Larissa
- Larissa! Colocasse minha gravata roxa?
- Coloquei Guilherme, tudo que você
precisará tá ai.
- Tem certeza de que não quer ir comigo.
- Já disse que não.
- Larissa... – insistia.
- NÃO – gritei - Quem sabe longe você
repensar nas besteiras que faz.
- Já pedi desculpa. – tentou se aproximar.
- Você sempre pede desculpa, mas acaba
fazendo a mesma coisa estou ficando farta dessa situação. Não entendo como uma
pessoa pode mudar tanto.
- Você também tem mudado muito Larissa,
depois que essa mulher...
- ahhhh – berrei – Lá vem você com a mesma
ladainha sempre colocando Tamires em nossas discussões.
- Sua atenção e direcionada apenas a ela, se não te conhecesse eu
começaria a pensar...
- A pensar o que Guilherme? Responde! – nossos ânimos estavam exaltados.
- Pensar o quê? – segurei por sua camisa.
- Que você esta interessada nela. – disse
furioso.
- Você é um estúpido. – dei uma tapa na
face.
Guilherme
saiu sem dizer mais nada, estávamos atravessando uma crise muito delicada em
nosso relacionamento, as brigas se tornavam cada vez mais freqüentes e sempre
pelos mesmos motivos descabidos.
Naquela
noite após a festa tinha sido uma amostra do que estava por vir, naquela noite
Guilherme fez-me provar um dissabor que nunca vou esquecer. Na manhã seguinte após
a festa, e aquele descontrole do Guilherme acordo com uma dor de cabeça enorme
sinto minhas pernas doerem devidos o jeito bruto que ele me jogou no carro as
ronxas ficam bastante visíveis, levanto da cama e vou ao banheiro joguei água
no rosto percebo que meus braços também ficaram marcados, se minha pele não
fosse morena com certeza o estrago tinha sido pior. Percebi que tinha uma rosa
branca na pia, senti uma decepção invadir meu corpo, fiquei a analisar toda a
noite anterior. “como ele pode me tratar daquela maneira tão bruta” aquele
comportamento não era do caráter dele, busquei uma razão plausível para aquela
atitude; meus pés descalços depararam com algo estranho que não tinha notado,
voltei minha visão para o chão tinha pétalas de rosas no chão formando uma
trilha, fui ao encalce delas, ao chegar à sala minha boca faz um formato de um
“O”, a sala estava repleta de flores por todas as mobílias, procurei por ele
mais não o vi, um aroma de café fresco vinha da varanda, Guilherme estava
ajoelhado segurando um buquê de rosas brancas com uma única rosa vermelha no
centro.
Ficamos
em silêncio nossos olhos encarava um ao outro, não pude conter as lágrimas,
ainda sentia raiva daquele homem que tanto amava, ele quebrou o silêncio, sua
voz saia tremula.
- Me desculpe... – tentava procurar as palavras certas – Eu não
queria...
O
que eu sentia naquele momento era decepção, Guilherme tentou se defender da
melhor forma possível estava arrependido acreditei em suas palavras, não
conseguia dizer nada apenas o abracei. Acreditar no seu arrependimento não foi
difícil meu coração ansiava por isso, tomamos café juntos no início num clima
pesado mais depois foi se amenizando tornando-se momentos agradáveis.
Embora tivesse marcado de
almoça na casa dos meus pais preferi não ir, estava acarretada de trabalho, os
dias foram passando não demorou muito para brigarmos, ele implicava com minha
amizade com a Tamires, mesmo sem vê-la tentava ao máximo manter contato com
ela, fui sabendo dos seus avanços no trabalho o que me deixava feliz,
conversávamos todos os dias por telefone, sentia falta da sua companhia ás
vezes a saudade apertava era complicado. Na terça feira Guilherme recebeu a
notificação do juiz uma audiência tinha sido marcada, seu ânimo estava à flor da
pele, ele andava muito preocupado com o processo, fomos convidados para ir numa
festa de um amigo, a noite foi bastante agradável se eu não tivesse conhecido
Dra. Maria uma neurologista esposa de Dr. Amauri advogado amigo do tio do
Guilherme, a mulher era muito simpática, no início conversamos sobre assuntos
triviais, mas quando soube da sua especialidade tomei a ousadia de falar do
caso de Tamires, ela ficou muito interessada quando contei sobre seu quadro
clínico, Guilherme ficou muito irritado quando chegamos em casa a briga
começou.
