- Dra. Larissa! Dr. Arthur pediu para que fosse a sua sala. – informou a minha secretária.
Pronto só era isso que faltava na certa ele ia falar sobre meu fracasso virei piada nesse escritório mesmo, levantei da minha mesa fui até o banheiro, confesso me bateu um frio na barriga afinal Dr. Arthur não era nada simpático, molhei meu rosto fiquei pesando com meus botões no mínimo ia ele ia fazer mil questionamentos sobre o caso de Sra. Mauriceia, ia ter que escutar suas criticas e ele ia começar apontando o dedo em todas as minhas falhas, certo que eu merecia por ter sido tão tola mas Dr. Arthur não era a pessoa mais indicada a fazer isso conhecido no escritório como rei da ignorância já podia escutas seu berro no meu pé de ouvido, enxuguei meu rosto e fui até sua sala. Ana anunciou minha entrada sua expressão não era nada animadora.
- Com licença mandou me chama?
- Sente-se temos algo a resolver – disse ela todo ignorante. - Dra. Couto não preciso nem dizer o quanto estou desapontado pelo seu fracasso naquele tribunal.
- Sinto muito... - estava muito envergonhada.
- Não construímos uma carreira de sucesso sentindo muito Dra. Couto e sim ganhando processo, mas não mandei lhe chamar para falar sobre isso, tenho coisas bem mais importantes a tratar você tem um novo caso, lembra-se do caso Almeida?
- Claro senhor.
- Pois então você e Dr. Martins serão os advogados da senhora Lúcia Almeida.
- Dr. Arthur só podia esta ficando doido, o caso Almeida era um dos casos mais importantes do escritório - Quero deixa claro que não estou nada satisfeito com isso porém dona Lúcia faz questão que seja sua advogada acompanharei de perto o trabalho de vocês e quero que saiba que tenho uma grande estima pela aquela senhora e prometi não decepcioná-la você esta me entendendo Dra. Couto. – senti cada peso daquelas palavras.
- Sim senhor.
- Bem era só isso.
Faltou força pra levantar da cadeira, sentia-me nervosa sabia o peso daquela responsabilidade fui até a sala de Guilherme ele estava sentado em frente ao computador.
- Você sabia?
- Sim, ele me notificou ontem à tarde.
- E porque não me disse nada.
- Oras quem tinha que dizer era ele.
- Não sei se consigo é um caso difícil.
- Oras Larissa isso é coisa de uma advogada dizer, não existe casos difíceis existem casos um tanto trabalhosos, vamos ganhar esse processo te garanto.
- Queria ter essa sua segurança.
- Pois passe a ter vamos dar uma olhada no processo.
- Claro. – disse sem perder tempo
Até hoje não entendo porque eu fui escolhida, mas tenho me empenhado ao máximo pra ajudar aquela senhora, a manhã passou rápido demorei mais do que esperava Guilherme me chamou pra almoça.
- Amor bem que gostaria, mas a Tamires veio comigo fiquei de levá-la ao hospital se lembra, ela esta em minha sala.
- Larissa vamos almoçar! – ele falou em tom de exigência eu conhecia bem – Depois eu as deixo no hospital. – ele saiu da sala.
Não achei uma boa idéia o almoço, mas não tinha como recusar Guilherme se irritaria e a última coisa que queria era vê-lo irritado voltei a minha sala encontrei Tamy folheando uma revista, desculpei por minha demora falei que iríamos almoçar com o Guilherme ela não gostou muito da ideia, mas nada falou, nos encontramos na garagem.
- Como vai Tamires? – disse Gui.
- Bem obrigado.
Guilherme abriu a porta do carro e entramos, fomos a um restaurante perto do escritório, durante todo o almoço falamos sobre o trabalho Tamires ficou o tempo todo calada era notável seu incomodo a presença do Gui duas horas depois ele nos deixou no hospital.
Tamires
A cada dia eu fico mais incomodada com a presença desse indivíduo, durante todo o almoço ele estava ignorando a minha presença era como se eu não existisse ali. Larissa por sua vez fazia o possível pra me introduzir na conversa, vez ou outra fazia uma piada com a esperança de acabar com aquele clima horrível, não dava certo. Guilherme só falava sobre trabalho depois do almoço ele nos deixa em frente ao hospital, desço do carro rapidamente enquanto a Larissa se despedia.
- Vamos estamos mais que atrasadas – disse Larissa caminhando em passos largos.
Assim que entramos fomos direto para o consultório do Dr. Raul, aguardamos alguns minutos até que entramos na sala.
- Boa tarde – cumprimentamos ambas
- Boa tarde – respondeu ele.
Dr. Raul examinou-me.
- Me fale desses flashes Tamires. – pediu.
- Não sei te explicar, ora ou outra imagens distorcidas, diálogos sem nexo acontece tão rápido assim como as dores que surgem de uma ora pra outra.
Dr. Raul escutava com muita atenção, Larissa segurava a minha mão uma vontade de chorar me abateu.
- É como se eu estivesse caminhando no escuro – continuei - Por mais que eu abra os olhos tentando enxerga alguma coisa, não consigo ver nada além daquela imensidão negra.
Olhei para Larissa com os olhos banhado em lágrimas, ela estava com olhar triste queria abraçá-la e acalentar minha alma, mas me contive. Dr. Raul me enviou pra fazer uma tomografia, sua expressão não era nada animadora.
Sugeriu alguns procedimentos que poderíamos tomar para aliviar essa dor e cogitou a possibilidade de uma nova cirurgia, mas logo vetei a idéia.
- Bem por hora vamos tentar esses medicamentos. – disse o médico.
- Tudo bem doutor.
