O DESTINO
O que você faria se visse
alguém que já morreu? Estaria tendo alucinação? Como isso se explicaria? A vida
esta brincando com você? Difícil responder.
A grande custo Amanda
conseguiu convencer Duda a viajar com as amigas, iriam a uma micareta na cidade
vizinha. Duda não parecia muito animada com os planos das amigas, mas se livrar
da Amanda era mais difícil que ir nessa tal micareta.
O tempo tinha passado para
Duda, ela não conseguia ver graça nessas coisas, a noite tinha começado animada
aos poucos ela foi entrando na alegria das meninas. Madrugada corria à solta,
estava apoiada no parapeito, o trio tinha parado diante do camarote, Duda
observavas a alegria das pessoas na avenida que mesmo depois de horas correndo
atrás de um trio não demonstrava cansaço, sua visão estava voltada pra um grupo
de pessoas la embaixo, uma mulher no grupo se destacou na visão dela, ela
estava de costa, era loira, tinha os cabelos curtos e lisos a curiosidade foi
movida, Duda se deslocou de onde estava e foi pro outro parapeito queria ver a
mulher de um ângulo melhor. Seu coração parecia inquieto, de repente ela
conseguiu ver seu rosto com exatidão. Se não tivesse se segurado na menina que
estava ao seu lado ela tinha caído, seu coração palpitava, seus olhos estavam
incrédulos na imagem lá em baixo.
- Não pode ser... – sussurrou.
Um arrepio percorreu a espinha,
suas mãos tremiam, seus olhos se fixaram naquela imagem.
- É ela... – num ímpeto Duda saiu correndo escada a baixo.
Atropelando as pessoas ela
seguia até a avenida olhava de um lado pro outro, mas não conseguia encontrá-la
começou a se apavorar. – Não pode ser! Estou ficando louca.
Será que estaria mesmo
ficando louca? Duda corria de um lado pro outro encarando as mulheres que
passava em sua frente, até seus olhos avistaram o que parecia um fantasma ela
estava de costa com a cabeça baixa uma mão em sua têmpora e a outra no joelho.
Duda caminhou em sua direção a mulher se reerguia e caminhava pro lado oposto
até que ela foi puxada pelo braço.
- Luiza... – gritou Duda ficando ainda mais perplexa ao ver a mulher a
sua frente. Faltaram-lhe as palavras.
- Me solte. – ordenou Tamires.
- Você... Luiza como... – Duda já estava com os olhos cheios de lágrimas
seu coração batia tão acelerado que chegava a doer.
- Me solte. – Tamires puxou seu braço.
Por um instante seus olhos
se cruzaram uma onda se sentimentos ocorreu nas duas, mas a loira saiu. Duda
correu trás dela, mas ela sumiu no meio da multidão. Seu coração entrou em
desespero corria de um lado pro outro sem parar não voltou a vê-la. Uma hora
depois voltou ao camarote aos prantos.
- Onde você estava amiga arrumou algum gatinho foi?- perguntou Estela
sem percebe no estado da amiga. Duda foi até Camila a puxou de forma brusca. –
Luiza está vida... Luiza está viva! – gritava. Camila e Amanda Ficaram atônita
pensaram que a amiga estava bêbada, mas perceberam que ela estava chorando.
- Calma. – pediu Amanda puxando a amiga pra um lugar mais afastado da
zoada. – O que houve?
- Luiza está viva acabei de vê-la.
Amanda fez cara feia achou que a
amiga estava realmente bêbada.
- Duda você andou bebendo o quê?
- Estou falando sério. – gritou.
- Fala baixo você esta muito nervosa. – Amanda tentou segurar no ombro
de Duda, mas ela deu um passo pra trás.
- Luiza esta viva e precisamos encontrá-la.
- Encontrar quem Duda?
- A Luiza! – insistia.
- Luiza morreu! – gritou Amanda sacudindo a amiga. – Pare de falar essas
coisas se não vou pensar que você esta ficando louca. – falou perdendo a
paciência.
- Eu sei que é ela. – defendeu-se. – Se vocês não querem me ajudar vou
achá-la sozinha.
Camila e Estela ficaram
assustadas com aquele surto, olharam pra Amanda como se esperasse que ela
fizesse alguma coisa. Amanda segurou Duda antes que ela descesse as escadas.
- Duda espera. – pediu.
- Ela esta viva, eu a vi, eu a vi. – insistia.
Amanda balançava a cabeça
em sinal de negação puxando Duda para seus braços, algumas pessoas olhavam pra
cena curiosos.
- A Isa morreu Du... – disse Amanda num tom baixinho, Duda caiu em pranto. Seu corpo
estava muito tremulo, Amanda e as meninas resolveram levá-la pro hotel.