- Deixa de ser besta Guilherme – gritei.
- Besta? Você esta me chamando de idiota?
Guilherme
me segurou pelo meu braço e começou me sacudindo, aquilo me deu uma raiva, ele
começou a falar coisas sem sentindo, estava possuído de raiva, me ofendeu o
quanto pode não pude suportar aquilo fui pra cima dele, acabamos saindo nos
tapas, pulei em cima dele e comecei a esmurrá-lo, morde-lo, arranhá-lo, estava
com muita raiva ele tentava me segurar mais aquilo foi o enchendo de raiva
também ele me empurrou e eu cair em cima do centro da sala, o vidro se
espatifou com meu peso ele ainda me deu um chute, comecei a chorar de dor, ele
percebe o que acabou de fazer, tentou se desculpar mais já era tarde, levanto
com dificuldade, acabo cortando meu braço e minha mão.
- Amor...
- Não se encoste a mim seu monstro.
Ele tentar se aproximar,
me tranco no quarto. Choro até não haver mais força. Passo o resto da semana
sem falar com ele, evito usar roupas que mostre meus machucados, por sorte
aparece uma viagem a Curitiba, ele passaria cinco dias longe tempo o suficiente
pra eu decidir o que faria da minha vida. Ao ver seu táxi ir embora decido
fazer uma visita a minha mãe já que tinha prometido almoça com eles, dirijo até
em casa. Assim
que entro dou de cara com a Tamires, não escondo a alegria ao vê-la, sentia
muita saudade daquela casa, desde que sair dali minha vida tinha se tornado
cada vez mais triste, tinha me afastado muito da minha família, sempre arrumava
um pretexto pra não visitá-los, pois não queria problema com o Guilherme.
- Pensei que tinha esquecido o caminho de casa – disse Tamires.
- Sei que não ando cumprindo minha palavra ultimamente. – puxei pra um
abraço forte mais não tanto devido meu corpo que ainda doía. – Você esta mais
forte. – comentei.
- Culpa da sua mãe. – rimos.
Seguimos pro interior da
casa, recebo o carinho dos meus pais, estava precisando tanto daquilo, ficamos
conversando durante horas, acabei decidindo ficar por lar mesmo, Tamires estava
muito diferente parecia mais confiante, centrada, senti um certo entusiasmos ao
escutá-la falar da Isabella.
- Impressão minha ou você esta
interessada na professora?
- Não estou interessada em ninguém – pausa – Quer dizer... – ela me encarou
nos olhos, fiquei desconcertada, ela se aproximou de mim, fiquei acompanhando
seu gesto nossos rosto ficaram a milímetro um do outro, nossos hálitos se
misturavam, fechei os olhos, desejei o beijo, Tamires não hesitou em me beijar,
seu beijo tinha calma, nossas línguas dançavam juntas, nossas respirações
seguia no mesmo ritmo, meu corpo pedia mais, mas me afastei. Tamires me olhou
com um olhar de decepção.
- Não te entendo? – disse ela.
- Nem eu mesmo estou me entendendo. Queria sair um pouco.
- É aniversário do namorado do
Danilo, ele me chamou pra ir comemorar no bar da praia, quer ir?
- Tinha esquecido, vamos sim amanhã né?
- É.
Fomos dormi tarde da
noite, fiquei envergonhada ao perceber que ela me observava mais desconcertada
fiquei foi quando ela perguntou sobre o machucado nas minhas costas, resultado
da minha última briga com o Guilherme, conseguir desconversar. Na manhã
seguinte Tamires acordou numa disposição daquelas, logo cedo pegamos uma praia,
voltamos pra casa de tardezinha, à noite nos arrumamos pra ir encontrar com uns
amigos no barzinho de sempre.
- Ai os homem vão morrer de inveja quando eu chegar acompanhado dessas
duas deusas. – brincou Bruno.
- Besta!
Foi uma noite
animadíssima, conversamos, brincamos, fui bombardeada com os olhares
insinuantes da Tamy, correspondi algumas vezes ela estava linda, mas resolvi
parar quando percebi que ela estava levando a sério.
- Boa noite – disse uma mulher ruiva ao chegar à mesa, na mesma hora
Danilo e Tamy se levantam cumprimentando a mulher.