Após pegarmos à receita saímos do hospital. Ainda era de tardezinha pegamos um ônibus e fomos para o shopping. Larissa tagarelava o tempo todo e eu me acabo de rir com aquele jeitinho de menina dela. Sua companhia me trazia um conforto fora do comum. Assim que descemos do ônibus passamos na farmácia, ela comprou todo o medicamento. Fiquei assustada com o preço absurdo que pagou.
- É tão caro... – eu disse sem jeito
- Não se preocupa com isso não quem vai pagar é o Gui – ela me disse rindo.
Não gostei nada em saber que era o Guilherme quem pagava minhas despesas médicas. Seguimos para o shopping.
Larissa não me parecia ser do tipo de mulher eu gostava de ficar batendo perna de um lado pro outro, pelo contrário sabia exatamente o que queria e ia especificadamente às lojas que gostava de comprar as vendedoras já a conhecia. Entramos numa loja onde sua amiga trabalhava chamava-se Bruna, um amor de pessoa. As duas iam e vinha com roupas pra eu experimenta me sentia toda acanhada, Larissa comprou algumas peças tentei recusar, mas ela ameaçou a ficar chateada.
- É seu marido quem vai pagar? – perguntei, não queria que aquele homem me desses as coisas. Ela apertou a ponta do meu nariz e deu uma risada alta
- Claro que não, são presentes meus.
- Você esta gastando muito comigo, não precisava dessas roupas todas, essa já é a terceira loja em que compramos.
- Aaaah que lindaaaaaaa – Larissa diz rindo
Larissa me deu um abraço de lado e um beijo na bochecha, ela e sua amiga riam.
- Feliz o homem que casar com essa mulher econômica – brincou.
Corei na hora. Confesso que adoro quando ela faz isso.
- Fica tranqüila, antes de vim aqui fiz todo meu orçamento, sou uma mulher cuidadosa, compro apenas o que posso pagar te preocupa não linda! – Disse ainda abraçada a mim e me dando outro beijo em minha bochecha.
Depois das compras ainda paramos pra lanchar, mas que mulher comilona, comeu horrores foi muito divertido, esse jeito moleque é tão cativante fico completamente boba com em sua presença.
Chegamos a casa já era noite. Toda a minha alegria de uma tarde agradável se foi quando vi aquele homem sentado na sala, Guilherme trajava roupas simples, estava numa camisa pólo e numa bermuda. Larissa abriu um sorriso tão imenso e seus olhos brilharam ao vê-lo, foi até ele e o abraçou com carinho, abaixei a cabeça não quis presenciar aquele beijo de novela que ela não excitava em dar. Logo depois ele me cumprimentou apenas acenei com a cabeça e fui para o quarto sentia uma raiva fora do comum, não gostava dele, principalmente por que a cada dia sentia um carinho tão grande por ela, Larissa entrou no quarto chamando-me.
- Hei vai ficar trancada nesse quarto é? Vem pra cá vem. – chamou.
Voltei à sala e fiquei conversando com os pais de Larissa. Tive que aturar a noite toda aturando aquele cara cheio de caricias e malicias para o lado dela. O pior momento foi quando ela disse que iria dormir na casa dele. Um ciúme tomou conta de mim e eu me retirei logo da sala, eu estava extremante irritava, aquela maldita dor de cabeça voltou na hora.
- Você está bem? – pergunta ela preocupada pela forma em que me retirei da sala.
- Estou com um pouco de dor de cabeça, mas já, já passa. – tentei não demonstrar irritação.
- Você me pareceu irritada de repente, melhor descansar teve um dia cheio. Vou dormir na casa do Gui, você tem meu telefone qualquer coisa me liga viu? – disse carinhosa.
Ela pregou algumas mudas de roupa colocou numa mochila, deu um beijo em minha testa e saiu.
Passei a noite em claro numa angustia tremenda. Imaginar Larissa com aquele cara me dava náuseas, EU ESTAVA GOSTANDO DELA. Triste conclusão a minha... Adormeci apenas quando o dia raiou, acordei já era mais de dez da manhã, estava banhada de suor, fazia um calor imenso. Levantei e fui até o banheiro, ajeitei-me. Dona Laura cantarolava na cozinha, a me ver me lançou um sorriso amável...
- Bom dia – Me disse toda simpática – Dormiu bem menina?
- Dormi sim senhora – menti tinha tido uma noite terrível.
- Senta ai que eu vou colocar comida pra você.
Dona Laura me encheu de comida, parecia que eu não comia há cem anos! Depois do café da manhã me depus a ajudá-la no serviço da casa. Ela recusou enquanto pode, mas eu queria ajudá-la, limpei a casa enquanto ela fazia o almoço. Quando terminei, tomei um banho demorado, uma hora da tarde dona Laura me chama para almoçar. Almoço em silêncio, pois me sinto muito ansiosa, afinal Larissa ainda não tinha ligado, ela sempre liga, mas naquele dia ela não tinha ligado.
