Capítulo sete
Em quanto isso
Horas depois a notícia sobre o cativeiro de Larissa vaza para a imprensa os reportes se agrupam em frente ao GOE.
- O seqüestro mais demorado dos últimos 10 anos da delegacia anti-seqüestro de Pernambuco, a promotora de justiça Larissa Couto seqüestrada no dia 15 de outubro por volta das 20h00min da noite, já passa de um mês e três dias, ai naquela parte isolada esta o casebre que servia como cativeiro, a polícia chegou ao local ontem à noite, o delegado ainda não se pronunciou, tudo indica...
– fala a reporte na tv.
O coração do traficante palpitava, o homem desligou a TV, completamente desnorteado, tentava raciocinar pegou a chave do carro e foi até onde Larissa estava.
- Já viu? – indagou Beto assim que viu Raul entrando na sala, já esperava a visita do chefe.
- Você viu aquela merda! – estourou Raul.
- Calma agente foi mais rápido. – Beto parecia despreocupado.
- Calma uma porra! – disse Raul passando a mão na cabeça. – isso tudo é culpa tua. – foi para cima do Beto que se desvencilhou.
- Quem deixou à galega fugir foi o retardado que você levou para tomar conta das duas. Beto acusou Rodrigo sem remoço algum, Raul deu dois gritos chamando o rapaz. Rodrigo entrou já sala já se tremendo tinha escutado a conversa.
Raul possuído em raiva não deixou o rapaz se defender, partiu para cima dele o espancando. Beto resolveu interceder.
- Você vai matá-lo – afirmava – Olha pra mim, a culpa é da galega, pensa mano – Raul parou e encarou o amigo - ela deve ter denunciado para os canas.
Raul trincou os dentes de raiva, Beto tinha razão, afastou-se e sentou-se no sofá.
- A quero morta! – rosnou o homem, Beto sorriu satisfeito.
- Era o que eu preciso ouvir. – Beto pegou a arma e se levantou havia entendido errado, caminhava já em direção ao quarto Raul o segurou.
- Ela não! – gritou.
- Que droga Raul vamos acabar logo com isso, agente mata a promotora depois vamos atrás da galega.
- Não a promotora quem mata sou eu.
Raul num momento irracional cometeu mais um erro.
Em quanto isso a família e os amigos de Larissa ficavam perplexos com o noticiário, Junior, primo da promotora saiu em busca de informações. Seu Augusto e Dona Laura estão confusos e esperançosos, sente que a filha pode aparecer a qualquer momento, o telefone toca.
- Alô! – atende dona Laura achando que era o sobrinho com noticias.
- Eu avisei para não meter a polícia nisso – falou o homem do outro lado da linha - agora, vou matar essa cadela!- gritou.
A ligação durou poucos segundos, o suficiente para deixar Dona Laura em pânico. A mulher entra no maior desespero acabar tendo tento um AVC. É socorrida para o hospital.
Assim como a família de Larissa, Luiza fica chocada com o noticiário.
- Duda você viu isso? – Isa chama a esposa que se arrumava para ir para o hospital.
- O quê? – fala ainda se vestindo.
Duda olha para a TV que passa repetidamente sobre o suposto local do cativeiro.
- Será... Amor, vamos com calma se tivessem encontrado Larissa com certeza teriam te informado.
Luiza não deu ouvidos para o que a mulher disse, pegou o telefone na cabeceira da cama e ligou para a casa de Larissa, chama, chama e ninguém atende, seu coração bate acelerado, o nervosismo toma conta do seu corpo, tenta mais uma vez e nada, já entrando em desespero.
- Isa – chama Duda – tão me ligando do celular da mãe de Larissa. –alô – atende a médica.
- Doutora Duda.
- Sim.
- Aqui é Cintia esposa do Junior, estou tentando ligar para Luiza, dona Laura esta mal. – a mulher falava agitada.
- Me explique melhor. – tentando manter a calma.
Luiza tentava pega o telefone mulher.
- Espera. – falou Duda. – onde ela esta? – Duda perguntou a mulher do telefone.
- HR.
- Certo, vou pedi para transferi-la. Estamos indo para ir.
- O que houve? Era a Larissa?
- Não, dona Laura teve um AVC.
Isa ficou ainda mais nervosa, as duas foram até o hospital, lá Maria Eduarda cuidou para que ela fosse transferida para sua clínica.
Duas horas depois Isa vai até a sala de espera, onde Junior, Sr. Augusto e Cintia aguardavam por noticia.
- Como ela ta minha filha? – perguntou Sr. Augusto preocupado.
- Estável agora. Informou Isa. A Duda esta cuidando dela não se preocupe, ela esta fora de perigo.
Logo no canto o delegado ainda se encontrava no hospital estava colhendo informações com Cíntia. Luiza caminhou em sua direção. Seu medo se transformou em raiva.
- Isso tudo é culpa sua – batia no peito do homem que tentava se defender – tudo por causa da incompetência de você... – suas tapas não tinham fora, Isa chorava – o que esta acontecendo? O que esta acontecendo?
Junior segurou Luiza. Todos estavam no ambiente observava a cena.
- Se vocês tivessem feito o trabalho direito ela poderia estar aqui...
Dr. Franco nada disse, saiu daquele hospital abalado com a própria incompetência, chegou ao departamento dando gritos em todos, cobrando resultados, seu corpo desfaleceu na cadeira, com a mão no rosto, avaliava a situação, olhou todo material que tinha colhido nas investigações, procurou pelos erros. Olhava cada minuto o relógio estava correndo contra o tempo. Apertou o play inúmeras vezes a voz do seqüestrado invadia sua mente.
