Não sei
o que fazer. Eu simplesmente não sei. – começou, sua voz saia tremula.
O desabafo era de raiva e frustração,
medo misturado com saudade. Luiza percebia o quanto a amiga sofria, embora
estivesse muito decepcionada com Alicia a ponto de não querê-la por perto, mas
julgá-la e condená-la só afetaria ainda mais a amiga. A lourinha acalentou a
amiga, escutou todo o seu desabafo, evitou expressar sua opinião muito pelo
contraio. Passou muito apoio independente do que fosse fazer. Também lhe pediu
calma e prudência, alertou dos perigos que corria, alertou do perigo que a
Alicia também estava correndo. Depois de muita conversa Isa finamente conseguiu
acalmar a amiga. No final a morena conseguiu dormi. Dormiu pra sua surpresa
bem, teve uma noite de sono tranqüila, seu corpo estava bem relaxado, do quarto
pode senti o aroma do café da manhã foi conduzida até a cozinha, Luiza chegou
logo depois.
- Pelo visto também foi atraída pelo delicioso café de tia Maria.
- Cheiro bom. – disse Larissa.
- E ai dormiu bem?
- Até demais. – brincou Larissa. – cadê a Duda?
- Ela já foi tinha uma cirurgia agora cedo. Ela aproveitou e levou as crianças
para o colégio.
As
duas tomaram café juntas Larissa parecia mais tranqüila, mesmo assim Luiza fez
questão de deixá-la em casa.
- Por favor.
- Lary.
- Vamos
apenas passa por lá, quem sabe eu não a vejo nem que seja de longe.
Depois
de muita insistência Luiza passa por frente do prédio onde Alicia morava,
contaram com um golpe de sorte. Luiza ficou boquiaberta, olhou assustada para
Larissa, os corações das duas batiam descompassados. Parecia cena de cinema,
uma mulher e uma criança saia do prédio ambos vestidos com roupa de praia
tinham cerca de três seguranças ao seu redor. Os cinco pararam na avenida
esperava para atravessar a rua.
- Você está
vendo?
Luiza também ficou
muito surpresa.
- É ela! –
falou Luiza ainda surpresa. As duas mulheres observavam Alicia atravessar a
avenida.
Larissa tirava o sinto e
fazia menção de que iria sair do carro.
- Eu não vou
ficar aqui.
- Você não
vai a lugar algum, está doida guria?
- O que quer
que eu faça? ficar aqui olhando, ela está tão perto.
- Você não
pode ir, eles podem te reconhecer, Larissa seu rosto é o mais conhecido do
estado.
- Preciso me
arriscar.
Luiza
entendia toda a agonia de Larissa, mais não podia permitir ela fosse atrás da
Alicia.
- Fique
aqui, eu vou falar com ela. Reze para que eles não me conheçam.
Larissa apenas fez sinal positivo com a cabeça, Luiza saiu do carro, respirou
fundo e correu até a avenida. Alicia já tinha atravessado estava distante
caminhava pelo calçadão indo em direção a praia. Luiza correu um pouco até
alcançá-los, tentou recuperar o fôlego. Alicia parou para ajeitar o boné do
filho. Foi quando foi surpreendida pela loirinha.
- Ruth há quanto tempo? – Luiza abriu
um sorriso disfarçando o próprio nervosismo, os seguranças se aproximaram
imediatamente ao redor de Alicia e o garoto.
Luiza
deu alguns passos para trás olhando para aqueles homens mal encarados. Alicia
engoliu em seco ficou meio que sem ação. Aproximou-se de Luiza. Ao perceber que
Tarso colocou o braço impedindo que ela se aproximasse ela disse:
- Não
se preocupe ela só é uma amiga da faculdade. – virou-se para Luiza que entendeu
o recado. – oi que surpresa. – as duas se cumprimentaram com beijo de comadre.
- Não te vi
mais na faculdade, os professores têm perguntado por você.
- É, tive
que me ausentar por um tempo estava viajando.
- Você está
bem? – já num tom mais preocupado.
- Estou! –
Alicia deu um abraço bem forte em Luiza à médica pode sentir o corpo tremulo da
outra.