- Jurava que você não fosse mais vim.
- Perdão tive um contratempo. Oi Tamires.
- Oi. – as duas se cumprimentaram com um beijo na bochecha.
Isabella foi
apresentada ao restante do grupo, realmente Tamires tinha razão ela era uma
mulher muito bonita e dona de uma simpatia contagiante. Muitos chop aqui e
acolá, estavam ficando já embriagados, quando Danilo mais uma vez inventa moda.
- Gentes têm duas divas aqui não é justo ficamos nessa poluição sonora.
O que acha vocês dividirem conosco seus talentos musicais.
- Nem, nem... – disse Isabella rindo. Danilo se virou pra Tamy.
- Não Dan.
Passei a noite a admirar aquela mulher algo nela me chamava atenção,
pude percebe que a tal Isabella tinha certo interesse em Tamires, ora ou outra
elas se flertavam, não sei se aquilo incomodava, mas sentia certo desconforto.
- Toca um pouco. – pedi.
Tamires apenas sorriu.
- Vai... – insistiam os outros.
As
duas se recusavam o que gerava o maior burburinho até que Isabella e levantou
da cadeira entendeu a mão a Tamires.
- Tocamos juntas se não eles não vão
parar de insistir.
As duas se
dirigiram até o piano, trocaram palavras com o rapaz não tinha tanta gente no
bar já passava das 3 horas da manhã, logo a música foi tomando conta do local a
voz de Isabela era vibrante, cantaram uma música de Vanessa da mata.
Ilegais
Vanessa da Mata
Desse jeito vão saber de nós doisDessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Ilegais
Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você
Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Olhos ilegais
Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você
As duas riam, cantavam
olhando uma pra outra, Tamires conseguia cantar no mesmo tom, era
impressionante a ciclonia das duas, riam, cantavam se insinuava em cada
estrofe, uma pontada de ciúme foi surgindo, depois da música Isabella embalou
outras canções. Depois saiu e deixou Tamires e voltou à mesa. Tamires virou e
me olhou. Nossos olhares se perderam, senti minha pulsação acelerar, me senti
triste, ela começou a cantar.
Assinado Eu
Tiê
Já faz um tempo
Que eu queria te escrever um som
Passado o passado,
Acho que eu mesma esqueci o tom
Mas sinto que
Eu te devo sempre alguma explicação.
Parece inaceitável a minha decisão.
Eu sei.
Da primeira vez,
Quem sugeriu,
Eu sei, eu sei, fui eu.
Da segunda
Quem fingiu que não estava ali,
Também fui eu.
Mas em toda a história,
É nossa obrigação saber seguir em frente,
Seja lá qual direção.
Eu sei.
Tanta afinidade assim, eu sei que só pode ser bom.
Mas se é contrário,
É ruim, pesado
E eu não acho bom.
Eu fico esperando o dia que você
Me aceite como amiga,
Ainda vou te convencer.
Eu sei.
E te peço,
Me perdoa,
Me desculpa que eu não fui sua namorada,
Pois fiquei atordoada,
Faltou o ar,
Faltou o ar.
Me despeço dessa história
E concluo: a gente segue a direção
Que o nosso próprio coração mandar,
E foi pra lá, e foi pra lá.
E te peço,
Me perdoa,
Me desculpa que eu não fui sua namorada,
Pois fiquei atordoada de amor
Faltou o ar,
Faltou o ar.
Me despeço dessa história
E concluo: a gente segue a direção
Que o nosso próprio coração mandar,
E foi pra lá, e foi pra lá, e foi pra lá.
Que eu queria te escrever um som
Passado o passado,
Acho que eu mesma esqueci o tom
Mas sinto que
Eu te devo sempre alguma explicação.
Parece inaceitável a minha decisão.
Eu sei.
Da primeira vez,
Quem sugeriu,
Eu sei, eu sei, fui eu.
Da segunda
Quem fingiu que não estava ali,
Também fui eu.
Mas em toda a história,
É nossa obrigação saber seguir em frente,
Seja lá qual direção.
Eu sei.
Tanta afinidade assim, eu sei que só pode ser bom.
Mas se é contrário,
É ruim, pesado
E eu não acho bom.
Eu fico esperando o dia que você
Me aceite como amiga,
Ainda vou te convencer.