Irritada resolvo deitar, por sorte pego logo no sono. Tive um sonho estranho, eu estava fazendo amor com uma garota. Vi-me de pé em um quarto bonito, uma cama grande e redonda e minuciosamente arrumada e tinha um espelho no teto sob a cama. Havia uma moça morena, muito bonita por sinal com um olhar perdido num copo de uísque, trajando apenas um roupão branco de seda por cima de um lingerie de renda, estava jogada em uma poltrona. Fui me despindo sensualmente enquanto ela me olhava friamente. Eu já estava em peças íntimas quando me deitei na cama e ela enfim se levantou e colou seu corpo ao meu. O atrito de nossas peles me deu uma sensação muito boa, mas quando ela veio com a boca em direção a minha eu desviei o rosto do dela, eu não queria beijá-la. Não entendo o porquê ela era muito bonita e tinha um belo sorriso. Ela não pareceu se incomodar com isso, apenas começou a tocar meu corpo com precisão. Ela sabia exatamente o que estava fazendo. Uma de suas mãos estava debaixo da minha cabeça, segurando firmemente e sensualmente, não me machucava e sim me excitava, enquanto a outra passeava em meu corpo... Hora em minhas pernas... Hora em minha cintura... Hora em meus seios... Hora em meu sexo que já dava sinais evidentes de excitação, latejando e molhando mais e mais a cada toque dela... Meus seios já enrijecidos, respondendo a seus toques:
- Você adora que eu lhe toque dessa forma não é safada? – dizia entre sussurros e gemidos, ela beijava meu queixo e mordia minha orelha.
Eu não gemia, mas minha respiração estava ofegante. Ela deslizou sua mão até a parte interna de minha coxa enquanto descia os lábios deliciosamente do meu rosto, passando pelo meu pescoço até tocar meus seios. E os tomou em sua boca com ferocidade. Chupava, sugava, lambia, mordiscava e eu instantaneamente comecei a gemer baixo. Uma onda de calor subia pelo meu corpo, cravava minhas unhas em sua pele morena.
Quis virar o jogo, joguei a morena na cama e me sentei sob suas pernas e arranquei o restante de sua roupa, que se resumia em apenas um lingerie de renda vermelha, deixando a mostra seus lindos, firmes, fartos e apetitosos seios. Brinquei com seus biquinhos por alguns minutos. Depois abocanhei demonstrando todo o meu desejo, ela sorria de uma forma safada e segurava meu cabelo, levei minha mão a seu sexo, quando ia penetrá-la, ela me jogou na cama, deitando por cima de mim novamente, colando a boca em meus ouvidos:
- Calma... Essa noite é minha, eu faço o que eu quero você primeiro! –
Eu apenas sorri de volta...
Ela desceu sua boca pelo meu corpo lentamente, passando pelos meus seios, me provocando e me arrancando gemidos baixos. Foi retirando minha calcinha lentamente com os dentes, me olhando com desejo, fiquei completamente nua ela veio subindo, escalando minhas pernas, mordeu minha coxa com força, arqueei meu corpo para trás. Ela me provocava passando a língua ao redor do meu sexo, sem tocá-lo. Eu já não agüentava mais, então implorei...
- Vai logo, me chupa...
E ela sem demora atendeu o meu pedido, invadiu meu sexo. Lambia, chupava, metia sua língua com desejo. Eu segurava seu cabelo e prendia sua cabeça entre minhas pernas, enquanto rebolava em sua boca, ela começou brincar com a ponta da língua no meu ponto mais sensível, movimentando depressa sobre ele, alternando em movimentos de pequenos círculos e mordidinhas de leve. E logo depois começou a sugá-lo com desejo, não contive os gemidos, ela me penetrou e nesse vai e vem delicioso, nessa dupla investida, gozei... Intensamente... Um orgasmo maravilhoso, depois escalou o meu corpo, passou a língua por sob os meus lábios e disse em meu ouvido:
- Você sabe que é a minha vadia preferida...
Acordei num solavanco. Minha respiração estava ofegante, estava banhada de suor sem falar na excitação em que me encontrava. Soltei um gemido de decepção.
- Argh... Foi só um sonho Tamires, só um sonho – disse batendo o travesseiro em meu rosto – Melhor eu voltar a dormir estava tão bom...
Joguei-me na cama outra vez, afundei minha cara no travesseiro demorou mais voltei a dormir.
Acordei um pouco mais tarde, Larissa ainda não havia chegado. Depois de um banho, voltei à cama e fiquei a pensar naquele sonho.
Ri do meu próprio sonho, era tão real... Nesse momento Larissa entra alvoroçada no quarto e eu me levando num sobressalto.
- Desculpe é o costume – se desculpou pela forma que entrou. Sua expressão era séria, não tinha aquele sorriso de sempre, parecia irritada mal falou comigo.
- Tudo bem? – perguntei.
Ela fez que sim com a cabeça, jogou sua bolsa no chão. Eu apenas a observava enquanto ela se despia. Dessa vez ela não ficou apenas de peças íntimas como de costume, ficou completamente nua. Olhei cada pedaço daquele corpo, meu Deus, como ela era linda. Parei em seu sexo. Senti um desejo súbito, meu próprio sexo latejava, ela pegou sua toalha se enrolou e saiu, passei a mão no rosto, fique excitada, muito excitada. Joguei-me na cama e fiquei a imaginar a Larissa no lugar da morena do meu sonho, precisava repelir tais pensamentos. Mas como? Minutos depois entra ela outra vez no quarto, me deixando alerta, mais uma vez pude contemplar seu corpo nu. Ela por sua vez, não demonstrava constrangimento nenhum diante de minha presença, estava calada, havia algo de errado. Larissa se vestiu.
- Você esta bem? – voltei a perguntar.
Ela me olhou, seu olhar era tão triste. Levantei da minha cama e sentei na dela.
- Briguei com o Gui – ela disse baixinho, sua voz estava tremula.
- Pensei que vocês estavam bem.
- É eu também... Você viu ontem quando a gente estava aqui em casa, super bem brincando fomos pra casa dele, tivemos momentos maravilhosos na cama - isso que ouvi me deixou com uma sensação estranha um gosto amargo na boca, fiquei em silêncio apenas a ouvi-la narrar.