- Como ela esta? – perguntou Camila e Estela.
- Tive que forçá-la a tomar um calmante ela esta muito agitada.
- Será...
- Luiza morreu Camila – disse Amanda à mulher que estava muito nervosa
diante do que Duda dizia.
Camila ficou muito triste lembrou-se
da irmã e uma dor fina a abateu, começou a chorar.
- Amor... Não fica assim. – Amanda abraçou com carinho a mulher.
- Acho melhor ir dormi também. – disse Estela indo pro seu quarto.
A noite tinha sido agitada
Duda não conseguiu dormi. Seu coração doía de forma violenta, às lembranças de
Luiza chegou de forma devastadora, uma restropectiva corria em sua mente,
lembrou da última vez que viu a mulher pegou seu notebook um som foi tomando
conta do local. Uma melodia triste invadia sua audição, ficou olhando as fotos
delas.
Ana Cañas
Procuro a solidão
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
Pensamento sem razão
Procuro esconderijo
Encontro um novo abrigo
Como a arte do seu jeito
E tudo faz sentido
Calma pra contar nos dedos
Beijo pra ficar aqui
Teto para desabar
Você para construir
Dundarundê aunde iê
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
Pensamento sem razão
Procuro esconderijo
Encontro um novo abrigo
Como a arte do seu jeito
E tudo faz sentido
Calma pra contar nos dedos
Beijo pra ficar aqui
Teto para desabar
Você para construir
Dundarundê aunde iê
O dia tinha raiado Duda
não conseguiu dormir naquela noite, fingiu tomar o remédio so assim sabia que
sua amiga ia deixaria em
paz. Tomou um banho gelado decidiu procurá-la sozinha, seus
olhos não tinha visto uma miragem, ela a viu, a tocou tinha convicção disso.
Alugou um carro e saiu pela cidade. Dirigiu pela cidade, foi inúmeras vezes no
lugar onde tinha visto na noite anterior. Mais nada começou a se angustiar as
horas foram passando até ela voltar ao hotel desanimada.
- Onde você estava passei a manhã toda ligando pro seu celular e so dá
desligado?
Duda tinha um
olhar muito triste sua voz saia embargada. Uma dor no peito chegava a sufocar.
- Preciso achá-la... – sussurrou.
Amanda respirou fundo
olhou pra amiga buscou força estava difícil lidar com as fantasias da amiga,
ignorou a própria critica.
- Tomar banho, vou pedir uma comida pra você comer provavelmente nem
comeu nada. – Duda confirmou com a cabeça. – Ai conversamos amiga.
Duda concordou. Meia hora depois
ela estava sentada na mesa almoçando com a amiga.
- Onde está Camila?
- Foi as compras. Aquela mulher ainda me leva a falência. – reclamou
Amanda.
- Bem empregado para você. – brincou Duda.
- Duda por onde você andou a manhã inteira?
- Queria ver se conseguia encontrá-la.
- Encontrar quem Duda? – perguntou Amanda com medo da resposta que
viria.
- A Luiza – falou com segurança – Sei o que vi ontem. Não foi um
fantasma, ela era real, a toquei. Falei com ela.
Amanda respirou fundo moderou a
voz.
- Você sabe que isso não é possível!
- Amanda eu sei que é ela.
- Me diga então como era essa mulher, como foi que aconteceu? Ela surgiu
do nada, porque não a vi?
- Bem eu estava lá no camarote vendo o trio passar tinha umas pessoas lá
embaixo, um grupo algo me chamou a atenção. Houve um tumulto acho que briga,
então fiquei observando percebi que a mulher tinha se perdido do grupo, lembrei
de quando Luiza se perdeu, fui pro outro lado quando vi a mulher, ela era muito
parecida com a Isa então corri até lá procurei por todo canto até que a
encontrei. Amanda eu a segurei pelo braço, meu coração explodia de tanta
felicidade que não conseguia falar nada.
- Você falou com a mulher?
- Eu fiquei nervosa... Falei nada, não conseguir falar nada... –
confessou.
- Como essa mulher era?
- Era a Luiza. – Amanda olhou de cara feia esperando uma resposta mais
completa – Loira, linda, estava bem bronzeada, seus cabelos eram bem curtos,
era meio forte. Não melhor atlética tinha um corpo bem atlético.
- É isso! – concluiu Amanda. – Duda você se enganou deve ter visto uma
mulher parecida com a Luiza acabou se confundindo, juntando com o teor de
álcool em sua corrente sanguínea...
- Não estava bêbada Amanda mesmo que ninguém acredite sei o que vi. Até
aquele sotaque gaucho pesado ela tinha.