Eu sei.
E te peço,
Me perdoa,
Me desculpa que eu não fui sua namorada,
Pois fiquei atordoada,
Faltou o ar,
Faltou o ar.
Me despeço dessa história
E concluo: a gente segue a direção
Que o nosso próprio coração mandar,
E foi pra lá, e foi pra lá.
E te peço,
Me perdoa,
Me desculpa que eu não fui sua namorada,
Pois fiquei atordoada de amor
Faltou o ar,
Faltou o ar.
Me despeço dessa história
E concluo: a gente segue a direção
Que o nosso próprio coração mandar,
E foi pra lá, e foi pra lá, e foi pra lá.
No último refrão ela
baixou a cabeça, pude senti cada pedaço daquela música, Tamires sabia me tocar
quando queria, nunca tinha me sentindo assim em toda minha vida, mesmo rodeada
de amigos, pessoas que amava, sentia um peso tão grande no coração, bebi chop
atrás do outro, Tamires estava se levantando quando fui até ela.
- Canta mais. – ele me encarou nos olhos. – Canta pra mim – pedi.
Ela voltou a se sentar sentei ao
seu lado.
Sentido Contrário
Isabella Taviani
Tudo que eu queria agora
Era um beijo seu
Molhado
Como quase sempre estão os olhos meus
Deitar nos teus ombros
E dormir em paz
Será que é pedir demais?
Cadê você amor?
Sozinha agora estou, de novo
Tudo o que eu queria
Era o seu calor
Colar teu corpo junto ao meu
E detonar o cobertor
Contraditório
Sua pele quente me faz tremer
Cadê você amor?
Por que não vem me ver?
E aí
O que é que eu faço com essa falta que você me faz?
A hora nesse quarto parece andar pra trás
Mas quando estou com você
O tempo voa.
E aí
Me diz?
O que é que eu faço com essa falta que você me faz?
A hora nesse quarto parece andar pra trás
Mas quando estou com você
Infelizmente
O tempo voa...
O tempo voa...
O tempo voa...
O tempo voa...
Voa...
Era um beijo seu
Molhado
Como quase sempre estão os olhos meus
Deitar nos teus ombros
E dormir em paz
Será que é pedir demais?
Cadê você amor?
Sozinha agora estou, de novo
Tudo o que eu queria
Era o seu calor
Colar teu corpo junto ao meu
E detonar o cobertor
Contraditório
Sua pele quente me faz tremer
Cadê você amor?
Por que não vem me ver?
E aí
O que é que eu faço com essa falta que você me faz?
A hora nesse quarto parece andar pra trás
Mas quando estou com você
O tempo voa.
E aí
Me diz?
O que é que eu faço com essa falta que você me faz?
A hora nesse quarto parece andar pra trás
Mas quando estou com você
Infelizmente
O tempo voa...
O tempo voa...
O tempo voa...
O tempo voa...
Voa...
- Me leva pra casa Tamires. – pedi.
Voltamos
à mesa e nos sentamos estava o maior burburinho notei que Isabela nos
observava, não pude conter as olhadas para Tamires, algo nela me chamava
atenção, uma atração que não conseguia nem sabia se queria controlar.
- Você quer ir mesmo? – perguntou Tamires, ela parecia querer ficar.
- Hei surda seu telefone esta tocando faz horas! – gritou Clara.
Peguei
o celular realmente tinha inúmeras chamadas todas do Guilherme pedi licença e
me afastei para poder atender.
- Oi! – falei.
- Porque você não atende a droga desse celular, onde você esta que desde
cedo ligo para casa e ninguém atende? – Guilherme berrava ao telefone aquilo me
irritou.
- Boa noite pra você também! – desliguei antes de me aborrecer com ele.
O telefone não parava de
tocar até desligá-lo, já era tarde notamos que apenas nos estávamos no bar, os
meninos queria prolongar a noite então pedimos a conta e fomos a outro lugar,
chamados mustyg. Um bar GLS, estava bem animado, rolava um dance todos caímos
na pista, dançamos e bebemos muito, Isabela demonstrava interesse em Tamy, ela
parecia resistir, não sei se aquilo me incomodava mas sei que sentia vontade de
ficar com ela, fui até o banheiro ela logo veio atrás de mim.
- Você esta se sentindo bem? Não acha que esta bebendo demais?