– Foi tão bom - disse ela jogando o corpo na cama e sorrindo. Eu sentada e séria estava, sentada e séria permaneci, mas ela não pareceu notar meu constrangimento ao ouvi-la e continuou falando – Ficamos conversamos, fizemos amor ele é tão carinhoso, tão perfeito dormimos abraçadinhos. Acordamos hoje e sugeri que não fossemos ao escritório pela manhã ficássemos ali nos curtindo por algumas horas, ele topou, fizemos amor de novo, nossa, ele tem um fogo...
– Na hora me deu uma vontade de perguntar a ela se eu havia perguntado a respeito do apetite sexual do chato do namorido dela ou se eu tinha perguntado a respeito da vida sexual dos dois, mas fiquei quieta, não podia deixar esse ciúme me fazer ser injusta com ela. – pensei.
–Começamos falar sobre as coisas que tínhamos vivido, brincamos, falamos besteiras. Mas ai ele começou a falar sobre trabalho e umas coisa que discordava, ele ficou irritado, começou a gritar, dizer que eu não o amava e que ia pro escritório que era a melhor coisa a fazer invés de ficar com uma mulher que não o amava.
Seu timbre de voz mudou, o olhar ficou triste ela se abraçou ao travesseiro.
- Como ele pode duvidar do meu amor, não tem esse direito; basta ficar nervoso um pouquinho que começa com essa ladainha, isso esta me enchendo sabe... Guilherme ultimamente anda muito estressado, até tentei fazê-lo mudar de idéia queria ficar com ele um pouco mais, ele foi pro banho, se arrumou e quando o vi foi embora. Não tive alternativa se não fazer o mesmo, ele me ignorou o dia inteiro. Fiquei magoada, ele tem sido muito arrogante comigo fica fazendo cobranças infundadas. Até ciúmes de você ele tem acreditas nisso? – sua voz era de indignação. – No fim das contas fui à sala dele e falei um monte. – Seus olhos estavam cheio de lágrimas.
- Não sabia o que dizer naquele momento, fui-me aproximando levei minha mão e acariciei de leve seu rosto, ela se levantou e rapidamente colocou sua cabeça em meu colo. – Faz cafuné em mim faz – pediu com um jeito tão menininha, abri um imenso sorriso. – Falando desse jeito tão dengoso tem como não fazer? – a brinquei colocou a cabeça do meu colo e fiquei a fazer carinho em sua cabeça.
- Odoro isso sabia – disse ela - Sabe o que eu queria agora, também? – a olhei confusa – Sorvete de chocolate com calda de morango. – disse num tom infantil.
Encarei Larissa nos olhos, aquela frase... Um flash veio a minha mente, uma voz aiii... A dor de cabeça de novo... Levei minha mão à cabeça, - Adoro sorvete de chocolate com calda de morango, sorvete de chocolate com calda de morango... Gritei de dor com a mão na cabeça, de novo aquelas imagens desfocada... Doía como doía minha cabeça, essa frase fechei o olho com força aquele rosto distorcido, aquela voz... Larissa sacudiu-me ao abri meus olhos vi aqueles olhos negros assustado, meu nariz sangrava, ela me puxou e me abraçou com força. Fiquei naquele abraço por algum tempo, que não sei definir ao certo o que estava acontecendo. Ela me encarou.
- Seu nariz... – disse ainda muito assustada ela ia levantando pra pegar alguma coisa a segurei e voltei a abraçá-la. Fui me acalmando aos poucos, as dores foram se amenizando, Larissa foi se desvencilhando dos meus braços.
- Você esta bem?- voltou a perguntar.
Balancei a cabeça em sinal de negação, minha cabeça ainda doía, era como se dessem marteladas nela. Larissa olhou-me seriamente, avaliou o estado e saiu do quarto, permaneci no mesmo lugar, nossa como doida, meu nariz continuava a sangra, quando ela voltou percebi que trazia um lenço úmido, levantou meu rosto e começou a limpar o sangue.
- Me deixa limpar isso aqui. – passou o lenço no sangue fiquei a observá-la – O que houve Tamires, você esta bem há poucos minutos...
- Acho que tive uma lembrança... – disse baixinho.
- Como assim? – interrompeu – Lembrança, que lembrança? – disse alvoroçada.
- Não sei... Não consigo colocar em ordem são imagens, ou melhor, foi como se passasse um filme em minha frente mais com cenas aleatórias, quando você disse sobre o sorvete vi uma pessoa me dizendo isso, escutei uma pessoa dizendo isso, mas as imagens vêm de forma tão rápida que não consigo entender nada.
- O que você lembrou exatamente Tamires – falou mais alto ela parecia ansiosa.
- Eu não sei... – gritei me levantando bruscamente, uma raiva me subiu nem sei por que.
- Desculpe. – se desculpou de imediato diante da minha reação - Eu não...
Olhei pra Larissa com raiva, estava me sentindo pressionada, nem eu mesmo sabia o que realmente lembrei, se é que me lembrei de alguma coisa. Ela se aproximou de mim virei de costa, ela tocou meu ombro.
- Deixa eu te limpar...
- Não precisa – voltei a gritar não entendia porque estava agindo daquela forma tão grosseira.
- Tamires – sua voz era suave. – Não precisa se alterar tudo bem.
- Não sei o que aconteceu, não sei... – continuei a gritar. Ficamos em silêncio até ela falar:
- Continuo querendo tomar sorvete de chocolate com calda de morango – disse toda manhosa abrindo aquele sorriso que me deixa completamente desarmada. A vontade que tinha era de abraçá-la. Mas fiquei com vergonha de fazer isso.
- Me desculpe.
- Affff, já notou que você vive pedindo desculpa. Vai buscar logo o sorvete vai, ou melhor, vamos ver um filme acho que mainha já ta dormindo.
