Cap – 19 – Desentendimento.
Abriu a porta e viu... A cena a atingiu no peito dolorosamente... Arlete e...
- Paula – Gritou.
Paula empurrou Arlete com o susto que quase caiu.
- Srta. Schmdith, eu... - Arlete tentou explicar se.
- Saia Arlete. – Ordenou Tarine.
Tarine esperou que Arlete se retirasse ao ouvir a porta bater gritou:
- Como você... Pode Paula? – Disse Tarine segurando as lágrimas que teimavam em molhar seus olhos.
- Ta... Eu posso explicar... – Paula sentiu uma necessidade imensa de se explicar...
- Se explicar? Você tava se agarrando... Com a secretária... Não tem vergonha? – Disse Tarine completamente descontrolada.
Paula se aproximou deixando toda a raiva anterior retornar ao seu corpo.
- Não venha me falar de vergonha, não era eu que estava me agarrando com uma cliente. Você fez papel de vagabunda Tarine... – Disse sem pensar
Um tapa... Foi o que Paula levou na cara. Não foi tanto a dor que a incomodou, e sim o ato... O desrespeito... Mesmo que merecido, não agüentou, já bastava, não ia ficar ali batendo boca com alguém que agora estava decidida, faria parte de seu passado.
Tarine se arrependeu, a palma da mão doendo, mas o que mais doeu foi o que viu o que ouviu. Não esperava isso de Paula, nunca... Mesmo com o sentimento de decepção sentiu culpa, por ter lhe agredido, nada justificava. “Como ela soube? Ela viu? Presenciou o momento do beijo... Interpretou errado?” Tentou falar:
- Paula... Me desculpe...- Se aproximou de Paula.
- Não me toque... Esqueça que um dia me conheceu Tarine. Não me procure. - Disse com a mão na face.
- Paula, por favor. – Disse suplicando. - Não me deixe... Não de novo... Eu... – Te amo. Era o que queria dizer, mas não conseguiu.
Paula parou por um instante, mas pareceu não ouvir, seus lamentos e desculpas, não quis ouvir.
Era em vão todo o choro de Tarine, quase se ajoelhando no chão para pedir perdão á Paula, para lhe confessar seus sentimentos. Mas não conseguia, não tirava da cabeça que tudo seria um erro, um grande erro.
Paula saiu da sala, sem destino, sem rumo. Esfregando a face que ainda doía não mais que seu coração. Ao saber que a perdeu para sempre. Que nunca a teria... Jamais, muito menos agora com Gabrielle em seu caminho.
Entrou no carro e foi para a casa.
Sou tua fã, Ló! Teus contos aguçam a minha mente, é um delicioso exercício mental. Beijo!
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