quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Por Amor

A manhã começou fria naquela quinta feira, Larissa mal tinha dormido. Sua cabeça fervilhava, nunca imaginou que fosse chegar ao estrelato tão cedo no Ministério Público. O tempo passa que nem percebemos. Aos 32 anos era uma das promotoras mais jovens daquele escritório, seu destaque era tamanho. Hoje peça importante de um dos casos que houve maior repercussão no estado nos últimos anos. O julgamento chegava ao seu quarto dia. Coloca Malbec Ramos na cadeira dos réus não foi nada fácil, considerado rei do tráfico numas das favelas mais perigosa do Recife. Um homem que diziam ser intocável, articuloso e de alta periculosidade. Mandante de inúmeros assassinatos. Esse homem não costumava deixa vestígios. Temido na comunidade, ninguém ousava dizer qualquer coisa a seu respeito. Porém a sorte mudou para esse criminoso. Matou um homem a sangue frio. Antigo desafeto. Gerando indignação, a população que ficou inconformada por ter perdido seu líder comunitário. O único que lutava para melhoria daquele povo pobre de poucas escolhas.
        As investigações estavam cada vez mais tensas, no início não havia nenhuma testemunha, a população estava em silêncio. Larissa era a promotora do caso, deu duro mais em fim o homem deu um passo em falso, aquele homicídio mudaria o rumo de tantos anos de impunidade. Foram dois anos até conseguir prova concreta para colocar aquele criminoso na cadeira dos réus.  



Capítulo um

    Julgamento


      Passaram-se 4 horas de debates exaustivo, Raul assistia ao julgamento do pai. Um rapaz de 25 anos filho de Malbec, abandonado pela mãe quando tinha 5 anos, muito cedo seu pai ensinou à arte do crime. Embora não tivesse ficha criminal, foi doutrinado para seguir os passos daquele que para aquele jovem era um herói. Seus olhos refletiam ódio ao assistir o discurso daquela promotora que pedia pena máxima.

***

Promotora

   - Vamos parar com essa estória que o réu está falando a verdade. De que apenas deu um golpe na vítima. – pausou se virando pros jurados. – o réu diz em seu interrogatório que estava bebendo no mesmo bar que a vítima. Assim presenciando uma briga da mesma com outra pessoa. Diante daquela circunstância ele foi apartar os dois homens. Uma vez fazendo isso – pausou fitando o rosto do réu - a vítima irritado com sua intromissão partiu pra cima dele apertando seu pescoço, deixando com hematomas. Então o senhor Amauri se afastou. Segundo testemunha do bar para pegar um pedaço de garrafa quebrada ou alguma coisa que pudesse usar como arma. Isso demorou cerca de cinco minutos, ele estava com um pedaço de garrafa de cerveja quebrada, quando voltou, o réu já tinha saído, a vítima foi atrás do réu o encontrando no caminho. Então o réu pegou um pedaço de pau e deu uma pancada na cabeça da vítima que caiu. O réu foi embora deixando a vítima no chão sem saber se ele tinha morrido ou não. – Larissa falava em tom de ironia, aquilo foi o depoimento que Malbec tinha dado no inquérito policial. - Porém senhora e senhores, em momento algum o réu diz em seu depoimento que a vítima veio com um pedaço de vidro nas mãos querendo atacá-lo, como ele podia esquecer tal detalhe? Se o senhor Amauri não mostrava ameaça, porque atacá-lo de forma tão violenta? Sendo o primeiro golpe com o homem de costa. Nada pior do que atacar um homem sem dá oportunidade dele se defender. Senhores jurados, saibam que os laudos cadavéricos, descrevem muito mais que uma simples lesão?! Muito pelo contrário, são encontradas pelo menos sete lesões. – Larissa levou o cavalete para o centro do tribunal deixando os júris horrorizados com as fotografias da vítima - O réu disse que não houve testemunha e que só deu um único golpe, para se defender. Ai lhes pergunto: defender de quê? Se o próprio réu disse em seu depoimento que a vítima estava desarmado. Onde foi parar o pedaço de garrafa que estava em posse da vítima quando saiu do bar? – breve silêncio - Muito simples senhoras e senhores, a garrafa que estava com a vítima foi encontra a cerca de 50 metros do bar. Provavelmente o senhor Amauri recobrou a lucidez e resolveu ir para casa, desistindo de enfrentar aquele homem cruel que vinha contaminando a comunidade em que morava.