- Eu estou bem. Ainda estou no meu consciente.
- Tem certeza? – insistiu.
- Quero você!
Agi
por instinto, ignorei a razão puxei Tamy pela cintura logo nos beijamos desejei
aquela mulher, fui empurrando-a até a parede, logo invertemos a posição Tamires
enfiou sua perna entre as minhas logo senti meu sexo sendo pressionado, o fogo
subia o corpo, fomos interrompida com a entrada de Isabela no banheiro, ela deu
um sorriso malicioso, Tamires tentou se afastar mais eu continuava segurando
sua cintura, seu rosto estava corado, Isabela foi à cabine minutos depois saiu,
voltei a beijá-la, ela ficou meio que travada mais foi se soltando, passei
minhas unhas em suas costa o que a deixou arrepiada, queria mais, minhas mão
apertaram delicadamente seus seios, ela sussurrou em meus lábios “aqui não”. A
muito custo nos afastamos.
- Me leva pra casa! – pedi mais uma vez, tinha desejo na voz, ela apenas
deu um sorriso safado e saímos do banheiro.
Despedimo-nos do pessoal e
pegamos um táxi, fomos o caminho inteiro nos provocando, Tamires despertava um
desejo desconhecido em mim, até tentamos entrar sem fazer barulho mais nossas
gargalhada acordaram a casa, minha mãe logo nos repreendeu achando que
estávamos bêbadas, foi um interrogatório daqueles, depois de meia hora fomos
dormi. Tamy pediu pra eu tomar banho primeiro acho que ela estava com medo de atacá-la,
assim que terminei, ela entrou no banho, quando voltou, eu já estava deitada,
percebi seu olhar me observando, era um olhar de ternura, um sorriso se formava
em sua face algo dentro de mim estava mudando, como gostava de estar perto
daquela mulher.
- Deita aqui. – pedi.
Ela logo se
aconchegou na cama me abraçando carinhosamente, ficamos minutos presa naquele
abraço, sentia o calor da sua respiração em meu pescoço, ela começou a fazer
carinho na minha barriga me deixando arrepiada, virei o rosto para encará-la,
rocei meu nariz no dela, ela sussurrou:
- Me dá uma chance, vou te fazer
feliz! - falou em um tom de voz melancólico, suas palavras mexeram em meu
íntimo.
Nos últimos meses me
sentia tão infeliz em um casamento naufragado. Pelo menos ao lado dela tudo era
tão bom, seus carinhos pareciam ter o dom de curar minhas feridas, seus toques
delicados adormeciam minhas dores me faziam esquecer toda aquela tortura que
estava sendo minha vida ao lado do Guilherme. Precisava tanto daquilo, daquele
cuidado, daquele amor. Deixei que me abraçasse mais forte que dominasse não só
meu corpo, mas meus sentimentos. Senti seus dedos sobre meu rosto, havia em seu
olhar uma mistura de desejo, carinho e sedução. Vi sua boca se aproximar da
minha, como desejava aquele beijo, ela desviou os lábios dos meus deslizando-os
por minha bochecha e ao chegar a minha pele frágil de meu pescoço senti todo
meu corpo arder.
- Eu quero você! - sussurrei,
tentando expressar o que estava sentindo.
Ela voltou a me olhar
dessa vez tinha muito desejo. Senti seus lábios quentes capturarem os meus,
puxei até sentir todo o seu corpo sobre o meu, minhas pernas foram se abrindo
involuntariamente, senti o encaixar perfeito, o beijo já nos deixava sem
fôlego, mas isso era apenas um detalhe, difícil pensar em mais alguma coisa
quando o calor da pele dela se misturava a minha. Poderia incendiar aquele
quarto, suas mãos ágeis percorriam cada centímetro do meu corpo. Com todo
domínio da situação, ela tirou minha blusa levemente me ajudando a tirar a sua.
Seus seios eram pequenos firmes, toquei-os ainda um pouco insegura do que
fazia. Segui meus extintos, ela me puxou pela nuca beijando-me suavemente,
deslizando os lábios até chegar ao pequeno espaço entre meus seios. Contornando
a aureola com a ponta da língua, depois dando leves mordidas no bico me
proporcionando um prazer indescritível, meu corpo vibrava com cada toque
desejando mais.
- aiii! - gemi baixinho.