- Duda pelo que você diz, a mulher era parecida com a Isa, mas não era
ela, Luiza tinha os cabelos longos não curtos, estava magra não forte, era uma
branquela, sotaque olhe onde estamos muitas pessoas vêem de fora pra brincar
micareta aqui. Luiza morreu e você sabe disso quanto mais você demorar pra
aceitar mais você se machucará.
Duda ficou muito pensativa
com as palavras da amiga seu coração gritava que Amanda estava errada, mas sua
razão dizia o contrário. Sentia-se muito confusa sua cabeça estava um
turbilhão.
- Você tem razão. – no final concordou com a amiga.
- Até que enfim. – respirou mais aliviada. – Melhor voltarmos pra casa.
- Não! – exclamou Duda. – Vamos ficar até o final da festa.
Amanda acabou concordando.
Não era pra Curtir a festa que Duda queria ficar tinha motivos maiores. Foi
brincar nas noites seguinte mais animada ficou justamente no mesmo lugar que
tinha ficado anteriormente tinha esperança de voltar a vê-la a mulher que tanto
se parecia com sua amada, a noite foi longa, Duda se mantinha fixa na sua
vigília, mas infelizmente nada aconteceu voltou pra casa arrasada. E foi assim
nos dias seguintes, a festa tinha acabado e ela decidido ficar mais uns dias na
cidade, saia exaustivamente pela cidade à procura da mulher, sua busca tornava
obsessiva, Amanda estava irritada com o comportamento da amiga, não queria
deixá-la sozinha naquele estado emocional tão delicado, mas era preciso voltar
para casa além dos filhos tinha o trabalho.
- Duda já chega dessa procura infundada voltamos pra casa hoje.
- Preciso encontrá-la.
- Você não vai encontrar ninguém, que inferno Luiza morreu Maria Eduarda
morreu – Amanda gritou tão alto que dava pra escutar nos corredores do hotel.
- Ela não morreu...
Duda ficou enfurecida
diante da afirmação da amiga foi pra cima dela com toda sua força Amanda até
que tentou, mas estava movida pela raiva também, as duas saíram no maior tapa,
as duas batiam uma na outra feio, os gritos escutavam do quarto ao lado Camila
fica horrorizada com a cena vendo as duas amigas se engalfiando no chão, Estela
chega pra ajudar a grande custo conseguem separá-las, tanto Amanda quando Duda
estavam machucada e sangrando.
- Luiza morreu. – Amanda continuou gritando Duda tentou ir pra cima
dela, mas foi contida por Camila.
- Cala boa sua vagaba...- xingou.
- Luiza morreu. – Amanda se soltou de Estela parecia mais calma, sua voz
saia suave, foi se aproximando de Duda repetindo a mesma coisa, sua amiga
chorava Amanda também chorava - Ela morreu Duda...
Maria Eduarda finalmente
foi caindo em si aos poucos foi se deixando o corpo cair Camila a soltou Amanda
se agachou e abraçou, a amiga começou a chorar copiosamente, Amanda a abraçava
com força querendo tirar toda a dor que sentia, sofria por ela também, ela
pediu pra ficar sozinha. Foram longas horas até que Duda consegue se acalmar.
- Eu sinto tanta falta dela. – dizia Duda.
- Eu sei miguxa, eu sei... – apertava com força em seus braços. – Sabe o
que agente vai fazer agora? – indagou Amanda enxugando ás lágrimas do rosto da
amiga. – Vamos beber, cair e levantar – Duda deu um sorriso torto.
- Como nos velhos tempos? – perguntou.
- É como nos velhos tempos.
Duda e Amanda saíram sozinha
nessa noite tomaram o maior porre da vida delas.
ONDE OS CAMINHOS SE CRUZAM
Recife um mês depois...
- Mãe o que faremos Duda insiste no assunto pretende até contratar um
detetive particular para encontrá-la.
- Marquei uma consulta com o psiquiatra.
- Até parece que ela vai querer ir à senhora não a conhece.
- Amanda isso eu resolvo traga-me os exames da senhora Sofia. –
Amanda saiu do consultório da mãe
e foi trabalhar. Duda chegou minutos depois.
- Oi tia mandou me chamar?
- Mandei sente ai. – disse Duda estranhou a atitude da tia.
– Algum problema?
- Depende marquei uma consulta pra você com Dr. Romeu.
Duda encarou a tia.
- E pra quê? – perguntou embora soubesse o que a tia pretendia.
- Pra você! – respondeu num tom seco.
- Não estou louca tia. Só porque vi a Luiza não quer dizer que estou
louca.
- Ver pessoas que já morreram põe em dúvida seu estado emocional.
- Tia, me desculpe sei o quando a senhora gosta de mim mais não tem o
direito...