Bem concordei de imediato, enquanto Larissa colocava sorvete pra gente fui ao banheiro me limpar depois fui a sala, ela escolheu um filme de comedia pra vermos, o que nos garantiu altas gargalhadas, essa mulher sorria por tudo, na verdade fiquei o tempo todo a admirar aquela menina mulher ao meu lado. Depois que o filme acabou o sono não vinha então Larissa resolveu por um filme de terror. Afastamos o centro da sala e ela entendeu um lençol no chão, peguei uns travesseiros pra ficamos mais confortável sentamos ali, o filme era o massacre da serra elétrica, pra minha surpresa ela confidenciou que morria de medo daquele tipo de filme, achei engraçado e perguntei então porque o escolheu. Ela disse que queria variar, o filme começou nas primeiras ela já se mostrou tensa, sem pedi permissão ela foi apoiando seu corpo ao meu uma vez que eu estava sentada encostada do sofá.
- Me deixa ficar pertinho de você. – disse ela se apoiando entre minhas pernas.
Senti meu coração saltando quando Larissa sem alinhou ao meu corpo, o cheiro dos seus cabelos embriagava meus sentidos, sua pele quentinha, macia. A cada cena assustadora ela puxava meu braço pra abraçá-la. Ela realmente não gostava de filmes de terror se assustava mesmo e dava pra ver que não era encenação, confesso que aquilo tudo me deixava perturbada e ao mesmo tempo uma sensação deliciosa. Pra meu desgosto ela resolveu mudar de filme, ela colocou um sonho possível, pra minha surpresa ela voltou à mesma posição em que estávamos o filme foi lindo, assim que acabou pude percebe que a Larissa tinha dormido em meus braços enquanto eu mexia em seus cabelos.
Larissa
Guilherme tinha que estragar tudo, depois de uma noite tão maravilhosa. Acordei com aquele homem encantador me observando, me espreguicei na cama.
- Você é tão linda dormindo sabia?! – disse ele todo apaixonado.
- Mesmo com esses cabelos desgrenhados e esse bafo de onça – brinquei.
O Gui simplesmente me envolveu em seus braços, seus lábios procuraram o meu, demos um beijo apaixonado.
- Vamos passa a manhã juntos, vamos. – pedi me agarrando no peito dele, sempre me senti tão protegida.
Ele adorou a idéia, ficamos naquele chamego um bom tempo como era bom ficar com ele, conversamos sobre tudo, ora ou outra tentava falar sobre trabalho mais eu sempre fazia careta, então mudávamos de assunto.
- Larissa – disse puxando meu rosto para encará-lo – Esta mais que na hora de você assumir essa casa. – me deu um frio no estomago.
- Como assim? – fingir de desentendida embora soubesse bem o que ele queria dizer.
- Oras amor, estamos juntos há quanto tempo? Quatro anos, você não acha que esta mais do que na hora de oficializarmos nossa união.
- Mas pra quê isso Guilherme – sentei na cama, ele fez o mesmo, sua expressão mudou na hora.
- Como assim pra quê isso Larissa, você pretende me cozinhar por quanto tempo mais, não reparou o quanto anda ausente em minha vida. É de se esperar não é afinal sua prioridade é outra. – disse cheio de ironia.
- Guilherme! – disse ríspida.
- Você tem até o final de semana pra mudar pra cá. – disse com aquele tom de autoridade se levantando da cama.
- Passei a mão pelos cabelos sentia-me nervosa procurei a melhor forma de argumentar com ele – Sempre vivemos tão bem assim, não precisamos viver no mesmo teto pra eu esta presente na sua vida. Somos adultos Guilherme, não entendo o porquê mudarmos agora.
- Estou cansado da sua indiferença comigo, você não cuida mais de mim, nem das minhas coisas... – ele falando parecia uma criança pedindo atenção.
- Claro que cuido não seja injusto.
Guilherme andava de um lado pro outro parecia um bicho enjaulado, levantei e fui até ele, parou e me olhava nos olhos.
- Quero você aqui!
- Gui...
- Sem Gui, você é minha mulher e ta mais que na hora de assumir isso, até quando pretende mora debaixo da saia da sua mãe!
- A questão não é essa Guilherme, eu não vejo motivo pra mudar as coisas só por capricho seu, sempre vivemos bem assim, você tem sua liberdade eu tenho a minha. E outra minha mãe precisa de mim você sabe que o pai não anda muito bem de saúde, e também tem a Tamires não posso simplesmente me mudar esqueceu que eu a levei pra dentro de casa. – ele nem deixou terminar de falar foi logo gritando.
- Então é isso, é por causa daquela praga não é.
- O que é isso Guilherme, estou te desconhecendo. Vamos acabar com essa briga infundada.
- Você não me ama, sou um tolo mesmo em não ter percebido isso antes.
- Claro que te amo... – estava completamente baratinada com aquela discussão sem sentido.
- Não ama e sabe de uma coisa eu vou embora trabalhar, melhor que ficar diante de sua presença.
- Seu estúpido. – segurei o braço dele não queria que ele saísse do quarto.
- Me solta. – ele se desvencilhou e me empurrou acabei desequilibrando e cair por sorte à cama fica bem próximo, mais ainda machuquei a perna.
Ele se trancou no banheiro, estava morta de raiva daquela atitude infantil dele, comecei a bater na porta do banheiro.
– Guilherme para com isso, amor... Vamos conversar... Amor... – dez minutos depois ele abriu a porta estava enrolado numa toalha.
- Vamos conversar.
- Não Larissa, já disse vou trabalhar que é bem melhor. Vai conversar com aquela mulherzinha.