Quanto mais eu
gemia mais ela me provocava, descendo até minha barriga, lambia, mordiscava,
beijava sabia exatamente o que fazer, onde tocar, como me deixar fora de si.
Também a desejava muito. Segurei seu braço a puxando para cima, girei meu
corpo, para assim invertermos nossa posição, ela me olhava meio incrédula
talvez assustada por não esperar aquela atitude da minha parte. Acariciei seu
rosto, seus olhos se fecharam, apreciei seu sorriso, a beijei suavemente,
deitei ao seu lado ainda com uma perna entre as suas, deslizei a ponta dos
dedos pelos seus ombros até chegar aos bicos dos seus seios dando leves
apertos, sem parar nosso beijo. Continuei explorando sua barriga, alisando,
acariciando, deslizando os dedos por sua cintura, sentindo seus pelos
arrepiarem com aquele contato. Passei a ponta da língua contornando seus
lábios, suas unhas cravaram em minha pele, minha coxa roçou de leve em seu sexo
que estava molhando senti seu corpo se curvar com aquele simples roçar, de
imediato a toquei com ponta do dedo indicador, ela mordeu o lábio inferior,
passei a fazer movimentos circulatórios, senti seu clitóris pulsar, ela foi
virando pouco a pouco, ficamos frente a frente. Tamires puxou minha perna e pôs
sobre sua coxa, começou a me acariciar também.
Não desviamos nossos
olhares, seu semblante me passava uma tranqüilidade antes nunca sentida por
mim, estávamos entregues aos nossos desejos, a nossa paixão. Ela sussurrava
palavras doces em meu ouvido, passamos algum tempo assim curtindo nossos
corpos, cada sensação. Algo mágico parecia nos envolver, os toques ficavam cada
vez mais intensos, nossos olhos cravaram uma luta sem fim, ela beijava meu
pescoço, acariciava meus seios com a outra mão; Há senti seus dedos me
penetrarem suavemente. Fazendo um movimento de vai e vem, tentava retribuir seu
carinho com a mesma intensidade, a penetrando, ora rápido ora devagar, eu não
poderia agüentar por muito tempo, senti que ela também não. Chegamos ao orgasmo
juntas... Nossos corpos estremeceram num esparmos forte, intenso...
- Fica comigo! - ela balbuciou
ainda tomando fôlego.
- Me abraça... Bem forte! - senti
seus braços envolverem minha cintura, o cheiro bom que emanava da sua pele, sua
forma delicada e cuidadosa de me tocar, de me tratar, era tão diferente...
Depois de muitas noites mal dormidas pude desfrutar de um sono tranqüilo,
adormeci nos braços da Tamy.
Voltei para casa na
segunda feira, na secretária eletrônica tinha inúmeros recados do Guilherme,
meu celular também minha caixa de mensagem estava lotada. Demorei um pouco pra
sair para o escritório, estava pensativa tinha muitas coisas a decidir, tentei
me ocupar com o trabalho, no meio da tarde resolvo ligar pra ele.
-Alô!
- Até que enfim. – disse ele.
- Tudo bem com você? – falei num tom brando deixei claro que não queria
discutir, ele mudou seu tom.
- As coisas aqui estão indo bem, tentei entrar em contato com você...
- Não queria falar com você. – interrompi – Passei o final de semana na
casa da minha mãe estava precisando pensar um pouco, precisamos conversar
Guilherme – falei num tom sério, podia escutar sua respiração pesada. – Assim
que você chegar conversaremos seriamente.
- Não acho que precisamos conversar, até onde sei está tudo bem entre
agente.
- Precisamos sim, você sabe disso. Não estou feliz, sei que você também
não esta.
- Estamos passando por uma crise em nosso casamento, mas podemos superar
isso, eu a amo vai ficar tudo bem. – disse parecendo querer se convencer
daquelas palavras.
- Não Guilherme não vai ficar tudo bem.
- Eu te amo Larissa.
- Eu também te amo Gui, mas quero que você entenda que só amor não
segura uma relação, tem que haver confiança, tolerância e muito respeito
Guilherme e isso não estamos tendo.
- Pensei que você tinha me perdoado.
- Você me agrediu e não foi à primeira vez, vai ser sempre assim sempre
que brigamos você parte pra cima de mim? Não sou mulher de apanhar de homem se
tolerei foi porque ainda tinha a esperança de que você fosse mudar, mas não
quero discutir isso por telefone, conversaremos quando você voltar. – encerrei
o assunto.