- Tenho todo o direito – interrompeu Andréia – Quero um parecer de um psiquiatra
sobre seu estado emocional para praticar a medicina.
- Já disse que não vou ver médico algum.
- Se você não se consultar vou interdita-la.
- A senhor não pode fazer isso.
- Posso sim.
- Sempre fiz meu trabalho.
- Tive três reclamações de pacientes que você incomodou a confundindo
com a Luiza.
Duda calou-se um frio
percorreu a espinha, desde que voltou de Natal não parava de pensar na mulher,
passou a ver inúmeras imagens, estava chegando ao seu auge do desespero. Não
tinha argumento teve que acatar a ordem da tia. Passou a se consultar com Dr.
Romeu, se sentia muito incomodada em esta sendo avaliada por seu estado
emocional, chegou acreditar que realmente podia esta adoecendo. A falta que
sentia da mulher tornava cada vez mais insuportável, Duda estava se fechando
ainda mais para o mundo. Desejava que os seus pais estivessem com ela, para
ajudá-la superar essa dor que insistia permanecer dentro do seu coração. Passou
a ter insônia, todas as noites passavam horas e horas chorando olhando
fotografias e filmes caseiros do tempo que esteve com a mulher e com os pais.
Dr. Romeu concluiu que embora Maria Eduarda passasse por um estado emocional
delicado isso não comprometeria seu trabalho como médica, Duda acabou aceitando
fazer terapia. Precisava se libertar dessa depressão. Passou a se dedicar ainda
mais no seu trabalho. No final de um mês recebeu uma notícia que ficou muito
feliz foi a primeira residente a conduzir uma cirurgia sozinha. A sala de
cirurgia parecia um palco de teatro, ao centro sua equipe e os dois atores
principais, ela e a senhora que estava sob seus cuidados. A mulher tinha 58
anos tratava de um aneurisma. Duda se sentia muito nervosa ao seu redor
inúmeros olhos vigilantes de seus professores, lá em cima alunos assistiam sua
atuação. A cirurgia tinha começado. Um clima de tensão tomava conta da sala de
cirurgia.
- Bisturi.. – Duda respirou fundo passou a vista em todos ali presente –
É um bom dia de fazer o que é certo... – sussurrou baixinho. E começou.
- O sugador esta pronto? – perguntou Duda.
- Sim doutora! – disse outro médico.
A cirurgia prosseguia até algo
inusitado aconteceu deixando Duda assustada.
- Droga! - exclamou.
Dr. Brito aproximou-se para mais perto.
Observando rigorosamente.
- O que aconteceu? – perguntou o médico.
- Duda sentiu um calafrio tentou
manter a calma, respirou fundo por alguns segundos retomou o controle – PA é de
88 por 60. – disse Dr. Brito. – Qual o procedimento Dra. Lins.
- Dê duas unidades de sangue. Traga o sugador. – ordenou Duda. – Meu
Deus! – o sugador extraia muito sangue.
- Pressão caindo! – informaram.
- Ainda não terminei - gritou Duda. – Grampos provisórios.
- Dra. Lins! – falou Dr. Brito.
Duda não deu ouvido ao médico.
- Micro suturas, por favor.
- PA é de 110 por 72. – falou seu professor.
- O fluxo parece bom. – disse Duda.
No final Duda conseguiu contornar
a situação a cirurgia tinha sido um sucesso. Muitos residentes chegaram para
elogiá-la.
- Arrasou amiga fiquei apreensiva quando a
PA tinha subido.
- Nem me fale. Fiquei nervosa um pouco mais conseguir.
- Dra. Lins. – chamou uma enfermeira. – Dra. Queiroz a chama em seu
consultório.
Duda olhou pra cara de Amanda
desanimada.
- Aposto que mainha vai reclamar de alguma
coisa. Nada do que agente faz esta bom pra ela. – Amanda falou com uma certa
tristeza.
Andréia de fato era uma
professora implacável cobrava mais de Maria Eduarda e Amanda do que de qualquer
outro residente, não tolerava erro, por mais que as duas se esforçasse era
difícil impressionar a mulher que sempre achava que elas poderiam fazer melhor.
Na verdade Andréia era assim por que não queria que os outros residentes
achassem que ela favorecia a filha e a afilhada sentia muito orgulhosa do
profissionalismo das duas, Duda se destacava muito entre os outros residentes,
Amanda não ficava atrás, mesmo sem perde o jeito meio louco de levar o trabalho
Amanda se mostrava um grande pupilo, visava seguir os passos da mãe se dedicava
muito a cardiologia, era sempre muito bem elogiada pela equipe e pelos
pacientes. Duda chegou a sala da tia meio apreensiva pra sua surpresa,
encontrou com Dr. Brito conversando com Andréia.