Fiquei muito magoada com aquela atitude, o observei enquanto ele se vestia nem se despediu de mim simplesmente pegou sua maleta e saiu como se eu não estivesse ali, desabei na cama a chorar não tinha o porquê daquela briga. O fato de não morarmos junto tinha sido sugestão dele mesmo, sempre lidamos bem com isso. Depois de um chorar por uma hora tomo um banho, me ajeito e vou trabalhar, antes tivesse ido pra casa, Guilherme passa o dia inteiro irritado comigo, chega a chama minha atenção na frente dos estagiários, ele sabia que eu me irritaria, principalmente me responsabilizando de uma coisa que eu não havia feito, como não conseguir ficar calada, discutimos ainda mais, cheguei em casa arrasada.
Acabei desabafando com a Tamy ela até conseguiu me animar um pouco, ficamos conversando, enquanto ela me fazia cafuné ai como é bom o carinho dela, era o que estava precisando, logo em seguida ela começou a passar mal, levantei assustada, acho que era as dores de cabeça ela levou sua mão a cabeça, gritando de dor, logo vi alguma coisa saindo das narinas dela, arregalei o olho e pude ver que era sangue mais uma vez me sentia impotente sem saber como ajudá-la. Ela disse que estava se lembrando de alguma coisa, fui domada pela curiosidade, pedi pra me dizer com exatidão o que ela lembrou isso provocava mais dores a ela, mais eu precisava saber acabei forçando a barra, ela acabou sendo ríspida comigo.
- Desculpe – foi o que conseguir dizer, aos pouco Tamires foi se acalmando. – Ainda quero tomar sorvete de chocolate com calda de morango – tentei brincar, ela deu um sorriso amarelo – Vamos ver um filme.
Sugerir ver um filme, ela aceitou de imediato, fui pegar o sorvete enquanto ela se limpava no banheiro, quando ela voltou à sala eu estava estendendo um lençol no chão pra vermos o filme mais confortável, foi muito divertido acabei dormindo no colo da coitada, acordo na manhã seguinte com minha mãe me chamando, estava alinhada ao corpo da Tamy, a acordei meu corpo doía um pouco, nada comparado ao dela imagina a coitada ter suportado meu peso sobre ela.
- Estávamos vendo um filme acabamos dormindo. – falei pra mainha.
- E precisava ter amassado a menina todinha. – disse mãe acabamos rindo todas.
- Tudo bem tia, ela nem é tão pesada assim.
- Ainda bem né. – apertei a ponta do nariz dela.
Espreguicemos mainha preparou um café da manhã delicioso, estava sem animo algum pra trabalhar, mas precisar ir não queria dá meu direito a ninguém. Fiquei conversando um pouco com minha mãe, a Tamires tinha ido se deitar ela disse que sentia um pouco de dor. Levantei da cadeira e fui pro quarto peguei minha toalha demorei mais de meia hora no banho estava buscando força pra encarar oito horas de trabalho naquele escritório, na verdade estava buscando força pra encara o Guilherme, sentia imensamente triste, sempre fui sincera, sempre demonstrei de todas as formas possíveis meu amor, o fato dele duvidar desse amor me deixava arrasada.
Nosso relacionamento estava em brigas constante e isso nada me agradava, voltei ao quarto pra me trocar a Tamires estava dormindo tranquilamente, parecia uma menininha, seus cabelos estavam caídos nos olhos, coloquei atrás da orelha fiquei a observa- lá por um instante, Tamires era uma mulher muito bonita, sua feição tão delicada, quantos anos teria, de onde essa mulher tão indefesa veio, era tantas perguntas da qual gostaria de obter no mínimo uma resposta. Voltei a terminar de me arrumar, peguei minha pasta e sair para trabalhar. Por sorte o transito ajudou 8 horas em ponto cheguei ao escritório.
- Bom dia Dra. Larissa.
- Bom dia Ingrid – respondi sorridente.
- Dr. Guilherme pediu que assim que a senhora chegasse fosse a sua sala.
- Ele já chegou.
- Sim senhora, ele chegou logo cedo.
- Tudo bem.
Ignorei o recado de Ingrid e fui pra minha sala, passei cerca de uma hora estava analisando uns documentos quando ele entrou. Parecia irritado, pois nem tinha batido na porta.
- Sua secretária não lhe deu o recado? – indagou.
- Deu sim. – continuei olhando os papeis em minhas mãos.
- E porque você não foi?
- respirei fundo coloquei os papeis de volta a mesa – Eu já ia a sua sala, so estava vendo umas coisas aqui, agora já que se deu ao trabalho de vim até a mim diga do que se trata?
Guilherme sentou na cadeira de fronte pra mim, tirou os óculos e colocou na mesa.
Antes dele começa a falar meu celular tocou era um cliente, fico conversando sem lhe da muita atenção, depois que desligo volto a mexer nos papeis na minha mesa. Guilherme começou a falar mais eu se quer dava ao trabalho de encará-lo.
- Larissa – falou num tom mais alto para chamar minha atenção – Odeio quando falo com uma pessoa e ela não olha pra mim.
- levantei os olhos e disse como se não tivesse escutado sua reclamação – O juiz concedeu o habeas corpus de Paula, hoje mesmo ela sai da cadeia...
- Ótimo, mais não é por isso que estou aqui, sábado temos um jantar a ir, meu tio completa borda de ouro, minha tia vai da um jantar no espaço bistrô.
- É eu já sei, o escritório em peso so fala nesse tal jantar.
- Vai ter muita gente importante vamos ter a oportunidade de fazermos muitos contatos.
- afffzz Guilherme usar a festa do seu tio pra arrumar cliente que ridículo. Bom jantar pra você.
- Como? – fez de desentendido.
- Espero que você se divirta e esqueça um pouco do trabalho, apesar de que acho meio difícil.