- Não me deixa Larissa, eu te amo!
- Não duvido do seu amor, em casa conversaremos.
- Esta bem! À noite eu te ligo esteja em casa. – falou naquele tom
autoritário.
- Tenho que ir. Beijos! Te amo!
- Também te amo Lála.
Desliguei
mais aliviada, seria a última conversar que teria com o Guilherme estava
decidida há pedi um tempo, me sentia muito decepcionada em meu casamento,
Guilherme tinha se mostrado um homem muito diferente nossas brigas gerava
agressões que não ia mais tolerar, aceitar esse tipo de violência ia contras
meus princípios até agora estava engolindo calada aquela situação na esperança
que as coisas fossem melhorar, mas a medida que os dias passava percebi que
aquilo estava distante de acontecer. Na noite anterior Tamires perguntou-me
sobre meus machucados dei uma desculpa mais ela insistia me sentia
envergonhada.
- Aquele homem te bateu? – perguntou ela cheia de raiva.
- Não me pergunta nada.
Uma tristeza enorme
invadia meu coração, apenas me aconcheguei nos braços daquela mulher que me
oferecia tanto, nossa noite foi maravilhosa, Tamires me cobria de carinho,
acordei e ela me observava. Seu olhar era de interrogação, ela sentou-se na
beirada da cama, não me encarou, sua visão estava voltada pra porta, as
palavras saiam em sussurros pude perceber seu medo de ser rejeitada mais uma
vez. Pensei por uns instantes, não sabia o que dizer naquele momento.
Aproximei-me a abraçando com carinho. Não queria dizer nada que a magoasse ela
segurou meus braços envoltos do seu corpo.
- Lary... – ela ia falar a calei com um beijo terno. Ela correspondia
com entusiasmo.
- Queria passar o dia assim com você – encarei aqueles olhos negros,
sorrir – Preciso ir...
Voltei a beijá-la, difícil
foi terminar o beijo, Tamires nada mais falou. Sair da casa de minha mãe sem
aquele peso que tinha quando cheguei não me sentia uma traidora, era como se eu
tivesse enxergando as coisas por outro ângulo. Cheguei cedo do trabalho, o dia
tinha sido bastante produtivo no escritório, depois de um banho preparo uma
comida, o telefone não tarda em tocar, era o Guilherme como ele tinha
prometido, falamos brevemente, ele tinha um compromisso logo mais, avisou que
teria que se estender por mais uns dias, acho gostei da notícia. Tentei ler
mais não tinha concentração, uma ansiedade ia me abatendo até tentei e não
resistir, nem me dou ao trabalho de trocar de roupa, pego a chave do carro e
disparo para casa da minha mãe. Mainha me olha surpresa.
- Minha filha! Você estava aqui em casa? – ela diz por causa dos meus
trajes estava de bermuda e camiseta, com uma havaiana.
- Não mãe! – sorrir- Cadê a Tamy?
- Ela não chegou.
- Mas são quase 19h da noite.
- E o que você quer com ela? – perguntou intrigada.
- Nada – desconversei - Ela tem celular?
- Não. O que quer com ela Larissa?
- Nada já disse estava passando por aqui por perto e resolvi vim vê-las,
mas já to indo diz a ela que deixei um beijo pro pai também.
Sair de casa
apressada se ficasse muito tempo ali ia acabar confessando o que não devia,
queria muito ver a Tamy a sorte estava ao meu favor a vi descendo do ônibus dei
a volta conseguir acompanhá-la. Ela ficou bastante surpresa.
- O que fazer aqui? – perguntou dando aquele largo sorriso.
- Vim te ver. Confesso – ri - Entrar ai.
Tamy entrou no carro eu
não queria ir pra casa de mainha, ela também não queria ir pra minha casa,
dirigir até a orla, sentamos num quiosque de côco. Eu e Tamy conversamos
animadamente sobre tudo, ligamos pra casa avisando nosso paradeiro, ela tentava
me provocar formos pro carro, ficamos namorando lá, Tamires não gostava de
perder tempo, suas mãos eram bobas demais mal conseguia conte-la.
- Assim não... – pedia.
- Queria só sentir. – sussurrava no meu ouvido me deixando ainda mais excitada.