- Eu avisei para não meter a polícia nisso – falou o homem do outro lado da linha - agora, vou matar essa cadela!- gritou. – avisei para não meter a polícia nisso, agora vou matar essa cadela... – assim o delegado repetiu inúmeras vezes.
Ele e saiu, foi até um agente.
- Já localizaram a chamada?
- Acabei de localizar senhor. – informou o policial. O delegado olhou para tela do computador – a chamada veio de um telefone pré-pago.
- Onde?
- Aqui mesmo senhor. – apontou para o mapa na tela do computador.
Dr. Franco olhou intrigado. Piedade.
- Senhor! – o policial chamou a atenção do delegado que já se virava apara sair.
- O cadastro da linha esta em nome de Rodrigo Ávila Silva. Cruzei algumas informações, o mesmo tem passagem pela polícia por tráfico de drogas – continuou o agente - o mais interessante que ele é primo do Túlio Silva.
O delegado abriu um sorriso, finalmente a sorte tinha lhe sorrido imediatamente pediu um mandado, um grupo de operação foi feita, dessa vez sem muita estratégia, o delegado seguiu para o endereço do suspeito. A notícia da polícia na comunidade correu feito rasto de pólvora, mais não tão rápida como a equipe do delegado. A viatura parou em frente ao barraco, nesse mesmo instante um homem correu pelos fundos, um policial saiu em perseguição. O delegado invadiu a propriedade.
- Polícia federal. – anunciou.
O coração de Larissa parou por segundos, suas pernas desfaleceram. Não tinha reação. Depois de tanto tempo naquele cativeiro já tinha perdido a esperança que nascia e morria com o sobrar de sua respiração, depois de tantas coisas vivida naquelas semanas a única coisa que era sua companheira era a morte, que muitas vezes ela convidava para levá-la numa viagem sem volta. Lembrou-se do beijo de adeus que recebeu daquela que tanto amava. Sua imagem foi escurecendo quando viu a porta sendo derrubada. Um apagão. Quando o agente invadiu o quarto a vítima já tinha desmaiado, o delegado entrou alvoroçado, soltou o ar com força, olhou apara Larissa sentiu o sangue voltar a correr em suas veias.
- Chamem a ambulância. – ordenou. Agachou checando a pulsação da vítima.
Muitos curiosos se aglomeravam em frente ao barraco, rodeavam o lugar em busca de informações, queriam saber no que o garoto Rodrigo conhecido por todos ali estava envolvido. Pode-se ver para médicos carregando uma maca, Larissa estava desacordada, apesar da aparência fraca e com ferimentos leves, ela parecia estar bem.
- Quero uma varredura no local! –ordenou o delegado, precisava de pistas que indicassem o mandante do seqüestro, observava os agentes, ficou por algum tempo tentando analisar o local, levando a mão direita ao bolso na calça, tirou o celular e ligou para a família de Larissa.
- A encontraram! – Junior desligou o telefone, estava visivelmente emocionado – Encontraram a Lary! - gritou, já não conseguia controlar as lágrimas, as pessoas a sua volta pareciam não acreditar no que o homem dizia, todos estavam comovidos e aliviados com a notícia, houve muito choro, porém dessa vez era um choro de alegria. Luiza entra em contato com o delegado e pede para que levem Larissa para a clínica.
- Finalmente esse pesadelo acabou! – Luiza sussurra palavras de alivio no ouvido de Duda. As duas se abraçam por um longo tempo.
Vinte minutos depois do primeiro contato com o delegado, uma ambulância estaciona na entrada da emergência. Larissa ainda está desacordada, todos estão no corredor e agradecem a Deus por finalmente verem que a morena esta bem. Duda pede que todos tenham calma. Vai examinar pessoalmente a promotora, Luiza se oferece para ir junto, mas Duda aconselha a mulher a ficar com os outros. Logo depois o delegado chega à clínica, todos querem saber a onde Larissa estava. O delegado repassa as informações, e marca uma coletiva de imprensa para repassar as informações sobre o seqüestro e sobre o boletim médico da promotora.
- Finalmente chega ao fim o seqüestro da promotora de justiça Larissa Couto. Esse que foi o seqüestro de maior duração já registrado pela polícia do estado de Pernambuco. Estamos aqui em frente à clínica onde a promotora deu entrada a menos de uma hora, todos aqui aguardam a coletiva que o Dr. Franco, delegado responsável pelo caso marcou para as 18hs00min. – a jornalista repassava as informações ao vivo para o canal de TV – Ainda não temos informações sobre o mandante do crime...
Rodrigo foi preso a poucos metros do pequeno barraco, os polícias foram cautelosos com o garoto que aparentava estar bastante machucado. Na coletiva, o delegado repassa poucas informações sobre prisões e sobre o mandante do crime, mas responde todas as perguntas sobre como chegou até o cativeiro deixando os jornalistas satisfeitos. Por fim delegado informa que a partir daquele momento se iniciaria uma nova etapa da investigação. Em quanto isso, Rodrigo esta sentado na pequena sala de interrogação. Estava algemado a mesa de ferro, seu olhar estava perdido, flash dos momentos que antecederam a entrada da polícia no cativeiro povoavam sua mente.
MEU DEUS... ruth tem q ficar com a promotora couto¡¡ quero mais e mais
ResponderExcluirquando teremos mais emocao?? as postagens estao muito curtas. mas estou amando cada um delAs! paula RJ
ResponderExcluirConcordo estão muito curtas
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