- O que você quer dizer “nos” Larissa, vim aqui lembrá-la já que vivi esquecendo os compromissos que tem comigo.
- segurei todo ar dos meus pulmões depois soltei com força – Sinto muito Guilherme mas eu não poderei acompanhá-lo a festa.
- Guilherme levantou da mesa em sobre salto, bateu com as duas mãos na mesa – Como assim não vai à festa Larissa? – gritou.
- Eu não vou e não comece a gritar – levantei da minha cadeira e fui até o outro lado da sala num armário pega umas folhas de papel oficio, ele foi até a mim.
- Não posso ir sozinho, terá gente importante, meu tio faz questão na nossa presença você sabe disso. – disse num tom de voz mais baixo.
- Não posso ir porque já tenho um compromisso, não sei se você se lembra dia 15 justamente no sábado eu e meus pais vamos visitar minha avó que esta completando ano, ou seja, em hipótese alguma posso deixar de ir, também minha mãe quer aproveitar e apresentar a Tamires pro restante da família.
- sabia que quando eu pronunciasse esse nome ele ia se exaltar – Você vai deixar de ir num evento importante pra levar aquela mulherzinha pra conhecer o resto da sua família.
- Já disse pra ter modos ao se referir a Tamires – dessa vez quem se irritou foi eu.
- Pois desmarque qualquer compromisso que for, porque sábado você vai comigo aquela festa entendeu? – Guilherme trincava os dentes de raiva.
- Já disse que não irei – desafiei.
Guilherme segurou meus braços, seus olhos reluziam uma fúria que nunca tinha visto antes, ele apertava meu braço com tamanha força que chegava a doer, permaneci encarando-o, tentei desvencilhar, mas ele apertava com muita força.
- Você esta me machucando – falei com a voz embargada de dor, foi quando ele caiu em si e me soltou de imediato, fui pra trás da minha mesa levantei a manga da blusa e comecei a massagear na parte em que ele apertou, assim que ele olhou meu braço sua expressão mudou.
- Desculpe... Eu... – deu passos pra frente.
- Não chegue perto de mim, seu estúpido viu o que você fez – meus baços ficaram muito vermelhos.
- Larissa eu não queria ter te machucado desculpe amor... – Guilherme ficou muito envergonhado da sua atitude, sua expressão era de arrependimento.
- Tudo bem, João Vitor pediu pra visitá-lo, acho que agora ele fala o que realmente aconteceu naquele apartamento. – tentei mudar de assunto.
- Já era hora, você pode alegar legítima defesa afinal ele apenas queria defender a namorada.
- Bem essa é minha linha de defesa, porém tem alguns pontos que quero esclarecer, enquanto não souber o que realmente aconteceu não poderei defendê-lo com convicção.
- Seu papel é apenas evita que ele passe os bons anos da vida dele na cadeia.
- Temos opiniões contrárias quanto a esse assunto. Em fim se não tem mais nada a dizer eu vou à penitenciaria depois passarei no fórum vou recorrer no caso Amorim.
- É um caso perdido Larissa, quantas vezes te falei isso.
- Oras Guilherme não é você mesmo que diz que não existem causas perdidas. Não quero mais discutir.
Vesti meu terno arrumei uns papeis na pasta, Guilherme se desculpou mais uma vez depois saímos junto da minha sala. Passei o dia inteiro correndo de um lado pro outro, ainda tinha uma porção de coisa á fazer, voltei ao escritório já era quase 17h00min hora, a maioria dos funcionários já tinha ido embora, resolvi da uma revisada nos pontos de um processo do qual tinha uma audiência logo pela manhã. Estava tão compenetrada no trabalho que nem percebi que as horas tinham passado Ingrid já tinha ido embora, escuto uma batida na porta, consulto o relógio do meu pulso me assusto já eram 18h40min.
- Entre – digo.
- Atrapalho? – perguntou Dora ao entrar na sala, logo atrás entra a Tamires – O que importa não é? Já estou aqui mesmo – brincou. – Mas tu trabalhar em mulher. – abracei minha amiga com carinho.
- Pois é tenho contas a pagar! - me virei pra Tamires olhei completamente confusa não pude deixar de perguntar. - O que houve com seu cabelo.
- Os cortei. – disse.
- Tinha saído de um plantão estava passando no centro encontrei com dona Laura ela estava indo pro centro comunitário, acabei roubando a Tamires, embora não foi nada fácil fazer com que sua mãe a deixasse dá uma volta comigo.
- Imagino.
Dora falou uma verdade, minha mãe se apegou muito rápido a Tamy, estava sempre muito preocupada com seu bem está, fazia questão de cuidar dos medicamentos dela não deixando atrasar um minutinho se quer, sempre que eu a levava ao hospital quando chegava em casa tinha que contar minuciosamente tudo o que Dr. Raul dizia, as vezes chegava a ligar pra ele quando tinha alguma dúvida por pequena que fosse. Sair de casa era uma agonia, mal deixava à coitada sair de casa, fazia mil recomendações quando ela ia à esquina, eu acha muito engraçado, às vezes quando eu tentava conversar tipo: - Tamires não é uma criança mãe – eu falava – Essa moça é responsabilidade nossa Larissa. – respondia ela.