- Bem mesmo?
– repetiu num tom mais baixo.
Alicia
se afastou, segurou na mão de Luiza e apertou não muito forte, balançou a
cabeça em sinal de afirmação, logo em seguida virou o olhar para seu filho que
estava distraído olhando para a praia.
- Esse você,
não conhece – deu um sorriso torto - é meu campeão. Vem cá filho fala com a tia
Luiza. Minha vida Isa. – Alicia pegou Vinicius no braço, o menino olhou
desconfiado para a desconhecida.
Luiza observou o menino com cuidado, abriu
um sorriso, quando viu seus trajes.
- Mais um
sofredor. – brincou Luiza, o menino vestia uma sunga vermelha, uma camisa e um
boné do time que Alicia tanto gostava. Isa se lembrou das inúmeras vezes que
Larissa resmungava quando tinha que levar a namorada para ver o jogo do Sport
time que Alicia era fanática. – hey tudo bom! – falou para o menino. Que permanecia
calado olhando para a desconhecida.
- Fala com
ela filho. Não seja mal educado.
- Oi. –
falou o menino bem baixinho.
Enquanto isso Larissa só faltava ter um ataque cardíaco se remexia dentro do
carro, saiu e entraram inúmeras vezes seus olhos não desgrudavam do que
acontecia do outro lado do calçadão.
- Dona
vamos! – falou o segurança puxando Alicia, ele estava impaciente com aquela
conversa tinha recebido ordem de não deixa ninguém em absoluto se aproximar da
mulher do patrão.
- Calma. –
reclamou Alicia, depois se virou para Luiza. – Preciso ir, esse garotão aqui ta
doidinho para ir à praia, tenho que aproveitar que o sol ainda está frio, você
sabe como criança é.
Luiza deu um sorriso por alguns
estante penetrou nos olhos de Alicia, vendo ali não sentia a raiva de antes,
percebeu o quanto até mulher estava sofrendo. Alicia já se preparava para ir
embora.
- Você vai ficar
bem?
- Donc je
vais être bien, si elle est bonne. elle est bien, c'est important pour moi, je
l'aime, elle ne peut plus penser que je l'aime, et elle est bien et il n'est
pas comme si je ne suis pas le plus important.(tradução) So vou ficar bem, se
ela estiver bem. Ela é o que me importa agora, eu a amo, ela pode não
acreditar, mas eu a amo, ela e ele – virou-se para Vinicius - eles
estando bem. Como estou não é o mais o importante. – Tarso se irritou com
Alicia ela falou num idioma que ele não entendia, ela falou em Francês. Pegou
no braço dela com força. Luiza olhou atônita.
- O
que a senhora disse?
Alicia continuou olhando para Luiza, não sabia se a amiga tinha entendido, mas
a resposta veio logo em seguida. No mesmo idioma.
-
Il vous permet d'obtenir là-bas. Il vous
sauvera. (tradução) Ela vai tirar vocês de lá. Ela vai salvar vocês.
Luiza viu Alicia ir até a
praia. Caminhou cabisbaixa até o carro Larissa esperava agitada, as duas entram
no carro.
- Melhor
sairmos logo daqui, aquele homem ficou
muito cismado.
- Como foi?
Você demorou tanto.
- Vamos logo
sair daqui – insistiu.
- Como ela
está?
- Larissa
vamos embora. – falou num tom mais alto.
- Eu não vou
a lugar algum sem ela.
Luiza segurou com estrema força o braço da
amiga.
- Eles não vão deixar você se
aproximar, vamos embora. Ela está bem. Te conto tudo, mas vamos sair daqui antes que
eles nos veja e faça algum mal a eles.
Larissa
encarou a amiga, seus olhos estavam repletos de raiva e sentimento de
impotência. Ela esmurrou o volante do carro. Começou a chorar. Luiza puxou a
amiga para um abraço. Ficou ali alguns minutos até a promotora se acalmar.
Depois ela deu partida no carro. O caminho foi em silêncio. Pararam no
apartamento da promotora. As duas subiram, lá mais calma Luiza contou em
mínimos detalhes tudo que aconteceu, sem mudar nenhuma palavra, nem virgula.
