se comporta tão bem merece um premio – disse Luiza fazendo sinal para que ela olhasse para vitrine que o menino tanto olhava. Só então que Larissa olhou para vitrine com mais atenção. A morena começou a rir.
   - Vem cá Vinicius. – chamou Luiza entrando na loja.
   O menino soltou a mão de Larissa e correu todo feliz, foi então que a morena entendeu.  A lourinha pediu para ele escolher um presente, o que já era de se esperar ele escolheu um urso de pelúcia o leão com a camisa do time.
  - Você tem alguma camisa no tamanho dele? -  perguntou à lourinha.

   - Temos sim senhora, temos também pijamas...
    Luiza acabou presenteando o menino com algumas peças de roupa personalizada com o time, o problema que depois que ele vestiu o pijama para experimentar o menino não quis tira-lo, não teve argumento algum que conseguiu convencê-lo. Maria Luiza tentava inibi-lo rindo por está de pijama, mas Vinicius parecia ignorar. Seus olhinhos brilhavam de tanta felicidade.
    - Deixa. Vamos levar. – disse Luiza.
    Larissa achava engraçada aquela situação, Vinicius andava pelo shopping todo orgulhoso sem se importa com o deboche da amiga. Depois das compras eles lancharam e logo em seguida foram brincar no parque de diversões. 
    - O que está sentindo? – indagou Isa a morena, enquanto elas observavam as crianças brincarem.
   - Eu não sei... Nunca senti isso antes...
   - Difícil definir o que sentimos não é, lembro-me da primeira vez que vi meus filhos, você se lembra?
   - Lembro que á grande custo conseguir te convencer.
   - Nunca recuperei a memória Larissa, esses anos todos que se passaram. Mas você me deu a chance disso. – ela olhou para Maria Luiza. – devo isso a você e eu sei disso. Nunca teria dado uma chance a minha mulher e a meus filhos se você não tivesse me feito olhar com o coração.
 Larissa permanecia calada. Luiza colocou a mão em seu ombro. Suas palavras saíram reconfortante para o coração de Larissa.
    - Alicia esta lhe dando uma chance de você provar um dos maiores sabores da vida. E você sabe disso. E eu sei que você já agarrou essa chance com unhas e dentes.
  - Eu tenho medo. Eu não sei se sou capaz.
   - Agente nunca sabe se é capaz. Você vai rir, vai chorar, se preocupar, ter raiva muitas vezes, mas quando ver aquele rostinho de felicidade, de inocência, você vai ter certeza que tudo vale a pena.
     Larissa sentiu uma imensa saudade da sua lourinha, como a amava e viu Alicia no Vinicius e isso só aumentava seu amor. As duas se abraçaram com carinho as horas passaram que nem perceberam já era tarde, Luiza deixou os dois em casa.
    - Lary, se você quiser deixar ele lá em casa amanhã para resolver as coisas fique à vontade. É até melhor porque ele tem a Malu e também tem o Lucas nas quinta feira eu costumo pega-lo depois do judô e o levo lá pra casa. Vai ser bom pra ele ficar com outras crianças da idade dele.
   - Obrigado vou pensar qualquer coisa te aviso.
   - Esta bem.
   - Larissa, ganhei um sobrinho não foi? – indagou Isa antes da amiga se virar par ir.
   - Ganhou sim. – afirmou Larissa cheia de felicidade olhando pro filho da Alicia

Um comentário:

  1. Meu Deus.. agora a coisa esta ficando seria... larissa esta sendo muito dura com aliciaaa coitada

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