Era muito engraçado, aos poucos Tamires conseguiu conquistar a todos lá de casa, meu pai pedia pra que ela o chamasse de tio, os dois passavam horas jogando xadrez ou conversando, era como se essa desconhecida sempre fizesse parte da nossa vida. Tamires também foi se apegando a esse acolhimento, já não tinha aquela timidez de antes, vivia brincando, rindo, ela fica tão bonita quando estava feliz olhei atentamente aquela mulher a minha frente, não tinha mais os longos cabelos loiros não tinham mais aquele corpo magro, pelo contrário seu corpo demonstrava umas curvas de causar inveja a muita gente, o rosto vermelho do sol constante, agora seus cabelos estavam curto como os meus, um pouco a baixo da orelha, não tinha aquele tom loiro claro natural, estava mais escuro num castanho acobriado todo repicado atrás, e tinha uma franja que caia em seus olhos, aqueles olhos negros tão intensos, às vezes me causava umas sensações estranhas quando me encarava por muito tempo.
- Ficou muito linda... - comentei meio sem graça não entendi nunca fui de ficar desconcertada ao dá um elogio, merecido por sinal.
- Foi á Dora.
- Arrasou não foi amiga, estávamos dando uma volta no shopping então aproveitamos pra da uma recauchutada. A Tamires disse que tinha vontade de da uma cortada nos cabelos então resolvemos fazer o pacote inteiro.
- Ficou bom mesmo. – disse baixinho.
- Então! Viemos aqui te seqüestrar... Liguei pra Clara, marquei lá no bar da praia.
- Humm bar da praia é... – disse animada. – Vamos que vamos...
- Ebaa! – gritou Dora. Olhei pra Tamires novamente admirei aquele imenso sorriso que se formava em sua face, desviei o olhar.
Demorei cerca de 30 minutos até sair do prédio, Dora gritava feito uma louca devido minha demora, Tamires so fazia ri, tinha algo nela que estava diferente, não so a nova aparência, ela parecia tão feliz. Chegamos ao barzinho Clara estava lá juntos com outros amigos nosso, apresentei Tamires aos meninos, trocamos de mesa fomos pra uma que fica na parte externa no restaurante, perto do espaço dedicado pra as apresentações que sempre tinha lá. A noite corria tão agradável, entre papo e outros, mais uma vez fiquei impressionada com o jeito que Tamires conversava, participava de toda a conversa, mesmo sem memória era indiscutível seu nível cultural, conversava sobre arte com Danilo, debatendo sobre pintores renascentistas, eu e Dora olhávamos boquiabertas, ela agia tão natural. Minha mãe ligou diversas vezes pra mim pra saber se estávamos bem, pra eu cuidar da Tamires, pra não deixá-la beber, pra não cansá-la muito... E muito blá, blá, blá.
Era umas 21h00min Tony e Marília subiram ao mini palco começaram a cantar e animar o lugar. Foi tão rápido que não percebi tinha estava ao telefone com Guilherme, apenas vi Danilo dizendo espera:
- Seu amigo é louco. – ouço Tamires falar, segurando minha mão forte.
- Vai lá, vai Tamy. – Danilo dizia a Tamy a puxando pelo braço, os meninos começaram a agitar a mesa, Tamires fica vermelha de tanta vergonha, nunca a vi assim.
- Eu não posso... – dizia mais sua voz era mal escutada diante daquela empolgação.
Ela olhava pra mim em sinal de ajuda, mas eu não estava entendendo nada tinha atendido uma ligação do Guilherme e tinha perdido aquela parte da conversa.
- Vai lá Tamires. – dizia as meninas.
Danilo a pegou pela mão, ela olhava pra trás, por sorte nossa mesa era bem próxima do piano, Tamires me olhava de forma diferente não conseguia identificar, acompanhei todos os seus movimentos, troquei de lugar com Clara fiquei ainda mais próxima, Tamires sentou, notei que suas mãos tremiam, na academia de direito aprendi a ler a expressão das pessoas. Dei um leve sorriso ela baixou a cabeça um pouco, acho que ela estava nervosa sem saber o que fazer. Toda a atenção dos que estavam no restaurante voltaram-se praquela linda mulher que estava sentada diante ao piano.
- Ela sabe tocar piano? – escuto algum dos meninos perguntarem.
- Acho que não, olha ela esta parada muda. – disse Clara.
- Danilo você pegou pesado, ela perdeu a memória. – disse Dora. Eu não conseguia desgrudar os olhos do piano e a mulher que nele estava.
Um silêncio absoluto, até que ela põe os dedos nas teclas do piano o som das primeiras melodias tomava conta do lugar, gelei, meu coração parecia saltar pela boca, não entendia o porquê, contemplei a mais bela visão, Tamires fechou os olhos e começou a tocar notas de uma música que no início não conseguir identificar.
- Canta! – um grito de um homem no outro lado – Canta - outras vozes pedindo pra ela cantar.
Tony levou o microfone até ela, ajeitaram pra não atrapalhar, nossos olhos se cruzaram, ela voltou a tocar.
como a luh é boazinha vai postar o proximo logo logo \õ
ResponderExcluirCarine
KKKKK.
Excluircoloquei um capítulo grande e você já quer outro?
Voce me deve 3 seguidos lembra? kkk brinks
Excluirmas ta bom assim um grandão vale por 2.
Carine
Quando que prometi isso?
Excluir" brinks " foi uma brincadeira em outro post , você nao prometeu nada não foi só um comentario que pelo visto meio desnecessario
ExcluirTranquilo, perguntei só para ter certeza vai que eu tinha prometido mesmo e não lembrava :p
Excluirah entendi. mas continuarei aqui todos os dias pra te encher a paciencia ;D
ExcluirEsse compenso os dias que você não posto kkkkkkkkkk e, concordo com a menina ai posta o proximo logo kk pofavor kk.
ResponderExcluirJéssica
kd maria eduarda nessa hora?
ResponderExcluirbeijos cecilia
muito bom esse site.. amei
ResponderExcluirMeu q linduuh c eh lokooo....ja eh a segunda vez q leio essa historia.....kkkkk
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