- E como ele
é? – indagou.
- Não parece
muito com ela, é moreno tem os cabelos encaracolados, estava vestido com a
camisa do Sport. Ele é tão lindo tem os olhos da Alicia. O nariz também bem
arrebitado. Fisicamente eles estão bem.
- Ela então
deve está gostando...
- Larissa,
não faça julgamentos precipitado.
- Acho que
preciso ficar sozinha.
- Larissa...
- Eu não vou
procurá-la, fique tranqüila dou minha palavra, mas preciso ficar sozinha.
Preciso pensar.
- Tudo bem
então qualquer coisa me liga.
Luiza
deixou Larissa em seu apartamento. A morena ficou pensativa, tentava organizar
as idéias, no final da manha ela resolveu ir trabalha. Os dias foram passando
Larissa para surpresa de todos trabalhava como nunca, tinha um caso de extrema
importância nas mãos. Suas assistentes ficaram impressionadas com a mudança da
promotora. O trabalho invadia a madrugada. Consultou o relógio já se passava
das duas horas da manhã, seu corpo e sua mente estavam cansados, resolveu ir
para casa. Depois do banho sua barriga roncava, abriu a geladeira desanimada,
pra sua surpresa estava repleta de comida, Luiza tinha estado lá. Larissa riu
ao lembrar dà amiga, agradeceu por tê-la em sua vida. Comeu depois foi se
deitar. Mais uma vez não resistiu ligou o computador reviu alguns pontos que
discutira amanhã numa reunião. Sem perceber abriu uma pasta onde contém
inúmeras fotos dela e de sua família, foi passando foto por foto, uma nostalgia
foi tomando seu corpo, sentiu saudade dos pais, a tristeza foi piorando quando
começou a ver as fotografias da amada, lembrou-se de Alicia. Respirou fundo
desligou o computador e tentou dormi. O corpo cansado o sono não demorou muito
a vim. Larissa acaba sonhando com Alicia, a mulher estava sentada numa cadeira,
suas mãos e seus pés estavam amarrados, seu rosto parecia machucado. Raul
sorria diante do desespero da mulher, Larissa acordou aos prantos, o pesadelo
foi terrível, lembrança enquanto estava no cativeiro parecia como flash, uma
forte dor no peito, a morena chorava de soluçar. Lembrou-se de uma das cenas
mais dolorosa que presenciou, lembrou-se da forma brutal que sua amada foi
violentada por aquele homem asqueroso. Isso apenas aumentava seu desespero.
Demorou a que ela se acalma.
O dia já tinha raiado.
Levantou-se da cama. Sua aparência no espelho não era das melhores seus olhos
estavam com olheiras terríveis, sua mente fervilhava, sentia-se agitada por
dentro. Resolveu correr um pouco aquilo sempre a ajudava a se acalmar. Saiu até
o calçadão, correu até não haver mais fôlego acabou não resistindo indo até o
prédio onde a namorada morava ficou a espreita por alguns minutos sem muito
resultado da espera voltou para casa. Depois de um banho tomou um café
reforçado teria um dia difícil no Ministério Público, finalmente tinha base o
suficiente para presta uma denuncia foram meses de trabalho. Com Raul ali tão
perto não poderia abrir a guarda fez o requerimento para proteção que logo foi
acatado pelo órgão que trabalha o segurança lhe esperava no hall do prédio.
- Bom dia doutora.
- Bom dia Alfredo. – o
homem abriu a porta do carro para a mulher entrar.
Larissa pegou a
agenda eletrônica e verificou seus compromissos para o dia. Chegou ao trabalho
e cumprimentou a todos.
- Conseguiu convocar
todos para a reunião? – perguntou a secretária.
- Sim doutora. A reunião
ficou marcada para as dez.
- obrigado, agora quero
que chame na minha sala Dra. Camila e Dra. Ingrid.
Em poucos minutos
as duas advogadas estavam no gabinete de Larissa.