- A senhora mandou me chamar?
- Mandei sim. Entre. – Duda entrou na sala. Andréia a encarou – Queria
da os parabéns, você deveria ter seguido o protocolo quebrou com algumas
regras. Estou orgulhosa de você Maria Eduarda. – falou Andréia sem conter o
orgulho que sentia.
- Parabéns senhorita Lins, apesar do jeito atrapalhado conseguiu reter a
hemorragia cerebral, bloquear o aneurisma e reparas os danos causados dando-lhe
estabilidade.
- Obrigado. – agradeceu humildemente era a primeira vez que ela recebia
um elogio do médico. Sentiu-se muito feliz.
- Maria Eduarda a chamei aqui porque temos um novo caso. – Andréia mudou
de tom. – Escolhi os melhores residentes para auxiliar Dr. Brito. Trata-se de
um caso especial. – Andréia fez sinal para que o homem explicasse.
- Um amigo Dr. Raul Portela procurou-me pessoalmente apresentou o caso
de uma paciente que vem tratando há algum tempo. Ele me fez um pedido pessoal
para que atendesse essa paciente.
- E o que ela tem? – perguntou Duda curiosa.
Veremos. O médico saiu da sala acompanhando por Duda e Andréia, foram a
outra sala conde tinha quatro residentes.
- O que faz aqui? – perguntou Duda ao ver a amiga.
- Mainha convocou agente, disse que tinha um caso novo.
Os burburinhos tomaram conta do
lugar. Dr. Brito pediu silêncio.
- Tamires Couto, 28 anos passou por estado vegetativo durante um ano
desenvolveu perda total de memória, e déficit cerebral.
Dr. Brito apresentou o
caso aos alunos, à medida que ele falava mais confuso ficava. Duda se sentia
inquieta por um breve momento lembrou-se de Luiza, afastou tais pensamentos que
so lhe causaram problema nos últimos meses. O caso era muito complexo Dr. Brito
informou que a paciente não reagiu a nenhum tratamento e que nunca conseguiram
acha a raiz do problema. .
- O que quero senhora e senhores que encontrem uma forma de curar essa
mulher. – disse o homem.
- Impossível os danos cerebrais aqui mostrados são irreversíveis.
- Não existe impossibilidade de cura senhorita Queiroz. – falou ao homem
dirigindo-se a Amanda. – Existem tratamentos ineficazes, então sugiro que
comecem a procurar uma forma de ajudar essa mulher.
Os alunos ficaram inquieto
Dr. Brito continuava a falar sobre o quadro clínico da paciente. Os alunos
achavam perda de tempo tratar dessa mulher. Ao terminar os alunos saíram da
sala.
- Dra. Lins. Por favor! – Dr. Brito convidou Duda – Dra. Queiroz você
também. – Amanda olhou pro homem virando os olhos de contrariedade sua mãe
olhou com reprovação. – Olhem pra esse quadro. –mandou o médico.
- Amanda! – falou Andréia num tom mais forte.
Amanda e Duda passaram a olhar
pro painel estudando todas as radiografias da mulher.
- Isso aqui é muito doido. Olha para isso... Impossível... – falava
Amanda e Duda concordava.
Andréia perdeu a paciência deu um
beliscão nas duas. Que gritaram de dor.
- Vocês são as melhores residentes do programa não me façam perde tempo.
Olhem com mais atenção. – ordenou dessa vez as meninas olhavam cada detalhe da
radiografia. Demorou alguns minutos até, concluir.
- É muito complexo, os danos cerebrais são muito extenso. – falou Duda.
- O cérebro dela esta acumulando informações de forma desordenada
causando pressão no Córtex cerebral. – falou o homem.
- Isso faz com que as hemorragias ocorram? – perguntou Amanda na dúvida.
- Isso Dra. Queiroz. Agora olhem isso aqui. – Andréia apontou pra um
ponto da imagem.
- Se essa pressão não for contida o cérebro não suportara o fluxo de
informação isso ira romper essa linha aqui – o homem apontou pra outro ponto.
- Ela pode morrer. – concluiu as duas.
- Exato.
- Mas... O que faremos?
- O que me preocupa não é esses danos da pressão no Córtex cerebral, mas
sim o agente causador, segundo seu histórico médico essas pressão acontece
quando um fluxo de informações ocorre, acredito que esses fleshs são na verdade
lembranças, a origem da amnésia ainda não foi solucionada tenho feito uma vasta
pesquisa nesse campo. Acredito que posso ajudar essa moça meus estudo mostra
uma nova linha de tratamento, se conseguir reverter à pressão cerebrais podemos
achar uma maneira de trazer luz a escuridão. Então é isso.