Deixei que desabotoasse minha bermuda, mordi seu pescoço quando senti seus
dedos tocando minha intimidade.
- Tamy... Você é mal sabia...
Escutei sua
gargalhada se divertindo com aquela situação. Ela me olhou com uma cara safada,
acabei deixando uma marca em seu pescoço, ela tirou a mão da minha bermuda,
primeiro a olhei em sinal de protesto, acompanhei seus movimentos ela prendeu
seus cabelos num coque, puder ver visivelmente a marca dos meus dentes em seu
pescoço. Comecei a ri. Ela me beijou calorosamente, descendo sua boca até meu
colo, mais uma vez colocando sua mão dentro do meu short dessa vez sobre a
calcinha. Comecei a gemer baixinho enquanto ela acariciava meu sexo, tentei
manter o controle, diante dos meus falsos protesto ela parou a caricias. Tomei
fôlego.
- Melhor você me levar pra casa. – sua voz não era de quem queria ir pra
casa, ela lançou um olhar sedutor. – Preciso de uma ducha. O olha como você me
deixa. – ela pegou minha mão e sem constrangimento algum colocou em seu sexo,
pude sentir sua calça jeans úmida. Voltamos a nos beijar, Tamires desabotôo a
própria calça, entendi o que queria, coloquei minha mão lá seu sexo estava tão
pulsante quando o meu. Ela passou a falar coisas obscenas em meu ouvido.
- Acaba com essa tortura vai... – disse ela. Tirei minha mão queria
provocá-la também. Ela sorri.
- Você que é má. – rimos juntas. – Se não quer então não me provocar, me
leva pra casa se não, não respondo por mim.
Respirei
fundo ajeitei meu short, Tamires continuava me lançando olhares insinuantes,
ora ou outra olhava pra minha coxa e mordia os lábios inferiores, enquanto
dirigia ela levou sua mão e acariciou minha coxa, depois apertou o bico dos
meus seios que estavam eriçados, não podia resistir mais.
Enquanto o sinal estava fechado
ele sussurrou no meu ouvido.
- Faça acontecer que farei valer à pena. – depois mordeu a ponta da
minha orelha.
Provocação demais para um
pobre ser - humano, desviei o caminho e entrei no primeiro motel que encontrei.
De fato ela fez valer à pena, Tamy me possuiu de todas as formas possível,
grande era sua disposição, conseguiu me deixar molinha, molinha. Deixei-a em
casa era quase uma da manhã.
Nos dias seguintes não
pude vê-la com queria, estava cheia de trabalho ela também, mas sempre nos
falávamos ao telefone. Também tinha o Guilherme, eu ainda não tinha terminado
com ele, sabia que aquela era uma situação desconfortável pra ela. Guilherme me
ligou na quinta feira pela manhã pedindo que fosse buscá-lo no aeroporto, seu
vôo chegaria à noite.
- Oi!
- Oi – minha recepção foi fria.
Guilherme
parecia cansado com a viagem seu vôo tinha atrasado 4 horas, estava um pouco
abatido, em casa não conversamos muito, ele disse que estava com enxaqueca
jantamos e logo fomos dormir. Na manhã seguinte vamos ao trabalho junto.
- A viagem foi bastante proveitosa conseguimos fechar com o escritório
de Dr. Aragão.
- Que ótimo.
Gui
me contava como tinha sido a viagem, achei melhor não tocar no assunto sobre
nossa situação esperaria até a noite. Essa espera foi sendo adiada por inúmeros
compromissos foram surgindo no decorrer da semana. Falei muito pouco com a Tamy
da última vez acabamos brigando. Aquilo me afetou, resolvi resolver de vez
minha situação.
- Você vai chegar em casa cedo hoje? – perguntei a ele.
- Não sei por quê?
- Precisamos conversar esqueceu?
- Esquece isso! – Guilherme me abraçou e me beijou, correspondi ao
beijo, desde que ele chegou não tínhamos tido intimidades ainda, ele até que me
procurava mais me sentia mal diante daquela situação.
- Te espero em casa.
Estava indo pra casa
quando recebo uma ligação, era minha vizinha sua voz era descontrolada, uma
onda de pavor me abateu, ela falava rápido que mal conseguia entender. Meu pai
tinha sofrido um enfarto.
criativa!
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