- Mas
você não pode processá-lo. Você tem envolvimento direto com ele. – afirmou
Camila, depois de Larissa explicar suas pretensões.
- Eu sei,
agora tudo se explicar fui promotora do caso do Sr. Santos, Malbec Santos, que
é pai daquele traficante. Lembro-me bem que na época não tinha provas nenhuma
contra o envolvimento do filho dele, mais agora é diferente temos provas
contundentes de sua participação nos negócios ilícitos de seu pai, sem falar
que tenho uma testemunha chave.
- Larissa. –
falou Camila.
- Camila
esse homem vai pagar por todo mal que têm causado.
- Isso é
pessoal?
Larissa encarou Camila.
- Pessoal
Dra. Lafaiete, esse homem é responsável por uma das maiores rede de tráfico de
drogas do país, mandante de inúmeros assassinatos inclusive do meu seqüestro. E
você me pergunta se é pessoal.
Camila ficou calada.
Ingrid também estava muda - esse homem têm cometido crimes contra a sociedade e
é por ela que estamos aqui. – a promotora trincou os dentes. – Dr. Aguiar
conduzira as denuncias.
Camila e Ingrid se entreolharam completamente
confusas, processar Raul da forma como Larissa queria levava a conseqüências
extremas principalmente em relação à Alicia. O promotor havia chegado junto com
um colega, sem falar no impacto social que causaria. As jovens nada disseram
ali era apenas subordinada daquela promotora, Larissa foi com as duas para a
sala de reunião o promotor chefe e mais outros dois promotores estavam
presente.
- Pronto para o
show? – indagou Larissa para Silvo seu superior.
A morena iniciou a
reunião. Apresentou todo o material que tinha colhido em sua investigação
Dr. Aguiar ficou animado o caso. Era uma bomba. Não só em relação ao
seqüestro de Larissa mais também ao tráfico de drogas que levava aos bancos dos
réus muitos nomes de pessoas importante da sociedade. Raul não era só um
traficante como muito pensavam, seus feitos era além dos que podiam ver.
Larissa mencionou o nome de Alicia inúmera vezes inclusive acusando-a de
envolvimento direto em seu seqüestro. Deixando Camila completamente passada. A
promotora agia como se fosse um caso qualquer. Demonstrando toda sua habilidade
como operante da lei sem demonstrar nem um abalo emocional. Ao final de tudo
Larissa deu seu xeque mate pedindo a cara dura como favor pessoal ao seu
superior.
-
Silvio, como pode ver não posso conduzir esse processo porque tenho
envolvimento com uma das suspeita, queria que fizesse a denuncia. Também quero
pedir o afastamento por tempo indeterminado da Dra. Lafaiete ela foi de grande
ajuda nas investigações, deixo claro meu total apresso para com seu trabalho,
porém, no momento o mais certo é ela ficar fora do caso.
Todos se entreolharam na sala. Ingrid ficou boquiaberta com
o que acabou de ouvir Camila se remexia na cadeira sentindo-se frustrada era o
caso do ano, trabalhou tão duro nisso não entendia como podia ficar de fora
nesse momento e muito menos como um pedido pessoal daquela em que mais
admirava. Dr. Silvio olhou também confuso.
- Acho
que não entendi Dra. Couto? – franzindo o cenho.
- Silvio –
falou num tom pessoal, ignorando todos os outros que estavam presente. – é de
caráter pessoal, não quero que Camila tenha participação alguma nesse caso e eu
estou afastando ela por tempo indeterminado das atividades aqui no Ministério
Público. Apresentarei o memorando ainda hoje na sua mesa.
Camila engoliu em seco.
Olhou para Larissa aflita não estava entendendo nada.
- Tem
certeza doutora você está me pedindo para afastar uma das melhores advogadas
que temos.
- Ingrid é
tão capacitada quanto ela tenho certeza que será de grande ajuda. As duas foram
treinadas por mim, tenho absoluta certeza que Ingrid não lhe decepcionará.
- Se é
assim. Vamos começa a trabalhar.
Dr.