- Certo.
- Meninas! – as duas viraram pra trás. – Essa foi uma paciente
encaminhada por um grande amigo meu. – pausou – Não costumo decepcionar um
amigo.
Duda e Amanda engoliram em
seco, sabia a pressão que isso traria, também tinha outras coisas envolvidas,
Dra. Andréia e Dr. Brito estavam trabalhando há muito tempo numa pesquisa
que faria uma grande revolução em
tratamentos para cura da amnésia e outros setores. O resultado positivo desse
tratamento seria de extrema importância pro hospital que certamente seria
destaque nas revistas cientificas, sem falar na publicidade que traria.
- Estamos ferradas! – concluiu Amanda.
- Concordo.
- E ai vamos tomar uma! Acho que depois dessa precisamos relaxar.
- Nem dá, já tenho compromisso. – falou Duda.
- E com quem posso saber? – cruzou os braços.
- Nem, nem. – Duda foi para casa deixando a amiga morta de
curiosidade.
Amanda queria fazer as
pazes com a mulher. Antes de ir pra casa passou numa joelharia tinha
encomendado um anel lindo pra Camila.
- Boa noite meus amores! – cumprimentou a morena sorridente.
- Mainha... – gritou o pequeno Lucas de felicidade.
- Até que em fim, olha o Lucas que vou tomar banho. – falou Camila
saindo da sala.
Amanda cobria o menino de
beijos Camila levantou-se e foi pro quarto deixando a mulher com o filho.
Amanda passou um tempo com o filho pacientemente escutou tudo que o pequeno
dizia depois como todas as noites ajudou o menino a fazer seu dever de casa,
depois colocou para dormi. Duas horas depois quando entrou no quarto Camila se
arrumava, Amanda olhou cheia de desejo para mulher que estava magnífica num
belo vestido super justo.
- Vamos sair é? – perguntou abraçando Camila por trás.
- Me solta se não vai amassa meu vestido.
- Saudade loirinha... – Amanda passou a mão arranhando a parte interna
da coxa da mulher causando-lhe arrepio. Camila conseguiu se afasta.
- Trouxe para você. – Amanda estendeu o presente, Camila arqueou uma
sobrancelha, pegou o embrulho da mão da mulher. Ficou maravilhada com o anel,
mas continuou dura. – Isso não vai me comprar dona Amanda.
- Mila... – Amanda falava cheia de dengo, fazendo cara de cachorro
abandonado.
- Vou sair com minhas amigas e você vai ficar em casa com o Lucas. –
disse Camila dando as costas pra mulher terminando de se arrumar.
Amanda olhava pra mulher,
sentia- se toda boba por dentro, como se sentia feliz ao lado de Camila adorava
esse jeito mandão. Sabia que a mulher estava chateada porque ela tinha saído
para jantar com uma médica que tinha chegado á clínica. Amanda jogou todo o
chame possível a mulher acabou cedendo, sua festa foi interrompida quando
Camila apareceu no restaurante, ela não fez escândalo, pois não gostava disso,
mas seu olhar causava um domínio sobre Amanda impressionante, não teve demora
dispensou a médica e saiu correndo atrás da sua mulher. Desde que tinha se
casado Camila mantinha a mulher as rédeas curtas, era muito apaixonada pela
morena embora Amanda não tivesse perdido seu jeito cafajeste sempre se manteve
fiel a lourinha e isso não era difícil pra morena, gostava de provocar suas
pretendentes, mas nunca se atrevia a sair com nenhuma era mais para massagear
seu ego de conquistadora. Era muito apaixonada pela sua loirinha mandona e
nunca colocaria em risco perde-la por uma aventura inconseqüente. Camila saiu
de casa, Amanda resolveu estudar um pouco. Sua mãe chegou lhe fazendo uma
surpresa. Andréia passou quase uma hora conversando com a filha na verdade
dando bronca queria mais empenho de sua parte. Amanda se sentia muito
pressionada. Depois que Luiza morreu muitas coisas mudaram para ela também,
Luiza era uma verdadeira pupila de Andréia, Andréia a tinha transformado na melhor
médica residente da clínica, Luiza fazia por onde, era uma profissional
dedicada e comprometida, Andréia sentia muito orgulho na cirurgiã que estava
formando, Amanda e Luiza eram uma dupla perfeita, pra ela as duas trabalhavam
juntas numa sintonia perfeita, depois que a loira morreu Amanda passou a ser
mais pressionada pela mãe, que exigia muito dela, ora ou outra acabava
sobrecarregando a filha sem percebe que aquilo a frustrava.
- Mãe sou apenas uma residente não uma máquina. – reclamava Amanda.