   - Protesto meritíssimo a promotora está dando apenas suposições de um morto.
   - Promotora! Não fale pelos mortos.
Larissa fez que sim para o juiz.
   - Bem diante da ficha criminal do senhor Ramos, acreditar que ele queria apenas se defender de um homem desarmado é o mesmo que acreditar na história da carochinha. – ironizou Larissa, causando burburinho na sala. – Então senhoras e senhores cada um acredita no que quiser.

     Os jurados ficam inquietos em suas cadeiras, diante das fotografias juntos as descrições detalhadas que Larissa faz com base nos laudos médicos. O réu começa a suar frio.

   - Como pode ver senhores jurados, a gravidade dessas lesões, não são uma como insiste dizer o réu. Uma simples pancada, mas setes lesões que levou esse pai de família à morte. Segundo opinião médica a vítima sofreu muito antes de morrer. Isso porque o real motivo que levou esse homem a morte. Foi sua lutar para acabar com o narcotráfico na comunidade, irritando o homem que se via ameaçado diante da influência que o senhor Amauri tinha com os moradores daquela comunidade. Esse homem é um assassino! – enfatizou Larissa apontando para o réu.
   - Protesto meritíssimo! – fala o advogado de defesa. – Foi um único golpe... – o advogado foi interrompido.
   - Senhores jurados, não ver que o defensor está tentando desviar a atenção. – falou Larissa com um sorriso nos lábios para o advogado. – o promotor chega aqui não é para mentir para os senhores. Há mais de uma lesão, eu não posso como promotora do Estado. Representante da sociedade, esconder esses fatos. São várias lesões, não uma como o defensor insiste em dizer. Os laudos médicos mostram isso. – falou Larissa com segurança. – essa é a diferença do Ministério Público para a defesa, eu estou comprometida com a verdade. Enquanto o defensor em absolver o réu. Venho, com base das provas dos autos, afirmo que esse senhor assassinou a sangre frio o senhor Amauri Bezerra dos Santos e também é responsável ela chacina da comunidade planetas dos macacos onde 12 pessoas morreram. Acusou-o de tráfico de drogas, sendo encontrada em sua propriedade quase meia tonelada de cocaína pronta para consumo, estou aqui senhora e senhores para pedi a pena máxima. A defesa pode contar à estória que quiser, e os jurados acreditam se quiser. Mas tenho certeza que os jurados vão está do lado da verdade, afirmo que este homem é culpado por todos os delitos aqui apresentado. – finalizou Larissa. Cheia de convicção.

   - Sua vadia! – gritou o homem na platéia. 

  Larissa voltou a sua cadeira, recebeu o olhar confiante de Dr. Adalberto que também estava no caso.

   - Vamos ganhar essa, você foi muito bem. – disse o homem baixinho.

      Larissa sentia segura, sabia que tinha feito um bom trabalho.
O advogado de defesa passou duas horas e quarenta minutos em seu discurso, tentando a todo custo provar inocência do seu cliente. O julgamento entrou madrugada à dentro. Finalmente a decisão do júri.

   - O réu é declarado culpado por cinco votos a dois – diz a voz firme do juiz, levando agitação no recinto. – condenado há 30 anos pelo homicídio do senhor Amauri Bezerra dos Santos, em regime fechado, 15 anos pelo crime de tráfico de drogas... – à medida que o juiz lia a sentença o Ministério Público comemorava a vitória.

      Depois de dois anos de longo trabalho, finalmente Larissa sentia-se feliz, a justiça tinha sido feita. Estava satisfeita consigo mesmo. A sensação de seu trabalho cumprido. Na saída do fórum inúmeros jornalistas, todos queria uma entrevista com a jovem promotora que conseguiu leva a prisão um dos piores criminosos do Estado.
     O ódio consumia o coração do jovem Raul Ramos. Único filho de Malbec chorava a condenação do pai. O considerava um criminoso perfeito que nunca seria pego. Gravou o rosto da mulher que destruiu sua vida. O julgamento levou repercussão nacional. Larissa já não comemorava sua vitória, tinha outros casos de suma importância também, despistou os holofotes e dedicou-se ao trabalho.

3 comentários:

  1. Saí do meu luto, vamo ver qual é dessa história aí. Daqui a pouco eu volto pra comentar mais.
    BAMOS
    Dahmer

    ResponderExcluir
  2. eu ja li tdas as continuaçoes d minha doce prostituta: sei que é voce, e por amor, só q por maor ñ consigo entendertem fim??? será q alguem poderia m ajudar. axei linda minha doce prostituta e sei que é voce, so q por amor ñ consigo conta a historia so d larissa éh isso m expliquem por favor

    ResponderExcluir