Silvio Aguiar encerrou a reunião, logo em seguida os outros foram saindo da
sala, Ingrid não sabia o que dizer era muito amiga de Camila, sabia do seu
empenho nesse caso por mais que pensasse não entendia o que Larissa queria. Ela
aproximou-se da amiga.
- Eu
não...
- Tudo bem,
não precisa dizer nada, parabéns, você merece estar dentro.
Ingrid apertou o ombro da amiga depois saiu da sala.
Camila permaneceu sentada, seu estômago dava reviravolta estava de cabeça
baixa. Larissa parecia ignorar a presença da assistente. Saiu sem dizer nada,
nenhuma explicação. Camila sentia as pernas tremula.
Larissa foi para casa. No dia seguinte os burburinhos pelo
escritório. Todos olhavam para a promotora com uma grande interrogação,
indiferente aqueles olhares a mulher seguiu até sua sala. Cumprimentou a
secretária como de costume a mulher parecia agitada.
- Bom
dia doutora Larissa, Dr. Aguiar a aguarda. – disse a secretária afobada.
Larissa a encarou fez um sinal positivo com a cabaça, entrou com segurança. O
advogado estava sentado numa poltrona de pernas cruzadas, folheava o relatório
que a promotora tinha lhe entregue na noite anterior.
- Bom dia. –
cumprimentou a promotora.
- Bom dia doutora.
– Silvio tinha um sorriso na face, o que tranqüilizou a morena por alguns
instantes, só por alguns instantes mesmo.
Dr. Aguiar esperou que Larissa se acomodasse, a morena colocou a
sua bolsa, se organizou e sentou-se do outro lado da mesa. O homem ao ver
que a mulher estava bem, ele pega o telefone e disca. Larissa observa-o.
-
Cecília, estamos em reunião, por favor, em hipótese alguma interrompa-nos.
- Sim
senhor. – respondeu do outro lado.
Ali Larissa
percebeu o tom de seriedade na voz do promotor.
-
Sugiro que deixe seu telefone desligado doutora. – falou.
Dr. Silvio deu
início à reunião deixou claro sua insatisfação do envolvimento de duas
funcionárias do Ministério Público no caso.
-
Doutora, você conhece todos os tramites legais. Pior a validade do processo
pode ser questionada devido a seu envolvimento emocional com um dos suspeitos.
- Doutor eu
sei de tudo isso, você acha que não me preocupo, sempre zelei por minha
carreira, foi por isso que pedi o meu afastamento e o afastamento da Dra.
Lafaiete. Todo o material colhido foi em absoluto sigilo e com total
legalidade, as acusações são irrefutáveis em qualquer tribunal. Suas
investigações confirmaram.
- Quantas
pessoas sabem disso?
- Apenas eu
Draª Lafaiete e Drª. Assis. Doutor...
Silvio
levantou-se da cadeira caminhava de um lado para o outro discursando tudo que
pode acarretar de negativo que por algum motivo a impressa soubesse do
envolvimento emocional da promotora. Falou até do que isso poderia causar a
carreira de Larissa, um discurso longo cheios de argumentos e questionamentos.
Reunião que durou duas horas, Larissa entendia a preocupação do colega, sabia
que ali não se tratava de um simples processo. Ao final o homem tomou algumas
medidas. A primeira delas seria afasta Larissa e Camila.
O homem se preparou
para sair, antes deixou um aviso.
- Vou
ser implacável com todos os envolvidos. – afirmou com total convicção.
Larissa engoliu em
seco, sentiu uma náusea ela sabia de quem estava se referindo. Depois saiu. Ao
chegar a sua sala ordenou que chamassem Drª. Lafaiete.
Camila não ficou surpresa, pegou o documento que tinha redigido na noite
anterior, pensou muito. Apesar com muito pesar tomou uma difícil decisão.
Respirou fundo, pegou o papel e saiu. Cumprimentou a secretária que anunciou
sua entrada. Dr. Silvio estava de pé. Tinha uns papéis à mão.
- Bom
dia.
- Bom dia!
- Bem sem
mais delongas vou ser direto...
Dr. Silvio explicou
a situação para Camila que não se mostrava surpresa já esperava por isso, ao
fim da conversa ela finalmente tomou a palavra.