- Pare
de choramingar, que tipo de cirurgiã quer ser se só sabe reclamar, dezenas de
estudantes dariam tudo pra ocupar uma vagar naquele hospital. Quando a Luiza
estava aqui você não reclamava tanto. – mesmo sem perceber Andréia sempre
comparava a filha com Luiza, frustrando Amanda. Não por ciúme, mas porque até a
mãe às vezes agia feito a Duda.
- Mãe – respirou fundo – Quantas vezes vou dizer que eu não sou a Luiza,
sei o quanto a senhora admirava o profissionalismo da Isa, mas tenho um ponto
de vista diferente de levar minha carreira.
- Você precisa...
- Não mãe, eu não preciso de nada chega, não sou um robô, nada do que
faço esta bom para a senhora, não sou a Luiza a senhora me colocou no lugar que
ela ocupava naquele hospital sem ao menos me perguntar se queria, não sou ela
tenho uma personalidade diferente, não sou uma máquina. A senhora é implacável
comigo.
- Filha – Andréia mudou de tom – Mainha apenas quer que você aprenda.
- Amanda olhou pra mãe. – E eu
queria que fosse um pouco mais tolerante.
Andréia se aproximou e abraçou a
filha.
- Você tem um futuro brilhante. – olho nos olhos da filha - Você e a
Duda não sabem o quanto me enchem de orgulho. – falou com extrema sinceridade.
– Preciso manter-las na linha. Seu passado as condena. – Amanda e Andréia riam.
Amanda entendia a preocupação da
mãe.
No restaurante.
- Ainda bem que você veio.
- Desculpe a demora João queria vir a todo custo.
- Saudade daquele guri, da Maluzinha também.
A noite corria animada
Camila e Duda jantara e conversaram, as duas tinham se tornado muito amigas,
depois que Luiza morreu esses laços se estreitaram ainda mais, Duda via muito
da Isa em Camila, que tinha se tornado numa mulher de fibra, aos vintes e um
ano mostrava uma maturidade extrema, a maternidade também a fez amadurecer
muito, hoje era uma jovem estudante de direito. Não teve jeito mesmo com toda a
pressão da amiga e da mulher em fazê-la entrar na medicina Camila tinha outros
planos sua personalidade forte, decidida, queria atua nos tribunais da vida.
Aos 17 anos tirou o primeiro lugar na faculdade federal no curso de direito,
era uma estudante muito aplicada assim como Luiza Camila herdou um bom QI, além
de estudar já decidiu trabalhar, fazia estágio num escritório de advocacia
importante da cidade, não quis ajuda de ninguém para arrumar esse estágio pediu
para a família não se envolver com sua influência. Sentia-se orgulhosa de ter
arrumado por conta própria, sua vida como dona de casa mudou muito embora
tivesse brigas, tinha uma relação muito estável com a morena. As duas
aprenderam a administras os problemas de um casal. Buscava um sempre apoio na
outra. Dando estabilidade e segurança para seu filho.
- E a Amanda! Percebi que ela esta meio assim... – Duda balançou a cabeça.
- A coloquei de castigo. – falou Camila rindo.
- E como?
- Tirando o que ela mais gosta! – Camila riu.
- Sério! – exclamou Duda na dúvida ainda do que seria.
- A única coisa eficaz que faz Amanda ficar na linha é greve de sexo.
Duda deu uma gargalhada.
- Agora isso se explica o seu mal humor. No hospital.
- Amanda não toma jeito!
- Camila não seja injusta Amanda faz tudo que você quer. Ela é um pau
mandado.
- Mas vive dando trela pra essas perdidas. Tenho medo de perde ela Duda.
Gosto demais daquela morena devassa.
- Perder ela, impossível Mila ela é louca por você. Amanda tem um ego
daqueles gosta de ver um monte de mulher correndo atrás dela, mas ela não vai
pra cama com nenhuma. Você conseguiu o que ninguém acreditava que fosse
conseguir.
Os olhos de Camila explodiam de
felicidade em ouvir as palavras da Duda.
- Minha amiga é completamente apaixonada por você. Ela me confidenciou
que nunca se sentiu tão completa como se sente com você. Ela nunca colocaria
isso em risco. Amanda
te conhece Camila, sabe que você não a perdoaria se ela a traísse.
- Eu sei...
- O amor de vocês é tão bonito. – disse Duda.
- Você precisa abri esse coração. – Camila segurou nas mãos de Duda.
- Sinto tanta falta dela. – os olhos de Duda ficaram lacrimejados.
- Você precisa encontrar um novo amor.
- Eu queria Camila, mas eu sinto Luiza tão viva dentro de mim. Não é
como meus pais que eu sinto que eles se foram, sofro muito por isso, mas eu sei
que eles foram... Já a Luiza meu coração nunca acreditou que ela estivesse
morta, nunca...
Camila encarou os olhos de Duda.
Sua voz ficou embargada.
- Eu também – confessou Duda a olhou surpresa. – Não falo com a Manda
porque sei que ela fica preocupada, mas nunca senti minha irmã morta, nunca, é
como se ela estivesse viajando e não sabemos o paradeiro, mas ela não esta
morta. Ela esta tão vida dentro de mim que cheguei a acreditar quando você
disse a que viu.
- Estamos loucas? – Duda deu um sorriso torto.
- Acho que sim, ela se foi! – concluiu Camila. – Precisamos seguir em
frente.
- Camila eu não consigo me envolver com ninguém – as bochecha de Duda
coraram – Já tentei. Na noite que eu e Amanda brigamos em Natal saímos pra
beber lembra?
- Sei.
- Eu e Amanda bebemos todas, eu não parava de ver Luiza, Amanda então
sugeriu em irmos numa boate, fomos numa boate de strip ficamos lá, era uma casa
de mulheres na verdade, sabe como Amanda é safada, mas ela não ficou com
ninguém – apressou-se em dizer ao ver a expressão de Camila – Era para mim,
pedi para ela arrumar uma mulher pra mim – Duda ficou ainda mais envergonhada –
Ela me apresentou uma loira, a mulher era um espetáculo, saímos de lá e fomos
pra gandaia, depois Amanda voltou pro hotel e eu fiquei com a mulher. Eu não
conseguir. Simplesmente não conseguir. A mulher era muito linda, para uma puta
era bem inteligente, certo que estávamos bêbadas, quando ela me beijou me senti
tão mal que parei o beijo. Senti-me enojada de mim mesma, pedi desculpa a
paguei e mandei ir embora.
- Duda você procurou uma prostituta? – criticou Camila – Ao invés de Amanda
te apresentar uma mulher decente ela procura um prostituta.
- Não foi porque era uma prostituta o problema e que eu senti que estava
traindo a Luiza, eu não quero ter ninguém, não quero ser de outra mulher, não
quero conhecer nenhum homem, apenas quero a Isa. Já tentei conhecer outras
pessoas, mas não são interessante como a Isa foi. Não sinto falta de ter uma
pessoa comigo sinto falta de tê-la comigo. Viver sem ela é tão difícil. Mas
descobri que é bem mais difícil viver ao lado de outra pessoa. O amor que sinto
é maior que a dor de tê-la perdido.
Camila ficou comovida com a amiga entendia
Duda, assim como ela Luiza nunca tinha morrido em seu coração, a sentia tão
viva que chegava a dúvida da sua lucidez. Quando chegou em casa encontrou
Amanda já dormindo. Tomou um ligeiro banho, subiu em cima da mulher, estava com
o corpo ainda molhado. Amanda acordou sonolenta, seu corpo deu sinal de vida ao
senti o corpo nu da esposa. Camila a olhou insinuante. A morena deu um sorriso
safado à greve tinha acabado.
Uma semana
depois, Amanda, Duda e os outros dois residentes estavam agitados, passaram a
semana inteira estudando o caso da paciente de Dr. Brito.
- Quando ela chega?
- Duda consultou a agenda. – Sra.
Tamires Couto segunda feira 09h da manhã.
- Espero que seja gostosa! – brincou Amanda.
- Vou dizer a Camila. – ameaçou Duda.
- Quero você longe da minha mulher sua fofoqueira.
O bip interrompeu Amanda olhou e
fez careta.
- Tenho que ir!
Duda estava muito ansiosa
nos últimos dias estudava com afinco o quadro clínico da Sra. Tamires,
consultou o relógio em breve a mulher estaria aqui.
geeeentee prepara o coração pq é no proximo.
ResponderExcluirvou fazer plantão aqui .
Carine
poxa prepara mesmo fazendo plantão não maltrata em Luh posta rapidinho kkkkkkkkk se não infarto de ansiedade!!!
ResponderExcluirAaah to super ansiosa pro proximo rs *-*
ResponderExcluirgenteee que medo ta chegando a horaa
ResponderExcluirAaaah meu Deus nao vejo a hr desse encontro cm sera q vai ser Duda vai ver Tammy(Luiza) e vai falar e concerteza Larissa estara junto..
ResponderExcluirVanny
Se der draminha eu não vou aguentar. E tem que sair logo. POR FAVOR.
ResponderExcluirDahmer
Nossa ! Agora sim a coisa vai esquentar ! Fico imaginando a Duda , ciumenta como sempre , vendo a Tammy(Luiza) e a Lary juntas ! Fora o choque de saber que ela esta realmente viva ! Aguardando p proximo capitulo ! *---*
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