- O
senhor sabe que se muito escolhi essa carreira foi porque tive forte influência
da Drª Couto, fiquei lisonjeada com seu convite para trabalhar aqui, entendo a
gravidade da situação. É por isso que lhe entrego isso aqui. – Camila estendeu
o documento ao promotor.
Dr. Silvio olhou
atentamente. Depois colocou em cima da sua mesa.
-
Doutora. Não é de nosso interesse perder uma profissional como você. Porém
entendo. Realmente é uma pena.
- Foi um
prazer trabalhar com os melhores criminalistas do país.
- Quero que
reconsidere como disse preciso apenas do seu afastamento temporário, apenas até
resolvermos o caso.
-Não posso e
agradeço a oportunidade.
- Na certa
Larissa têm planos maiores para você.
Camila sorriu.
- Na certa
que sim.
Depois de uma breve despedida Camila saiu
dali. Por incrível que pareça sentia-se mais leve. Caminhou de volta até
sua sala. Arrumaria suas coisas. Havia pedido demissão. A notícia correu como
vestígio de pólvora no escritório, Larissa escutou os burburinhos foi
rapidamente a sala de Camila que já colocava suas coisas numa caixa.
Larissa bateu na porta, escutou o aviso de que podia entrar.
- Oi!
- Cumprimentou Camila risonha, Larissa nada falou ficou observando a jovem.
Sentia-se
envergonhada, afinal era culpa sua toda aquela situação.
- Me
desculpe eu não queria... – o pedido de desculpa saiu de forma sincera.
- Desculpa
por quê? – indagou como se não tivesse compreendendo. – foi uma decisão minha
sair do escritório. Não tem porque se desculpa.
- Camila.
- Ontem
quando sai daqui, fiquei em casa, curti meu filho, fui até o cinema com Amanda
acredita? Pegamos a última sessão, sabe quanto tempo fazia que não curtia minha
família?
Larissa deu um
sorriso amarelo.
- Isso tudo
fez recarregar as baterias, Amanda me disse uma coisa que eu não tinha pensado
antes. Ela disse Larissa te ensinou pra coisas maiores. – Camila sorriu
mais uma vez. – logo de cara fiquei confusa do meu papel em tudo isso. É
impressionante somos treinadas pra enxergar tão além e quando ocorre de vermos
uma coisa tão simples, passamos despercebido.
Larissa encarava os olhos
de sua aprendiza.
- Você
foi uma boa professora, agora entendo porque de ser tão inflexível comigo desde
que você voltou ao trabalho, agora entendo porque você sempre de dava as causas
que pareciam perdidas...
- Eu
precisava preparar você... – disse – foi assim que aprendi... Tiver professores
implacáveis, perdi muitas causas, mas aprendi bastante com ela, hoje sou uma
boa advogada, me vejo em você Camila, sua audácia, perseverança e o gosto por
causas difíceis. – brincou.
- Desde que
você descobriu a verdade você sempre soube que ia ser assim não é?
Larissa
abaixou a cabeça, estava envergonhada realmente fazia quase um ano que voltou
do seqüestro desde então trabalhava dia após dia, em busca de todo emaranhado
jurídico, treinando Camila para fazer aquilo que em seu intímo ela queria
fazer. Sabia que Camila era perfeita para o caso, via a jovem como seu reflexo
no espelho quando começou na carreira, sua voz saia baixa em tom de confissão.
Como se ela confessasse os mais terríveis dos crimes.
- Eu a
quero.
Camila se aproximou
dela e buscou seus olhos. Falou tranquilamente.
- Você
sempre a quis. Por isso me escolheu.
adorei a maneira que camila lidou com o pedido da amiga(defender sua amada)pois larissa confia tanto no potencia. isso sim e amizade
ResponderExcluircecilia
QUERIA EU TER UMA AMIZADE VERDADEIRA ASSIM... OTIMOO
ResponderExcluiraii odeio essa espera.. fico louca aqui! todos dias entro com esperança de uma nova historia ms esta dificil hem..kk! sei que eh complicado pra vc, mas assim vc nos mataah
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